Guerra, Militarismo, Desarmamento

No dia 6 de Maio, na Biblioteca Municipal de Gaia, procedeu-se ao lançamento do livro «Encontro pela Paz: Nos 50 anos do 25 de Abril, pela Paz todos não somos demais», edição do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC). A obra colige todas as intervenções feitas no extraordinário Encontro pela Paz de 28 de Outubro de 2023 que reuniu mais de 800 pessoas no Pavilhão Municipal de Oliveira do Douro e que, para a sua concretização, contou com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.

Presentes na Biblioteca representantes de várias associações e movimentos co-organizadores deste histórico Encontro. Na mesa, Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção Nacional do CPPC, a vereadora da cultura da C.M. de V. N. de Gaia, Paula Carvalhal, e José António Gomes, membro da Direcção Nacional do MPPM.

1. O genocídio israelita na Palestina prossegue de forma implacável. Violando a Resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU, de 25 de Março, Israel não acatou o cessar-fogo, nem permitiu a livre entrada de ajuda humanitária em Gaza. Pelo contrário, Israel prossegue com bombardeamentos em todo o território da Faixa de Gaza, e ameaça lançar uma ofensiva terrestre sobre a cidade de Rafah, onde se concentra hoje a maioria da população desalojada da Faixa de Gaza que, segundo números da ONU, totaliza um milhão e setecentas mil pessoas.

A Marinha Portuguesa está a testar o veículo submarino não tripulado BlueWhale desenvolvido conjuntamente pela ELTA Systems, uma subsidiária da Israel Aerospace Industries (IAI), e pela Atlas Elektronik, uma subsidiária da empresa alemã Thyssenkrupp Marine Systems, segundo noticia o jornal digital Intelligence Online na sua edição de 25 de Abril.

O BlueWhale foi apresentado em Maio de 2023 e participou no exercício Dynamic Messenger da NATO, que decorreu de 18 a 29 de Setembro passado ao largo de Tróia, Portugal. Segundo a imprensa especializada, pode realizar, nomeadamente, missões de informações, vigilância e reconhecimento; medidas de apoio à guerra electrónica; contramedidas anti-minas; guerra anti-submarina; detecção de pirataria, terrorismo e imigração ilegal.

A Direcção Nacional do MPPM, reunida para analisar a situação na Palestina e no Médio Oriente, condena a agressão genocida de Israel contra o povo palestino e a escalada belicista na região, exige o respeito pelo direito internacional, apela a um cessar-fogo imediato e saúda a resistência do povo palestino e todas as forças que o apoiam na sua luta pela concretização dos seus direitos inalienáveis.

Em 27 de Dezembro de 2008, Israel lançou a «Operação Chumbo Fundido», um ataque militar maciço de 23 dias contra a Faixa de Gaza. O ataque, em que foram mortos cerca de 1400 palestinos, sendo mais de 300 menores, foi o mais brutal desde a Nakba até então. Investigações independentes provaram a prática de crimes de guerra por parte de Israel.

Na Cidade de Gaza, meia-hora antes do meio-dia de sábado, 27 de Dezembro de 2008, as crianças regressam da escola e as ruas estão repletas de pessoas. Poucos minutos mais tarde, mais de 230 estarão mortas e cerca de sete centenas estarão feridas. Israel acaba de desencadear o seu covarde ataque que baptiza de «Operação Chumbo Fundido».

No sábado 28 de Outubro realizou-se, com a presença de cerca de 800 pessoas, o III Encontro pela Paz promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e mais 12 organizações e entidades, nomeadamente o MPPM, as Câmaras Municipais de Vila Nova de Gaia, Évora e Setúbal, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN), a Juventude Operária Católica (JOC), a Federação Nacional de Professores (FENPROF), a Confederação Portuguesa de Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD), a Obra Católica Portuguesa das Migrações, os Municípios pela Paz, o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e a União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP).

José António Gomes | É legítima a resistência dos Palestinos à ocupação
José António Gomes | É legítima a resistência dos Palestinos à ocupação
Jorge Cadima | A Paz é urgente, a Paz é inadiável!
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Carlos Almeida | Ninguém pode dizer: eu não sabia!
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Entre 21 e 23 de Julho, a Plataforma para a Paz e o Desarmamento – que o MPPM integra – organizou o Acampamento «Dêem Uma Oportunidade à Paz» que reuniu em Melides centenas de jovens de todo o país.

Com o apoio da Câmara Municipal de Grândola e a adesão de mais de três dezenas de organizações, o evento teve início na noite de sexta-feira, 21, com um concerto no Parque de Feiras em que actuaram Ruth Marlene, Pedro Mafama e os Bateu Matou.

No dia de sábado, 22, os jovens deslocaram-se para a Praia de Melides, onde participaram num torneio de voleibol e protagonizaram um acto de solidariedade com as crianças de Gaza integrado na campanha mundial «Nadar com Gaza».

Por iniciativa do CPPC, coincidindo com a cimeira da NATO que estava a ter lugar em Vilnius, realizou-se ontem, quarta-feira, uma Tribuna Pública «Paz Sim! NATO Não!», no Largo José Saramago em Lisboa. Jorge Cadima interveio, em representação do MPPM, para denunciar as agressões da NATO, dos seus Estados membros e dos seus aliados regionais, no Médio Oriente.

A Tribuna foi moderada por Julie Neves, do CPPC.

Na primeira intervenção, Rita Janeiro (CPPC), apelou à assinatura da petição que reclama a adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares.

Seguiu-se João Coelho (CGTP) que denunciou a escalada da corrida aso armamentos e a expansão da NATO a todo o mundo.

Interveio, depois, Jorge Cadima (MPPM).

NATO, instrumento de dominação dos Estados Unido no Médio Oriente

Muitas centenas de pessoas desfilaram ontem, sábado, na Baixa de Lisboa na última da série de acções de rua que, por iniciativa do CPPC, a que o MPPM e mais quatro dezenas de organizações aderiram, tiveram lugar no Porto, em Coimbra, em Faro, no Funchal e agora em Lisboa, para reclamar «Parar a Guerra! Dar uma Oportunidade à Paz!».

Partindo do Largo de Camões, a manifestação desceu o Chiado até à Praça do Município onde actuou Sebastião Antunes, antecedendo as intervenções de José Pinho, do Projecto Ruído, Isabel Camarinha, da CGTP-IN, e Ilda Figueiredo, do CPPC.

Fernando Lopes Jorge, que fez as apresentações, recordou o Apelo para a participação neste acto público:

É preciso continuar a defender a paz mobilizando e reunindo todas as vontades empenhadas nesta causa plena de actualidade e importância.

Centenas de pessoas encheram ontem, 15 de Junho, a Praceta da Palestina, no Porto, em resposta ao apelo lançado pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação «Parar a guerra! Dar uma oportunidade à Paz» a que aderiram mais de 40 organizações, entre as quais o MPPM.

Depois de um momento musical com Miro Couto, a jovem Joana Machado e Luis Afonso apresentaram a iniciativa, a que se seguiram as intervenções de Cristina Nogueira em nome da USP/CGTP-IN e Ilda Figueiredo em nome do CPPC.

Como se refere no apelo, «é urgente parar a confrontação e a guerra, seja na Palestina, no Sara Ocidental, na Síria, no Iémen, no Sudão ou na Ucrânia, com as trágicas consequências e os sérios perigos que comportam».

Não podemos deixar esquecer que o povo palestino é vítima de uma agressão continuada há 75 anos mas que é coberta com um insuportável manto de silêncio.

As iniciativas vão prosseguir hoje e amanhã em Coimbra, Faro, Funchal e Lisboa.

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