Gaza

Largas centenas de pessoas, maioritariamente jovens, estiveram esta tarde de quinta-feira, 30 de Maio, na Ribeira do Porto em resposta a uma convocação do colectivo Estudantes do Porto em Defesa da Palestina.

«Perante a urgência da situação vivida na Faixa de Gaza nos últimos 8 meses e a ofensiva levada a cabo por Israel contra o pequeno território de Rafah, a última zona considerada segura em toda a Faixa de Gaza, e perante a continuidade do genocídio a que temos assistido, é do nosso entender que é importante uma mobilização conjunta de todas as forças dispostas a participar neste ato de protesto contra a política genocida de Israel», justifica o colectivo na chamada para esta iniciativa a que deu o nome «All Eyes on Rafah».

O MPPM aderiu à iniciativa através do seu Núcleo do Porto e José António Gomes interveio em representação do movimento.


Fotos: José António Gomes e Henrique Borges

A exposição «A Questão Palestina: O Essencial», concebida e produzida pelo MPPM, esteve presente ao público em Lisboa, na B.O.T.A. (Base Organizada da Toca das Artes), entre 13 e 22 de Maio.
 
A Exposição procura transmitir algo do essencial sobre a Questão Palestina, despertando no visitante o interesse por querer saber mais sobre um drama que pesa fortemente na consciência da comunidade internacional.
 
Nos 12 painéis que compõem a exposição, são abrangidos temas como a ocupação do território, a Nakba e os refugiados, o apartheid israelita, o Muro e os colonatos, Gaza e Jerusalém, os presos palestinos, a resistência e a solidariedade internacional.
 

O recém-criado Movimento Póvoa Pela Palestina, na sua primeira acção cívica, reuniu mais de seis dezenas de pessoas na noite do sábado, 18 de Maio, na Praça do Almada, em frente aos Paços do Concelho, na Póvoa de Varzim.

Houve “microfone aberto” para quem sentisse vontade de expressar solidariedade para com o povo palestino. E houve também poemas e canções e a divulgação de um Manifesto.

O MPPM associou-se à iniciativa.


Fotos: Movimento Póvoa pela Palestina, A Herculano Ferreira, J J Silva Garcia e Eduardo Faria

Na tarde de sábado, 18 de Maio, realizou-se no Jardim do Largo Coronel Batista Coelho um acto público de solidariedade com o povo palestino, pelo cessar-fogo, pela ajuda humanitária urgente e por uma Palestina independente.

Nas intervenções foi ainda referida a necessidade de prosseguir a luta pela Paz e reclamou-se o fim da ocupação da Palestina, o cumprimento das resoluções da ONU e o respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas. Foram lidos poemas de Mahmoud Darwich e outros.

O evento foi promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação, pelo Movimento dos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, pelo Projecto Ruído - Associação Juvenil e por amigos da Paz de Santo Tirso.


Fotos: CPPC e João Pedro Mésseder

Ao assinalar o 76º aniversário da Nakba de 1948, e enquanto decorre uma nova Nakba almejando completar a limpeza étnica iniciada há mais de três quartos de século, o MPPM exige que se ponha fim à barbárie israelita e se salde a dívida internacional para com o povo palestino.

Todos os anos assinala-se a 15 de Maio o Dia da Nakba, da Catástrofe, da limpeza étnica do povo palestino que, seguindo um plano que começou a ser concretizado antes ainda dessa data, se intensificou a partir da criação, em 1948, do Estado de Israel. Nas semanas e meses seguintes, o terror sionista expulsou cerca de 800 000 palestinos das suas casas, das suas aldeias, dos seus bairros e das suas terras.

Na Escola Superior de Educação (a ESE) do Politécnico do Porto, foi inaugurada no passado dia 22 de Abril, ficando patente até 20 de Maio, a exposição de cartazes «Ilustração e resistência. Ilustradores pelo cessar-fogo em Gaza e pela Paz», representativa do trabalho artístico solidário de alguns dos melhores ilustradores portugueses da actualidade. 

A apresentação no local esteve a cargo da ilustradora Ana Biscaia e da professora Ana Cristina Macedo e foi feita em inglês, no auditório da ESE, para um público de investigadores em educação e de professores de diferentes países europeus, participantes na InterNet Working Conference, que teve lugar na ESE.

A exposição surgiu igualmente integrada no programa de comemorações «Abril na ESE», que decorreu até 30 de Abril e ficará aberta ao público, no átrio da ESE do Porto (Rua Dr. Roberto Frias, 602 4200-465 Porto, Pólo Universitário da Asprela, estação do metro mais próxima: Hospital de S. João).

1. O genocídio israelita na Palestina prossegue de forma implacável. Violando a Resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU, de 25 de Março, Israel não acatou o cessar-fogo, nem permitiu a livre entrada de ajuda humanitária em Gaza. Pelo contrário, Israel prossegue com bombardeamentos em todo o território da Faixa de Gaza, e ameaça lançar uma ofensiva terrestre sobre a cidade de Rafah, onde se concentra hoje a maioria da população desalojada da Faixa de Gaza que, segundo números da ONU, totaliza um milhão e setecentas mil pessoas.

O fotojornalista palestino Mohammed Salem, da Reuters, obteve o prémio para a melhor fotografia do ano da World Press Photo (WPF) com a fotografia Uma mulher palestina a abraçar o corpo da sua sobrinha. A mulher é Inas Abu Maamar, de 36 anos, que abraça o corpo da sua sobrinha Saly, de cinco anos, morta, juntamente com a mãe e a irmã, quando um míssil israelita atingiu a sua casa, em Khan Younis, Gaza.

O fotógrafo descreve esta fotografia, tirada poucos dias depois de a sua própria mulher ter dado à luz, como um «momento poderoso e triste que resume o sentido mais lato do que estava a acontecer na Faixa de Gaza». Encontrou Inas agachada no chão, abraçando a criança, na morgue do Hospital Nasser, onde os residentes iam à procura de familiares desaparecidos. Inas tinha corrido para a casa da família quando soube que tinha sido atingida e depois para a morgue.

O fotógrafo

1. Os últimos dias trouxeram a confirmação do crescente isolamento internacional de Israel e dos Estados Unidos da América, nomeadamente através de importantes posições do Conselho de Segurança da ONU e do Tribunal Internacional de Justiça. Mas a situação catastrófica em Gaza não se alterou e atinge dimensões cada vez mais dramáticas. Os ataques militares de Israel nos territórios palestinos ocupados, no Líbano e na Síria ilustram que o regime israelita procura sair da sua insustentável posição através de uma aventureira fuga para a frente que incendeie todo o Médio Oriente.

O Porto saiu à rua, uma vez mais, na terça-feira 19 de Março, para reclamar o fim do massacre na Palestina e exigir um cessar-fogo imediato e duradouro.

As muitas pessoas que se concentraram na Praceta da Palestina, respondendo à chamada do MPPM, do CPPC, da USP/CGTP-IN e do Projecto Ruído, aplaudiram as intervenções de Filipe Pereira (USP/CGTP-IN), da jovem Beatriz Castro, de Henrique Borges, que leu um poema sobre as crianças palestinas, de Álvaro Pinto (MPPM) e de Ilda Figueiredo (CPPC). Francisco Aguiar, do Projecto Ruído – Associação Juvenil, fez a apresentação.


Fotos: Henrique Borges e CPPC

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