Solidariedade em Portugal

Cerca de centena e meia de profissionais que desenvolvem actividades ligadas à infância subscreveram um documento em que repudiam o genocídio em Gaza e apelam a um mundo de Paz.

Este é o texto do manifesto com a lista dos seus subscritores:

Criamos e trabalhamos para a infância.
Ante o massacre de milhares de crianças 
e outros Palestinos em Gaza, 
não seremos cúmplices pelo silêncio.
Denunciamos e repudiamos o genocídio.
Um mundo de paz é possível.
É esse o mundo que desejamos.

Abigail Ascenso, ilustradora
Alain Corbel, ilustrador
Alice Vieira, escritora
Álvaro Magalhães, escritor
Amanda Baeza, ilustradora
Anabela Dias, ilustradora
Ana Biscaia, ilustradora
Ana Cepeda, assistente editorial
Ana Cristina Macedo, professora ens. sup., crítica
Ana Filomena Amaral, escritora
Ana Margarida Ramos, professora univ., crítica
Ana Parada da Costa, ativista
Ana Paula Faria, editora
Ana Paula Oliveira, prof. bibliotecária, escritora
Ana Rita Fernandes, livreira
André Carrilho, ilustrador
André da Loba, ilustrador
André...

O Projecto Ruído – Associação Juvenil assinalou o Dia Mundial da Criança, 1 de Junho, com um acto público em Sete Rios, Lisboa, a que o MPPM se associou. Numa homenagem às crianças palestinas, foram afixados cartazes com nomes de crianças palestinas assassinadas por Israel durante o seu ataque genocida à Faixa de Gaza.

O comediante Manuel Rosa contextualizou o acto público e leu alguns poemas de poetas palestinos, dando a palavra, sucessivamente, a Mariana Metelo (Projecto Ruído) e José Oliveira (MPPM).

Encerrou o acto a senhora Embaixadora da Palestina, Rawan Sulaiman.

Texto da intervenção de José Oliveira em nome do MPPM:

No dia em que assinalamos o Dia da Criança, em Gaza a infância está a ser exterminada.

Desde Outubro de 2023, Israel matou mais de 17.000 crianças palestinas. Milhares de outras foram feridas, ficaram sem o pai ou a mãe, ou sem os dois, ou estão desaparecidas sob os escombros. Todos os dias, 100 crianças são mortas ou feridas. Uma a cada 15 minutos.

Metade da população de...

Centenas de pessoas acorreram nesta sexta-feira, 23 de Maio, ao Rossio, em Lisboa, para manifestar a sua solidariedade com o povo palestino e para condenar veementemente todos os que, por acção ou por omissão, são cúmplices da agressão genocida de Israel contra o povo mártir da Palestina. 

Com apresentação de Manuel Rosa, que leu um poema da autoria de Judite Almeida, do colectivo Parents for Peace, intervieram, em representação das organizações promotoras, Julie Neves (CPPC), Dinis Lourenço (CGTP-IN), Carlos Almeida (MPPM) e Inês Reis (Projecto Ruído).

Foi anunciada nova acção de protesto em Lisboa, no dia 4 de Junho, às 18 horas, com concentração no Largo do Chiado e desfile até à Rua Primeiro de Dezembro.


Fotos: MPPM, CPPC, CGTP-IN

Cerca de três centenas de pessoas concentraram-se na Praceta da Palestina, no Porto, expressando com palavras eloquentes, com música, com poesia e com pintura a sua solidariedade com a Palestina. Pelo fim do genocídio, pelo fim dos assassinatos e ocupações na Cisjordânia, pelo reconhecimento do Estado da Palestina, pelo cessar-fogo permanente em Gaza e pela entrada, sem bloqueios, da ajuda humanitária na Faixa. 

Houve ainda palavras especialmente firmes contra as muitas hesitações da União Europeia e do governo português em cortar com a cumplicidade activa com o governo genocida de Israel, quer em termos de cooperação institucional, cultural e científica, quer no plano militar.

A luta e a solidariedade não podem parar – foi dito nesta participada concentração em que se sinalizaram os 77 anos da Nakba. Ouviram-se palavras de ordem reclamando a independência da Palestina e a paz no Médio Oriente. 

Joana Duarte, da associação juvenil Projecto Ruído. introduziu e orientou as intervenções. O...

O Trio Jakob, composto por Manuel de Almeida-Ferrer (violino), Carla Peña Romero (violoncelo) e Imanol Casán (piano), encerrou a participação do MPPM no III Arte pela Palestina apresentando, no sábado 17 de Maio, na Casa do Comum, em Lisboa, o concerto «Música e Resistência» em que interpretaram a transcrição de quatro canções palestinas e o Trio n. 2, em mi menor, op. 67, de Dimitri Chostakovich.

A anteceder a apresentação do Trio de Chostakovitch, escrito durante o cerco de Leninegrado, Manuel Ferrer apresentou a cronologia deste evento marcante da II Guerra Mundial sendo inevitáveis os paralelismos com a actual situação em Gaza.

No dia 15 de Maio, em que se assinaram 77 anos da contínua Nakba palestina, o CPPC, a CGTP-IN, o MPPM e o Projecto Ruído promoveram, na Casa do Alentejo, em Lisboa, um evento de solidariedade com o povo palestino.

Com uma significativa presença de membros da comunidade palestina, o evento abriu com uma intervenção musical, no alaúde, de Ahmad Dari, um artista e curador palestino residente em Paris que se deslocou a Portugal a convite da Embaixada da Palestina.

Seguiu-se a participação de ÚDI, cantor e compositor que várias vezes generosamente se tem associado a iniciativas pela Palestina.

A senhora embaixadora da Palestina, Rawan Sulaiman, fez uma breve alocução em que referiu o significado da data e enalteceu a actividade das organizações de solidariedade em Portugal.

Em nome das organizações promotoras, interveio Mariana Metelo, do Projecto Ruído.

A segunda parte do evento foi preenchida com uma exibição do grupo Handala Dabke que fez uma animada demonstração da dança tradicional...

Integrado no evento Arte pela Palestina, o MPPM promoveu um debate sobre a forma como os ilustradores podem intervir com o seu trabalho na defesa de causas como a do povo palestino. Na tarde de quinta-feira 15 de Maio, na Casa do Comum, em Lisboa, o debate reuniu os ilustradores Alexandre Esgaio, André Ruivo e Catarina Sobral, que estiveram à conversa com Carlos Almeida, do MPPM.

Este evento ocorre em paralelo com a exposição «Ilustradores pela Paz na Palestina» que reúne o trabalho de 24 ilustradores portugueses ou vivendo em Portugal e que responderam ao desafio para exprimirem através da imagem a forma como sentem o que se está a passar na Palestina.

Ana Biscaia, também ilustradora e dirigente do MPPM, que dinamizou a iniciativa, esteve ausente por motivos de saúde mas enviou uma mensagem que é, em certa medida, um manifesto em nome dos vinte e quatro artistas e que reproduzimos no final desta nota.

A conversa decorreu muito animada e com boa participação da assistência. Ficámos a...

Durante a cerimónia com que a Embaixada da Palestina assinalou os 77 anos da contínua Nakba, na quarta-feira dia 14, foram entregues à Embaixadora Rawan Sulaiman os postais com mensagens de solidariedade recebidos na iniciativa de homenagem às crianças palestinas que CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído realizaram no Rossio, em Lisboa, no passado dia 5 de Maio.

Nesta segunda-feira 5 de Maio homenageámos a memória das crianças palestinas assassinadas por Israel em Gaza, numa iniciativa do CPPC, da CGTP-IN, do MPPM e do Projecto Ruído. 

Uma extensa faixa continha os nomes de 2000 crianças, em representação das cerca de 17.400 que Israel assassinou desde Outubro de 2023 – porque cada criança morta tinha um nome, não era um número.

Recolhemos muitas dezenas de postais com mensagens de solidariedade para as crianças e para o povo palestino bem como cartazes com expressões de solidariedade e de protesto.

Mariana Carvalho, dos Pioneiros de Portugal, leu o texto de homenagem às crianças palestinas:

«A mãe, o pai, os irmãos, a família morta, separada ou desaparecida, 

a casa destruída 

a fome, a doença 

a guerra, a morte, as feridas, a dor 

a destruição por todo o lado… 

é isto ser criança na Faixa de Gaza... 

Ser obrigado a sair da sua casa, da sua rua, do seu bairro 

ser privado de água, de comida, de medicamentos e dos cuidados médicos necessários 

ver...

O MPPM integrou a grande manifestação que percorreu a Avenida Almirante Reis, entre o Martim Moniz e a Alameda, como parte das comemorações do Dia do Trabalhador promovidas pela USL / CGTP-IN. Quisemos associar o apoio à luta do povo palestino ao reconhecimento pela solidariedade que a CGTP-IN e as suas estruturas têm manifestado com a causa palestina.

Na Alameda estivemos presentes com um stand onde mostrámos a nossa exposição «Against Erasure: uma memória fotográfica da Palestina antes da Nakba» baseada no livro de Sandra Barrilaro e Teresa Aranguren. Negar a existência do povo da Palestina foi uma premissa fundamental do movimento sionista, que procurou não só ocultar a sua existência, mas até a memória de que tinha existido. Mas o que existe deixa um rasto e esta exposição documenta uma terra em que vivia um povo que trabalhava, comerciava, reagia e se divertia.