Sessões e Actos Públicos

No âmbito do Festival “Tom de Festa”, organizado pela ACERT, em Tondela, foi inaugurada no dia 9 de Julho a exposição “Ilustradores pela Paz na Palestina”, promovida pelo MPPM, CPPC, CGTP e Projecto Ruído, com curadoria de Ana Biscaia. A exposição estará aberta ao público até ao mês de Setembro.

No dia 10, também no âmbito do Festival, fez-se a apresentação do livro “Que luz estarias a ler?”, de João Pedro Mésseder e Ana Biscaia, com a presença dos autores.

Na manhã desta sexta-feira, 11 de Julho, enquanto na Assembleia da República se discutia o reconhecimento do Estado da Palestina, cerca de centena e meia de pessoas esteve concentrada no exterior reclamando o reconhecimento e o fim do genocídio em curso.

A chuva por vezes forte não afastou quem quis manifestar a sua solidariedade com o povo palestino e exigir dos órgãos de soberania portugueses uma atitude consentânea com a Constituição da República e o Direito Internacional.

O Porto manifestou, uma vez mais, a sua solidariedade com a Palestina na tarde de sábado, 5 de Julho, num desfile entre a Praceta da Palestina e a Trindade, em que proclamou “Palestina Independente! Paz no Médio Oriente!” ou “Hoje e sempre Palestina Livre!” ou ainda “Paz sim, Guerra não!”

Na Trindade, com apresentação de Joana Teixeira, houve um apontamento cultural com a música de Miro Couto e a poesia dita por Lokas Cruz e Henrique Borges.

Seguiram-se as intervenções de Filipe Pereira, Coordenador da União dos Sindicatos do Porto, da CGTP-IN; de Bruno Costa, em nome do Colectivo pela Libertação da Palestina; de Joana Machado, pelo Projecto Ruído; de Manuel Loff, em nome da Iniciativa dos Comuns; de Elsa Silva, do MPPM; e de Manuela Branco, pelo CPPC.

Exigiu-se o reconhecimento do Estado da Palestina e o fim dos massacres em Gaza, com um cessar-fogo imediato e permanente, e a livre entrada de ajuda humanitária. Reclamou-se o fim da ocupação da Palestina. Reafirmou-se a indefectível...

«Palestina vencerá!» foi a palavra de ordem que mais uma vez ecoou no passado sábado, 5 de Julho, pelas ruas da Baixa lisboeta, durante uma manifestação que uniu um milhar de pessoas contra o genocídio em curso na Faixa de Gaza e em defesa do povo palestino. 

A manifestação, que ligou o Largo de Camões à Ribeira das Naus, foi promovida pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), pela CGTP-IN, pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e pelo Projeto Ruído – Associação Juvenil, com o apoio de mais de 40 organizações.

No final da manifestação, saudou os manifestantes o economista João Rodrigues, subscritor do Manifesto “Pela Paz, Liberdade e Estado Social”. Seguiram-se no uso da palavra João Coelho, coordenador da USL da CGTP-IN; Raul Ramires, do MPPM; Mariana Metelo, do Projecto Ruído; Isabel Camarinha, em nome do CPPC. A apresentação esteve a cargo do humorista Manuel Rosa.

Foi anunciada uma nova acção para o próximo dia 11 de Julho...

Ao fim da tarde desta sexta-feira, 4 de Julho, mais de duas centenas de pessoas convergiram para o espaço frente ao Fórum Algarve, em Faro, para reclamarem o fim do genocídio, o reconhecimento do Estado da Palestina, o fim do acordo de associação UE-Israel e a realização dos direitos nacionais do povo palestino, e condenarem a agressão ao Irão.

Este acto público de solidariedade com a Palestina e pelo fim do genocídio foi promovido por MDM, CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído. Com apresentação de Tiago Jacinto da USAL, registaram-se intervenções de Leonor Agulhas (MDM), Catarina Marques (USAL), Isabel Camarinha (CPPC) e José Oliveira (MPPM).

Texto da intervenção de José Oliveira pelo MPPM

Boa tarde a todas e a todos.

Estamos no dia 637 da agressão israelita à Faixa de Gaza. Aquilo que se passa na Faixa de Gaza não é uma guerra, é um genocídio que marcará para sempre os nossos dias.

Desde o início desta agressão israelita, mais de 57 mil pessoas, pelo menos, foram assassinadas em Gaza pelas...

Várias centenas de pessoas participaram no Cordão Humano de solidariedade com a Palestina, realizado em Coimbra, neste dia1 de Julho.

Depois de percorridas algumas das ruas centrais da cidade, realizou-se uma concentração final na Praça 8 de Maio na qual, após a intervenção de Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM, foi apresentada e aprovada, por unanimidade e aclamação uma Moção que, no essencial, reitera a denúncia e condenação do genocídio perpetrado por Israel contra o Povo Palestino, assim como as suas acções agressivas contra outros povos no Médio Oriente. É reafirmada a solidariedade com o Povo Palestino e a sua justa causa nacional, exigindo que o governo português a condenação e acção pelo fim dos massacres e do genocídio, o empenhamento na obtenção de um cessar-fogo real, imediato e permanente e na entrada sem restrições de toda a ajuda humanitária.

Foi ainda exigido: o reconhecimento do Estado da Palestina, o fim da ocupação dos territórios da Palestina, ilegalmente ocupados...

O MPPM correspondeu ao convite do movimento Póvoa pela Palestina e esteve presente na vigília realizada na Praça do Almada, na Póvoa de Varzim, na noite de sexta-feira 20 de Junho, tendo havido uma intervenção da sua representante Elsa Silva.

O evento registou também intervenções dos organizadores e de membros do PS, do PCP e do BE. Houve ainda leitura de poemas, nomeadamente pelo arquitecto J. J. Silva Garcia, que leu um poema seu, e por Elsa Silva que leu o poema “Uma menina” de João Pedro Mésseder.

Culminou este encontro a exigência colectiva do imediato cessar-fogo, a libertação do povo palestino, a responsabilização de Israel pelos crimes de guerra que comete e o reconhecimento imediato do Estado da Palestina.

Póvoa Pela Palestina assegura que “segue na acção de cada uma das pessoas presentes que usa a sua voz como alerta e, nas palavras de Raffef Ziadah, ‘ensina vida’”.


Fotos: MPPM e Póvoa pela Palestina

Nesta terça-feira 17 de Junho, em que no Parlamento se discutia o programa do governo – omisso em compromissos com a Palestina –, milhares de pessoas voltaram a manifestar-se em Lisboa num grande desfile que teve início no Largo de Camões e culminou numa concentração frente à Assembleia da República.

O apelo lançado por CGTP-IN, CPPC, MPPM e Projecto Ruído, a que aderiram muitas outras organizações e colectivos, reclamava o fim do genocídio e o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal.

Frente à Assembleia da República, com apresentação de Isabel Medina, André Levy leu uma mensagem de Mahmoud Issa Abu Marcel, palestino que esteve 27 anos preso nas cadeias de Israel, dirigida a esta manifestação.

Seguiram-se intervenções de Isabel Camarinha (CPPC), Mariana Metelo (Projecto Ruído), Carlos Almeida (MPPM) e Tiago Oliveira (CGTP-IN).

Foi então posta a votação uma moção que foi aprovada por unanimidade e aclamação.


Texto da intervenção de Carlos Almeida

Ali dentro, começou hoje a ser...

Na maior concentração de pessoas em solidariedade com a Palestina a que o Porto assistiu nos últimos anos (mais de 1300, em vigília, na Praça Humberto Delgado, na noite de 13 de Junho), reclamou-se o fim da ocupação e do genocídio perpetrado pelo governo de Israel e pelas suas forças militares, o cessar-fogo imediato e a entrada sem restrições da urgentíssima ajuda humanitária em Gaza. 

Criticou-se também, com veemência, a posição tíbia e cúmplice, quer dos governantes portugueses quer das instâncias europeias, em relação à chacina em curso, na Faixa de Gaza. O apoio militar, logístico e político dos EUA ao governo ultradireitista e ao regime colonialista e de apartheid de Israel foi igualmente contestado por diversos intervenientes.

A projecção da bandeira rubra e negra, verde e branca na fachada da Câmara, o simbólico acender de velas no chão formando a palavra Palestina, a música, o canto e a poesia pontuaram, com assinalável beleza e emotividade, uma iniciativa que teve mais de duas...

Como em cada ano no dia 10 de Junho, a Frente Anti-Racista promoveu uma manifestação contra o racismo e a xenofobia a que se associaram dezenas de outras organizações, entre as quais o MPPM.

No início, houve uma concentração frente ao nº 29 da Rua Garrett onde, há precisamente 30 anos, Alcindo Monteiro foi assassinado por um grupo neonazi. Seguiu-se o desfile até ao Largo do Carmo sempre proclamando «A nossa luta / em cada dia / é contra o racismo e a xenofobia».

Também a luta do povo palestino foi evocada porque a conjugação de todas as lutas pela liberdade e pelos direitos é essencial para enfrentar o crescente avanço das forças extremistas e os seus poderosos protectores. Por isso, se afirmou «Em cada cidade / em cada esquina / somos todos Palestina».