Boicote e Sanções a Israel

A cantora estado-unidense Lana Del Rey adiou a sua actuação em Israel na sequência das críticas de admiradores e activistas do mundo inteiro.
A cantora anunciou através da sua conta oficial no Twitter que ia adiar o seu espectáculo em Israel até ao momento em que possa actuar tanto na Palestina como em Israel: «é importante para mim actuar tanto na Palestina como em Israel e tratar igualmente todos os meus admiradores».
«Infelizmente, não foi possível alinhar as duas visitas com um prazo tão curto, e portanto adio a minha participação no Meteor Festival até uma altura em que posso agendar visitas para os meus admiradores tanto israelitas como palestinos, bem como desejavelmente a outros países da região».
A cantora deveria ter sido uma das cabeças de cartaz do Meteor Festival, de 6 a 8 de Setembro, realizado num kibbutz no Norte de Israel ao qual a maioria dos palestinos não teria autorização de acesso.
A decisão inicial de Lana Del Rey de actuar no festival foi alvo de fortes críticas...

Um grupo de cientistas rejeita participar numa conferência científica que terá lugar na Universidade de Ariel, localizada no colonato israelita do mesmo nome, um dos maiores da Cisjordânia ocupada. Explicam as suas razões numa carta publicada ontem, 31 de Agosto, no jornal britânico The Guardian, que transcrevemos seguidamente. NÃO DEIXEM A CIÊNCIA LEGITIMAR A OCUPAÇÃO ISRAELITA DOS TERRITÓRIOS PALESTINOSEscrevemos para expressar a nossa opinião de que a Universidade de Ariel, na Cisjordânia ocupada, é o local errado para uma conferência sobre cosmologia e física das partículas que começa na segunda-feira, 3 de Setembro, e vai até 6 de Setembro. Os colonatos são ilegais ao abrigo do direito internacional e foram denunciados pelo Tribunal Internacional de Justiça e por numerosas resoluções da ONU. A Human Rights Watch observou que «o desenvolvimento [de Ariel] é inseparável de uma história de contínua expropriação aos palestinos da sua terra e de restrições à sua liberdade de movimento»...

A Associação Argentina de Futebol (AFA) decidiu cancelar o jogo amigável marcado para sábado contra Israel, que deveria realizar-se em Jerusalém. Depois de uma pressão crescente vinda de todo o mundo, pedindo à Argentina para boicotar a partida, Messi e os seus companheiros de equipa já não irão a Israel. Foram invocadas «preocupações de segurança» como motivo do cancelamento de última hora.O cancelamento do jogo ocorre após meses de uma campanha do movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) que começou na Argentina. Sindicatos argentinos e as Madres de la Plaza de Mayo juntaram-se ao apelo, e na semana passada houve uma manifestação diante da Associação Argentina de Futebol, em Buenos Aires. Após a notícia do cancelamento, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, telefonou ao presidente argentino, Mauricio Macri, pedindo-lhe para intervir, mas Macri respondeu que não tinha autoridade sobre a decisão. Segundo fontes citadas pela agência Wafa, Israel iria pagar 3...

A cantora colombiana Shakira não vai actuar em Tel Aviv este ano, correspondendo ao apelo que lhe foi dirigido numa carta subscrita por autarquias e dezenas de organizações culturais palestinas [https://bdsmovement.net/Shakira]. A decisão de Shakira surge poucos dias depois de o actor, encenador e dramaturgo português Tiago Rodrigues, director do Teatro Nacional Dona Maria II, ter cancelado a sua participação no Israel Festival, em Jerusalém, que deveria acontecer nos próximos dias 4 e 5 de Junho. A corajosa tomada de posição de Tiago Rodrigues é explicada numa declaração publicada em 17 de Maio na sua página no Facebook [https://www.facebook.com/tiago.rodrigues.986227/posts/10216429282072893], em que afirma: «… a organização do festival anuncia com grande destaque o apoio de vários ramos do governo israelita, mas mantém silêncio no que toca aos inaceitáveis atos de violência ordenados por esse mesmo governo contra o povo palestiniano. Considerando o aumento da quantidade de vítimas...

O movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) pelos direitos dos palestinos foi oficialmente nomeado para o Prémio Nobel da Paz pelo deputado noruguês Bjørnar Moxnes.Esta nomeação merece ser sublinhada num momento em que em vários lugares do mundo, incluindo países da Europa, a crítica ao sionismo e à política do Estado de Israel são alvo de tentativas de criminalização e proibição, sendo falsamente equiparadas ao anti-semitismo.O BDS é um movimento que se opõe à política de colonização, repressão e discriminação praticada por Israel contra o povo palestino. Apela ao boicote pelos cidadãos, ao desinvestimento pelas empresas e às sanções pelos Estados como forma de pressão sobre Israel.O deputado Bjørnar Moxnes, do partido Rødt (Vermelho), considera que o BDS é um meio democrático e não violento que pode ajudar a pressionar Israel para acabar com a ocupação ilegal.Segundo o texto que fundamente a nomeação, o movimento BDS visa acabar com meio século de dominação militar de Israel...

Israel publicou uma lista de 20 grupos internacionais cujos membros serão impedidos de entrar no país devido ao seu apoio ao movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS).O BDS é um movimento que se opõe à política de colonização, repressão e discriminação praticada por Israel contra o povo palestino. Apela ao boicote pelos cidadãos, ao desinvestimento pelas empresas e às sanções pelos Estados como forma de pressão sobre Israel.A lista negra, que foi publicada ontem pelo Ministério dos Assuntos Estratégicos de Israel, inclui organizações baseadas em vários países europeus, bem como nos Estados Unidos, no Chile e na África do Sul.Israel opõe-se desde sempre ao movimento BDS, mas há dois anos o governo de Netanyahu, indiferente às acusações de intolerância e supressão do debate democrático, adoptou uma estratégia mais agressiva contra os apoiantes do BDS. A medida ontem tomada vem na continuação de uma decisão de Março de 2017 de alterar a lei de entrada no país, permitindo que as...

Na sequência de uma intensa campanha por grupos de activistas, organizações de estudantes e outras, a Universidade Católica de Lovaina (Bélgica) anunciou que não participará em futuros desenvolvimentos do projecto LAW TRAIN, um programa de cooperação com a polícia de Israel para estudar técnicas de interrogatório financiado pela União Europeia ao abrigo do programa Horizonte 2020 – informa a Samidoun (Rede de Solidariedade com os Presos Palestinos)No anúncio feito no passado dia 6, o recém-eleito reitor da Universidade de Lovaina (UCL), Luc Sels, definiu a sua posição em três pontos:1. O grupo de pesquisa da UCL pode completar o projecto actual, que termina em Abril de 2018, por respeito para com o trabalho dos investigadores e preservação do bom nome da Universidade como parceiro confiável;2. No entanto, a UCL não participará em qualquer projecto de acompanhamento com o actual consórcio porque «a participação do Ministério da Segurança Pública israelita representa, na verdade, um...

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) lamenta o texto da Folha Informativa com a assinatura da Companhia de Teatro de Almada e distribuída aos espectadores do Festival de Teatro de Almada na noite de 12 de Julho de 2017.
O respeito que temos pelo Festival, pela Companhia de Teatro de Almada e pelo seu trabalho, levou-nos a esperar pelo fim da 34a edição do Festival, antes de expressar o nosso desapontamento por esse texto. Um texto que falta à verdade dos factos e, assim, semeia a confusão.
Em momento algum o MPPM, a única organização portuguesa não governamental de solidariedade com o povo palestino acreditada pelas Nações Unidas, defendeu «boicotar um artista pela sua nacionalidade», como afirma enganadoramente o documento distribuído.
O comunicado do MPPM é incontornavelmente claro ao afirmar que o que está em causa é uma questão política: a associação do Estado de Israel ao Festival de Teatro de Almada, através da presença do logotipo da...

O Festival de Teatro de Almada programou a apresentação, no próximo dia 12 de Julho, de um espectáculo com a companhia israelita Kamea Dance Company. Esta apresentação é patrocinada pelo Estado de Israel através da sua embaixada em Portugal.

O MPPM não pode deixar de condenar a associação, por esta via, do Festival de Teatro de Almada ao Estado de Israel.

Para o MPPM não está em causa a necessária e justa autonomia de uma organização cultural na definição da programação de uma iniciativa, nomeadamente do Festival de Teatro de Almada, evento de reconhecida importância nacional e internacional. De igual modo não está em causa a relação entre agentes e produtores culturais, nem a relação entre entidades de índole cultural.

O que está em causa com este facto é a colaboração, mesmo que involuntária, numa operação que — independentemente das intenções dos organizadores do referido Festival — objectivamente contribui para «normalizar» e legitimar um governo e uma política de Estado...

Na sequência de notícias vindas a público sobre um alegado ataque de vandalismo registado sexta-feira no Porto, junto a um restaurante de um conhecido chef português, e a pedido de vários órgãos de comunicação social, a Direcção Nacional do MPPM esclarece: 1. o MPPM é um movimento de solidariedade, reconhecido pela Comissão das Nações Unidas pelos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, e que orienta a sua acção para o esclarecimento da opinião pública e a intervenção política, visando a defesa dos direitos do povo palestino e a denúncia dos crimes da política de ocupação e limpeza étnica levada a cabo pelo Estado de Israel, e pela paz no Médio Oriente, indissociável do reconhecimento dos direitos políticos daquele povo, conforme o direito e a legalidade internacional, designadamente as resoluções pertinentes da ONU; 2. o MPPM subscreveu, em conjunto com outras organizações, um apelo para que um conhecido chef de cozinha português cancelasse a sua participação num evento de promoção...