Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), ao tomar conhecimento do acordo sobre Gaza agora anunciado entre a resistência palestina e Israel, considera positivo qualquer passo no sentido do alívio do sofrimento do povo palestino, após dois anos de genocídio e de destruições inauditas. 

Trata-se agora de garantir que o acordo assegura um cessar-fogo permanente, o acesso efectivo e irrestrito da ajuda humanitária, o fim da agressão e a retirada das tropas israelitas.

Não basta a assinatura do acordo: é indispensável que Israel seja forçado a cumpri-lo, já que é bem conhecido que o regime sionista viola sistematicamente os acordos assinados, como ainda recentemente aconteceu com o acordo de Janeiro de 2025 e como tinha acontecido com os Acordos de Oslo. 

Este acordo, ainda que insuficiente, é o resultado da firme e persistente resistência do povo palestino, do crescimento da mobilização internacional de solidariedade e do cada vez maior isolamento...

A maioria dos participantes da Freedom Flotilla Coalition e da Thousand Madleens Flotilla que foram sequestrados pelas forças armadas israelitas na sequência do acto de pirataria da madrugada de ontem, quarta-feira 8 de Outubro, foram enviados para a prisão de Ktzi'ot, no deserto de Naqab (Negev), conhecida pelas suas condições severas e abusivas, informa a Adalah, que lhes está a prestar assistência jurídica.

Ainda segundo a Adalah — uma associação de direitos humanos e centro jurídico de apoio à minoria árabe em Israel— , alguns participantes da frota relataram abusos físicos, humilhações e tratamentos desumanos durante e após a interceptação, incluindo pontapés, bofetadas, puxões de cabelo ou agressões físicas por parte dos soldados. Alguns foram forçados a ficar em posições estressantes, incluindo ficar ajoelhados por horas com a cabeça baixa e as mãos amarradas atrás das costas, ou ficar sentados de joelhos por longos períodos, em alguns casos expostos ao sol. Alguns participantes...

Dezenas de pessoas concentraram-se frente ao Teatro Sã da Bandeira, em Santarém, nesta quarta-feira 8 de Outubro, para reiterar a sua solidariedade com o povo palestino até que sejam reconhecidos e concretizados os seus direitos nacionais.

A iniciativa partiu do CPPC, da CGTP-IN, do MPPM e do Projecto Ruído, no âmbito da campanha «Todos pela Palestina: Fim ao Genocídio! Fim à Ocupação!» e antecedeu a exibição do filme «Com a Alma na Mão, Caminha», da realizadora iraniana Sepideh Farsi, que o Cine-Clube de Santarém apresentou em ante-estreia.

Julie Neves, do CPPC, e José Oliveira, do MPPM, proferiram breves alocuções onde reafirmaram a urgência de se pôr fim ao genocídio em Gaza e à ocupação da Palestina, denunciaram a cumplicidade das potências «ocidentais» nos crimes de Israel e reclamaram a aplicação de sanções.

Foi feito um apelo para que continue a participação nas acções de solidariedade com a Palestina, designadamente as que se inserem na campanha «Todos pela Palestina», como o...

O MPPM repudia veementemente a acção das forças armadas de Israel que, na madrugada desta quarta-feira, interceptaram em águas internacionais, a 120 milhas náuticas (222 quilómetros) de Gaza, uma nova frota humanitária organizada pela Freedom Flotilla Coalition (FFC) e pela Thousands Madleens to Gaza (TMTG).

A frota integra o navio Conscience, da FFC, e oito veleiros da TMTG. O Conscience, que navega com pavilhão de Timor-Leste, transportava 96 tripulantes e passageiros de 21 nacionalidades, integrando médicos, enfermeiros, jornalistas, deputados e activistas, assim como ajuda humanitária vital no valor de mais de US$ 110.000 em medicamentos, equipamentos respiratórios e suprimentos nutricionais que se destinavam aos hospitais carenciados de Gaza.

Antes de perderem toda a comunicação esta manhã, os participantes a bordo do Conscience relataram ter sido atacados por um helicóptero militar israelita, enquanto as forças navais israelitas interceptaram e abordaram simultaneamente os veleiros...

Reputadas organizações internacionais e mesmo israelitas de direitos humanos e, agora, uma Comissão Internacional Independente, provaram, sem sombra de dúvida, que Israel está a cometer o crime de genocídio contra o povo palestino em Gaza. Mas, para além da indignação provocada pelo insuportável sofrimento e perda de vidas humanas, importa analisar aspectos que vão comprometer várias gerações futuras de Palestinos.

Está amplamente provado que a acção militar de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza configura a prática do crime de genocídio, um «crime de direitos dos povos» que as partes contratantes da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio — em que se incluem, nomeadamente, Portugal e Israel — se comprometem a prevenir e a punir. 

No processo movido pela África do Sul contra Israel pela prática do crime de genocídio, o Tribunal Internacional de Justiça considerou que havia um risco de genocídio e decretou, em 26 de Janeiro de 2024, medidas provisórias a...

Caras amigas e caros amigos:

Uma saudação a todas e a todos em nome do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).

Em mais esta manifestação de apoio ao povo palestino, reafirmamos a firme condenação ao genocídio em curso contra o povo palestino e à ocupação ilegal a que este está sujeito há décadas. O que Israel está a perpetrar em Gaza e na Cisjordânia é uma política deliberada de limpeza étnica, de destruição sistemática de um povo.

Estes crimes têm sido cometidos com o apoio político, diplomático e militar das grandes potências, em particular dos Estados Unidos, e com a cumplicidade activa da União Europeia, incluindo Portugal. A utilização da Base das Lajes por aviões militares americanos fornecidos a Israel é um exemplo inaceitável de como o nosso país se deixa arrastar para a cumplicidade com uma política genocida, ao invés de se afirmar do lado do direito internacional e dos princípios da Constituição da República que está obrigado a cumprir.

Há...

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) expressa a sua mais viva condenação por mais um acto de pirataria levado a cabo durante a noite pelo exército de Israel contra uma flotilha de ajuda humanitária com destino a Gaza, desta vez a Global Sumud Flotilla, na qual, recorde-se, viajam três cidadãos portugueses, a saber, Sofia Aparício, Miguel Duarte e Mariana Mortágua.

A intercepção das embarcações que integram a Flotilha e o rapto das pessoas que viajam a bordo ocorreu em águas internacionais, pelo que tal constitui uma violação grosseira do direito internacional que só pode merecer a mais viva censura de governos e organizações internacionais.

Convém sempre recordar que a Faixa de Gaza foi ocupada por Israel em 1967 e que essa condição de território ocupado se mantém inalterada, pese embora o desmantelamento dos colonatos e a relocalização das tropas de Israel nas margens do território ordenado pelo governo de Israel em 2005. No ano seguinte...

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) condena o chamado «plano de paz» para Gaza apresentado por Donald Trump, porque não representa uma proposta séria de paz, mas sim um ultimato inaceitável, exigindo a rendição completa dos palestinos ao mesmo tempo que isenta de qualquer obrigação Israel — o país responsável pela destruição de Gaza e pelo genocídio em curso. 

Na verdade, os termos do plano são tais que cabe perguntar se não foi elaborado propositadamente para ser rejeitado, justificando o prosseguimento da campanha genocida de Israel.

Elaborado nas costas dos palestinos e ignorando os seus direitos nacionais imprescritíveis, o plano em momento algum refere a perspectiva de um Estado palestino independente, limitando-se a uma vaga referência ao um «diálogo entre Israel e os Palestinos».

Silenciando o facto de que Gaza é um território ilegalmente ocupado por Israel, o plano acentua a separação entre Gaza e os territórios palestinos da Cisjordânia...

Exmo. Senhor Pedro Proença
Presidente da Federação Portuguesa de Futebol

Escrevemos-lhe em nome do MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente para apelar a que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tome medidas, nomeadamente através de um apelo público, para pressionar a UEFA e a FIFA a suspenderem Israel em consequência da sua reiterada violação dos direitos humanos dos palestinos.

O genocídio de Israel contra os palestinos em Gaza matou dezenas, senão centenas de milhares de palestinos, incluindo centenas de futebolistas e desportistas, e aniquilou a infra-estrutura futebolística de Gaza, como estádios, instalações de treino e campos.

De acordo com a Associação Palestina de Futebol (APF), desde Outubro de 2023, o número de futebolistas assassinados ou que morreram de fome chegou a 421, incluindo 103 crianças. 288 instalações desportivas foram parcial ou totalmente destruídas pelas forças israelitas em Gaza (268) e na Cisjordânia (20), incluindo...

Na manhã deste domingo, 28 de Setembro, realizou-se na Rua 19, em Espinho, um Acto Público integrado na campanha de solidariedade com o povo palestino «Todos pela Palestina! Fim ao genocídio! Fim à ocupação!» promovida por CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído.
No local esteve patente a exposição fotográfica «Gaza: Mar de Memórias e Luto» que tem sido mostrada em várias cidades do Norte do país.
Em representação do MPPM interveio Elsa Silva.


Fotos: Henrique Borges