Guerra, Militarismo, Desarmamento

Numa organização conjunta do CPPC e do MPPM, teve lugar no Fórum Lisboa, na tarde deste sábado, 26 de Outubro um Concerto pela Paz e de Solidariedade com a Palestina.

Com apresentação da actriz Maria João Luís, abriu o espectáculo o Coro Lopes Graça, da Academia dos Amadores de Música.

Ilda Figueiredo, presidente da Direcção Nacional do CPPC, e Carlos Almeida, vice-presidente da DN do MPPM, em breves intervenções, agradeceram a todos os que tornaram possível esta iniciativa e enfatizaram a importância da solidariedade internacional no apoio à causa do povo palestino e de todos os povos vítimas das agressões de Israel, e na defesa da Paz no Médio Oriente e em todo o mundo.

A tarde musical prosseguiu com a actuação do cantor gaúcho Udi Fagundes e de Alexandre Monteiro, José Baião e Zé Pinho.

O grupo Handala Dabke PT fez uma demonstração desta dança tradicional palestina que é também uma forma de resistência e de afirmação da identidade nacional.

A bandeira portuguesa foi finalmente retirada do navio Kathrin, segundo informação do ministério português dos Negócios Estrangeiros (MNE) veiculada pela comunicação social. O Kathrin, como o MPPM denunciou em comunicado de 23 de Agosto passado, transportava material militar com destino a Israel e, ao navegar com pavilhão português, punha o nosso país em violação do direito internacional e do direito internacional humanitário.

O Kathrin transporta oito contentores de explosivos RDX Hexogen — que municiam os mísseis com que Israel conduz a sua campanha genocida contra o povo palestino — embarcados no porto vietnamita de Hai Phong em 22 de Julho. Suspeitas sobre a sua carga, que viriam a ser confirmadas, negaram-lhe a entrada em portos da Namíbia e de Angola.

O MPPM denuncia e condena a participação de peritos de universidades israelitas comprometidas com a ocupação colonial e com o genocídio do povo palestino no processo de avaliação de unidades portuguesas de investigação e desenvolvimento.

Segundo o Programa Plurianual de Financiamento de Unidades de I&D 2023/2024 da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), pelo menos três painéis integram avaliadores de universidades israelitas que se destacam pelo seu apoio às forças armadas israelitas (IDF) na sua acção de repressão e agressão ao povo

Os painéis de Ciências da Educação, de Psicologia e de Ciência e Engenharia dos Materiais e Nanotecnologia incluem avaliadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, da Universidade de Telavive e do Instituto de Tecnologia de Israel – Technion, de Haifa.

Universidade Hebraica de Jerusalém

O MPPM condena a escalada da agressão israelita contra o Líbano registada nos últimos dias, incrementada, note-se, ao redor dos dias em que se assinalavam os 42 anos dos Massacres de Sabra e Chatila.

As provocações, ingerências, bombardeamentos, ocupação, assassinatos selectivos e indiscriminados e outras acções de Israel contra o Líbano, assim como contra outros países da região, têm sido uma constante nas últimas décadas, aumentados nos últimos meses em quantidade e gravidade, em simultâneo com o agravamento do genocídio contra o povo palestino.

A explosão de milhares de aparelhos de comunicação pessoal verificada nos dias 17 de Outubro e seguintes constituiu uma autêntica operação terrorista. A forma como foi praticado este acto – indiscriminado e sem qualquer preocupação de contenção das potenciais vítimas – representa mais um triste marco no longo e sangrento rol de crimes do regime sionista.

Israel acaba de lançar uma campanha de terrorismo sobre o Líbano a todos os títulos condenável. Fez explodir milhares de equipamentos individuais de telecomunicações, sem um alvo militar preciso, antes actuando de forma indiscriminada, ferindo ou matando tanto os utentes como quem se encontrava próximo.

Entre os ataques de terça-feira e quarta-feira, contam-se dezenas de mortos e milhares de feridos, algumas centenas em estado crítico. Os explosivos e software de detonação foram introduzidos no fabricante ou substituídos durante o transporte internacional.

O MPPM teve acesso a informações credíveis que dão conta que o navio de pavilhão português Kathrin (IMO 9570620, MMSI 255806285) registado no MAR – Registo Internacional de Navios da Madeira e que nesta altura navega junto ao Cabo da Boa Esperança, transporta material militar com destino a Israel. A confirmar-se, esta notícia reveste-se da maior gravidade e exige um esclarecimento peremptório e detalhado da parte do Governo Português.

A ser verdadeira esta informação, ela significa que Portugal está directamente envolvido, no caso através do Registo Internacional de Navios da Madeira, no apoio militar a Israel quando este país leva a cabo uma campanha genocida sobre a população palestina da Faixa de Gaza que provocou já a morte confirmada de mais de dois por cento da população daquele território, na sua maioria mulheres e crianças.

O MPPM condena os recentes assassínios por Israel de altos dirigentes de forças de resistência, os quais evidenciam um propósito de comprometer quaisquer esforços de construção da paz e de provocar uma guerra regional de consequências imprevisíveis.

O assassínio por Israel de Ismail Haniyeh, dirigente do movimento Hamas e ex-primeiro-ministro do Estado da Palestina, e de Fuad Shukur, comandante de primeiro plano do Hezbollah libanês (ao mesmo tempo que prossegue o bárbaro genocídio na Faixa de Gaza), põe mais uma vez em evidência o carácter criminoso, belicista e fora-da-lei do Estado sionista.

Os dois assassínios, realizados no espaço de doze horas, põem também em evidência que a questão palestina e a paz no Médio Oriente estão indissoluvelmente ligadas.

Os assassínios tiveram lugar nas capitais do Líbano e do Irão, e neste caso numa ocasião particularmente simbólica, a tomada de posse do novo presidente da República.

No ataque aéreo israelita ao campo de refugiados de Mawasi, no distrito de Khan Younis, na Faixa de Gaza, no passado sábado, 13 de Julho, foram mortas pelo menos 90 pessoas e 300 ficaram feridas. O campo de al-Mawasi era uma "zona segura" designada por Israel.

Segundo o governo israelita, o ataque tinha por objectivo atingir o comandante militar do Hamas, Mohammed Deif. Nesse contexto, a extensão do massacre está dentro do número de 100 “vítimas colaterais” considerado aceitável por Israel nos ataques a quem pensa ser dirigente de topo do Hamas ou da Jihad Islâmica Palestina. E é notório que Israel nada faz para reduzir o risco de fazer vítimas civis, se é que isso não faz mesmo parte da sua campanha de terror.

O programa “Alfazema”

Na tarde de sábado, 11 de Maio, à semelhança do que vem acontecendo em várias cidades do país, por iniciativa do CPPC, da CGTP-IN, do MPPM e do Projecto Ruído, realizou-se em Torres Novas uma acção pela Paz no Mundo, por uma Palestina Livre, dizendo Não à Guerra!

Numa concentração no Jardim das Rosas, exigiu-se o fim do genocídio do povo palestino e um cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza. Defendeu-se uma Palestina livre e independente, condenou-se a corrida aos armamentos e apelou-se ao prosseguimento da luta pela Paz no Mundo.

Nesta concentração, os participantes afixaram bandeiras pela Paz no Mundo e na Palestina, e, para além das intervenções em representação das organizações promotoras, houve ainda um testemunho da familiar de um cidadão palestino.

Em Coimbra, ao final da tarde desta quarta-feira dia 8 de Maio, algumas centenas de pessoas manifestaram-se pela Paz no Mundo, por uma Palestina Livre e por um rotundo Não à Guerra!

Convocados pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), pelo Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no Médio Oriente (MPPM), pela União dos Sindicatos de Coimbra/CGTP-IN e pelo Projecto Ruído - Associação Juvenil, foram na sua maioria jovens que desfilaram desde a margem esquerda da Ponte de Santa Clara atravessaram a Praça da Portagem e seguiram pela ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz até à Praça 8 de Maio.

Transportaram panos do Núcleo de Coimbra do CPPC e do Núcleo de Coimbra do MPPM, assim como dezenas de bandeiras de ambas as organizações, bem como imensas pancartas de apoio ao Povo Palestino e de protesto contra a agressão do Estado de Israel.

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