Gaza

Com a participação de dezenas de pessoas, decorreu, no dia 12 de Abril, a inauguração, na Casa Antero de Quental, em Vila do Conde, das duas exposições “Ilustradores pela Paz na Palestina” (24 artistas) e “Paz Sim! – Mostra de Poesia Visual” (24 escritores e artistas visuais), realizadas ambas por iniciativa do MPPM (a primeira em colaboração com a CGTP, o CPPC e a Associação Projeto Ruído). 

Com vários dos artistas presentes, intervieram, numa primeira parte, o Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Vila do Conde, que agradeceu e se regozijou pelo acolhimento das mostras, o responsável pela gestão da casa, Dr. Miranda Dias, e ainda José António Gomes, em nome da direcção nacional do MPPM, tendo sido realçado o papel de Mafalda Martins, do Centro de Estudos Anterianos, na organização do evento e na montagem das exposições.

Num segundo momento, e com a orientação de José António Gomes, houve uma pequena visita orientada às exposições, no 1.º andar do edifício, com destaque para os...

O mau tempo não afastou as cerca de duas centenas de pessoas que se juntaram nesta quarta-feira, 19 de Março, no Rossio, em Lisboa, para condenar o infame ataque de Israel contra a população de Gaza, nos dois dias anteriores, que causaram largas centenas de mortos e vários milhares de feridos. Também os governos que, por cumplicidade ou omissão, apoiam o genocídio israelita foram alvo da condenação dos presentes.

Em nome das organizações promotoras intervieram Julie Neves, do CPPC, Dinis Lourenço, da CGTP-IN, José Oliveira, do MPPM, e Inês Reis, do Projecto Ruído.

Com a garantia de que estaremos na rua sempre que seja necessário manifestar a nossa solidariedade com o povo palestino, foram já anunciadas iniciativas para assinalar o Dia da Terra Palestina, no dia 30 de Março: em Lisboa, no Martim Moniz, às 15 horas; no Porto, no Jardim Infante D. Henrique, às 16 horas; e em Coimbra, em local a definir, às 15 horas. Ainda em Coimbra, no dia 26 de Março, às 17 horas, haverá pintura de uma...

O MPPM condena veementemente o novo ataque maciço contra a Faixa de Gaza desencadeado por Israel às primeiras horas da madrugada de hoje, 18 de Março, com a utilização de mais de cem aviões militares e que, segundo os dados disponíveis neste momento, causou pelo menos 412 mortos e cerca de 1000 feridos.

Após o corte por Israel da entrada de ajuda humanitária em Gaza no dia 2 de Março e a interrupção do fornecimento de electricidade no dia 9, o hediondo ataque de hoje põe em evidência que Israel nunca teve intenção de prosseguir as negociações com a resistência palestina com vista à concretização da segunda fase do cessar-fogo que entrou em vigor há dois meses.

O ataque de hoje, de que os Estados Unidos tiveram conhecimento prévio e a que deram pleno apoio, está em linha com as declarações do gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que afirmou que Israel vai intensificar a operação militar em Gaza.

A sabotagem por Israel das negociações para a segunda fase do cessar-fogo...

Num comunicado agora divulgado, o Euro-Med Human Rights Monitor, uma organização de direitos humanos sediada em Genebra, revela que Israel matou 150 palestinos – uma média de três mortes por dia – desde o início do cessar-fogo em Gaza em 19 de Janeiro. A equipa de campo do Euro-Med Monitor documentou os ataques de franco-atiradores e drones israelitas desde que o cessar-fogo entrou em vigor, bem como a utilização continuada do bloqueio como arma de morte lenta pela fome no genocídio em curso na Faixa de Gaza.

Os assassinatos são levados a cabo por franco-atiradores, drones e aviões e têm como alvo civis palestinos na Faixa de Gaza. Os ataques mortais ocorrem frequentemente quando os residentes tentam regressar às suas casas danificadas perto da chamada “zona tampão” imposta por Israel ao longo das fronteiras norte e leste da Faixa. Mas os assassinatos ocorrem também quando as vítimas se encontram nas designadas «zonas seguras».

A província de Rafah – no Sul da Faixa de Gaza – foi a que...

Quando o cessar-fogo chegou, houve um momento de alívio por termos escapado à morte, embora continuemos a carregar a tristeza e a dor de tudo o que se perdeu durante esses 15 meses.

Os palestinos sabem que ainda há mais batalhas pela frente, que têm de continuar a lutar, numa guerra de sofrimento diário — a luta pela água, por um pedaço de pão — e uma guerra contra as memórias, que trazem dor ao coração e loucura à mente.

Ainda assim, acordei cheia de energia e entusiasmo no domingo, o dia em que nos tinham dito que podíamos começar a retornar ao Norte. Sabia que a viagem ia ser cansativa, percorrendo longas distâncias em estradas irregulares apinhadas de outras pessoas deslocadas, mas estava ansiosa por regressar à minha querida casa.

Acompanhei as notícias minuto a minuto, à espera do anúncio da abertura da travessia. Em vez disso, recebemos a notícia de que isso não iria acontecer.

Nesse dia, deitei-me a pensar em todas as pessoas que se dirigiram ao posto de controlo no sábado à noite...

Por ocasião do anúncio do cessar-fogo na Faixa de Gaza, o MPPM saúda o povo palestino pela sua inquebrantável resistência e reitera-lhe a sua continuada solidariedade, mas alerta que a paz só será efectiva quando o povo palestino vir concretizado o seu direito inalienável a viver em segurança na sua pátria livre e independente.

Ao fim dos 470 dias da campanha genocida levada a cabo por Israel, o cessar-fogo representará decerto um bem-vindo alívio para o sofrimento dos gazenses e de todos os palestinos. Mas o cessar-fogo não pode fazer esquecer as dezenas de milhares de mortos e feridos causados pelos bombardeamentos, a que haverá que somar muitos outros milhares soterrados debaixo dos escombros e as incontáveis vítimas devido à falta de água, de alimentos e de assistência médica, deliberadamente provocadas.

Os sobreviventes, na sua maioria várias vezes deslocados à força, têm diante de si uma destruição material — de dimensões inauditas — de habitações e equipamentos de toda a espécie...

Amjed Tantesh tinha um sonho: formar uma equipa olímpica de natação com jovens palestinos que ensinou a nadar, em Gaza, ao longo de vários anos. A agressão genocida de Israel destruiu-lhe o sonho e agora, dia após dia, dos locais onde procura refúgio dos bombardeamentos sionistas, vai dando conta, na sua página do Facebook, da perda de pupilos seus mas também da sua esperança de retomar as suas aulas de natação.

Os seus posts mais recentes são para dar conta da morte de Bakir Mussalam:

«Devastado com a terrível perda de Bakir!

O meu campeão de natação infantil, Bakir Mussalam, de 17 anos, perdeu o seu irmão mais novo e o seu pai, no ano passado, no mesmo bombardeamento que o feriu gravemente em Jabalia.

Bakir sobreviveu à morte no extremo norte de Gaza durante todo o ano passado, conseguindo chegar à cidade de Gaza há um mês através do posto de controlo do corredor de Jabalya com o que restava da sua família - a mãe e as três irmãs mais novas - para morrer hoje num outro bombardeamento...

Na passada segunda-feira o Knesset, o parlamento israelita, aprovou duas leis que pretendem pôr fim à acção da UNRWA – a agência da ONU de apoio aos refugiados palestinos – em Gaza e na Cisjordânia, culminando a interminável série de medidas com que Israel tem impunemente afrontado o sistema das Nações Unidas e escarnecido do direito internacional.

A UNRWA, criada em 1949, desempenha um papel insubstituível na assistência aos palestinos tornados refugiados na sequência da Nakba, a campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação do Estado de Israel. É à UNRWA que cabe atribuir o estatuto de refugiado palestino sendo nessa medida um testemunho vivo do crime indelével sobre que assenta a fundação do Estado de Israel e por isso um alvo permanente de ataques de Israel, mas também da responsabilidade internacional sobre a situação dos refugiados palestinos.

Uma das leis agora aprovadas torna ilegal qualquer contacto entre funcionários israelitas e a UNRWA...

Meia centena de pessoas – em sala – e mais de duas dezenas em casa, via zoom, assistiram à projecção do premiado e impressionante documentário Gaza. Una mirada a los ojos de la barbarie, de Julio Pérez del Campo e Carles Bover Martínez, nas instalações da Universidade Popular do Porto, na segunda-feira, dia 16 de Setembro.

Seguiu-se uma participada conversa sobre a situação na Palestina e sobre a necessidade de reforçar a organização da resistência das opiniões públicas à barbárie perpetrada pelo governo e pelo exército de Israel contra os palestinos, e que continua a contar quer com o apoio dos EUA quer com o silêncio cúmplice dos governos de muitos países da UE, incluindo o português.

Abordou-se ainda a questão da solidariedade com os palestinos, na exigência do cessar-fogo e do fim do genocídio, na reivindicação da paz, da liberdade e do direito do povo à criação do seu estado soberano, a Palestina. Um estado a reclamar reconhecimento urgente por parte do governo de Portugal – outra...

Está a começar o ano escolar em Portugal, mas não em Gaza. Desde que, em 6 de Novembro passado, na sequência do ataque israelita, as autoridades de Gaza foram forçadas a suspender o ano escolar, não mais os 625.000 jovens e crianças do território voltaram à escola. Entretanto Israel assassina alunos, professores e funcionários, e arrasa escolas comprometendo a educação de toda uma geração.

Desde que, em 7 de Outubro de 2023, Israel iniciou uma brutal agressão militar contra a Faixa de Gaza com o pretexto de silenciar a resistência palestina, foram mortos mais de 40.000 palestinos, dos quais 15.000 seriam crianças. As crianças são também uma larga parte dos mais de 90.000 feridos e dos incontáveis desaparecidos, certamente soterrados nos escombros dos edifícios.

As instalações escolares são particularmente visadas por Israel que alega que albergariam resistentes palestinos. Uma afirmação que não se coaduna com o facto de muitas das vítimas serem crianças e que não pode ser validada porque...