Boicote e Sanções a Israel

Na reunião de ontem, 20 de Maio, do Conselho de Negócios Estrangeiros (CNE) da UE, dezasseis países apoiaram a proposta dos Países Baixos para que a relutante Comissão Europeia reveja o Acordo de Associação com Israel por incumprimento do seu artigo 2.º.

Na reunião informal de ministros de Negócios Estrangeiros da UE, que teve lugar em 7 e 8 de Maio em Varsóvia, o MNE neerlandês Caspar Veldkamp tinha-se dirigido à chefe da diplomacia europeia Kaja Kallas pedindo uma revisão urgente do Acordo de Associação UE-Israel (AAU-I), a base do acordo de comércio livre UE-Israel, afirmando acreditar que Israel está a violar o acordo.

A proposta dos Países Baixos teve, no imediato, a adesão de Bélgica, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Luxemburgo, Portugal e Suécia. Na reunião de ontem, associaram-se a este grupo Dinamarca, Eslováquia, Estónia, Malta, Polónia e Roménia. Áustria e Letónia mantiveram-se neutrais. Na oposição à proposta de revisão estiveram Alemanha, Bulgária, Chéquia...

Ex.mo Sr. Dr. Paulo Rangel, Ministro dos Negócios Estrangeiros:

O MPPM - Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente regista o gesto da diplomacia portuguesa de dar o seu apoio ao apelo dos Países Baixos para uma revisão do Acordo de Associação UE-Israel, ainda que considere que a extrema gravidade da situação que se vive hoje na Palestina e muito em especial em Gaza é incompatível com uma atitude de expectativa e acompanhamento, antes impõe acção e iniciativa. É absolutamente essencial pôr termo imediato à catástrofe humana em Gaza e aos planos insensatos de Israel para evacuar Gaza.

Ao mesmo tempo, há que lamentar que tenha sido necessária tanta destruição, morte e sofrimento humano, e tantos danos irreversíveis para inúmeros sobreviventes, antes de a UE e os governos começarem a avançar para as medidas concretas necessárias para pôr termo aos crimes de Israel. 

Nos últimos 19 meses, as forças israelitas mataram mais de 56.000 palestinos em Gaza (incluindo 17...

A FIFA, o organismo que rege o futebol mundial, reúne-se em Assunção, no Paraguai, para o seu Congresso anual, amanhã 15 de Maio, Dia da Nakba. Tem em agenda uma proposta de expulsão da Associação de Futebol de Israel com base no seu envolvimento em graves violações de direitos humanos e de desrespeito pelo direito internacional

Os palestinos em Gaza estão literalmente a morrer à fome devido à proibição por parte de Israel de toda a ajuda humanitária e combustível. Centenas de futebolistas palestinos foram mortos pelo genocídio de Israel em Gaza e os estádios e instalações desportivas palestinos foram arrasados.

Israel continua a intensificar e a expandir a sua brutal ocupação militar do território palestino, considerada ilegal pelo Tribunal Internacional de Justiça, e a Associação de Futebol de Israel mantém equipas sedadas em colonatos ilegais.

Há um ano, a Federação Palestina de Futebol (PFA) apresentou uma moção à FIFA apelando à proibição de Israel devido ao seu genocídio em Gaza, às...

Em entrevista à TSF, nesta quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, mostrou-se preocupado com a «situação dramática» em Gaza e adiantou que Portugal apoia a proposta dos Países Baixos para a revisão do acordo de associação entre Israel e a União Europeia.

«Os Países Baixos tomaram a iniciativa, que foi formalizada ontem [quarta-feira], de pedir uma avaliação do acordo de associação entre a União Europeia e Israel. E ontem mesmo, a nossa secretária de Estado dos Assuntos Europeus, que está a representar Portugal neste conselho informal, fez uma curta intervenção, cujo único ponto foi dizer que apoiamos esta iniciativa holandesa. Isto mostra o ponto de verdadeira preocupação e até censura a que chegámos, porque já não existe ajuda humanitária relevante desde que deixou de valer o acordo de cessar-fogo», declarou Paulo Rangel à TSF.

A suspensão do Acordo de Associação UE-Israel tem vindo a ser reclamada por variados sectores da sociedade civil internacional com base...

O MPPM considera que a persistência da limpeza étnica que Israel tem em curso contra a população palestina de Gaza e da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, só é possível devido ao ininterrupto apoio, nomeadamente militar, dos Estados seus cúmplices e à complacência da generalidade dos Estados e instituições mundiais e, por isso, exige que o governo e as instituições portuguesas, no respeito pelo direito internacional, não contribuam para viabilizar esse apoio.

O fundamento legal

No seu Parecer Consultivo de 19 de Julho de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) deliberou: «É de opinião que todos os Estados têm a obrigação de não reconhecer como legal a situação resultante da presença ilegal do Estado de Israel no Território Palestino Ocupado e de não prestar ajuda ou assistência para manter a situação criada pela presença contínua do Estado de Israel no Território Palestino Ocupado».

Reunida em Sessão Especial em 13 de Setembro de 2024 para apreciar o Parecer Consultivo do...

A UEFA não só permite que a Associação de Futebol de Israel (AFI) participe nas suas competições como agora admite que o candidato israelita Zuares Moshe concorra à eleição para o seu Comité Executivo, que terá lugar amanhã, 3 de Abril, em Belgrado, durante o seu 49.º Congresso.

A AFI está há anos a ser investigada pela FIFA por ter filiados clubes sediados nos ilegais colonatos israelitas. Mas não surpreende que, após anos de investigação, ainda não tenha reunido provas suficientes de que a AFI está ilegal. Também não surpreende que, em muitas outras situações, a FIFA tenha sido expedita a suspender Associações e Federações Nacionais. Afinal, o que move a FIFA é muito mais que o interesse desportivo.

À ocupação militar e ao regime de apartheid impostos por Israel aos Palestinos, que já deviam ter levado a FIFA e a UEFA a sancionar a AFI, acresce agora a sujeição de 2,3 milhões de palestinos de Gaza a massacres, à fome e a deslocações forçadas sem ter para onde ir, enquanto prosseguem as...

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) repudia a intimidação por forças de segurança de activistas que manifestavam solidariedade à Palestina na Volta ao Alentejo, em que participa a equipa Israel Premier Tech. 

O MPPM expressa a sua total solidariedade com os activistas que, pacificamente, se manifestaram em Castelo de Vide, no sábado 29 de Março, para afirmar a solidariedade com a Palestina num evento, a Volta ao Alentejo, em que participa a equipa Israel Premier Tech. 

Em vez de poderem exercer livremente o seu legítimo direito de expressão, os activistas foram injustamente abordados pela GNR, identificados e intimidados, simplesmente por exibirem bandeiras palestinas, simbolizando a solidariedade com luta do povo palestino pela justiça e pelos seus direitos nacionais.

A equipa Israel Premier Tech, que participa na Volta ao Alentejo, não é uma simples equipa desportiva, é também um instrumento de «diplomacia desportiva» que visa desviar a...

O MPPM repudia a participação na Volta ao Alentejo em bicicleta, que se inicia em Beja nesta quarta-feira 26, da equipa Israel Premier Tech, constituída para servir a propaganda israelita de branqueamento das acusações de genocídio, de apartheid e de generalizado desrespeito pelo direito internacional.

Criado em 2014, como Academia de Ciclismo de Israel, o projecto tinha o meritório propósito de desenvolver o desporto no país formando jovens talentosos. Mas, a breve prazo, com a entrada do multimilionário israelo-canadiano Sylvan Adams, o projecto rapidamente evoluiu para o que é hoje — um instrumento do branqueamento desportivo de Israel. 

Na equipa que compete nas grandes provas internacionais, só quatro dos vinte ciclistas são israelitas; os restantes são de outras onze nacionalidades, incluindo um português. O dinheiro de Sylvan Adams e os subsídios do Turismo de Israel permitiram a contratação, nomeadamente, de Chris Froome — quatro vezes vencedor da Volta à França — e de outros...

O MPPM secunda o apelo que o colectivo Film Workers For Palestine lançou aos cinéfilos de todo o mundo para que boicotem todas as projecções dos filmes “Capitão América: Admirável Mundo Novo”, da Marvel, e “Branca de Neve”, da Disney, que têm no elenco actrizes israelitas identificadas como activas propagandistas do regime sionista. “Capitão América: Admirável Mundo Novo” está em exibição em Portugal desde 13 de Fevereiro e “Branca de Neve” tem estreia anunciada para 20 de Março. Ambos os filmes são tentativas da Marvel e da Disney para normalizar o racismo anti-palestino e encobrir a carnificina de Israel em Gaza.

O último filme da franquia Capitão América revive uma personagem anti-palestina, Ruth Bat-Seraph, também conhecida como “Sabra”, que apareceu pela primeira vez no universo Marvel em 1980 como agente da criminosa Mossad de Israel. Depois de receber reacções negativas, a Marvel anunciou que iria rever (mas não eliminar) a personagem. Apesar das mudanças superficiais, a...

O gigante dinamarquês do transporte marítimo A.P. Møller - Mærsk A/S tem enfrentado um intenso escrutínio pelo seu potencial papel na facilitação da transferência de armas e equipamento militar para Israel, arriscando-se assim a envolver-se em actividades que suscitam sérias preocupações em matéria de direitos humanos. Apesar das crescentes exigências globais de responsabilização das empresas e dos esforços acrescidos de diligência devida associados à violência devastadora registada em Gaza nos últimos 17 meses, a Maersk pode estar a ficar aquém de alinhar as suas operações com as normas internacionais em matéria de direitos humanos. Uma proposta que deverá ser discutida pelos accionistas exige que a Maersk tome medidas imediatas para divulgar os seus processos de diligência devida em matéria de direitos humanos no que se refere ao envio de armas para Israel. Esta resolução constitui um desafio directo à empresa no sentido de aderir ao direito e às normas internacionais, que incluem a...