História da Palestina e do Médio Oriente

Uma investigação da Universidade de Nova Iorque, citada pelo diário israelita Haaretz, revela como o exército de Israel não hesitou em recorrer ao envenenamento de culturas e animais para expulsar os proprietários palestinos e se apossar das suas terras para construção de colonatos.

A investigação foi conduzida pelo Taub Center for Israel Studies da Universidade de Nova Iorque, que teve acesso a documentos de arquivo, entretanto tornados públicos.

O método utilizado para a instalação de colonatos nos primeiros anos da expansão colonial é descrito em detalhe.

Na noite de 22 para 23 de Maio de 1948, uma semana após o estabelecimento do Estado de Israel, o 33º batalhão da Brigada Alexandroni lançou um ataque contra a aldeia palestina de Tantura, utilizando fogo de metralhadoras pesadas seguido de um ataque de infantaria. O combate foi de curta duração mas, após a rendição dos aldeãos, as milícias sionistas procederam ao massacre de mais de duas centenas de prisioneiros desarmados.

A notícia do massacre era conhecida do lado palestino, mas sistematicamente negada pelo lado israelita. Uma tese de mestrado de Theodore Katz, um aluno da Universidade de Haifa, que confirmou a ocorrência do massacre com base em dezenas de testemunhos de sobreviventes palestinos e de milicianos sionistas, foi denegrida e o seu autor perseguido em tribunal. O historiador Ilan Pappé, professor de Katz, defendeu a veracidade da tese o que lhe valeu a expulsão da Universidade de Haifa e o exílio em Inglaterra, onde é professor na Universidade de Exeter.

O MPPM promoveu, na terça-feira, 16 de Maio, em cooperação com a BOTA - Base Organizada da Toca das Artes, a exibição do filme 1948: Criação e Catástrofe no espaço desta associação, no Largo da Santa Bárbara, 3D, Lisboa.

O filme, de Andy Trimlett e Ahlam Muhtaseb, foi comentado por Carlos Almeida, Investigador do Centro de História da Universidade de Lisboa e Vice-Presidente do MPPM.

Através das memórias pessoais, tanto de palestinos como de israelitas, 1948: Criação & Catástrofe conta a história do estabelecimento de Israel vista através dos que a viveram.

Este filme foi a última oportunidade para muitas das suas personagens, israelitas e palestinas, para narrarem os seus relatos em primeira mão sobre a criação de um Estado e a expulsão de uma nação.

Numa iniciativa conjunta com a Escola Secundária de Camões e o ABC CIne-clube de Lisboa, o MPPM promoveu, na segunda-feira, 8 de Maio, a exibição do filme 1948: Criação e Catástrofe no Auditório de Camões (Av. Almirante Barroso, 25B, Lisboa).

O filme, de Andy Trimlett e Ahlam Muhtaseb, foi comentado por Carlos Almeida, Investigador do Centro de História da Universidade de Lisboa e Vice-Presidente do MPPM.

Através das memórias pessoais, tanto de palestinos como de israelitas, 1948: Criação & Catástrofe conta a história do estabelecimento de Israel vista através dos que a viveram.

Este filme foi a última oportunidade para muitas das suas personagens, israelitas e palestinas, para narrarem os seus relatos em primeira mão sobre a criação de um Estado e a expulsão de uma nação.

No ano do 75º aniversário da Nakba, não podemos deixar apagar a memória de que o Estado de Israel foi erigido sobre os cadáveres de 15 000 crianças, mulheres e homens palestinos, sobre os escombros de meio milhar de vilas e aldeias apagadas do mapa, sobre a ocupação das casas e campos de 750 000 palestinos forçados ao exílio pelo terror sionista.

Deir Yassin era uma pacata aldeia árabe, com cerca de 750 habitantes, empoleirada numa colina a ocidente de Jerusalém. Ficava fora da área que o Plano de Partilha das Nações Unidas, aprovado em 29 de Novembro de 1947, destinava ao futuro Estado judaico, e os seus habitantes até tinham estabelecido um pacto de não-agressão com a milícia sionista Haganah. Mas Deir Yassin tinha a fatalidade de se situar na estrada entre Telavive e Jerusalém.

Na noite de 22 para 23 de Maio de 1948, uma semana após o estabelecimento do Estado de Israel, o 33º batalhão da Brigada Alexandroni lançou um ataque contra a aldeia palestina de Tantura, utilizando fogo de metralhadoras pesadas seguido de um ataque de infantaria. O combate foi de curta duração mas, após a rendição dos aldeãos, as milícias sionistas procederam ao massacre de mais de duas centenas de prisioneiros desarmados.

A notícia do massacre era conhecida do lado palestino, mas sistematicamente negada pelo lado israelita. Uma tese de mestrado de Theodore Katz, um aluno da Universidade de Haifa, que confirmou a ocorrência do massacre com base em dezenas de testemunhos de sobreviventes palestinos e de milicianos sionistas, foi denegrida e o seu autor perseguido em tribunal. O historiador Ilan Pappé, professor de Katz, defendeu a veracidade da tese o que lhe valeu a expulsão da Universidade de Haifa e o exílio em Inglaterra, onde é professor na Universidade de Exeter.

Mais uma vez, a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, violentamente invadida pelas forças israelitas nos últimos dias do Ramadão 2022, encontra-se no coração do conflito israelo-palestino. A história do lugar é complexa, como mostram os seus diferentes nomes. Para os judeus, é o Monte do Templo (Har haBayit em hebraico). Para os muçulmanos, é o Haram Al-Sharif, o «Santuário Nobre» onde se situam a Cúpula da Rocha, com o seu zimbório dourado, e a Mesquita Al-Aqsa («a longínqua»). A expressão «Esplanada das Mesquitas», aparentemente, apenas é utilizada em França.

Entre 5 e 10 de Junho de 1967, Israel conduziu uma guerra com os países vizinhos – Egipto, Jordânia e Síria – que culminou com a ocupação total da Palestina histórica e ainda dos Montes Golan sírios e da Península do Sinai egípcia.

Para os Palestinos, a Naqsa (“revés”) significou a perda de tudo o que restava da sua pátria e o início de 55 anos de uma colonização israelita desenfreada e insaciável. Foi a segunda etapa de uma catástrofe contínua, iniciada com a Nakba de 1948, e que veio a caracterizar-se por ataques militares, demolições de casas, confiscação de terras e apropriação de recursos naturais, expansão de colonatos e violência dos colonos, e compromissos assumidos e logo repudiados.

Na madrugada de 9 de Abril de 1948, três milícias sionistas - o Hagana, o Irgun e o Bando Stern - assaltaram Deir Yassin, uma aldeia palestina com cerca de 750 habitantes, situada a oeste de Jerusalém. Mais de uma centena de homens, mulheres e crianças foram massacrados.

Alguns foram mutilados e violados antes de serem assassinados. Vinte e cinco homens da aldeia foram depois executados numa pedreira próxima. Das cerca de centena e meia de casas, 10 foram dinamitadas. O cemitério foi posteriormente demolido e, como centenas de outras aldeias palestinas, Deir Yassin foi varrida do mapa.

Deir Yassin ficava fora da área que o Plano de Partilha das Nações Unidas, aprovado em 1947, destinava ao futuro Estado judaico. Mas a direcção sionista tinha desde há muito decidido efectuar uma limpeza étnica dos palestinos, com o objectivo de consolidar e expandir a área que lhe era atribuída.

Na noite de 22 para 23 de Maio de 1948, uma semana após o estabelecimento do Estado de Israel, o 33º batalhão da Brigada Alexandroni lançou um ataque contra a aldeia palestina de Tantura, utilizando fogo de metralhadoras pesadas seguido de um ataque de infantaria. O combate foi de curta duração mas, após a rendição dos aldeãos, as milícias sionistas procederam ao massacre de mais de duas centenas de prisioneiros desarmados.

A notícia do massacre era conhecida do lado palestino, mas sistematicamente negada pelo lado israelita. Uma tese de mestrado de Theodore Katz, um aluno da Universidade de Haifa, que confirmou a ocorrência do massacre com base em dezenas de testemunhos de sobreviventes palestinos e de milicianos sionistas, foi denegrida e o seu autor perseguido em tribunal. O historiador Ilan Pappé, professor de Katz, defendeu a veracidade da tese o que lhe valeu a expulsão da Universidade de Haifa e o exílio em Inglaterra, onde é professor na Universidade de Exeter.

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