Resistência, Política e Sociedade Palestinas

Fuad Al-Shubaki, 83 anos, foi libertado na segunda-feira da prisão de Ashkelon, no centro de Israel, depois de cumprir uma pena de 17 anos de prisão, e foi transferido de ambulância para o posto de controlo de Tarqumia, a oeste da cidade de Hebron, onde foi recebido pela sua família.

Nascido em 1940, em Gaza, Al-Shubaki era um membro sénior da Fatah e acompanhou o falecido presidente palestino, Yasser Arafat, em muitas das suas visitas externas.

Em 3 de Janeiro de 2002, o exército israelita realizou a Operação Arca de Noé com o objectivo de capturar o navio Karen A no Mar Vermelho, alegando que o navio transportava equipamento militar para os palestinos.

Israel culpou Al-Shubaki pelo carregamento de armas e prendeu-o em 14 de Março de 2006 numa prisão na cidade de Jericó, onde tinha estado detido à guarda de norte-americanos e britânicos desde 2002. Foi condenado a 20 anos de prisão, mais tarde reduzidos para 17 anos.

Três palestinos foram mortos a tiro pelas forças de ocupação israelitas nesta manhã de domingo, perto do posto de controlo militar de Sarra, a sudoeste de Nablus na Cisjordânia ocupada.

Os soldados israelitas dispararam contra quatro palestinos que estavam dentro do seu veículo no posto de controlo, matando três deles. Os mortos foram identificados como Jihad Mohammad Shami, 24 anos, Udai Othman Shami, 22 anos, e Mohammad Ra'ed Dabek, 18 anos, todos residentes em Nablus.

O exército israelita alega que os soldados tinham disparado em resposta a tiros dos ocupantes do veículo, mas nenhum soldado israelita foi ferido.

Segundo testemunhas da aldeia vizinha do posto de controlo, pouco depois do tiroteio, os soldados israelitas invadiram as lojas e apreenderam as gravações das câmaras de vigilância inviabilizando a reconstituição do incidente.

No Dia Internacional da Mulher, o MPPM homenageia as mulheres que, em todo o mundo — em casa, nos campos, nas fábricas ou nos escritórios — lutam pela paz e pela liberdade, contra a opressão, a discriminação e a injustiça.

Neste ano de 2023, em que se assinalam 75 anos sobre a Nakba — a limpeza étnica que acompanhou a criação do Estado de Israel —, neste ano em que a repressão, a injustiça, o racismo e a segregação que vitimam o povo palestino não só continuam como se agravam, o MPPM presta especial homenagem às mulheres palestinas que, não obstante as duras condições, continuam a resistir, a trabalhar, a fazer viver a família, a educar os filhos.

Este ano de 2023 está a caminho de ser o mais mortífero para as palestinas e os palestinos que vivem na Cisjordânia. A brutalidade do exército de ocupação e dos colonos por ele protegidos não tem limites. Até ontem totalizavam 73 os palestinos mortos pelo ocupante, incluindo uma mulher idosa.

Dez palestinos, incluindo dois idosos e uma criança, foram mortos hoje num brutal assalto do exército israelita à cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia, enquanto mais de 100 foram feridos por balas vivas, sendo seis considerados em estado muito crítico.

Segundo testemunhas oculares, o exército israelita invadiu Nablus com seis dezenas de veículos blindados e forças especiais às 10 da manhã (8 horas em Lisboa). O exército bloqueou todas as entradas na cidade e cercou uma casa onde residiam dois resistentes palestinos, Hossam Isleem e Mohammad Abdulghani, alegadamente membros do grupo da resistência “Cova dos Leões”, e ambos foram mortos por recusarem render-se.

Os soldados, que, além de dispararem balas vivas, dispararam gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento contra casas e lojas, causando muitos casos de asfixia na cidade antiga densamente povoada o que provocou a reacção dos residentes.

O número de mortos do ataque do exército israelita à cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, aumentou para nove e o número de feridos para 20, estando quatro em estado crítico, segindo informação do Ministério da Saúde palestino.

Uma das vítimas mortais é uma idosa identificada como Magda Obaid, de 60 anos. Não foram reportadas baixas do lado israelita.

As forças israelitas lançaram um assalto em grande escala e sitiaram o campo de refugiados nas primeiras horas desta quinta-feira com forças infiltradas, dezenas de veículos blindados e franco-atiradores. Em breve eclodiram confrontos armados com combatentes da resistência palestina.

Os soldados fortemente armados abriram fogo contra os jovens locais, que tentavam bloquear a sua entrada, ferindo sete, incluindo um gravemente ferido por munições vivas no peito e na coxa.

Israel libertou na madrugada desta quinta-feira, ao fim de 40 anos, Karim Younis, o preso político palestino há mais tempo detido nas prisões israelitas.

Younis, de 66 anos, da cidade árabe de Ara, no norte de Israel, foi detido a 6 de Janeiro de 1983, e condenado a prisão perpétua, que mais tarde foi comutada para 40 anos.

Karim Younis foi libertado sem preparação e transportado em carros da polícia para Ranana, uma cidade a norte de Telavive. Aí, com ajuda de um transeunte, conseguiu contactar um familiar, que o veio recolher.

Na sua cidade natal foi acolhido em euforia por grande número de familiares e amigos que ignoraram os avisos dos serviços secretos militares israelitas que dias antes tinham visitado a família de Younis dizendo-lhes para não festejarem.

Neste dia 29 de Novembro passam três quartos de século da aprovação da Resolução 181 pela Assembleia Geral da ONU, prevendo a partição da Palestina, então sob Mandato britânico. Mas se logo em 1948 foi criado o Estado de Israel, nenhum Estado independente da Palestina jamais viu a luz do dia.

A descolonização da Palestina nunca chegou a acontecer. O colonizador britânico foi substituído por um Estado de colonos provenientes dos quatro cantos do mundo, que não apenas se apropriou dum território que excedia em muito o previsto na Resolução 181 de 1947 como tem mantido, desde 1967, o restante território palestino sob ocupação.

O MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente — denuncia e condena a brutal escalada de violência do ocupante israelita sobre o povo palestino, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ao mesmo tempo que saúda as manifestações de unidade, expressas tanto na resistência popular na Palestina ocupada, como na aproximação das forças políticas recentemente reunidas na Argélia.

A repressão israelita nos territórios palestinos ocupados está a assumir proporções de enorme gravidade, a que urge pôr rapidamente cobro. São praticamente diários os assassinatos de palestinos pelas forças repressivas israelitas, bem como os actos de violência levados a cabo por colonos em toda a Cisjordânia.

As 30 fotografias que compõem o projecto Habibi, de Antonio Faccilongo, vencedor do prémio História do Ano 2021 da World Press Photo, estão em exibição na Galeria Narrativa, em Lisboa, até 28 de Outubro.

Habibi, que significa "o meu amor" em árabe, é uma crónica de histórias de amor que têm como pano de fundo um dos mais longos e complicados conflitos da história moderna. O fotógrafo pretende mostrar o impacte do conflito nas famílias palestinas, e as dificuldades que enfrentam na preservação dos seus direitos reprodutivos e da dignidade humana. O fotógrafo opta por não se concentrar na guerra, na acção militar e nas armas, mas na recusa das pessoas em se renderem à prisão, e na sua coragem e perseverança para sobreviverem numa zona de conflito.

Trinta palestinos sob detenção administrativa em prisões israelitas estão em greve de fome aberta pelo oitavo dia consecutivo em protesto contra a política israelita de detenção administrativa sem acusação nem julgamento.

A Sociedade dos Presos Palestinos (SPP), um grupo de defesa dos prisioneiros, espera que mais prisioneiros se juntem à greve no caso de Israel executar mais ordens de detenção administrativa.

A SPP declarou que esta medida surge como uma continuação dos prolongados esforços dos palestinos para pôr fim à política de detenção administrativa de Israel e perante a ampla escalada de detenção administrativa por parte das autoridades de ocupação israelitas, visando os defensores dos direitos humanos palestinos, estudantes, políticos e antigos prisioneiros, e incluindo mulheres, crianças e pessoas idosas.

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