Uma delegação da CGTP-IN recebeu, na terça-feira 16 de Maio, os dois activistas palestinos que estiveram em Portugal, a convite do MPPM, com o objectivo de participarem num acto público sobre os 75 anos da Nakba.
Salim Nazzal e Nisreen Lubbad, acompanhados por Carlos Almeida, do MPPM, foram recebidos por João Coelho e Diniz Lourenço, da CGTP-IN.
Na reunião com a CGTP-IN, aqueles activistas deram o seu testemunho sobre a forma arbitrária como são tratados os trabalhadores nos postos de controle por parte dos militares da ocupação israelita. Humilhações, agressões físicas e, em muitos casos assassinatos, são o dia a dia destes homens e mulheres que apenas buscam uma forma de sustentar as suas famílias.
Por seu lado, a CGTP-IN deu nota das acções em solidariedade e defesa do povo palestino que têm sido desenvolvidas em conjunto com o MPPM e também do trabalho de informação que é prestado aos sindicatos com o objectivo de esclarecer os trabalhadores e sensibilizá-los para a causa Palestina.
O MPPM promoveu na segunda-feira 15 de Maio, na Casa do Alentejo em Lisboa, uma Sessão de Solidariedade com a Palestina evocativa dos 75 anos da Nakba, a catástrofe que rodeou a criação do Estado de Israel e se traduziu na expulsão de 750 000 palestinos das suas casas e terras, na destruição de 500 vilas e aldeias palestinas, na morte de 15 000 homens, mulheres e crianças palestinos.
A sessão foi presidida por Carlos Araújo Sequeira, presidente da Mesa da Assembleia Geral do MPPM, e contou com intervenções de João Vasconcelos-Costa, investigador, activista político e ensaísta, Nisreen Lubbad, refugiada e resistente palestina, Salim Nazzal, escritor, dramaturgo e poeta palestino, e Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM.
A anteceder as intervenções, observou-se um minuto de silêncio em memória das vítimas da repressão israelita na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Carlos Araújo Sequeira, jurista e presidente da Mesa da Assembleia Geral do MPPM. Activo nos movimentos pela paz e pela...
Salim Nazzal e Nisreen Lubbad, resistentes palestinos que se deslocaram a Portugal a convite do MPPM para participar na sessão comemorativa dos 75 anos da Nakba, estiveram reunidos, na segunda-feira 15 de Maio, com membros do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina (GPA-PP).
Salim e Nisreen foram acompanhados por Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM.
Pelo GPA-PP estiveram presentes a presidente, deputada Joana Mortágua (BE), o vice-presidente deputado Bruno Dias (PCP) e os deputados Tiago Brandão Rodrigues e Miguel Matos (PS).
Os dois palestinos apresentaram aos deputados uma informação actualizada sobre a situação na Palestina, que foi acolhida com muito interesse, e os deputados reiteraram as suas manifestações de solidariedade com a causa do povo palestino.
Salim Nazzal, escritor, dramaturgo e poeta palestino, nascido no Líbano e refugiado e residente na Noruega é secretário do Fórum Cultural Palestino Europeu. Escreveu 20 livros sobre cultura, teatro e poesia. É investigador...
Aviões de guerra israelitas renovaram os seus ataques aéreos contra várias localidades da Faixa de Gaza sitiada, pelo quarto dia consecutivo.
Hoje de manhã foram mortos dois palestinos e pelo menos cinco outros ficaram feridos num ataque aéreo israelita que teve como alvo um apartamento residencial no bairro de al-Nasser, a oeste da cidade de Gaza.
Os combates desta semana começaram na terça-feira, quando Israel lançou ataques aéreos simultâneos que mataram três comandantes da Jihad Islâmica e pelo menos 10 civis – algumas das suas mulheres, filhos e vizinhos – enquanto dormiam nas suas casas.
Israel alega que estava a retaliar a uma barragem de foguetes lançada na semana passada pela Jihad Islâmica após a morte de um dos seus membros na Cisjordânia ocupada, Khader Adnan, na sequência de uma greve de fome enquanto estava sob custódia israelita.
O número de palestinos mortos na agressão israelita contra a Faixa de Gaza, que teve início na madrugada de terça-feira, ascende até agora a 33...
Israel lançou, na madrugada desta terça-feira, um ataque aéreo contra a Faixa de Gaza que causou treze mortos palestinos, incluindo quatro crianças e quatro mulheres, e feriu outras vinte pessoas, incluindo três crianças e sete mulheres, deixando algumas em estado crítico.
O ataque foi lançado às 2 horas da manhã locais e envolveu 40 caças que bombardearam várias casas e edifícios residenciais na cidade de Gaza e em Rafah. No bombardeamento foram mortos, juntamente com as suas famílias, três comandantes das Brigadas al-Quds, o ramo militar da Jihad Islâmica Palestina, identificados como Jihad al-Ghannam, Khalil al-Bahtini e Tariq Izz al-Deen.
O ataque israelita vitimou também Jamal Khaswan, um conhecido dentista e presidente do conselho de administração do Hospital al-Wafa, bem como a sua mulher, Merfat Khaswan, e o seu filho, Yousef Khaswan. O Ministério da Saúde palestino lamentou a morte do Dr. Khaswan, que considerou «um homem de grande dedicação patriótica e médica».
O preso político palestino Khader Adnan, que se tornou um ícone da resistência palestina às políticas de detenção israelitas, morreu na prisão na madrugada desta terça-feira, após 87 dias de greve de fome em protesto contra a sua detenção administrativa.
Khader Adnan, da cidade de Arraba, a sul de Jenin, tinha 44 anos. Era casado com Randa Musa e pai de nove filhos. Foi detido em 5 de Fevereiro e entrou imediatamente em greve de fome ilimitada em protesto contra a sua detenção ilegal.
Os Serviços Prisionais de Israel (SPI) informaram que Adnan foi encontrado inconsciente na sua cela de isolamento na prisão de Ramleh, tendo sido declarado morto no hospital Assaf Harofeh.
Segundo a Samidoun – Rede de Solidariedade com os Presos Palestinos, Adnan recusou-se a interromper a greve, apesar da imensa pressão exercida para o fazer. Quando as forças de ocupação o acusaram de ser membro da Jihad Islâmica e de fazer discursos políticos ("incitamento") perante os seus tribunais militares, recusou-se...
O MPPM promoveu ontem, terça-feira, um debate subordinado ao tema «Palestina: Ocupação e Resistência», que decorreu no espaço da Associação de Estudantes da NOVA – FCSH, entidade co-organizadora.
O debate contou com a participação de Guilherme Vaz, em representação da Associação; Abdeljelil Larbi, professor de língua e literatura árabe moderna na NOVA-FCSH; Dima Mohammed, investigadora coordenadora no IFILNOVA – ArgLab; e Carlos Almeida, investigador no Centro de História da Universidade de Lisboa e vice-presidente do MPPM.
Serviram de mote para o debate duas efemérides que se assinalaram recentemente. Em 9 de Abril de 1948, milícias sionistas assaltaram e massacraram os habitantes da aldeia de Deir Yassin, uma etapa do plano de limpeza étnica que acompanhou a criação do Estado de Israel e que se traduziu numa catástrofe (Nakba) para o povo palestino. O dia 9 de Abril é também o aniversário do nascimento, em 1936, de Ghassan Kanafani, que viria a tornar-se um escritor e activista...
O violento assalto das forças de segurança israelitas ao complexo de Al-Aqsa – já usuais na altura do Ramadão – geraram natural reacção dos palestinos, a que Israel responde com a brutalidade usual. Surdo aos apelos à contenção por parte da comunidade internacional, Israel espalha a violência e o terror em Jerusalém, na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e até dentro de Israel, ameaçando mesmo passar as fronteiras do Líbano e da Síria, suscitando justificados receios de uma conflagração mais ampla.
Culminando o início de ano mais mortífero para os Palestinos nos últimos 20 anos, organizações extremistas judaicas apelaram aos seus fanáticos seguidores para ocuparem a Mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém Oriental durante a Páscoa judaica. Como reacção, os palestinos dispuseram-se a defender a sua mesquita ocupando-a durante a noite.
No entanto, antes do amanhecer de quarta-feira, a polícia israelita invadiu o complexo da Mesquita de Al-Aqsa, atacando dezenas de fiéis na Mesquita Al-Qibli.
Em 30 de Março de 1976, os palestinos da região de Nazaré – a norte, no território da Palestina ocupado pelo Estado de Israel – organizaram uma greve geral de um dia. Os protestos foram motivados pelos intentos do governo de Israel de expropriar terras palestinas para nelas instalar povoações judaicas. Os protestos pacíficos terminaram num banho de sangue: forças do Exército e da polícia de fronteira israelitas mataram seis palestinos cidadãos de Israel.
Desde então, o Dia da Terra, 30 de Março, tornou-se um dia de resistência e comemoração da terra para todos os palestinos.
A questão da terra e da sua posse sempre foi uma questão central: para os sionistas e para os palestinos.
Os sionistas procuraram, desde o início, apropriar-se do máximo de terra, expulsando os palestinos que nela viviam. É esse o sentido do crime fundacional de Israel, a limpeza étnica de mais de 700 000 palestinos que acompanhou a criação do Estado sionista, em 1948: a Nakba (catástrofe), de que este ano se...
A Câmara Municipal de Palmela aprovou, por unanimidade, na sua reunião de 15 de Março de 2023, uma moção «Pelo fim da escalada de violência na Palestina» na qual deliberou:
• Expressar a sua preocupação e repúdio face à grave escalada de violência; • Reiterar a urgência de fazer cumprir as Resoluções das Nações Unidas, o respeito pelo Direito Internacional e os Direitos Humanos e o fim da ocupação ilegal dos territórios palestinos por Israel; • Manifestar a sua solidariedade para com todas as pessoas afectadas pelo conflito israelo-árabe e o forte desejo de que seja encontrado e concretizado um caminho para a Paz.
A moção recorda que «Depois de no final de fevereiro, Israel e Palestina se terem comprometido a trabalhar em conjunto para acalmar a situação, num encontro realizado na vizinha Jordânia, a cidade de Huwara e várias aldeias vizinhas amanheceram em chamas, no dia seguinte, num ataque massivo de colonos israelitas que matou uma pessoa, feriu cerca de 350 e destruiu e saqueou três...