Nesta terça-feira 17 de Junho, em que no Parlamento se discutia o programa do governo – omisso em compromissos com a Palestina –, milhares de pessoas voltaram a manifestar-se em Lisboa num grande desfile que teve início no Largo de Camões e culminou numa concentração frente à Assembleia da República.
O apelo lançado por CGTP-IN, CPPC, MPPM e Projecto Ruído, a que aderiram muitas outras organizações e colectivos, reclamava o fim do genocídio e o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal.
Frente à Assembleia da República, com apresentação de Isabel Medina, André Levy leu uma mensagem de Mahmoud Issa Abu Marcel, palestino que esteve 27 anos preso nas cadeias de Israel, dirigida a esta manifestação.
Seguiram-se intervenções de Isabel Camarinha (CPPC), Mariana Metelo (Projecto Ruído), Carlos Almeida (MPPM) e Tiago Oliveira (CGTP-IN).
Foi então posta a votação uma moção que foi aprovada por unanimidade e aclamação.
O MPPM esteve presente, na tarde do dia 9 de Junho, no Protesto “Fim ao Genocídio, fim à ocupação ilegal da Palestina. Libertem os activistas da flotilha, quebrem o cerco a Gaza”.
Esta acção urgente foi convocada por um conjunto de colectivos e pessoas individuais na sequência do apresamento do navio “Madleen” e do sequestro da sua tripulação por parte de Israel - mais uma flagrante violação do direito internacional e mais um episódio na longa e sinistra história do cerco de Gaza por parte de Israel que nos últimos quase dois anos se converteu em genocídio aberto e despudorado.
Os manifestantes exigiram a libertação imediata da tripulação do “Madleen”, a entrada urgente de ajuda humanitária e o fim do bloqueio a Gaza, o fim do genocídio em curso, o fim do Acordo de Cooperação UE-Israel e o reconhecimento do Estado da Palestina por parte de Portugal, entre outras palavras de ordem.
As organizações e manifestantes presentes deixaram também claro que tencionam continuar a demonstrar...
Às primeiras horas desta madrugada, a embarcação Madleen, parte da Flotilha da Liberdade recebida em Portugal pelo povo e os trabalhadores em Julho de 2024, foi abordada em águas internacionais pelas forças armadas de Israel, num acto que não pode senão ser classificado como de pirataria.
As doze pessoas que viajavam a bordo desta embarcação – que transportava material de ajuda humanitária com destino ao território palestino da Faixa de Gaza – foram raptadas por Israel encontrando-se nesta altura em paradeiro incerto.
A acção das forças de Israel – violenta por definição – é destituída de qualquer fundamento legal. Israel não detém nenhuma autoridade legal sobre aquele território, nem nenhuma prerrogativa lhe assiste que legitime o apresamento de uma embarcação em águas internacionais. Desde 2007, aliás, Israel impôs sobre a Faixa de Gaza um bloqueio total, terrestre, aéreo e marítimo, ilegal.
Neste momento, Israel leva a cabo uma agressão militar que inúmeras organizações internacionais...
A Baixa de Lisboa assistiu hoje a mais uma vibrante manifestação de solidariedade com a Palestina e de protesto contra a agressão genocida de Israel contra o povo palestino.
Ao fim da tarde desta quarta-feira 4 de Junho muitas centenas de pessoas concentraram-se no Largo do Chiado respondendo ao apelo de CGTP-IN, CPPC, MPPM e Projecto Ruído.
-Palestina vencerá!
- Paz no Médio Oriente, Palestina independente
Iniciou-se o desfile descendo a Rua Garrett enquanto se gritava:
- Libertar a Palestina, acabar com a chacina!
- Israel é culpado por um povo massacrado!
Ao descer a Rua do Carmo os manifestantes foram surpreendidos com o desfraldar de uma enorme bandeira da Palestina da galeria do elevador de Santa Justa.
- Hoje e sempre, Palestina independente!
- Israel é violência, Palestina é resistência!
Nesta altura já a percussão dos Ritmos da Resistência animava o desfile e fazia contraponto às palavras de ordem.
- Em cada cidade, em cada esquina, somos todos Palestina!
No primeiro dia de Junho, partiu de Catânia (Sicília) o navio Madleen, da Coligação Flotilha da Liberdade (FFC), que navega rumo a Gaza transportando ajuda humanitária e defensores internacionais dos direitos humanos, em desafio directo ao bloqueio ilegal de Israel. A viagem deverá durar sete dias, se não for violentamente interrompida.
A bordo do Madleen estão voluntários de vários países, entre eles a eurodeputada franco-palestina Rima Hassan e a activista pela justiça climática Greta Thunberg. O navio transporta suprimentos urgentemente necessários para o povo de Gaza, incluindo fórmula infantil, farinha, arroz, fraldas, produtos sanitários femininos, kits de dessalinização de água, suprimentos médicos, muletas e próteses infantis.
Baptizado em homenagem à primeira e única pescadora de Gaza, o Madleen faz-se ao mar apenas um mês depois de drones israelitas terem bombardeado o Conscience, outro navio de ajuda da FFC, em águas internacionais ao largo da costa de Malta. Está também na...
O Projecto Ruído – Associação Juvenil assinalou o Dia Mundial da Criança, 1 de Junho, com um acto público em Sete Rios, Lisboa, a que o MPPM se associou. Numa homenagem às crianças palestinas, foram afixados cartazes com nomes de crianças palestinas assassinadas por Israel durante o seu ataque genocida à Faixa de Gaza.
O comediante Manuel Rosa contextualizou o acto público e leu alguns poemas de poetas palestinos, dando a palavra, sucessivamente, a Mariana Metelo (Projecto Ruído) e José Oliveira (MPPM).
Encerrou o acto a senhora Embaixadora da Palestina, Rawan Sulaiman.
Texto da intervenção de José Oliveira em nome do MPPM:
No dia em que assinalamos o Dia da Criança, em Gaza a infância está a ser exterminada.
Desde Outubro de 2023, Israel matou mais de 17.000 crianças palestinas. Milhares de outras foram feridas, ficaram sem o pai ou a mãe, ou sem os dois, ou estão desaparecidas sob os escombros. Todos os dias, 100 crianças são mortas ou feridas. Uma a cada 15 minutos.
Neste sábado, 31 de Maio, o IV Encontro pela Paz reuniu no espaço dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal mais de um milhar de participantes que ouviram com muito interesse as dezenas de comunicações apresentadas e, no final, saíram em desfile até à Baía do Seixal.
O IV Encontro pela Paz foi, como os anteriores, promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação e contou com a colaboração de doze outras entidades: Câmara Municipal do Seixal (que acolheu e deu todo o apoio logístico a este Encontro pela Paz); Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD); Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP-IN); Federação Nacional de Professores (FENPROF); Juventude Operária Católica (JOC); Movimento Democrático de Mulheres (MDM); Movimento dos Municípios pela Paz (MMPP); Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM); Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM); União de Resistentes Antifascistas...
“O dia vai chegar em que será a vez dos nossos filhos, dos nossos netos, olharem os livros de história, e aprenderem a soletrar as palavras Gaza, Palestina. Ouvirão falar de um tempo em que foi possível que uma população de mais de 2 milhões de pessoas, encarceradas num território com 300 e poucos km2 fosse bombardeada, massacrada durante semanas, quem sabe se meses, sem que tivesse sido possível travar essa chacina.
E perguntarão: o que fizeram os homens e as mulheres daquele tempo? Felizmente, estaremos vivos alguns, e seremos nós os que em primeira instância teremos de responder: onde estivemos? o que dissemos? o que fizemos? Cada uma e cada um assumirá a sua responsabilidade. Só uma coisa ninguém poderá dizer: eu não sabia.”
Assim começava a intervenção que proferimos, no final de Outubro de 2023, desde a tribuna do III Encontro da Paz, em Vila Nova de Gaia. Passaram-se os dias, 602, as semanas, 86, os meses, 20. Caminhamos para os 2 anos já. Ontem mesmo, Francesco Checchi, um...
Enquanto dirigentes mundiais continuam a afirmar o seu estéril compromisso com a «solução dos dois Estados», Israel prossegue a sua inexorável ocupação da Cisjordânia, com uma «jogada estratégica que impede o estabelecimento de um Estado palestino que colocaria Israel em perigo», nas palavras do ministro da Defesa de extrema-direita, Israel Katz.
O governo de Israel afirmou que irá estabelecer 22 novos colonatos na Cisjordânia ocupada, incluindo a legalização de postos avançados já construídos sem autorização do governo. Desde a guerra dos seis dias de 1967, Israel transferiu mais de 700.000 colonos para a Cisjordânia e para Jerusalém Oriental. Em Maio de 2023, ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, que vive no colonato ilegal de Kedumim, na Cisjordânia, deu instruções ao governo israelita para se preparar para a mudança de mais 500.000 colonos para a Cisjordânia ocupada.
Segundo a ONG israelita Peace Now, em Julho passado, Israel aprovou a maior apreensão de terras na Cisjordânia...
Nesta segunda-feira 5 de Maio homenageámos a memória das crianças palestinas assassinadas por Israel em Gaza, numa iniciativa do CPPC, da CGTP-IN, do MPPM e do Projecto Ruído.
Uma extensa faixa continha os nomes de 2000 crianças, em representação das cerca de 17.400 que Israel assassinou desde Outubro de 2023 – porque cada criança morta tinha um nome, não era um número.
Recolhemos muitas dezenas de postais com mensagens de solidariedade para as crianças e para o povo palestino bem como cartazes com expressões de solidariedade e de protesto.
Mariana Carvalho, dos Pioneiros de Portugal, leu o texto de homenagem às crianças palestinas:
«A mãe, o pai, os irmãos, a família morta, separada ou desaparecida,
a casa destruída
a fome, a doença
a guerra, a morte, as feridas, a dor
a destruição por todo o lado…
é isto ser criança na Faixa de Gaza...
Ser obrigado a sair da sua casa, da sua rua, do seu bairro
ser privado de água, de comida, de medicamentos e dos cuidados médicos necessários