Gaza

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) expressa a sua mais viva condenação por mais um acto de pirataria levado a cabo durante a noite pelo exército de Israel contra uma flotilha de ajuda humanitária com destino a Gaza, desta vez a Global Sumud Flotilla, na qual, recorde-se, viajam três cidadãos portugueses, a saber, Sofia Aparício, Miguel Duarte e Mariana Mortágua.

A intercepção das embarcações que integram a Flotilha e o rapto das pessoas que viajam a bordo ocorreu em águas internacionais, pelo que tal constitui uma violação grosseira do direito internacional que só pode merecer a mais viva censura de governos e organizações internacionais.

Convém sempre recordar que a Faixa de Gaza foi ocupada por Israel em 1967 e que essa condição de território ocupado se mantém inalterada, pese embora o desmantelamento dos colonatos e a relocalização das tropas de Israel nas margens do território ordenado pelo governo de Israel em 2005. No ano seguinte...

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) condena o chamado «plano de paz» para Gaza apresentado por Donald Trump, porque não representa uma proposta séria de paz, mas sim um ultimato inaceitável, exigindo a rendição completa dos palestinos ao mesmo tempo que isenta de qualquer obrigação Israel — o país responsável pela destruição de Gaza e pelo genocídio em curso. 

Na verdade, os termos do plano são tais que cabe perguntar se não foi elaborado propositadamente para ser rejeitado, justificando o prosseguimento da campanha genocida de Israel.

Elaborado nas costas dos palestinos e ignorando os seus direitos nacionais imprescritíveis, o plano em momento algum refere a perspectiva de um Estado palestino independente, limitando-se a uma vaga referência ao um «diálogo entre Israel e os Palestinos».

Silenciando o facto de que Gaza é um território ilegalmente ocupado por Israel, o plano acentua a separação entre Gaza e os territórios palestinos da Cisjordânia...

Na manhã deste domingo, 28 de Setembro, realizou-se na Rua 19, em Espinho, um Acto Público integrado na campanha de solidariedade com o povo palestino «Todos pela Palestina! Fim ao genocídio! Fim à ocupação!» promovida por CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído.
No local esteve patente a exposição fotográfica «Gaza: Mar de Memórias e Luto» que tem sido mostrada em várias cidades do Norte do país.
Em representação do MPPM interveio Elsa Silva.


Fotos: Henrique Borges
 

O MPPM esteve presente na abertura da Red Zone Gallery, ontem, dia 27 de Setembro, na Póvoa de Santa Iria. Numa antiga fábrica em ruínas, mais de cinco dezenas de artistas plásticos e visuais produziram e instalaram as suas obras através das quais denunciam o genocídio em curso contra o povo palestino, os crimes de Israel, a sua impunidade e a urgência da efectivação dos direitos do povo palestino. 

Entre as dezenas de obras encontram-se trabalhos de Vhils, Bordalo II, Akacorleone, Tamara Alves, c'marie, Gonçalo Mar, a dupla Halfstudio, Miguel Januário (±), António Alves, João Pereira (Bugster), Dima Abu Sbeitan, Jaime Ferraz, Jorge Charrua, Rita Ravasco, Sepher AWK e Mafalda MG.

Durante a inauguração houve ainda lugar para performances artísticas e conversas com os temas “Arte como Voz Pública”, “Media e narrativas de responsabilidade” e “Activismo e resistência civil”, tendo o MPPM estado representado neste último painel por Raul Ramires.

Na tarde desta quinta-feira, 25, realizou-se no Largo da Estação, em Ermesinde, um Acto Público integrado na campanha de solidariedade com o povo palestino «Todos pela Palestina! Fim ao genocídio! Fim à ocupação!» promovida por CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído.

José António Gomes interveio em representação do MPPM.

No local esteve patente a exposição fotográfica «Gaza: Mar de Memórias e Luto» que tem sido mostrada em várias cidades do Norte do país.

Esta exposição, igualmente acompanhada um Acto Público, vai estar em Espinho, no domingo 28, a partir das 11 horas, na Rua 19.


Fotos MPPM e CPPC

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) manifesta o seu firme repúdio pelas ameaças proferidas pelo Governo de Israel contra a Global Sumud Flotilla, e bem assim pelos actos de intimidação de que a mesma tem sido alvo nos últimos dias, e exige do governo português protecção e coerência política.

Num contexto em que prossegue há quase dois anos o genocídio cometido por Israel contra o povo palestino da Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que se intensifica a violenta campanha de limpeza étnica na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, a Global Sumud Flotilla (GSF), numa acção solidária, pretende levar alimentos e medicamentos para a população sitiada da Faixa de Gaza. Trata-se de uma missão humanitária não violenta, com activistas solidários de mais de 40 países, constituindo a maior missão marítima civil organizada até hoje para quebrar o cerco ilegal de Israel a Gaza. 

Os exemplos da acção de Israel contra missões humanitárias similares no passado, que...

A Global Sumud Flotilla anunciou que, na madrugada desta quarta-feira, onze embarcações foram atacadas com dispositivos químicos e granadas de atordoamento em águas internacionais a sudoeste da ilha grega de Creta Quatro barcos ficaram danificados mas não foram relatados feridos entre as tripulações.

Horas antes tinham sido detectados mais de 15 drones a sobrevoar o Alma, o navio onde estão alguns dos coordenadores do projecto, ao mesmo tempo que se verificavam interferências nas comunicações.

Entretanto, o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, condenou um ataque e disse que redireccionou um navio da marinha italiana para oferecer assistência à flotilha. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, disse que «cidadãos italianos, juntamente com deputados e eurodeputados» que integram a flotilha, confirmaram as explosões e danos causados por «objetos não identificados» lançados sobre os conveses. Em comunicado, informou ter notificado as autoridades israelitas de que...

A Global Sumud Flotilla (GSF), que reúne actualmente 42 embarcações partidas de Espanha, da Tunísia e de Itália, está a aproximar-se da designada «zona amarela», a região entre Itália e Chipre onde aumentam os riscos de ataques israelitas. Algures no Mediterrâneo Oriental irá integrar outras seis embarcações saídas da Grécia.

No início deste mês, quando a frota partiu de Espanha, o ultra-direitista ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, anunciou que queria declarar os activistas humanitários «terroristas» e detê-los em conformidade. Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores de Israel considerou a frota humanitária como uma «frota jihadista» e alegou que ela tem ligações com o Hamas.

Entretanto os tripulantes vão recebendo treino sobre comportamento não-violento na perspectiva de um mais que provável assalto das forças armadas de Israel.

A Global Sumud Flotilla (GSF) é a maior missão marítima civil organizada para quebrar o cerco ilegal de Israel a Gaza...

Com a presença de activistas do MPPM, do CPPC (Conselho Português para a Paz e Cooperação), da CGTP-União dos Sindicatos do Porto e da Associação Projecto Ruído, realizou-se, na praça de acesso à estação do metro da Trindade, no Porto, nesta terça-feira, um Acto Público de Solidariedade com a Palestina, que integrou, além de música gravada, a exposição de fotos “Gaza: Mar de Memórias e Luto”, muito vista por centenas de cidadãos em trânsito no local, à hora estabelecida para o evento: 16h30-18h30. 

Além das centenas de transeuntes, uma concentração de mais de uma centena de pessoas, ostentando bandeiras e pequenas pancartas, defendeu o cessar-fogo imediato, o fim do genocídio e da criminosa ofensiva do estado de Israel em Gaza, por parte do seu exército e dos colonos e milícias israelitas contra as populações indefesas de Gaza e da Cisjordânia. “Cessar-fogo já!”, “Fim à ocupação!”, “Fim ao genocídio!, “Paz no Médio Oriente Palestina Independente!”, “Paz sim, guerra não!” e “Palestina...

Compreensivelmente as reacções ao genocídio em Gaza centram-se na insuportável perda de vidas humanas mas a devastadora degradação ambiental — que pode configurar um crime de guerra — pode comprometer irremediavelmente a sustentabilidade do território.

Mais de dois terços da terras e recursos agrícolas de Gaza foram danificados em consequência de bombardeamentos ou vandalismo. Mais de metade dos poços agrícolas assim como quase metade das 7500 estufas, que são parte vital da infra-estrutura agrícola do território, foram inutilizados. A remoção de árvores, arbustos e culturas danifica gravemente o solo que era fértil, com culturas diversificadas e bem irrigado e que agora enfrenta uma desertificação a longo prazo.

Mais de 85% das instalações de água e saneamento de Gaza — estações de tratamento de águas residuais, estações de dessalinização, estações de bombagem, poços, tanques de água e condutas principais — estão total ou parcialmente inoperativas devido às acções militares ou a falta...