A jovem palestina Malak A. Tantesh recebeu o prémio para jovem jornalista do ano dos Media Freedom Awards, atribuídos pela Society of Editors do Reino Unido, pelas reportagens que fez para o The Guardian a partir de Gaza durante 18 meses.
No artigo que escreve no The Guardian, Julian Borger diz: «Ela descreveu o impacto da guerra, a perda de parentes próximos e testemunhou em primeira mão as consequências dos bombardeamentos. Ela escreveu sobre o regresso da sua família ao seu local de nascimento, em Beit Lahia, para encontrar a sua casa em ruínas e o seu pomar destruído.» O MPPM publicou este artigo.
Em Outubro, Tantesh publicou um artigo relembrando dois anos de guerra, que levaram o povo de Gaza a atravessar “as portas do inferno”. Houve momentos, escreveu ela, em que os membros sobreviventes de sua família invejavam os mortos.
O júri disse que Tantesh «demonstrou imenso talento e coragem em algumas das condições mais difíceis já enfrentadas por um jornalista, continuando a reportar...
No espaço d’A Tentadora, na Covilhã, foi inaugurada, neste sábado 15 de Novembro, a exposição «Ilustradores pela Paz na Palestina» que contou com a participação de Marta Nunes, uma das ilustradoras representadas. Esta exposição reúne o trabalho artístico solidário de vinte e quatro dos melhores ilustradores portugueses da actualidade que responderam ao desafio que lhes foi feito pela curadora Ana Biscaia para exprimirem, com o seu trabalho, o seu sentir sobre o que se está a passar na Palestina. Denunciam a guerra e apelam ao cessar-fogo em Gaza e à paz, porque «ilustração é resistência».
Seguiu-se uma conversa, introduzida e moderada por Elisabet Carceller, d’A Tentadora, em que participaram Isabel Camarinha, do CPPC, José Oliveira, do MPPM e Sérgio Santos da União de Sindicatos de Castelo Branco, e que suscitou animadas intervenções dos presentes.
Uma breve incursão pela história da Palestina moderna permitiu concluir que, desde a sua génese, o objectivo do projecto sionista é a...
A Galeria Monumental, em Lisboa, acolheu no fim da tarde de sexta-feira, 14 de Novembro, uma iniciativa do MPPM que deu voz a diferentes facetas da resistência palestina.
Teresa Palma Fernandes fez as apresentações e Ahmad Alhusri protagonizou diversos momentos de interpretação de música do Levante.
Maria Emília Castanheira e Marcos d’Arede leram três Monólogos de Gaza do mesmo autor (Ashraf Al Soussi, nascido em 1994), escritos em três anos diferentes — 2010, 2014 e 2024 — e reflectindo os acontecimentos desses anos. Os Monólogos de Gaza são uma recolha de textos de jovens de Gaza feita pelo Ashtar Theatre de Ramala.
Em vídeo, Haneen Abualsoud, uma palestina refugiada de Gaza, que vive em Portugal desde 2018, deu um testemunho do que foi a sua vida sob ocupação e das dificuldades qie enfrentou para sair da Palestina e reunir em Portugal a sua família.
Maria Emília Castanheira e Marcos d’Arede voltaram para dar a palavra a poetas palestinos da resistência.
Nascido em Jerusalém (que então se encontrava sob mandato britânico) em 1 de Novembro de 1935, Edward Saïd, filho de palestinos cristãos protestantes, morreu em Nova Iorque a 25 de Setembro de 2003, vítima de leucemia, após uma carreira notável de professor nas mais prestigiadas universidades norte-americanas, de ensaísta brilhante e de activista político em defesa da Causa Palestina.
Devido à actividade comercial do pai, viveu os primeiros anos da sua vida entre o Cairo e Jerusalém, tendo a família emigrado para o Egipto com a independência do Estado de Israel em 1948. No Egipto frequentou várias escolas, nomeadamente o Victoria College (El-Nasr) de Alexandria, o estabelecimento privilegiado do ensino de inglês naquela cidade, onde teve colegas de vários países do mundo árabe, muitos dos quais se viriam a distinguir mais tarde na política, nas letras e nas artes, como o rei Hussein da Jordânia ou actor Omar Sharif.
Por ser um estudante turbulento, foi expulso daquela escola e os pais...
Na tarde deste sábado, 25 de Outubro, a Associação Moinho da Juventude, na Cova da Moura, Amadora, acolheu uma iniciativa inserida na campanha «Todos pela Palestina. Fim ao genocídio! Fim à ocupação» que pôs em diálogo tradições e culturas de Portugal, de Cabo Verde e da Palestina.
Num primeiro momento, assistimos a um batuque interpretado pela Batukadeiras Finka Pé e a uma exibição de dança dabke pelo grupo Handala Dabke, duas manifestações culturais que nasceram para animar ocasiões festivas mas que vieram a tornar-se símbolos de resistência anti-colonial, em Cabo Verde e no Mediterrâneo Oriental.
Com a presença do realizador Manuel Guerra, professor da Escola Superior de teatro e Cinema, na Amadora, foi em seguida projectado o filme «Cova da Moura na Palestina» que documenta a viagem de jovens do Grupo Comunitário de Teatro Fórum do Grupo do Teatro do Oprimido de Lisboa — DRK para participar na 3ª Edição do Festival Internacional de Teatro Fórum da Palestina que decorreu em 2011 sob o...
Nos primeiros dias de entrada em vigor do acordo de cessar-fogo, já Israel revela ser indigno de confiança exilando prisioneiros palestinos libertados, assediando as suas famílias e obstruindo a entrada de ajuda humanitária enquanto destrói instalações de organização humanitária.
Segundo o Gabinete de Imprensa dos Prisioneiros Palestinos, pelo menos 154 prisioneiros palestinos libertados na segunda-feira como parte da troca por reféns israelitas detidos em Gaza serão forçados ao exílio por Israel. No imediato são enviados para o Egipto de onde serão deslocados para outros países.
O exílio significa que as suas famílias poderão não conseguir viajar para o estrangeiro para se encontrar com eles devido à proibição de saída imposta por Israel. Significa também o fim da sua actividade política» devido à muito prováveis restrições a que estarão sujeitos nos países de exílio.
Famílias proibidas de festejar libertação
Entretanto surgem os relatos de acções de asédio dos militares israelitas contra...
O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), ao tomar conhecimento do acordo sobre Gaza agora anunciado entre a resistência palestina e Israel, considera positivo qualquer passo no sentido do alívio do sofrimento do povo palestino, após dois anos de genocídio e de destruições inauditas.
Trata-se agora de garantir que o acordo assegura um cessar-fogo permanente, o acesso efectivo e irrestrito da ajuda humanitária, o fim da agressão e a retirada das tropas israelitas.
Não basta a assinatura do acordo: é indispensável que Israel seja forçado a cumpri-lo, já que é bem conhecido que o regime sionista viola sistematicamente os acordos assinados, como ainda recentemente aconteceu com o acordo de Janeiro de 2025 e como tinha acontecido com os Acordos de Oslo.
Este acordo, ainda que insuficiente, é o resultado da firme e persistente resistência do povo palestino, do crescimento da mobilização internacional de solidariedade e do cada vez maior isolamento...
À medida que o genocídio de Israel contra os palestinos em Gaza se intensifica, possibilitado pelo apoio militar e político dos EUA, o Gabinete de Controlo de Activos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções a proeminentes organizações palestinas de direitos humanos, Al-Haq, Al Mezan Center for Human Rights e Palestinian Centre for Human Rights. Isto representa um grave ataque aos padrões de direitos humanos, à busca global pela justiça e ao respeito pelo direito internacional.
O trabalho dessas organizações em pesquisa jurídica, documentação e defesa dos direitos humanos tem lançado luz sobre as violações contínuas do direito internacional por parte de Israel. O seu envolvimento com mecanismos de justiça internacional, incluindo o Tribunal Penal Internacional (TPI), resultou na sua inclusão numa série mais ampla de sanções dos EUA aplicadas ao procurador e adjuntos do TPI, seis juízes do TPI e à relatora especial da ONU para os territórios palestinos...
No âmbito da na campanha de solidariedade com o povo palestino «Todos pela Palestina! Fim ao genocídio! Fim à ocupação!» promovida por CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído, foi exibida no Cinema Charlot – Auditório Municipal, em Setúbal, no sábado 27 de Setembro, a curta-metragem de ficção «Uma Laranja de Jaffa» do realizador palestino Mohammed Almughanni.
Marta Alves, professora nas áreas da Comunicação Cultural e da Imagem em Movimento no Instituto Politécnico de Setúbal, fez a apresentação do filme que já conquistou 19 prémios e teve mais 8 nomeações em festivais internacionais de cinema.
O filme conta a história de Mohammed, um jovem estudante palestino que está a tentar chegar a Jaffa, passando o check-point de Hizma depois de ter sido recusado em Qalandyia. O taxista Farouk, também palestino, arrisca que a sua viatura seja apreendida se as autoridades israelitas consideram que ele transporta ilegalmente Mohammed. Em pouco menos de 30 minutos, o realizador põe a nu a dura realidade...
Uma iniciativa do Movimento Nazaré pela Palestina, a que o MPPM aderiu, juntou nesta segunda-feira ao fim da tarde, na Praça Sousa Oliveira, mais de uma centena de pessoas numa vigília de celebração e reconhecimento do Estado da Palestina que contou com a presença da Embaixadora da Palestina e de membros da edilidade local.
Abílio Caseiro, em guitarra portuguesa, deu início ao evento, que teve apresentação de Inês Veríssimo do Movimento Nazaré pela Palestina.
A primeira intervenção da tarde pertenceu à Embaixadora da Palestina, Rawan Sulaiman, a quem foi feita a simbólica oferta de uma oliveira.
Seguiram-se intervenções do presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Manuel António Sequeira, eleito pelo PS, e de vereadores eleitos pelo PSD, Fátima Duarte, e pela CDU, João Delgado. Foi anunciado que a Câmara tinha aprovado por unanimidade uma moção recomendando ao governo o reconhecimento do Estado da Palestina.
Foram de seguida chamados a intervir os representantes das organizações de...