Boicote e Sanções a Israel

O Bundestag aprovou na sexta-feira uma moção que condena o movimento BDS como sendo anti-semita, num passo ameaçador no sentido de criminalizar a crítica às políticas antipalestinas de Israel e de amordaçar a liberdade de expressão.

O movimento internacional BDS, que condena explicitamente o anti-semitismo, apela ao boicote, ao desinvestimento e às sanções como forma de pressão para que Israel ponha fim à ocupação da terra palestina, conceda direitos iguais aos cidadãos palestinos de Israel e reconheça o direito de retorno dos refugiados palestinos.

A maioria dos deputados do Bundestag votou a favor de uma moção não vinculativa que afirma: «Os padrões e métodos de argumentação usados pelo movimento BDS são anti-semitas.» A moção foi apresentada pela CDU de Angela Merkel e pelo SPD, seu parceiro de coligação, bem como pelos Verdes e o FPD. O partido de extrema-direita AfD, conhecido pelas suas posições xenófobas e até anti-semitas, votou contra porque queria ir mais longe e proibir mesmo...

Desde a vitória de Israel na edição passada do Festival Eurovisão da Canção, têm-se multiplicado, tanto em Portugal como um pouco por todo o mundo, os apelos à não participação na final da edição deste ano que se realiza em Telavive – gorada a manobra provocatória de Israel de pretender realizar a final em Jerusalém – entre 14 e 18 de Maio próximo.

Em Fevereiro, o MPPM dirigiu à administração da Rádio e Televisão de Portugal uma carta em que apelava à entidade responsável pela organização da participação portuguesa no Festival a que se retirasse da edição de 2019 daquele certame, pois se entendia que «com essa decisão, a RTP prestigiará Portugal e colocará o nosso país do lado certo da justiça, da liberdade, da defesa da dignidade da pessoa humana e da paz».

Fundamentávamos o nosso apelo no facto de Israel ser um Estado à margem do Direito Internacional. Porque consideramos que, para Israel, «a participação no Festival é uma operação inserida numa estratégia mais ampla destinada a obter...

Numa carta aberta, 171 artistas suecos apelam ao boicote do Festival da Eurovisão 2019  previsto para Tel Aviv, em protesto contra os crimes de Israel contra o povo palestino.

Entre os subscritores encontram-se músicos e cantores, escritores, personalidades do teatro e cinema. A carta aberta foi também assinada por Per Gahrton, fundador do Partido Verde, e por dois anteriores participantes na Flotilha da Liberdade para Gaza, o jornalista Kajsa Ekis Ekman e o músico Dror Feiler, de origem israelita.

É o seguinte o texto da carta aberta, publicada no diário Aftonbladet:

«Nós, artistas e trabalhadores da cultura suecos  que assinamos este apelo não podemos ver em silêncio Israel usar o Festival Eurovisão da Canção para esconder os seus crimes contra o povo palestino.

«Apenas alguns dias após a vitória de Israel no Festival Eurovisão da Canção, em Maio de 2018, o exército de Israel matou 62 palestinos que protestavam contra o seu encarceramento em Gaza.

«Seis desses assassinados eram crianças...

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, na oposição, reclamou na sexta-feira que o Reino Unido congele as vendas de armas a Israel e condene a matança de civis palestinos em Gaza.

Corbyn escreveu no Twitter: «A ONU diz que as mortes de manifestantes efectuadas por Israel em Gaza — incluindo crianças, paramédicos e jornalistas — podem constituir “crimes de guerra ou crimes contra a humanidade”.» E o líder trabalhista acrescenta: «O governo do Reino Unido deve inequivocamente condenar as mortes e congelar as vendas de armas a Israel.»

A declaração de Corbyn surge no dia seguinte a investigadores da ONU acusarem as forças israelitas de dispararem intencionalmente sobre civis palestinos que participavam nas manifestações da Grande Marcha do Retorno, na Faixa em Gaza, no que afirmam poder constituir crimes de guerra ou crimes contra a humanidade.

A comissão de inquérito independente, criada no ano passado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, afirmou num relatório...

Carta aberta à Administração da Rádio e Televisão de Portugal

No dia 13 de Setembro de 2018, a Eurovisão decidiu atribuir à cidade de Telavive, em Israel, a organização da edição deste ano do Festival Eurovisão da Canção.

O Festival Eurovisão da Canção pretende celebrar a diversidade cultural, os valores da paz, da cooperação e da tolerância. É inconciliável com tais valores a política de Israel de desrespeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas e da Declaração Universal dos Direitos do Homem, a sua atitude de reiterada violação dos direitos humanos e da legalidade internacional.

A organização por Israel do Festival da Eurovisão compromete irremediavelmente a observância daqueles princípios. Todos os países que calarem tal contradição estarão a caucionar a subversão daqueles valores e a ser cúmplices dos crimes pelos quais o Estado de Israel é reiteradamente censurado na Organização das Nações Unidas.

Israel é hoje um Estado à margem do Direito Internacional:

— Em confronto aberto...

Cinquenta personalidades da cultura britânica assinaram uma carta convidando a BBC a cancelar a cobertura do Festival da Eurovisão deste ano porque está previsto que ocorra em Israel, a 18 de Maio.

A carta, publicada no jornal britânico The Guardian, critica Israel pela ocupação de territórios palestinos.

Os subscritores, entre os quais se contam a estilista Vivienne Westwood, o cineasta Mike Leigh, as actrizes Julie Christie e Maxine Peake, os músicos Peter Gabriel, Wolf Alice e Roger Waters e os escritores  Caryl Churchill e AL Kennedy, afirmam que «não podemos ignorar a violação sistemática por Israel dos direitos humanos dos palestinos».

Como o representante britânico ao Festival será escolhido a 8 de Fevereiro no programa You Decide (Você Decide), a carta lembra que  «“Você Decide” não é um princípio aplicado aos palestinos, que não podem decidir afastar a ocupação militar de Israel e viver livres do apartheid. Até mesmo aos palestinos com cidadania israelita foi dito na lei do...

«Eurovisão não combina com apartheid!», dizem vários artistas portugueses em carta aberta dirigida à RTP. Os signatários apelam ao boicote da participação de Portugal no Festival da Eurovisão da Canção, que vai decorrer em Israel em 2019, sendo a RTP a responsável pela escolha do representante português.

Entre os artistas signatários contam-se a escritora Alexandra Lucas Coelho, a artista plástica Joana Villaverde, a cantora Francisca Cortesão, os actores João Grosso, Maria do Céu Guerra e Manuela de Freitas, a pintora Teresa Dias Coelho, a cineasta Susana Sousa Dias e o fotógrafo Nuno Lobito, e também o músico José Mário Branco e o director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, Tiago Rodrigues.

«Israel declarou-se efectivamente um Estado de apartheid ao adoptar este ano a “Lei do Estado-Nação Judeu”. Aos seus cidadãos palestinianos é agora negada constitucionalmente a igualdade de direitos», afirmam os artistas signatários, que prosseguem: «não queremos tornar-nos cúmplices das...

A Airbnb, plataforma de reserva de alojamentos através da internet, decidiu no início desta semana retirar as ofertas situadas em colonatos israelitas na Cisjordânia, território palestino ocupado pelo exército israelita há mais de 50 anos.

«Concluímos que deveríamos retirar das nossas listas os alojamentos nos colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada, que estão no centro da disputa entre israelitas e palestinos», indicou o Airbnb num comunicado.

A plataforma indica que estão listados 200 alojamentos nos colonatos, mas não especifica quando é que esta medida entrará em vigor.

Há muito tempo que os palestinos e organizações de direitos humanos criticam a Airbnb por apresentar essas ofertas nos colonatos, consideraradas enganosas por não  mencionarem que se situam em território palestino ocupado. A Airbnb, tal como muitas outras empresas que fazem negócios na Cisjordânia ocupada, contribui para a economia dos colonatos e ajuda assim a manter a colonização israelita.

O secretário-geral do...

A escritora palestino-americana Susan Abulhawa foi detida ontem ao chegar ao aeroporto de Tel Aviv, com a intenção de participar num festival literário na Cisjordânia ocupada, e foi hoje deportada de regresso aos Estados Unidos.

Susan Abulhawa, autora nomeadamente do conhecido romance As Madrugadas em Jenin, deveria participar no Festival Palestino de Literatura, a ter lugar de 3 a 7 de Novembro.

Os serviços de fronteiras israelitas alegaram que a escritora deveria ter previamente obtido um visto, porque em 2015 lhe foi negada entrada na Palestina através da Ponte Allenby, controlada por Israel. Normalmente os cidadãos dos EUA estão isentos de visto para entrar em Israel.

Moradora em Filadélfia e pertencente a uma família que vive em Jerusalém há séculos, Susan Abulhawa apoia o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções), que se opõe à política israelita de colonização, repressão e discriminação contra o povo palestino, apelando ao boicote pelos cidadãos, ao desinvestimento pelas...

Uma centena e meia de artistas da Europa e de outros países, incluindo os portugueses José Mário Branco, Francisco Fanhais, Tiago Rodrigues, Patrícia Portela, Chullage, António Pedro Vasconcelos e José Luis Peixoto, publicaram hoje no jornal The Guardian um apelo ao boicote do Festival da Eurovisão a realizar em 2019 em Israel.  Publicamos seguidamente o texto do apelo. Nós, os artistas abaixo-assinados da Europa e não só, apoiamos o apelo sincero de artistas palestinos para boicotar o Festival Eurovisão da Canção 2019 a ser acolhido por Israel. Até que os palestinos possam gozar de liberdade, justiça e direitos iguais, não deve haver o procedimento do costume com o Estado que lhes negando os seus direitos básicos.Em 14 de maio, dias após a vitória de Israel na Eurovisão, o exército israelita matou 62 manifestantes palestinos desarmados em Gaza, incluindo seis crianças, e feriu centenas, a maioria com munições reais. A Amnistia Internacional condenou a política israelita de atirar-para...