Assinalam-se este ano 75 anos da Nakba, a catástrofe que em 1948 se abateu sobre o povo palestino.
São 75 anos de limpeza étnica e colonização, de guerra, de massacres e violências às mãos dos governos de Israel.
São 75 anos de exílio, de memórias silenciadas, de luta pelo reconhecimento do direito a contar a sua história.
São 75 anos de humilhações, de perseguições, de prisões, torturas e assassinatos.
São 75 anos de resistência diária, persistente, incessante, a defender cada casa, cada oliveira, a fazer de cada diáspora o lugar onde a esperança se reinventa.
São 75 anos de desrespeito pela promessa da ONU de criar um Estado da Palestina, de violação do direito internacional.
São 75 anos de promessas nunca cumpridas, de futuros sempre adiados, de persistente e continuado desrespeito pelo direito internacional, de cumplicidades e indiferença com a injustiça e a ilegalidade.