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Nascido em Jerusalém (que então se encontrava sob mandato britânico) em 1 de Novembro de 1935, Edward Saïd, filho de palestinos cristãos protestantes, morreu em Nova Iorque a 25 de Setembro de 2003, vítima de leucemia, após uma carreira notável de professor nas mais prestigiadas universidades norte-americanas, de ensaísta brilhante e de activista político em defesa da Causa Palestina.

Devido à actividade comercial do pai, viveu os primeiros anos da sua vida entre o Cairo e Jerusalém, tendo a família emigrado para o Egipto com a independência do Estado de Israel em 1948. No Egipto frequentou várias escolas, nomeadamente o Victoria College (El-Nasr) de Alexandria, o estabelecimento privilegiado do ensino de inglês naquela cidade, onde teve colegas de vários países do mundo árabe, muitos dos quais se viriam a distinguir mais tarde na política, nas letras e nas artes, como o rei Hussein da Jordânia ou actor Omar Sharif. 

Por ser um estudante turbulento, foi expulso daquela escola e os pais...

Na tarde deste sábado, 25 de Outubro, a Associação Moinho da Juventude, na Cova da Moura, Amadora, acolheu uma iniciativa inserida na campanha «Todos pela Palestina. Fim ao genocídio! Fim à ocupação» que pôs em diálogo tradições e culturas de Portugal, de Cabo Verde e da Palestina.

Num primeiro momento, assistimos a um batuque interpretado pela Batukadeiras Finka Pé e a uma exibição de dança dabke pelo grupo Handala Dabke, duas manifestações culturais que nasceram para animar ocasiões festivas mas que vieram a tornar-se símbolos de resistência anti-colonial, em Cabo Verde e no Mediterrâneo Oriental.

Com a presença do realizador Manuel Guerra, professor da Escola Superior de teatro e Cinema, na Amadora, foi em seguida projectado o filme «Cova da Moura na Palestina» que documenta a viagem de jovens do Grupo Comunitário de Teatro Fórum do Grupo do Teatro do Oprimido de Lisboa — DRK para participar na 3ª Edição do Festival Internacional de Teatro Fórum da Palestina que decorreu em 2011 sob o...

Desde a implementação do acordo de cessar-fogo em Gaza, em 10 de Outubro, Israel entregou os corpos de 195 presos palestinos que morreram em cativeiro. Muitos evidenciam sinais de tortura e execução sumária. Pelo menos 135 corpos vieram de Sde Teiman, um centro de detenção notório que já enfrenta acusações de tortura e mortes ilegais de presos sob custódia. 

Pelo menos 75 detidos palestinos morreram em prisões israelitas desde 7 de Outubro de 2023, de acordo com a ONU. Para o Clube dos Prisioneiros Palestinos, esse número ascende a 80. De acordo com a mesma fonte, o número total de mortos entre os prisioneiros e detidos cujas identidades são conhecidas desde 1967 subiu para 317, mas este número será mais elevado, pois há informações sobre dezenas de detidos que foram sumariamente executados após a sua prisão, especificamente os de Gaza.

Sinais de tortura e execuções sumárias

Há anos que são comuns relatos de que Israel tortura detidos palestinos nas suas prisões, e estes aumentaram desde...

O Tribunal Internacional de Justiça considera que Israel tem a obrigação, no que respeita à população do Território Palestino Ocupado, de assegurar a prestação de ajuda humanitária, de permitir o acesso e de proteger pessoas e instalações da ONU, de organizações internacionais e de Estados terceiros, de não proceder a transferências forçadas e deportações, de não recorrer ao uso da fome de civis como método de guerra e de permitir a visita da Cruz Vermelha aos presos palestinos.

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) emitiu ontem, 22 de Outubro, o seu parecer consultivo sobre as obrigações de Israel em relação à presença e às actividades das Nações Unidas, outras organizações internacionais e Estados terceiros no Território Palestino Ocupado (TPO) e em relação a ele.

O pedido de parecer consultivo tinha sido transmitido ao Tribunal pelo Secretário-Geral das Nações Unidas por carta de 20 de Dezembro de 2024 dando cumprimento à resolução 79/232 da Assembleia Geral.

Invocando o direito...

Mais de duzentas pessoas, sem contar com transeuntes em hora de ponta, participaram, no dia 22 de Outubro, em mais uma concentração-protesto realizada no Porto, no âmbito da “Campanha de Solidariedade com o Povo Palestino – Todos pela Palestina! Fim ao genocídio! Fim à ocupação!”, que está em curso por todo o país e que culminará a 29 de Novembro, Dia Internacional da Solidariedade com o Povo Palestino, com grande manifestações no Porto e em Lisboa. 

“Paz no Médio Oriente, Palestina independente!”, “Israel é culpado por um povo massacrado!”, “Paz sim, guerra não!” e “Palestina vencerá!” foram apenas quatro das palavras de ordem escutadas nesta concentração que teve lugar na Praceta da Palestina, no Porto (esquina da Rua de Sá da Bandeira com a Rua de Fernandes Tomás), marcada pelo tom combativo e solidário, não obstante as condições atmosféricas pouco favoráveis. 

Francisco Aguiar, da associação juvenil Projecto Ruído iniciou as intervenções e assegurou as transições de palavra...

O MPPM participou na Marcha pela Palestina, uma mobilização conjunta da Amnistia Internacional Portugal, Fundação José Saramago, Greenpeace Portugal, Médicos Sem Fronteiras Portugal e da Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina, que teve lugar em Lisboa no domingo, dia 19 de Outubro, com percurso entre o Rossio e o Largo José Saramago.

Neste sábado, 18 de Outubro, desfilámos em manifestação em Lisboa entre a Praça do Areeiro e o Fórum Lisboa onde teve lugar, com lotação esgotada, um Concerto pela Paz e de Solidariedade com a Palestina.

Manifestação e concerto inseriram-se na Campanha «Todos pela Palestina. Fim ao genocídio! Fim à ocupação!» lançada pelo CPPC, pela CGTP-IN, pelo MPPM e pelo Projecto Ruído, que conta já com o apoio de mais de 130 organizações e colectivos, e que vai culminar com grandes manifestações nacionais, no Porto e em Lisboa, no dia 29 de Novembro, Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.

O Concerto pela Paz e de Solidariedade com a Palestina foi promovido pelo CPPC e pelo MPPM e contou com a generosa participação de Pretú, Boémia, Freddy Locks, Údi e Diego Janssen, Jorge Barata, Handala Dabke e Expresso Transatlântico. Joana Figueira faz a apresentação. Isabel Camarinha, pelo CPPC, e Carlos Almeida, pelo MPPM, tiveram breves intervenções de contextualização da iniciativa.

A...

Ao fim da tarde desta quarta-feira, 15 de Outubro, teve lugar, junto à estação de Campanhã, no Porto, um acto de solidariedade com a Palestina promovido por CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído e integrado na campanha «Todos pela Palestina: Fim ao genocídio! Fim à ocupação!».

Foi mostrada a exposição «Gaza: Mar de Memórias e Luto» e registaram-se intervenções de .Rita Costa, USP/CGTP-IN, José António Gomes, MPPM, e Manuela Branco Santos, CPPC, com enquadramento e transições por Vitor Pinho.

Nos dois últimos dias, as forças israelitas mataram vários civis palestinos, em Gaza, em clara violação do cessar-fogo. Enquanto isso, os seus dirigentes ameaçam recomeçar a guerra mal termine a troca de reféns.

Vários civis palestinos foram mortos pelas forças israelitas, em Gaza, apesar do acordo de cessar-fogo em vigor. Seis pessoas foram mortas nesta terça-feira por disparos de drones quando inspeccionavam as suas casas no bairro de Shuja'iyya, a leste da cidade de Gaza. Na segunda-feira, uma pessoa foi morta e outra ferida num ataque com drones na cidade de Al-Fakhari, a leste de Khan Yunis, no Sul de Gaza. Várias outras pessoas ficaram feridas num ataque israelita ao campo de refugiados de Halawa, em Jabalia al-Balad, no Norte.

Entretanto, sem surpreender, Israel ameaça retomar a guerra mal termine a troca de reféns. 

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, escreveu no X:

«O grande desafio de Israel após a fase de devolução dos reféns será a destruição de todos os túneis...

Nos primeiros dias de entrada em vigor do acordo de cessar-fogo, já Israel revela ser indigno de confiança exilando prisioneiros palestinos libertados, assediando as suas famílias e obstruindo a entrada de ajuda humanitária enquanto destrói instalações de organização humanitária.

Segundo o Gabinete de Imprensa dos Prisioneiros Palestinos, pelo menos 154 prisioneiros palestinos libertados na segunda-feira como parte da troca por reféns israelitas detidos em Gaza serão forçados ao exílio por Israel. No imediato são enviados para o Egipto de onde serão deslocados para outros países.

O exílio significa que as suas famílias poderão não conseguir viajar para o estrangeiro para se encontrar com eles devido à proibição de saída imposta por Israel. Significa também o fim da sua actividade política» devido à muito prováveis restrições a que estarão sujeitos nos países de exílio.

Famílias proibidas de festejar libertação

Entretanto surgem os relatos de acções de asédio dos militares israelitas contra...