Gaza

O mural que homenageia o Povo Palestino, na Rua Voz do Operário, em Lisboa, foi objecto, neste fim-de-semana, de mais uma acção de restauro para reparar os efeitos de acções de vandalismo de que tem sido alvo.

Inaugurado em 29 de Novembro de 2024, no Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, com projecto do muralista António Alves, este mural, construído com o contributo de muitas pessoas, individuais e colectivas, expressa de forma bem marcante a solidariedade do povo português com o povo palestino e afirma as exigências de libertação dos presos palestinos, do fim do genocídio em curso e da entrada urgente de ajuda humanitária em Gaza, do fim do apartheid e da ocupação e do reconhecimento do Estado da Palestina por parte do governo português.

Um ano volvido, destas exigências apenas o reconhecimento do Estado da Palestina pelo governo português se concretizou, ainda que de forma tardia e insuficiente. Por isso, continuaremos a tudo fazer para manter vivo este manifesto de...

Realizou-se em Loulé, na sexta-feira, 7 de Novembro, mais uma iniciativa inserida na Campanha «Todos pela Palestina! Não ao genocídio! Não à ocupação!» promovida pela CGTP-IN, CPPC, MPPM e Projecto Ruído e que conta já com mais de 140 organizações subscritoras. 

A iniciativa começou com um Desfile desde o Coreto até ao Centro Cultural de Loulé. Aqui, com apresentação de Catarina Teixeira, intervieram Catarina Marques (US Algarve/CGTP-IN), José Oliveira (MPPM) e Isabel Camarinha (CPPC) que denunciaram o desrespeito por Israel do cessar fogo, a insuficiência da ajuda humanitária que entra na Faixa de Gaza e a continuação do crescimento dos colonatos na Cisjordânia. Reafirmaram a exigência do fim do genocídio e da garantia dos direitos nacionais do povo palestino. 

Houve ainda oportunidade para ouvir os músicos Luís Galrito e António Hilário que se associaram a esta jornada de solidariedade com a luta do povo palestino.

Fotos. CPPC

O mau tempo não impediu dezenas de pessoas de se reunir na Baixa da Banheira, junto à estação da CP, na sexta-feira, 31 de Outubro, para manifestar a sua solidariedade com o povo palestino e reclamar o fim do genocídio em Gaza.

Com apresentação de Eli Rodrigues (STAL), houve intervenções de Carlos Silva (MPPM), Rui Garcia (CPPC) e Nuno Santos (CGTP-IN) que denunciaram a continuação do genocídio que Israel leva a cabo em Gaza, com constantes violações do cessar-fogo e bloqueios à entrada de ajuda humanitária. Denunciaram também a cumplicidade dos Estados Unidos e da maioria dos países da União Europeia que continuam a comerciar e cooperar militarmente com Israel. Reclamaram o fim da ocupação da Palestina e do bloqueio a Gaza.

Esta iniciativa inseriu-se na campanha «Todos pela Palestina. Fim ao genocídio! Fim à ocupação!» que o CPPC, a CGTP-IN, o MPPM e o Projecto Ruído estão a promover e que culminará no dia 29 de Novembro com manifestações nacionais em Lisboa e no Porto.

Nesta sexta-feira, 31 de Outubro, dezenas de pessoas reuniram-se ao fim da tarde na Praça Bocage, em Setúbal, para reafirmar a sua determinação de continuar a manifestar a sua solidariedade com o povo palestino até os seus direitos nacionais serem reconhecidos e concretizados.

Nas suas intervenções, José Oliveira (MPPM), Isabel Camarinha (CPPC) e Luís Leitão (US Setúbal / CGTP-IN) – que foram apresentados por Marta Alves – denunciaram a continuação do genocídio que Israel leva a cabo em Gaza, com constantes violações do cessar-fogo e bloqueios à entrada de ajuda humanitária. Denunciaram também a cumplicidade dos Estados Unidos e da maioria dos países da União Europeia que continuam a comerciar e cooperar militarmente com Israel.

Esta iniciativa inseriu-se na campanha «Todos pela Palestina. Fim ao genocídio! Fim à ocupação!» que o CPPC, a CGTP-IN, o MPPM e o Projecto Ruído estão a promover e que culminará no dia 29 de Novembro com manifestações nacionais em Lisboa e no Porto.

Desde a implementação do acordo de cessar-fogo em Gaza, em 10 de Outubro, Israel entregou os corpos de 195 presos palestinos que morreram em cativeiro. Muitos evidenciam sinais de tortura e execução sumária. Pelo menos 135 corpos vieram de Sde Teiman, um centro de detenção notório que já enfrenta acusações de tortura e mortes ilegais de presos sob custódia. 

Pelo menos 75 detidos palestinos morreram em prisões israelitas desde 7 de Outubro de 2023, de acordo com a ONU. Para o Clube dos Prisioneiros Palestinos, esse número ascende a 80. De acordo com a mesma fonte, o número total de mortos entre os prisioneiros e detidos cujas identidades são conhecidas desde 1967 subiu para 317, mas este número será mais elevado, pois há informações sobre dezenas de detidos que foram sumariamente executados após a sua prisão, especificamente os de Gaza.

Sinais de tortura e execuções sumárias

Há anos que são comuns relatos de que Israel tortura detidos palestinos nas suas prisões, e estes aumentaram desde...

O Tribunal Internacional de Justiça considera que Israel tem a obrigação, no que respeita à população do Território Palestino Ocupado, de assegurar a prestação de ajuda humanitária, de permitir o acesso e de proteger pessoas e instalações da ONU, de organizações internacionais e de Estados terceiros, de não proceder a transferências forçadas e deportações, de não recorrer ao uso da fome de civis como método de guerra e de permitir a visita da Cruz Vermelha aos presos palestinos.

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) emitiu ontem, 22 de Outubro, o seu parecer consultivo sobre as obrigações de Israel em relação à presença e às actividades das Nações Unidas, outras organizações internacionais e Estados terceiros no Território Palestino Ocupado (TPO) e em relação a ele.

O pedido de parecer consultivo tinha sido transmitido ao Tribunal pelo Secretário-Geral das Nações Unidas por carta de 20 de Dezembro de 2024 dando cumprimento à resolução 79/232 da Assembleia Geral.

Invocando o direito...

Ao fim da tarde desta quarta-feira, 15 de Outubro, teve lugar, junto à estação de Campanhã, no Porto, um acto de solidariedade com a Palestina promovido por CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído e integrado na campanha «Todos pela Palestina: Fim ao genocídio! Fim à ocupação!».

Foi mostrada a exposição «Gaza: Mar de Memórias e Luto» e registaram-se intervenções de .Rita Costa, USP/CGTP-IN, José António Gomes, MPPM, e Manuela Branco Santos, CPPC, com enquadramento e transições por Vitor Pinho.

Nos dois últimos dias, as forças israelitas mataram vários civis palestinos, em Gaza, em clara violação do cessar-fogo. Enquanto isso, os seus dirigentes ameaçam recomeçar a guerra mal termine a troca de reféns.

Vários civis palestinos foram mortos pelas forças israelitas, em Gaza, apesar do acordo de cessar-fogo em vigor. Seis pessoas foram mortas nesta terça-feira por disparos de drones quando inspeccionavam as suas casas no bairro de Shuja'iyya, a leste da cidade de Gaza. Na segunda-feira, uma pessoa foi morta e outra ferida num ataque com drones na cidade de Al-Fakhari, a leste de Khan Yunis, no Sul de Gaza. Várias outras pessoas ficaram feridas num ataque israelita ao campo de refugiados de Halawa, em Jabalia al-Balad, no Norte.

Entretanto, sem surpreender, Israel ameaça retomar a guerra mal termine a troca de reféns. 

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, escreveu no X:

«O grande desafio de Israel após a fase de devolução dos reféns será a destruição de todos os túneis...

Nos primeiros dias de entrada em vigor do acordo de cessar-fogo, já Israel revela ser indigno de confiança exilando prisioneiros palestinos libertados, assediando as suas famílias e obstruindo a entrada de ajuda humanitária enquanto destrói instalações de organização humanitária.

Segundo o Gabinete de Imprensa dos Prisioneiros Palestinos, pelo menos 154 prisioneiros palestinos libertados na segunda-feira como parte da troca por reféns israelitas detidos em Gaza serão forçados ao exílio por Israel. No imediato são enviados para o Egipto de onde serão deslocados para outros países.

O exílio significa que as suas famílias poderão não conseguir viajar para o estrangeiro para se encontrar com eles devido à proibição de saída imposta por Israel. Significa também o fim da sua actividade política» devido à muito prováveis restrições a que estarão sujeitos nos países de exílio.

Famílias proibidas de festejar libertação

Entretanto surgem os relatos de acções de asédio dos militares israelitas contra...

A Freedom Flotilla Coalition (FFC) confirma que Israel continua a sujeitar a maus tratos e a manter ilegalmente detidos na prisão de Ktzi'ot, no deserto de Naqab (Negev), membros da frota assaltada em águas internacionais em 8 de Outubro.

No assalto à frota FFC / Thousand Madleens to Gaza (TMTG) a 120 milhas náuticas (220 km) de Gaza Israel procedeu à transferência forçada de nove embarcações e 145 voluntários internacionais de mais de 25 países para o porto de Ashdod. Até ao momento, apenas 89 dos 145 participantes foram libertados.

Três dos detidos, Huwaida Arraf (palestina/americana), Zohar Chamberlain Regev (israelita/alemã) e Omer Sharir (israelita), continuam presos na prisão de Shikma, em Ashkelon. São acusados de  «infiltração numa área militar não autorizada» e foram ameaçados de continuar detidos indefinidamente se não assinarem a documentação a reconhecer o «crime». Todos os três recusaram e estão em greve de fome.

Mélissa Camara, uma deputada europeia negra francesa, é a única...