Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Está anunciada para hoje, dia 14 de Julho, a realização de uma conferência promovida pela SIC Notícias e patrocinada por empresas de armamento, nacionais e internacionais, entre elas a Lockheed Martin, subordinada ao tema “a nova defesa” e para a qual está anunciada a participação do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro.

É, desde logo, altamente preocupante a associação de empresas de comunicação social a empresas de armamento na promoção e vulgarização da ideia de inevitabilidade da guerra. Que o grupo de comunicação em causa tenha escolhido como um dos seus patrocinadores a empresa estado-unidense Lockheed Martin, e que o Primeiro-Ministro participe em tal evento, isso reveste-se de uma extrema gravidade e configura um acto objectivo de cumplicidade com os crimes de guerra, crimes contra a humanidade e o crime de genocídio praticados por Israel.

No relatório que a relatora especial das Nações Unidas para os Territórios Palestinos Ocupados, Francesca Albanese, apresentou à 59ª sessão...

Nos 600 dias que leva a guerra lançada contra a Faixa de Gaza, os Estados Unidos têm mantido uma ponte aérea e marítima ininterrupta com Israel: 800 aviões e 140 navios já entregaram 90 mil toneladas de armamento, munições, veículos blindados e material militar. 

Este apoio, segundo o próprio Ministério da Defesa de Israel, é «crítico» para sustentar a agressão. Os Estados Unidos (e outras potências ocidentais, incluindo a União Europeia) são cúmplices directos do genocídio em curso. Sem a sua cooperação militar, financeira e política, Israel não poderia prosseguir o massacre nem mais um dia. 

O armamento de Israel, sublinhe-se, alimenta não só o massacre do povo palestino como a agressão aos países seus vizinhos (nomeadamente Síria, Líbano, Iémen, Iraque, Irão), contribuindo para um clima de instabilidade e guerra permanente no Médio Oriente. 

Além de armamento convencional, Israel possui actualmente (segundo o SIPRI) cerca de 80 armas nucleares. Israel é a única potência nuclear do...

O Porto manifestou, uma vez mais, a sua solidariedade com a Palestina na tarde de sábado, 5 de Julho, num desfile entre a Praceta da Palestina e a Trindade, em que proclamou “Palestina Independente! Paz no Médio Oriente!” ou “Hoje e sempre Palestina Livre!” ou ainda “Paz sim, Guerra não!”

Na Trindade, com apresentação de Joana Teixeira, houve um apontamento cultural com a música de Miro Couto e a poesia dita por Lokas Cruz e Henrique Borges.

Seguiram-se as intervenções de Filipe Pereira, Coordenador da União dos Sindicatos do Porto, da CGTP-IN; de Bruno Costa, em nome do Colectivo pela Libertação da Palestina; de Joana Machado, pelo Projecto Ruído; de Manuel Loff, em nome da Iniciativa dos Comuns; de Elsa Silva, do MPPM; e de Manuela Branco, pelo CPPC.

Exigiu-se o reconhecimento do Estado da Palestina e o fim dos massacres em Gaza, com um cessar-fogo imediato e permanente, e a livre entrada de ajuda humanitária. Reclamou-se o fim da ocupação da Palestina. Reafirmou-se a indefectível...

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE falharam em 24 de Fevereiro e em 20 de Junho, não podem falhar novamente em 15 de Julho. Não obstante as inúmeras provas credíveis de genocídio e apartheid, incompatíveis com as exigências do Acordo de Associação com Israel, os MNE da UE têm vindo a protelar a decisão de suspender o acordo. Não podem fazê-lo novamente na reunião agendada para o próximo dia 15. É para isto que alertam 187 organizações sindicais, de direitos humanos e humanitárias, entre as quais o MPPM e outras organizações portuguesas, na declaração conjunta que hoje é tornada pública na sua versão final.

Declaração conjunta sobre a revisão do Acordo de Associação UE-Israel

As organizações de direitos humanos e humanitárias e sindicatos* abaixo assinados instam a UE a garantir que a revisão em curso do cumprimento por parte de Israel do artigo 2.º do Acordo de Associação UE-Israel seja exaustiva, abrangente e credível.

O artigo 2.º estabelece que o respeito pelos direitos...

Ao fim da tarde desta sexta-feira, 4 de Julho, mais de duas centenas de pessoas convergiram para o espaço frente ao Fórum Algarve, em Faro, para reclamarem o fim do genocídio, o reconhecimento do Estado da Palestina, o fim do acordo de associação UE-Israel e a realização dos direitos nacionais do povo palestino, e condenarem a agressão ao Irão.

Este acto público de solidariedade com a Palestina e pelo fim do genocídio foi promovido por MDM, CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído. Com apresentação de Tiago Jacinto da USAL, registaram-se intervenções de Leonor Agulhas (MDM), Catarina Marques (USAL), Isabel Camarinha (CPPC) e José Oliveira (MPPM).

Texto da intervenção de José Oliveira pelo MPPM

Boa tarde a todas e a todos.

Estamos no dia 637 da agressão israelita à Faixa de Gaza. Aquilo que se passa na Faixa de Gaza não é uma guerra, é um genocídio que marcará para sempre os nossos dias.

Desde o início desta agressão israelita, mais de 57 mil pessoas, pelo menos, foram assassinadas em Gaza pelas...

Várias centenas de pessoas participaram no Cordão Humano de solidariedade com a Palestina, realizado em Coimbra, neste dia1 de Julho.

Depois de percorridas algumas das ruas centrais da cidade, realizou-se uma concentração final na Praça 8 de Maio na qual, após a intervenção de Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM, foi apresentada e aprovada, por unanimidade e aclamação uma Moção que, no essencial, reitera a denúncia e condenação do genocídio perpetrado por Israel contra o Povo Palestino, assim como as suas acções agressivas contra outros povos no Médio Oriente. É reafirmada a solidariedade com o Povo Palestino e a sua justa causa nacional, exigindo que o governo português a condenação e acção pelo fim dos massacres e do genocídio, o empenhamento na obtenção de um cessar-fogo real, imediato e permanente e na entrada sem restrições de toda a ajuda humanitária.

Foi ainda exigido: o reconhecimento do Estado da Palestina, o fim da ocupação dos territórios da Palestina, ilegalmente ocupados...

A história de vida de Amjed Tantesh, o professor de natação que sonhava levar uma equipa palestina aos Jogos Olímpicos, mas que está a enfrentar diariamente a morte na Faixa de Gaza, ganhou o One World Media Award 2025 na categoria Podcast & Rádio.

A reportagem «Encontrando liberdade na água: o professor de natação de Gaza», produzida por Louise Morris, foi pela primeira vez apresentada no programa Outlook do BBC World Service em 24 de Abril de 2024:

«De um campo de refugiados em Rafah, Amjed Tantesh está determinado a retomar as aulas de natação assim que a guerra terminar. Conversámos com Amjed pela primeira vez há um ano sobre a sua paixão pela água e a ambição de treinar a próxima geração de aspirantes olímpicos de Gaza, mas à medida que ele reconstruía piscina após piscina, ao longo de décadas de conflito, a sua iniciativa de natação encontrou o seu verdadeiro propósito: ajudar as crianças a curar os seus traumas. Neste programa, ouvimos como a vida de Amjed mudou drasticamente...

Nesta terça-feira 17 de Junho, em que no Parlamento se discutia o programa do governo – omisso em compromissos com a Palestina –, milhares de pessoas voltaram a manifestar-se em Lisboa num grande desfile que teve início no Largo de Camões e culminou numa concentração frente à Assembleia da República.

O apelo lançado por CGTP-IN, CPPC, MPPM e Projecto Ruído, a que aderiram muitas outras organizações e colectivos, reclamava o fim do genocídio e o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal.

Frente à Assembleia da República, com apresentação de Isabel Medina, André Levy leu uma mensagem de Mahmoud Issa Abu Marcel, palestino que esteve 27 anos preso nas cadeias de Israel, dirigida a esta manifestação.

Seguiram-se intervenções de Isabel Camarinha (CPPC), Mariana Metelo (Projecto Ruído), Carlos Almeida (MPPM) e Tiago Oliveira (CGTP-IN).

Foi então posta a votação uma moção que foi aprovada por unanimidade e aclamação.


Texto da intervenção de Carlos Almeida

Ali dentro, começou hoje a ser...

O MPPM esteve presente, na tarde do dia 9 de Junho, no Protesto “Fim ao Genocídio, fim à ocupação ilegal da Palestina. Libertem os activistas da flotilha, quebrem o cerco a Gaza”.

Esta acção urgente foi convocada por um conjunto de colectivos e pessoas individuais na sequência do apresamento do navio “Madleen” e do sequestro da sua tripulação por parte de Israel - mais uma flagrante violação do direito internacional e mais um episódio na longa e sinistra história do cerco de Gaza por parte de Israel que nos últimos quase dois anos se converteu em genocídio aberto e despudorado.

Os manifestantes exigiram a libertação imediata da tripulação do “Madleen”, a entrada urgente de ajuda humanitária e o fim do bloqueio a Gaza, o fim do genocídio em curso, o fim do Acordo de Cooperação UE-Israel e o reconhecimento do Estado da Palestina por parte de Portugal, entre outras palavras de ordem.

As organizações e manifestantes presentes deixaram também claro que tencionam continuar a demonstrar...

Às primeiras horas desta madrugada, a embarcação Madleen, parte da Flotilha da Liberdade recebida em Portugal pelo povo e os trabalhadores em Julho de 2024, foi abordada em águas internacionais pelas forças armadas de Israel, num acto que não pode senão ser classificado como de pirataria. 

As doze pessoas que viajavam a bordo desta embarcação – que transportava material de ajuda humanitária com destino ao território palestino da Faixa de Gaza – foram raptadas por Israel encontrando-se nesta altura em paradeiro incerto.

A acção das forças de Israel – violenta por definição – é destituída de qualquer fundamento legal. Israel não detém nenhuma autoridade legal sobre aquele território, nem nenhuma prerrogativa lhe assiste que legitime o apresamento de uma embarcação em águas internacionais. Desde 2007, aliás, Israel impôs sobre a Faixa de Gaza um bloqueio total, terrestre, aéreo e marítimo, ilegal.

Neste momento, Israel leva a cabo uma agressão militar que inúmeras organizações internacionais...