História da Palestina e do Médio Oriente

Ontem, 14 de Novembro, ao fim da tarde, a Livraria Ler Devagar, na LX Factory, acolheu uma exposição e um debate animado por Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM, a propósito do livro Against Erasure: A Photographic Memory of Palestine before the Nakba de que Sandra Barrilaro, fotógrafa e activista, é co-autora.

Sandra Barrilaro traçou, num curto vídeo, a história da pesquisa que conduziu à realização do livro.

Maria Emília Castanheira disse poemas de autores palestinos.

Carlos Almeida falou sobre a Palestina antes da Nakba mostrando como a obra de Sandra Barrilaro e Teresa Aranguren desmente a narrativa sionista de que a Palestina era uma “terra sem povo”, documentando uma terra em que vivia um povo que trabalhava, comerciava, reagia e se divertia.

Seguiu-se um animado debate.

No final houve oportunidade de degustar algumas especialidades palestinas.
 

Neste domingo, 6 de Outubro, ao fim da tarde, a Casa do Comum, ao Bairro Alto, em Lisboa, acolheu uma conversa com Sandra Barrilaro, fotógrafa e activista, a propósito do livro Against Erasure: A Photographic Memory of Palestine before the Nakba de que é co-autora.

O evento, organizado pelo MPPM em cooperação com Arte pela Palestina, teve moderação de Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM e a participação de Shahd Wadi.

Quando ganha força a narrativa sionista de que a Palestina era uma “terra sem povo”, o trabalho de Sandra Barrilaro documenta uma terra em que vivia um povo que trabalhava, comerciava, reagia e se divertia.

No mesmo espaço está patente a exposição Against Erasure: Uma memoria fotográfica da Palestina antes da Nabka produzida pelo MPPM.

Sandra Barrilaro

Sandra Barrilaro nasceu em Bilbau em 1960. É fotógrafa, editora e activista dos direitos humanos da população palestina.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) foi fundada há 60 anos, em 2 de Junho de 1964, na primeira reunião do Conselho Nacional Palestino, realizada em Jerusalém com participação da Liga Árabe, e é reconhecida pelas Nações Unidas como «representante do povo palestino» e pela Liga Árabe como «única e legítima representante do povo palestino».

Nas suas seis décadas de existência, sem nunca ter deixado de ter uma presença nos territórios ocupados, a direcção política e muitos dos seus militantes foram compelidos ao exílio.

Logo no rescaldo da guerra de 1967, em que Israel ocupou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, a OLP instalou-se na Jordânia, de onde teve de sair no Verão de 1971 na sequência dos confrontos de Setembro de 1970 (Setembro Negro) entre os resistentes palestinos e as forças armadas jordanas.

A exposição «A Questão Palestina: O Essencial», concebida e produzida pelo MPPM, esteve presente ao público em Lisboa, na B.O.T.A. (Base Organizada da Toca das Artes), entre 13 e 22 de Maio.
 
A Exposição procura transmitir algo do essencial sobre a Questão Palestina, despertando no visitante o interesse por querer saber mais sobre um drama que pesa fortemente na consciência da comunidade internacional.
 
Nos 12 painéis que compõem a exposição, são abrangidos temas como a ocupação do território, a Nakba e os refugiados, o apartheid israelita, o Muro e os colonatos, Gaza e Jerusalém, os presos palestinos, a resistência e a solidariedade internacional.
 

A Câmara Municipal do Seixal, em colaboração com o MPPM e o CPPC, organizou nesta quinta-feira, 30 de Novembro, o Colóquio «75 anos de NAKBA: A Catástrofe na Palestina» que contou com a presença da Embaixadora de Angola, de um representante de Embaixada da Venezuela, de membros da Embaixada da Palestina, de representantes do poder local e de público em geral.

A abrir a sessão, intervieram Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal do Seixal, e Nabil Abuznaid, Embaixador da Palestina em Portugal.

Helena Palacino moderou o painel «Os 75 anos da Nakba e Uma Nova Catástrofe: A Palestina no Centro do Mundo» que abriu com a comunicação de Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM, que esboçou o contexto histórico em que se tem desenrolado a questão palestina, desde a Declaração Balfour até aos nossos dias.

Em 15 de Novembro de 1988, há 35 anos, Yasser Arafat leu, em Argel, a Declaração de Independência da Palestina, escrita pelo poeta Mahmoud Darwich e acabada de aprovar pelo Conselho Nacional Palestino, reunido no exílio: «O Conselho Nacional da Palestina, em nome de Deus e em nome do povo árabe palestino, proclama a criação do Estado da Palestina no nosso território palestino, tendo como capital Jerusalém (Al-Quds Ash-Sharif).»

O MPPM esteve na Escola Secundária de Camões, em Lisboa, no passado dia 13 de Novembro, com uma sessão à tarde, para os alunos da escola, e uma sessão à noite, para o público em geral, com a exibição do filme «A Terra Fala Árabe». Ambas as sessões foram seguidas de debate.

Na sessão da tarde, os estudantes que encheram por completo o Auditório assistiram muito interessados à projecção do documentário «Como foi colonizada a Palestina», de Abby Martin, e três filmes curtos da Aljazeera. Seguiu-se um período de perguntas e repostas animado por Jorge Cadima, do MPPM.

À noite, para o público em geral, e inserida na parceria da ES Camões com o ABC Cineclube de Lisboa, foi exibido o filme «A Terra Fala Árabe», de Marise Gargour. O debate subsequente, muito participado, foi moderado por Carlos Almeida, do MPPM.

A Place of Many Beginnings: Three Paths into the History of Palestine (Um Lugar de Muitos Começos: Três Caminhos para a História da Palestina) é um projecto interactivo de história da Palestina desenvolvido por Visualizing Palestine que foi apresentado no passado fim-de-semana no Festival de Literatura Palestine Writes, na Universidade da Pensilvânia e está disponível para o público interessado.

A história da Palestina... tem múltiplos 'começos' e a ideia da Palestina evoluiu ao longo do tempo a partir destes múltiplos 'começos' para um conceito geopolítico e uma política territorial distinta
Nur Masalha, Palestine: A Four Thousand Year History (pág. 8)

A Place of Many Beginnings foi apresentado no sábado, 23 de Setembro, durante um painel com os académicos palestinos Nur Masalha e Salman Abu Sitta, moderado pela autora e activista palestina Susan Abulhawa.

O Comité do Património Mundial da UNESCO decidiu neste domingo, em Riade, capital da Arábia Saudita, inscrever o sítio pré-histórico de Tell es-Sultan, perto da cidade palestina de Jericó, na Cisjordânia ocupada, na Lista do Património Mundial.

O sítio de Tell es-Sultan tem estado a ser escavado há mais de um século e revelou as ruínas de uma cidade fortificada que se considera a mais antiga povoação fortificada continuamente habitada do planeta, remontando ao nono milénio a.C. A própria Jericó é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo.

A UNESCO descreve o sítio como «um tell, ou monte, de forma oval que contém depósitos pré-históricos de actividade humana e inclui a nascente perene adjacente de 'Ain es-Sultan. Entre o 9.o e o 8.o milénio a.C., surgiu aqui uma povoação permanente, devido ao solo fértil do oásis e ao fácil acesso à água.»

Em 28 de Agosto de 1953 – há 70 anos – um jovem oficial israelita de apenas 25 anos, Ariel Sharon de seu nome, comandou o assalto da sua recém-formada Unidade 101 ao campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza, dando início a uma longa série de massacres de que nunca se arrependeu.

Para muitos israelitas, Sharon era o «Bulldozer», um militar rebelde que salvou o seu país da derrota nas suas guerras com os árabes. George Bush, o presidente dos EUA, chamou-lhe «homem de paz». Mas para os palestinos, recordados de Sabra e Shatila, no Líbano, ele era o «Carniceiro de Beirute».

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