Solidariedade em Portugal

Neste ano em que uma cruel guerra colonial dizima o povo palestino, neste ano em que Portugal festeja o fim de uma guerra colonial imposta à população portuguesa durante 13 longos anos, neste dia 8 de Março de 2024, Dia Internacional da Mulher, por onde andarão os direitos humanos na martirizada Palestina ocupada e, em particular, os direitos das mulheres palestinas?

Em Gaza, desde 7 de outubro de 2023, mais de 30 000 palestinos morreram, há mais de 70 000 feridos, há quase oito milhares de desaparecidos. Estima-se que 70% das vítimas mortais são mulheres e crianças. Entre os detidos palestinos sob custódia, 27 morreram nos últimos dias.

Nestes quase cinco meses - 154 dias - de massacres e de destruições, de privação de água, de alimentos, de cuidados de saúde, as transferências forçadas atingiram 75% da população de Gaza, onde, actualmente, se morre de fome...

O CPPC, o MPPM, a CGTP-IN e o Projecto Ruído promoveram nesta quarta-feira 6 de Março um Acto Público de sensibilização e esclarecimento, no Rossio, em Lisboa.

Com apresentação de Julie Neves (CPPC) e Tomás Gonçalves (Projecto Ruído), o evento começou com um momento musical em que Leonor Pereira cantou e Francisco Antunes acompanhou “A Morte Saiu à Rua” e “Trova do Vento Que Passa”.

Seguiram-se as intervenções de Dinis Lourenço (CGTP-IN), Hindi Mesleh (refugiado palestino residente em Portugal) e Carlos Almeida (MPPM).

Denunciou-se o massacre em curso na Palestina, afirmou-se a urgência de um cessar-fogo permanente, questionou-se a posição do governo português em relação a Israel e garantiu-se a contínua solidariedade do povo português ao povo palestino.

A concluir, as muitas pessoas presentes no Rossio, cantaram “Grandola Vila Morena”.

A Casa da Esquina, em Coimbra, expôs as obras dos vinte quatro ilustradores que responderam ao convite que lhes foi feito para exprimirem, com o seu trabalho, o seu sentir sobre o que se está a passar na Palestina. Denunciam a guerra e apelam ao cessar-fogo em Gaza e a Paz, porque «ilustração é resistência».

Foram estes os ilustradores que aderiram à iniciativa do MPPM, do CPPC, da CGTP-IN e do Projecto Ruído - Associação Juvenil: Alexandra Ramires, Alexandre Esgaio, Ana Biscaia, André Pereira, André Ruivo, Arianna Vairo, Catarina Sobral, Eva Evita, Júlio Dolbeth, Mantraste, Mariana Rio, Marta Monteiro, Marta Nunes, Paul Hardman, Pedro Pousada, Rachel Caiano, Rebal Bueno, Ricardo Ladeira, Sebastião Peixoto, Susa Monteiro, Susana Matos, Teresa Carvalho, Tiago Guerreiro e Vladimiro Vale.

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O CPPC, o MPPM e o Projecto Ruído promoveram duas acções de sensibilização e esclarecimento, em Lisboa, nesta quinta-feira 22 de Fevereiro: de manhã, na estação de comboios de Sete Rios, e à tarde na estação de comboios do Cais do Sodré.

Em ambos os locais foram distribuídos folhetos (anexo) com informação actualizada sobre a situação actual na Palestina, a denúncia da política criminosa de Israel e dos seus aliados e apoiantes, e a exigência de um cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza, o fim da violência dos colonos e militares israelitas na Cisjordânia, a libertação de todos os detidos e a concretização de um Estado da Palestina independente, soberano e viável.


Fotos: MPPM, CPPC

No Porto, realizou-se na segunda-feira, 19 de Fevereiro, mais uma grande iniciativa pública promovida pelo CPPC, pela USP/CGTP-IN, pelo MPPM e pelo Projecto Ruído sob o lema “Paz no Médio Oriente! Palestina Independente! Fim à Guerra! Fim ao Massacre!”

Centenas de pessoas concentraram-se junto à reitoria da Universidade do Porto, na Praça dos Leões, onde ouviram uma breve saudação de João Rouxinol, em nome do CPPC, e encaminharam-se depois para a Praça Carlos Alberto onde teve lugar um acto público apresentado por Joana Machado e que contou com intervenções de Filipe Pereira, coordenador da USP/CGTP-IN, da professora Sónia Duarte e de José António Gomes, da Direcção Nacional do MPPM.

A sessão acabou ao som de Grândola Vila Morena.


Fotos: Henrique Borges, MPPM

Realizou-se, em Viana do Castelo, na sexta-feira 16 de Fevereiro, um Cordão Humano desde a Estação de Caminho de Ferro até a Praça da Liberdade, onde decorreu uma concentração com intervenções de Sandra Maricato do núcleo local do CPPC, de Augusto Silva, coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo e de Ilda Figueiredo pela DN do CPPC.

Esta acção inseriu-se no conjunto de iniciativas que a CGTP-IN, o CPPC, o MPPM e o Projecto Ruído têm vindo a realizar por todo o país pela Paz no Médio Oriente e por uma Palestina Independente, reclamando o fim da agressão de Israel contra o povo palestino e um cessar-fogo imediato em Gaza.


Fotos: CPPC

A Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP) convidou mais de quatro dezenas de autores portugueses a responder a uma dúvida: «E depois de Gaza, é possível ainda a poesia?».

São exactamente quarenta e quatro os/as poetas que respondem ao desafio contribuindo para a colectânea de poemas que a AJHLP acaba de editar na colecção «explicação das árvores» com o título o silêncio dos meninos mortos e o subtítulo poemas portugueses contra o massacre do povo palestiniano.

Desta colectânea recolhemos esta pequena mostra:

Francisco Duarte Mangas, Os Frutos

a árvore das palavras
povoa-se de frutos
e esses pequeninos frutos
abrigam o silêncio
dos meninos mortos de gaza.

João Pedro Mésseder, Palestina, 2023

Se te roubam a terra
se te cercam o mar
se o céu não to roubam
que o não podem roubar

Nesta sexta-feira, 16 de Fevereiro, muitas dezenas de pessoas concentraram-se frente à Embaixada de Israel, em Lisboa, para exigir a fim da agressão contra a Palestina e a fim da impunidade dos crimes contra o povo palestino cometidos pelo Estado de Israel.

Em pé, sentadas ou deitadas, pessoas solidárias com a Palestina, defensoras da paz e dos direitos humanos, para quem o sofrimento dos Palestinos se tornou insuportável, manifestaram a sua solidariedade com o povo palestino e a sua indignação perante a inoperância dos Estados para travar a agressão genocida de Israel, traduzida na palavra de ordem «Viva a luta do Povo Palestino! Israel é um Estado assassino!».
 


Na tarde de quarta-feira, 14 de Fevereiro, realizou-se, em Coimbra, uma acção em solidariedade com o povo palestino de distribuição de informação e esclarecimento sobre a situação no Médio Oriente e a urgência de um cessar-fogo imediato e permanente.

A acção decorreu entre a Portagem e a Estação Nova e foi promovida pelo CPPC, pelo MPPM, pela USC/CGTP-IN, pelo MDM, pela URAP, pelo Projecto Ruído e pela Associação de Amizade Portugal-Cuba.


Fotos: CPPC

Lisboa voltou a assistir, no sábado 10 de Fevereiro, a uma grande manifestação de protesto contra o genocídio levado a cabo por Israel na Palestina, com milhares de pessoas a responderem à chamada da Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina e de muitas outras organizações e colectivos, entre os quais o MPPM.

Partindo da Alameda Dom Afonso Henriques, a manifestação desceu a Avenida Almirante Reis até à Praça de Martim Moniz.

Reclamou-se um cessar-fogo imediato, o fim do genocídio, o fim do bloqueio a Gaza, a independência da Palestina.

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