Uma centena de organizações europeias, entre as quais o MPPM, dirigiu esta carta ao CEiiA (Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto), manifestando a sua firme oposição à contratação de drones Hermes 900, da empresa israelita Elbit Systems, para serviço da EMSA e dos estados membros da UE, tendo em consideração o envolvimento da Elbit Systems, e do Hermes 900, em ataques criminosos contra civis palestinos, conforme amplamente referido por observadores internacionais independentes.
11 de Novembro de 2019 Ao CEO do CeiiA Caro Engenheiro José Rui Felizardo:
Os 32 grupos e redes da sociedade civil europeia abaixo assinados, representando mais de 100 organizações em pelo menos 12 Estados membros da UE, que trabalham na solidariedade com o povo palestino e com migrantes ou sobre a militarização, estão profundamente preocupados com o uso pela Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA) de drones israelitas para monitorar e controlar os movimentos migratórios em direcção à Europa.
O dia 9 de Novembro marca trinta anos desde a queda do Muro de Berlim e da proclamação da superioridade do Ocidente e do seu modelo de mercado livre, com o qual iam cair todos os muros. Três décadas depois, foram construídos mais de 70 muros em todo o mundo. Visto do ponto de vista da Campanha Palestina contra o Muro, parece que o mundo está a atravessar um processo de «israelização».
De facto, até 2002, quando Israel começou a construir o seu muro do apartheid na Cisjordânia ocupada, os muros eram um tabu político. Até o muro que encarcera toda a população palestina de Gaza desde 1995 foi mantido em silêncio. A indignação que provocou a construção por Israel de um muro de oito metros de altura na Cisjordânia foi enorme a princípio, em parte porque, ao contrário da maioria dos outros muros, este é construído em território ocupado. Mas, apesar de o Tribunal Internacional de Justiça em 2004 ter declarado ilegal este muro, bem como qualquer apoio internacional ao mesmo, a decisão...
O MPPM denuncia e condena frontalmente a aquisição por Portugal de equipamento de guerra electrónica (EW Suite) israelita para os aviões KC-390 destinados à Força Aérea Portuguesa.
A Resolução do Conselho de Ministros n.º 120/2019, de 11 de Julho de 2019[1], que autoriza a aquisição de cinco aviões KC-390 e de um simulador de voo e dos respectivos contractos de sustentação logística, contempla no seu ponto 1. c): «A aquisição dos equipamentos de guerra eletrónica (EW Suite) para as aeronaves KC-390, à Elbit Systems EW and Sigint - Elisra, até ao montante máximo de (euro) 44.969.053,00, a que acresce IVA à taxa legal em vigor».
A Elbit Systems é uma das maiores empresas de segurança e defesa de Israel. Fornece equipamentos aos vários ramos das forças armadas israelitas, sendo assim participante — e beneficiária— da criminosa e ilegal ocupação pelo Estado sionista dos territórios palestinos e das agressões contra o Líbano e outros países da região. A Elbit e as suas várias subsidiárias...
O fabricante de equipamento desportivo Puma persiste em manter o seu patrocínio à Associação de Futebol de Israel que tem entre os seus membros seis clubes que têm a sua sede e jogam em colonatos construídos por Israel na Cisjordânia ocupada. Ainda que estes clubes estejam localizados em território palestino ocupado, os palestinos não têm acesso aos campos para jogar, treinar ou sequer assistir aos jogos. Israel impõe, também, restrições à movimentação de jogadores palestinos, como ainda recentemente obrigou ao cancelamento da final da Taça da Palestina por não autorizar a deslocação dos jogadores do clube de Gaza
A Puma sabe que, desde que, em 1967, ocupou militarmente a Cisjordânia (além da Faixa de Gaza, de Jerusalém Oriental e dos Montes Golã sírios), Israel tem desenvolvido uma política de facto consumado nos territórios ocupados, nomeadamente, através da construção de colonatos e que os colonatos são ilegais à luz do direito internacional humanitário (IV Convenção de Genebra) que...
O ministro do Interior de Israel, Arye Dery, ordenou às autoridades de imigração que revogassem o estatuto de residente de Omar Barghouti, um dos fundadores do movimento BDS pelos direitos do povo palestino.
Omar Barghouti, que é um palestino nascido no Catar, reside na cidade de Acre, no Norte de Israel, e tem estatuto de residente permanente por ser casado com uma palestina cidadã de Israel.
O movimento internacional BDS, lançado em 2005 por 170 organizações palestinas, apela ao boicote, ao desinvestimento e às sanções como forma de pressão sobre Israel para pôr fim à ocupação da terra palestina, conceder direitos iguais aos cidadãos palestinos de Israel e reconhecer o direito de retorno dos refugiados palestinos.
«Pretendo agir rapidamente para revogar o estatuto de residente permanente de Barghouti», afirmou o ministro sionista, por ser «um homem que está a fazer tudo para prejudicar o Estado [de Israel], e portanto não deve gozar do direito de ser um residente de Israel.»
Em carta aberta intitulada «O direito ao boicote», centenas de autores de renome denunciaram a decisão da cidade alemã de Dortmund de retirar à escritora Kamila Shamsie um prémio literário por apoiar o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções) pelos direitos do povo palestino.
A carta aberta, publicada esta segunda-feira na London Review of Books, é subscrita, entre outros, por Arundhati Roy, J.M. Coetzee, Noam Chomsky, Amit Chaudhuri, William Dalrymple, Yann Martel, Jeanette Winterson e Ben Okri, bem como pelos historiadores israelitas Avi Shlaim e Ilan Pappe.
Os seus autores afirmam-se «consternados» com a decisão de Dortmund de «punir» Kamila Shamsie «por defender os direitos humanos», retirando-lhe o prémio que lhe tinha sido atribuído alguns dias antes.
«Qual é o significado de um prémio literário», interroga a carta aberta, «que mina o direito de defender os direitos humanos, os princípios da liberdade de consciência e expressão e a liberdade de criticar? Sem isso, arte e...
A cidade alemã de Dortmund reverteu a sua decisão de conceder um prémio literário à romancista Kamila Shamsie por esta apoiar o movimento BDS de apoio ao povo palestino.
Em 10 de Setembro foi anunciado que a escritora britânico-paquistanesa recebera o Prémio Nelly Sachs.
Mas numa declaração publicada no passado dia 18, o painel de oito jurados anunciou que retirava o prémio à escritora por esta apoiar o movimento BDS.
«O posicionamento político de Shamsie de participar activamente no boicote cultural como parte da campanha da BDS contra o governo israelita está claramente em contradição com os objectivos estatutários e o espírito do Prémio Nelly Sachs», afirma o comunicado do júri.
O Prémio Nelly Sachs, no valor de 15 000 euros, visa distinguir um autor que defenda a tolerância, o respeito e a reconciliação entre os povos. Entre os vencedores precedentes contam-se Margaret Atwood, Rafik Schami, Christa Wolf e Milan Kundera. A poeta e dramaturga judia Nelly Sachs, galardoada com o Prémio...
O MPPM protesta contra a perseguição a activistas da solidariedade com a causa do povo palestino, nomeadamente Angeles Maestro em Espanha e Khaled Barakat na Alemanha, aos quais manifesta a sua solidariedade.
Angeles Maestro e outras duas activistas são acusadas pela Audiência Nacional espanhola de colaboração com «organização terrorista» por recolherem fundos para a reconstrução da Faixa de Gaza, após a agressão israelita de 2014, que entregaram a Leila Khaled, conhecida dirigente da FPLP. Recorde-se que Leila Khaled visitou Portugal em Novembro de 2014, a convite do MPPM, e teve reuniões na Assembleia da República com o Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina e com os Grupos Parlamentares do PCP, PEV, PSD, BE e PS.
Khaled Barakat, escritor e activista palestino, é alvo na Alemanha de uma «interdição política» que o impede de participar em quaisquer actividades ou eventos políticos. Barakat está ainda ameaçado, tal como Charlotte Kates, coordenadora internacional da Samidoun –...
A Associação de Futebol de Israel tem entre os seus membros seis equipas de futebol dos colonatos ilegais construídos em território palestino ocupado pela violência. A FIFA recusa impor-lhe a sua norma que proíbe a organização de jogos em território ocupado. Entretanto, a Puma assumiu o patrocínio da Associação de Futebol de Israel quando a Adidas se retirou sob pressão da opinião pública internacional.
Os colonatos são ilegais pelo direito internacional
Desde que, em 1967, Israel ocupou militarmente a Cisjordânia (além da Faixa de Gaza, de Jerusalém Oriental e dos Montes Golã sírios), tem desenvolvido uma política de facto consumado nos territórios ocupados, nomeadamente, através da construção de colonatos. Os colonatos são ilegais à luz do direito internacional humanitário (IV Convenção de Genebra) que proíbe uma potência ocupante de alterar demograficamente o território ocupado ou de aí efectuar construções permanentes.
Em 23 de Dezembro de 2016 o Conselho de Segurança da ONU aprovou...
Uma carta aberta de mais de 60 académicos judeus e israelitas, em vésperas da discussão no Bundestag de uma moção sobre o movimento BDS, alerta que não se pode confundir com anti-semitismo a crítica a Israel e às suas políticas antipalestinas.
Na sexta-feira passada o parlamento alemão aprovou uma moção que condena como sendo anti-semita o movimento BDS, que apela ao boicote, ao desinvestimento e às sanções como forma de pressão para que Israel ponha fim à ocupação da terra palestina, conceda direitos iguais aos cidadãos palestinos de Israel e reconheça o direito de retorno dos refugiados palestinos.
Trata-se de um avanço ameaçador, que se enquadra num movimento a nível mundial, e particularmente na União Europeia, para criminalizar toda a crítica às brutais políticas israelitas contra os palestinos e para amordaçar todas as vozes solidárias com a causa palestina.
Tanto maior é por isso a importância desta carta aberta, que recorda: «Muitos judeus e grupos israelitas apoiam explicitamente...