O MPPM esteve representado por Raul Ramires, da Direcção Nacional, na Conferência "Para uma coligação Europeia-Palestina contra o Apartheid, Colonatos e Genocídio" que reuniu em Bruxelas, no dia 19 de Outubro, um amplo e qualificado leque de oradores e traçou importantes linhas de orientação estratégica para campanhas de pressão popular, mediática e parlamentar para derrotar o sistema de apartheid e de colonização.
George Rashmawi abriu a conferência enunciado os seus principais objectivos: (1) Criar uma rede alargada de organizações contra o apartheid e os colonatos; (2) Definir uma estratégia para terminar a cumplicidade dos governos europeus; (3) Promover a mobilização da opinião pública; (4) Dar apoio aos movimentos de solidariedade.
Jan Fremon (Bélgica, presidente da European-Palestinian Initative against Apartheid and Settlements e secretário-geral da Associação Internacional de Juristas Democratas) disse que, não havendo uma polícia que imponha o cumprimento do direito...
A bandeira portuguesa foi finalmente retirada do navio Kathrin, segundo informação do ministério português dos Negócios Estrangeiros (MNE) veiculada pela comunicação social. O Kathrin, como o MPPM denunciou em comunicado de 23 de Agosto passado, transportava material militar com destino a Israel e, ao navegar com pavilhão português, punha o nosso país em violação do direito internacional e do direito internacional humanitário.
O Kathrin transporta oito contentores de explosivos RDX Hexogen — que municiam os mísseis com que Israel conduz a sua campanha genocida contra o povo palestino — embarcados no porto vietnamita de Hai Phong em 22 de Julho. Suspeitas sobre a sua carga, que viriam a ser confirmadas, negaram-lhe a entrada em portos da Namíbia e de Angola.
Uma intensa campanha internacional, acompanhada em Portugal pelo MPPM e por outras organizações de solidariedade com a Palestina, e a que se juntou a voz de Francesca Albanese, relatora especial da ONU para a Palestina, pôs pressão...
A Jornada Nacional de Solidariedade com a Palestina e pela Paz no Médio Oriente culminou hoje, sábado 12 de Outubro, em Lisboa, com uma enorme manifestação que levou muitos milhares de pessoas a desfilar entre o Martim Moniz e o Município, gritando palavras de ordem de apelo à paz, de solidariedade com os povos da Palestina, do Líbano e dos outros países vítimas da agressão israelita, e de condenação do Estado genocida de Israel e dos seus aliados e cúmplices.
Animaram o desfile bombos, cabeçudos e até um grupo de dança Dabke. Na Praça do Município, completamente cheia, com apresentação de André Levi, foram muito aplaudidas as intervenções de Tiago Oliveira, CGTP-IN, Inês Reis, Projecto Ruído, Nour Tibi, palestina, Alan Stolerov, judeu, Ilda Figueiredo, CPPC, e Carlos Almeida, MPPM.
Texto da intervenção de Carlos Almeida
Estes são os 372 dias que não esqueceremos nunca mais. No tempo que durarem as nossas vidas, nunca nos cansaremos de perguntar, onde estiveste? o que fizeste? o que...
No espaço de quatro anos, no discurso sionista, António Guterres passou de quem «mais apropriadamente personifi[ca] e encarn[a] a visão de Theodor Herzl para um mundo mais seguro e mais tolerante para o povo judeu» a alguém que «será recordado como uma mancha na história da ONU.»
O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Israel. Katz, declarou anteontem, 1 de Outubro, na rede social X, António Guterres como persona non grata:
«Hoje, declarei o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, persona non grata em Israel e proibi-o de entrar no país.
«Quem não consegue condenar inequivocamente o hediondo ataque do Irão a Israel, como fizeram quase todos os países do mundo, não merece pisar solo israelita.
«Este é um Secretário-Geral que ainda não denunciou o massacre e as atrocidades sexuais cometidas pelos assassinos do Hamas em 7 de Outubro, nem liderou quaisquer esforços para os declarar uma organização terrorista.
«Um Secretário-Geral que dá apoio a terroristas, violadores e assassinos do...
Numa decisão arrasadora para Israel, a Assembleia Geral da ONU, reunida em sessão especial de emergência para apreciar o parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), aprovou por esmagadora maioria uma resolução que determina a retirada de Israel dos Territórios Palestinos Ocupados (TPO) no prazo de doze meses.
A resolução, aprovada com 124 votos a favor – entre os quais o de Portugal –, 14 contra e 43 abstenções, exige que Israel ponha termo à sua presença ilegal nos Territórios Palestinos Ocupados, e que o faça o mais tardar no prazo de 12 meses.
A resolução exige que Israel retire as suas forças militares, cesse imediatamente todas as novas actividades de colonização, evacue todos os colonos das terras ocupadas e desmantele partes do muro de separação que construiu no interior da Cisjordânia ocupada.
Exige a AG da ONU a revogação de toda a legislação e medidas que criem ou mantenham a situação ilegal, incluindo as que discriminam o povo palestino, bem como todas as...
Está a começar o ano escolar em Portugal, mas não em Gaza. Desde que, em 6 de Novembro passado, na sequência do ataque israelita, as autoridades de Gaza foram forçadas a suspender o ano escolar, não mais os 625.000 jovens e crianças do território voltaram à escola. Entretanto Israel assassina alunos, professores e funcionários, e arrasa escolas comprometendo a educação de toda uma geração.
Desde que, em 7 de Outubro de 2023, Israel iniciou uma brutal agressão militar contra a Faixa de Gaza com o pretexto de silenciar a resistência palestina, foram mortos mais de 40.000 palestinos, dos quais 15.000 seriam crianças. As crianças são também uma larga parte dos mais de 90.000 feridos e dos incontáveis desaparecidos, certamente soterrados nos escombros dos edifícios.
As instalações escolares são particularmente visadas por Israel que alega que albergariam resistentes palestinos. Uma afirmação que não se coaduna com o facto de muitas das vítimas serem crianças e que não pode ser validada porque...
A revelação feita pelo MPPM, no Comunicado 09/2024, de que estaria a ser preparada uma reunião entre os ministérios da Saúde de Portugal e de Israel para «discutir potenciais áreas de interesse para cooperação futura entre os dois países», suscitou questões dos grupos parlamentares do BE e do PCP a que o ministério da Saúde agora respondeu de forma lacónica: «Comunica-se, para os devidos efeitos, que não existe qualquer reunião agendada entre os Ministérios da Saúde português e israelita».
O MPPM congratula-se por saber que a reunião que estava a ser preparada para ocorrer no dia 2 de Setembro não vai ter lugar – pelo menos nessa data – e considera que isso se deve à exposição pública da insensibilidade revelada por uma tal iniciativa quando o outro interlocutor é o responsável pelo massacre de dezenas de milhar de palestinos, pela destruição de dezenas de instalações hospitalares e pelo assassinato de centenas de profissionais de saúde palestinos.
O MPPM responde ao apelo de um vasto conjunto de organizações palestinas para que se faça do dia 3 de Agosto um dia global de acção por Gaza e pelos presos palestinos reafirmando a sua condenação da política genocida de Israel, a sua denúncia das cumplicidades, por acção ou omissão, dos governos ocidentais e a sua indefectível solidariedade com o povo palestino.
Ao entrar no décimo mês da agressão genocida de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza e também na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, acumulam-se as denúncias de detenções em massa, tortura e maus-tratos, desumanização e assassinato de presos.
Um relatório da ONG britânica War on Want, publicado em 25 de Julho, revela que desde 7 de Outubro de 2023 cerca de 54 palestinos morreram em consequência de terem sido torturados sob custódia israelita e que, embora Israel tenha aumentado...
O MPPM condena os recentes assassínios por Israel de altos dirigentes de forças de resistência, os quais evidenciam um propósito de comprometer quaisquer esforços de construção da paz e de provocar uma guerra regional de consequências imprevisíveis.
O assassínio por Israel de Ismail Haniyeh, dirigente do movimento Hamas e ex-primeiro-ministro do Estado da Palestina, e de Fuad Shukur, comandante de primeiro plano do Hezbollah libanês (ao mesmo tempo que prossegue o bárbaro genocídio na Faixa de Gaza), põe mais uma vez em evidência o carácter criminoso, belicista e fora-da-lei do Estado sionista.
Os dois assassínios, realizados no espaço de doze horas, põem também em evidência que a questão palestina e a paz no Médio Oriente estão indissoluvelmente ligadas.
Os assassínios tiveram lugar nas capitais do Líbano e do Irão, e neste caso numa ocasião particularmente simbólica, a tomada de posse do novo presidente da República.
Trata-se de grosseiras violações da soberania destes países e de actos...
O MPPM tomou conhecimento de que estará a ser preparada uma reunião entre os ministérios da Saúde de Portugal e de Israel para discutir potenciais áreas de interesse para cooperação futura entre os dois países.
A reunião estará agendada para o início do próximo mês de Setembro e esta informação, a confirmar-se, para mais num momento em que Israel leva a cabo um genocídio contra o povo palestino, particularmente na Faixa de Gaza, não pode deixar de causar indignação.
O MPPM faz notar que a Organização Mundial de Saúde (OMS), no seu mais recente relatório [1] sobre a situação na Palestina, referente ao período de 7 de Outubro de 2023 a 22 de Julho de 2024, regista, como consequência da agressão militar israelita na Faixa de Gaza:
39.090 mortos, 90.147 feridos e 10.000 palestinos desaparecidos;
492 ataques a unidades de saúde que causaram, entre o pessoal de saúde, 747 mortos, 969 feridos e 128 detidos;
109 unidades de saúde, das quais 32 hospitais, afectadas e 62 ambulâncias danificadas;