Gaza

Em comunicado ontem divulgado pelo Gabinete do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), peritos da ONU(*) expressaram indignação pelo ataque mortífero ao Hospital Al Ahli Arab, na cidade de Gaza, que matou mais de 470 civis na terça-feira (dia 17) e deixou centenas debaixo dos escombros. O ataque seguiu-se a dois avisos emitidos por Israel de que estava iminente um ataque ao hospital, caso as pessoas que lá estivessem não fossem evacuadas.

«O ataque contra o Hospital Al Ahli Arab é uma atrocidade. Estamos igualmente indignados com o ataque mortífero, no mesmo dia, contra uma escola da UNRWA localizada no campo de refugiados de Al Maghazi, que dava abrigo a cerca de 4000 pessoas deslocadas, bem como dois campos de refugiados densamente povoados», disseram os peritos.

Os peritos exprimiram sérias preocupações humanitárias e jurídicas em relação à intensificação do cerco que Israel mantém, desde há 16 anos, ao enclave e sua população, que se junta à ocupação de...

Os protestos contra a agressão israelita a Gaza e a solidariedade com o Povo Palestino voltaram a ser ouvidos ontem, 18 de Outubro, na Praça Martim Moniz, em Lisboa, gritados pelos milhares de pessoas que responderam à chamada do CPPC, da CGTP-IN e do MPPM, a que se juntaram outras organizações e colectivos.

Inês Caeiro, da Associação Juvenil Projecto Ruído, contextualizou a situação e foi apresentando os diferentes oradores.

Começou por intervir João Coelho, membro do Conselho Nacional da CGTP-IN, seguindo-se Dima Mohammed, palestina, investigadora na NOVA-FCSH.

A intervenção de Carlos Almeida, vice-presidente da Direcção Nacional do MPPM, precedeu a de Rui Garcia, vice-presidente da Direcção Nacional do CPPC.

João Coelho voltou ao palco para anunciar que outras iniciativas estão programadas para outros locais do país, nomeadamente Évora (19 de Outubro) e Braga (25 de Outubro) e outras sem data ainda marcada.

Anunciou, também, que as organizações promotoras da presente iniciativa irão...

Com a participação de cerca de uma centena de pessoas, decorreu ontem, dia 17 de Outubro, na Praceta da Palestina, no Porto, o acto público «Pela Paz no Médio Oriente e pelos direitos do Povo Palestiniano». Foram promotores deste acto público a União de Sindicatos do Porto (CGTP), o Conselho Português para a Paz e Cooperação e o MPPM.

As intervenções estiveram a cargo de Tiago Oliveira, coordenador da USP/União dos Sindicatos do Porto e membro do Conselho Nacional da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses / Intersindical Nacional (CGTP/IN), José António Gomes, membro da Direcção Nacional do MPPM, e Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção Nacional do Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC). Joana Machado assegurou a introdução, a conclusão e a apresentação dos intervenientes.

Não obstante a chuva e o vento que fustigaram este acto público realizado no centro da baixa do Porto, foi uma participada iniciativa exprimindo de modo veemente a preocupação dos presentes com...

As acções desencadeadas em Gaza e Israel, nesta madrugada, comprovam — como o MPPM repetidamente tem alertado — que não é possível ter uma situação de paz na Palestina e, por consequência, no Médio Oriente, continuando a espezinhar os legítimos direitos do povo palestino e persistindo em manter a ocupação colonial e a violência das forças militares e dos colonos.

1. Às 6:30 desta madrugada (4:30 em Lisboa), militantes de organizações da resistência palestina lançaram, a partir da Faixa de Gaza, um ataque de surpresa, em larga escala, contra Israel, no que apelidaram de «Operação Dilúvio Al-Aqsa» e que afirmam ser uma resposta à profanação da Mesquita de Al-Aqsa e ao aumento da violência dos colonos.

A operação surge depois de, nos últimos dias, milhares de colonos terem efectuado visitas provocatórias ao complexo da Mesquita de Al-Aqsa, na Jerusalém Oriental ocupada. Segue-se também a um grande aumento da violência dos colonos israelitas contra os palestinos.

Israel retaliou com a...

Em menos de 24 horas, as forças de ocupação israelitas mataram seis jovens palestinos durante ataques militares em várias zonas da Cisjordânia ocupada e da Faixa de Gaza, informa a agência noticiosa WAFA.

Ontem à noite, um jovem palestino identificado como Yousef Radwan, de 25 anos, de Bani Suhayia, a leste de Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, foi morto e outros ficaram feridos quando soldados israelitas abriram fogo contra manifestantes que se reuniam na fronteira de Gaza com Israel. Yousef foi baleado na cabeça, e nove outros palestinos ficaram feridos, um deles em estado crítico. Dois outros jovens palestinos foram feridos por balas reais a leste de Jabalya, no norte da Faixa de Gaza, e muitos outros sofreram asfixia após inalarem gás lacrimogéneo disparado pelos soldados.

Os protestos na fronteira de Gaza decorrem há vários dias contra o tratamento dado por Israel aos resistentes palestinos encarcerados nas suas prisões e contra a profanação da mesquita de Al-Aqsa por fanáticos...

Em 28 de Agosto de 1953 – há 70 anos – um jovem oficial israelita de apenas 25 anos, Ariel Sharon de seu nome, comandou o assalto da sua recém-formada Unidade 101 ao campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza, dando início a uma longa série de massacres de que nunca se arrependeu.

Para muitos israelitas, Sharon era o «Bulldozer», um militar rebelde que salvou o seu país da derrota nas suas guerras com os árabes. George Bush, o presidente dos EUA, chamou-lhe «homem de paz». Mas para os palestinos, recordados de Sabra e Shatila, no Líbano, ele era o «Carniceiro de Beirute».

Ariel Sharon foi primeiro-ministro de Israel de 2001 a 2006. De acordo com o grupo israelita de defesa dos direitos humanos B'tselem, citado pela Al Jazeera, durante o seu mandato foram mortos mais de 3360 palestinos dos quais 690 – ou seja, um em cada cinco – eram crianças. Cerca de 30 000 palestinos foram feridos por munições reais, balas metálicas revestidas de borracha, gás lacrimogéneo e outras medidas...

Uma iniciativa internacional pôs pessoas de todo o mundo a nadar com as crianças de Gaza neste sábado, 26 de Agosto. Em Portugal, a iniciativa teve lugar nesse dia na Praia de Carcavelos, dando sequencia a outro evento promovido pelo MPPM na Praia de Melides em 22 de Julho.

Desde 2007 que os habitantes de Gaza estão presos num férreo bloqueio. Não têm parques, nem montanhas, nem vales, mas têm a praia, o seu único espaço livre para lazer. Por isso, todos os anos, no final de Setembro, realizam um festival de natação na praia de Gaza.

Este ano, o Carnaval de Natação de Gaza realizou-se mais cedo, a 26 de Agosto, para coincidir com uma grande iniciativa internacional. A ideia foi do Paul O’Brian, da Palestine Solidarity Campaign, que convidou pessoas e organizações em todo o mundo a solidarizarem-se com as crianças palestinas, nesse dia, dando um mergulho no mar, num rio ou numa piscina e partilhando com elas os seus vídeos ou fotografias.

Até agora, 800 crianças de Gaza, entre os 9 e os 13...

Handala, a embarcação da Freedom Flotilla Coalition (Coligação Flotilha da Liberdade) que no próximo ano vai navegar até Gaza, completou a sua digressão de mais de dois meses pelo Norte da Europa para sensibilizar as populações para a sua missão.

Depois de deixar Roterdão em 29 de Julho, em 1 de Agosto estava em Hamburgo (Alemanha). A tripulação recebeu muitos visitantes a bordo, incluindo cinco senhoras palestinas que levaram comida palestina. No dia seguinte a tripulação esteve na universidade, onde a sua apresentação da missão foi muito bem acolhida.

Na sexta-feira 4 de Agosto o Handala saiu de Hamburgo para Copenhaga (Dinamarca), onde chegou dois dias depois.

A Free Gaza Denmark organizou um acto público para acolher a embarcação. Torstein Dahle falou sobre a situação na Palestina e a importância do trabalho de solidariedade com que o Ship to Gaza contribui. Artistas locais contribuíram com as suas pinturas para a decoração do navio e muitos dos participantes puderam subir a bordo...

O Handala, que tinha deixado Bristol na quarta-feira, 19 de Julho, à tarde, chegou a Southampton na madrugada de sábado, 22, em mais uma etapa da digressão da Freedom Flotilla Coalition / Coligação Flotilha da Liberdade (FFC) pelo norte da Europa, preparatória da viagem do próximo ano até Gaza.

Na luxuosa Ocean Village Marina onde aportou, o Handala despertou atenções, nomeadamente da polícia que revelou estar a acompanhar a viagem desde que a embarcação tinha entrado na Escócia…

Os membros da tripulação e Wendy, a representante da FFC, foram recebidos pela Palestine Solidarity Campaign / Campanha de Solidariedade com a Palestina (PSC) local, no Haymarket Books, onde falaram para uma casa quase cheia de apoiantes fervorosos.

No dia seguinte, houve uma visita ao barco e confraternização com a tripulação que foi parcialmente rendida para a próxima etapa, rumo a Roterdão.

Na manhã de terça-feira, 25 de Julho, activistas palestinos e membros da comunidade palestina neerlandesa receberam o Hand...

A Freedom Flotilla Coalition / Coligação Flotilha da Liberdade (FFC) é composta por iniciativas e organizações da sociedade civil de vários países e tem vindo a desafiar o bloqueio ilegal e desumano que Israel exerce sobre Gaza com viagens sucessivas desde 2010. Em 2023 a FFC navega no Norte da Europa preparando-se para, em 2024, navegar até Gaza.

Um antigo navio pesqueiro de 18 metros foi adquirido pela Ship to Gaza Norway e pelo Palestinakomiteen i Norge e iniciou a viagem em Kristiansund no início de Abril. Em 17 de Abril recebeu o nome Handala numa cerimónia realizada na cidade de Bergen. Handala, a icónica figura criada pelo cartunista Naji al-Ali, representa a criança refugiada que anseia o regresso à sua pátria. Dado que mais de dois terços da população de Gaza são refugiados palestinos e que mais de metade dos habitantes de Gaza são crianças, Handala representa na perfeição a missão desta flotilha: «Pelas Crianças de Gaza»

Em Junho, o Handala deixou a Noruega, a caminho da...