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Em resposta ao apelo de quase uma centena de organizações, milhares de pessoas vindas de todo o país, concentraram-se, em Lisboa, no Cais do Sodré, para de seguida desfilarem até ao Rossio proclamando bem alto que estamos «Todos Juntos Pela Paz» e que «É Urgente Pôr Fim à Guerra».

A forte representação da juventude seguiu-se ao quadrado de representantes das organizações promotoras. Também largamente representados seguiram-se os blocos de diferentes organizações, do movimento sindical e das diferentes regiões. Dois grupos de percussão animaram o desfile pontuando as palavras de ordem que foram incansavelmente repetidas ao longo de todo o percurso.

No palco instalado no Rossio, os «Amigos de Abril» protagonizaram o momento musical, precedendo as intervenções de Inês Reis, do Projecto Ruído – Associação Juvenil, Ilda Figueiredo, do Conselho Português para a Paz e Cooperação, de Carlos Almeida, do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, e de Tiago Oliveira...

Por ocasião do anúncio do cessar-fogo na Faixa de Gaza, o MPPM saúda o povo palestino pela sua inquebrantável resistência e reitera-lhe a sua continuada solidariedade, mas alerta que a paz só será efectiva quando o povo palestino vir concretizado o seu direito inalienável a viver em segurança na sua pátria livre e independente.

Ao fim dos 470 dias da campanha genocida levada a cabo por Israel, o cessar-fogo representará decerto um bem-vindo alívio para o sofrimento dos gazenses e de todos os palestinos. Mas o cessar-fogo não pode fazer esquecer as dezenas de milhares de mortos e feridos causados pelos bombardeamentos, a que haverá que somar muitos outros milhares soterrados debaixo dos escombros e as incontáveis vítimas devido à falta de água, de alimentos e de assistência médica, deliberadamente provocadas.

Os sobreviventes, na sua maioria várias vezes deslocados à força, têm diante de si uma destruição material — de dimensões inauditas — de habitações e equipamentos de toda a espécie...

Amjed Tantesh tinha um sonho: formar uma equipa olímpica de natação com jovens palestinos que ensinou a nadar, em Gaza, ao longo de vários anos. A agressão genocida de Israel destruiu-lhe o sonho e agora, dia após dia, dos locais onde procura refúgio dos bombardeamentos sionistas, vai dando conta, na sua página do Facebook, da perda de pupilos seus mas também da sua esperança de retomar as suas aulas de natação.

Os seus posts mais recentes são para dar conta da morte de Bakir Mussalam:

«Devastado com a terrível perda de Bakir!

O meu campeão de natação infantil, Bakir Mussalam, de 17 anos, perdeu o seu irmão mais novo e o seu pai, no ano passado, no mesmo bombardeamento que o feriu gravemente em Jabalia.

Bakir sobreviveu à morte no extremo norte de Gaza durante todo o ano passado, conseguindo chegar à cidade de Gaza há um mês através do posto de controlo do corredor de Jabalya com o que restava da sua família - a mãe e as três irmãs mais novas - para morrer hoje num outro bombardeamento...

O historiador israelita Lee Mordechai, professor associado da Universidade Hebraica de Jerusalém, que também foi bolseiro na Universidade de Princeton, nos EUA, compilou um extenso e metódico relatório documentando uma vasta série de crimes de guerra cometidos por Israel desde a invasão de Gaza em Outubro de 2023.

O relatório intitulado “Bearing Witness to the Israel-Gaza War” (Prestando Testemunho sobre a Guerra Israel-Gaza) tem, na versão inglesa, 124 páginas e todos os incidentes descritos estão documentados numa das mais de 1400 notas de rodapé. Recorrendo a relatos de testemunhas oculares, imagens de vídeo, artigos, fotografias e outro material de investigação, grande parte do qual gravado por soldados israelitas, o historiador produziu aquilo a que o Haaretz chama «a documentação mais metódica e detalhada dos crimes de guerra que Israel está a cometer em Gaza».

O artigo do Haaretz abre com a remissão para a nota de rodapé que contém uma ligação para um videoclipe. O vídeo mostra um...

A Assembleia Geral da ONU adoptou uma resolução que solicita urgentemente um parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) sobre as obrigações de Israel em relação à presença e às actividades das Nações Unidas, de outras organizações internacionais e de Estados terceiros nos Territórios Palestinos Ocupados (TPO).

A proposta de resolução partiu da Noruega, foi secundada, nomeadamente, pela Irlanda, pela Espanha e pela Eslovénia, e foi aprovada em 19 de Dezembro por uma esmagadora maioria de 137 votos a favor, 12 contra e 22 abstenções.

A generalidade dos países europeus, incluindo Portugal, votou a favor da resolução.

Áustria, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Estónia, Grécia, Lituânia, Moldova, Roménia, Sérvia e Ucrânia foram os países europeus que se abstiveram.

Chéquia e Hungria votaram contra, alinhando com Argentina, Estados Unidos, Fiji, Israel, Micronésia, Nauru, Palau, Papua Nova Guiné, Paraguai e Tonga.

Esta iniciativa segue-se à adopção da resolução ES-10/25, que...

Foi recentemente tornado público um importante parecer jurídico [1] sobre as consequências jurídicas para os “Estados terceiros” — todos, excepto Israel e Palestina — das violações do direito internacional cometidas por Israel ao manter a sua presença no Território Palestino Ocupado (TPO) — Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, e Faixa de Gaza — à luz do Parecer Consultivo [2]do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), de 19 de Julho de 2024, e da subsequente Resolução [3] da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 13 de Setembro de 2024, que confirma este parecer consultivo e aplica as suas conclusões.

Frisando que tanto o parecer do TIJ como a resolução da ONU — que Portugal votou favoravelmente — dão ênfase à ilegalidade da presença sobrepondo-se à ilegalidade da actuação de Israel no TPO, e que o Estado, o exército e a sociedade israelitas estão indissociavelmente ligados à ocupação, sendo impossível distinguir que relações contribuem ou não para reforçar a presença ilegal de...

O recente ultimato (sob a capa de um pedido de execução imediata) de Israel para a retirada das forças de UNIFIL (United Nations Interim Force in Lebanon), para as forças militares israelitas (IDF) poderem operar a seu contento no Sul do Líbano, demonstra a agonia de um político e de um regime que perdeu, em pleno século XXI, a noção de estar inserido no concerto de nações civilizadas, representadas pela ONU, da qual faz aliás parte. Este gesto do primeiro-ministro de Israel surge na sequência de dois tanques da IDF terem destruído o portão principal da base da UNIFIL, invadindo o seu recinto, acobertando a proeza com o fumo de 100 obuses disparados à distância.

Ao assim proceder, o Governo de Israel inverte os termos do que consta:

– da Resolução do Conselho de Segurança 1655, de 31.01.2006, unanimemente aprovada;

– do artigo 3.o da Convenção de Genebra Relativa à Proteção das Pessoas Civis em Tempo de Guerra, de 12.08.1949;
– e do Direito Internacional Humanitário (DIH) (t.c.p. Direito...

O MPPM participou na manifestação que a PUSP (Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina) convocou para Lisboa na tarde de sábado 30 de Novembro.

Partindo do Largo de Camões, os manifestantes desceram até ao rio para terminar na Ribeira das Naus, nunca cessando de entoar palavras de ordem de solidariedade com os povos palestino e libanês e de condenação de Israel e dos seus cúmplices.

No dia 29 de Novembro - Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino - foi concluído e inaugurado um mural em Lisboa, em solidariedade com a luta do povo palestino e pela paz no Médio Oriente.

Este mural, construído com o contributo de muitas pessoas, individuais e colectivas, expressa de forma bem marcante a solidariedade do povo português com o povo palestino e afirma as exigências  de libertação dos presos palestinos, do fim do genocídio em curso e da entrada urgente de ajuda humanitária em Gaza, do fim do apartheid e da ocupação e do reconhecimento do Estado da Palestina por parte do governo português.

O MPPM convida todos os amigos da causa palestina e amantes da paz a visitar este mural, que se encontra na Rua da Voz do Operário, no bairro da Graça, em Lisboa.


Na sexta-feira, dia 29 de Novembro, pelas 17h30, centenas de pessoas concentraram-se na Praceta da Palestina, no Porto, respondendo ao apelo do MPPM, do CPPC, da União dos Sindicatos do Porto(USP)/CGTP-IN e da Associação Projecto Ruído.

José da Silva interpretou canções de paz, tendo-se seguido um conjunto de intervenções, introduzidas por Joana Machado, que foi dando também a palavra aos diversos intervenientes.

Afirmou a representante do Projecto Ruído: “Aqui estamos, uma vez mais, como outros também estão hoje, em Lisboa e Coimbra, para denunciar o genocídio que Israel há mais de um ano leva a cabo sobre a população palestina da Faixa de Gaza, a violentíssima campanha de agressão e repressão contra os palestinos da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, a invasão do Líbano e a agressão a outros países do Médio Oriente.”

Em seguida, lembrou: “O dia 29 de Novembro foi fixado pela Assembleia Geral das Nações Unidas como Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, pelo facto de...