A Marinha Portuguesa está a testar o veículo submarino não tripulado BlueWhale desenvolvido conjuntamente pela ELTA Systems, uma subsidiária da Israel Aerospace Industries (IAI), e pela Atlas Elektronik, uma subsidiária da empresa alemã Thyssenkrupp Marine Systems, segundo noticia o jornal digital Intelligence Online na sua edição de 25 de Abril.
O BlueWhale foi apresentado em Maio de 2023 e participou no exercício Dynamic Messenger da NATO, que decorreu de 18 a 29 de Setembro passado ao largo de Tróia, Portugal. Segundo a imprensa especializada, pode realizar, nomeadamente, missões de informações, vigilância e reconhecimento; medidas de apoio à guerra electrónica; contramedidas anti-minas; guerra anti-submarina; detecção de pirataria, terrorismo e imigração ilegal.
A Israel Aerospace Industries é um grande fabricante estatal israelita de armamento que produz múltiplos sistemas de armas especificamente para as forças armadas israelitas, incluindo o “drone” assassino Heron TP que a IAI...
A PUMA vai deixar de patrocinar a Associação de Futebol de Israel (IFA), não renovando o contrato que expira no final de 2024 – anuncia a Campanha Palestina para o Boicote Académico e Cultural de Israel (PACBI), parte fundadora do movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções).
A PUMA tem sido alvo de uma campanha mundial do BDS desde 2018 devido ao seu apoio ao apartheid israelita através do patrocínio da IFA que integra equipas de futebol de colonatos israelitas ilegais instalados em terras palestinas roubadas. Segundo a PACBI, a PUMA estava sob enorme pressão para desistir do contrato porque a campanha de boicote iniciada em 2018 levou equipas, atletas, artistas e lojas a abandonar a PUMA causando-lhe sérios danos reputacionais.
Entretanto o Comité Nacional Palestino BDS (BNC) apela a que se pressione a FIFA para que esta respeite as suas obrigações relativamente aos direitos do povo palestino, recordando o apelo da comunidade desportiva palestina e das organizações de direitos...
A legitimidade de Israel, e de facto a sua própria viabilidade, assenta em dois pilares principais.
Em primeiro lugar, o pilar material, que inclui o seu poderio militar, as suas capacidades de alta tecnologia e um sistema económico sólido.
Estes factores permitem que o Estado construa uma forte rede de alianças com países que gostariam de beneficiar do que Israel tem para oferecer: armas, securitização, spyware, conhecimento de alta tecnologia e sistemas modernizados de produção agrícola.
Em troca, Israel pede não apenas dinheiro mas também apoio contra a degradação da sua imagem internacional.
Em segundo lugar, o pilar moral. Este aspecto foi particularmente importante nos primeiros tempos do projecto e do Estado sionistas.
Israel vendeu ao mundo uma narrativa dupla: primeiro, que a criação de Israel era a única panaceia para o anti-semitismo; segundo, que Israel era construído num lugar que religiosa e culturalmente pertencia ao povo judeu.
De início, a presença de uma população autóctone...
A propósito da visita a Portugal da Batsheva Dance Company, o MPPM chama a atenção para a verdadeira natureza do seu apoiante Estado de Israel, fundado sobre a limpeza étnica do povo palestino e sustentado por uma política de ocupação colonial e de apartheid.
A Batsheva Dance Company — uma companhia de dança israelita, sediada em Telavive — vai apresentar-se em Portugal, no mês de Julho, com espectáculos no Rivoli, no Porto, e no CCB, em Lisboa. Os espectáculos do CCB estão integrados na programação do Festival de Almada.
A Batsheva Dance Company é apoiada pelo governo de Israel, através do Ministério da Cultura e Desporto e do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e pelo Município de Telavive que, nos últimos sete anos, contribuíram com 38% das receitas da companhia. A companhia reside no Centro Batsheva que foi construído e renovado com apoios do Município de Telavive e do Ministério da Cultura de Israel através da Fundação Telavive.
A Batsheva Dance Company transmite uma imagem de...
A dramaturga inglesa Caryl Churchill foi galardoada, em Abril passado, com o prémio European Drama Award 2022 como reconhecimento pelo trabalho de toda a sua vida. Mas, no início deste mês de Novembro, o júri retractou a sua decisão e cancelou o prémio deste ano, dizendo que tinha tido conhecimento de «informações anteriormente desconhecidas».
O prémio, no valor de 75.000 euros — o maior da Europa — é atribuído pela Schauspiel Stuttgart e patrocinado pelo Ministério da Ciência, Investigação e Artes do estado de Baden-Württemberg. Na sua declaração, o júri disse que Churchill tinha sido escolhida para o prémio «em reconhecimento do trabalho da sua vida» mas que, entretanto, tinha tomado conhecimento do apoio da autora ao movimento BDS — Boicote, Desinvestimento, Sanções. «A peça Sete Crianças Judias também pode ser considerada como sendo anti-semita. Portanto, para nosso grande pesar, o júri decidiu não atribuir o prémio este ano», diz-se no comunicado.
O Conselho de Estado, o mais alto tribunal da justiça administrativa francesa, suspendeu na sexta-feira 29 de Abril a execução dos decretos de dissolução de duas associações pró-Palestina, o Comité Action Palestine e o Collectif Palestine Vaincra.
Quanto ao Comité Action Palestine, diz o Conselho de Estado que a medida de dissolução «é um atentado grave e manifestamente ilegal à liberdade de associação e à liberdade de expressão».
As autoridades tinham acusado a associação de «transmitir comunicados» e «relatar as actividades das organizações terroristas palestinas, nomeadamente o Hamas, o Movimento Jihad Islâmica na Palestina e o Hezbollah».
Mas o Conselho de Estado considera que «as tomadas de posição expressas pelas publicações da associação (...) não podem (...) ser consideradas como provocando discriminação, ódio ou violência contra um grupo de pessoas», nem podem ser «qualificadas como manobras destinadas a provocar actos de terrorismo».
Uma coligação de mais de uma centena de organizações europeias, entre as quais o MPPM, está envolvida no apoio, promoção e assinatura de umaIniciativa Cidadã Europeia para proibir o comércio com os colonatos ilegais.
Uma Iniciativa Cidadã Europeia é um instrumento de petição estabelecido pelo Tratado de Lisboa, que deve recolher, no prazo de um ano, as assinaturas de um milhão de cidadãos europeus de pelo menos sete Estados-Membros da UE, constituindo assim um direito de iniciativa política. Este instrumento democrático formal permite aos cidadãos europeus pressionar a Comissão Europeia no sentido de adoptar legislação adequada.
O objectivo desta Iniciativa Cidadã Europeia é que a UE adopte uma regra geral determinando que deixará de negociar com colonatos ilegais, no respeito pelo direito internacional. De facto, o comércio com colonatos ilegais reforça o seu desenvolvimento e torna os Estados europeus cúmplices das graves violações dos direitos humanos causadas pela colonização.
A Mariza tem um enorme talento que lhe permite imprimir ao que canta um cunho singular. Com o talento chegou o natural reconhecimento público. E o reconhecimento público significa que largos milhões de pessoas seguem a sua carreira e procuram inspiração nas suas ações e palavras. Isso significa, então, uma responsabilidade acrescida para a artista, para a fadista.
Sophia deixou-nos estes versos imortais: «Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar». Essa é a responsabilidade de todos nós em tempos em que tantos baixam as pálpebras ou olham para o lado.
Não podemos ignorar as centenas de resoluções das Nações Unidas que condenam Israel pela política de ocupação e de violação do direito internacional.
Não podemos ignorar posições como a da Human Rights Watch, uma ONG internacional sediada em Nova Iorque, que classificou o regime israelita como de apartheid.
Não podemos ignorar a forma desumana como Israel prossegue uma política de limpeza étnica contra os Palestinos, que são...
O fabricante de equipamento desportivo Nike anunciou que porá fim à venda dos seus produtos em lojas no Estado de Israel a partir de 31 de Maio do próximo ano, numa iniciativa saudada como mais uma vitória da campanha internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS).
«Na sequência de uma análise abrangente realizada pela empresa e considerando a variação do mercado, foi decidido que a continuação da relação comercial entre si e esta empresa já não corresponde à política e objectivos da empresa», escreveu a Nike aos retalhistas israelitas no passado domingo.
A decisão da Nike deve atingir duramente os negócios de centenas de lojas de desporto em Israel já que, sendo uma das marcas desportivas mais populares do mundo, os seus produtos são responsáveis por uma grande proporção das suas vendas.
Embora a empresa tenha aparentemente tomado a decisão em linha com o seu plano global de reduzir o número de lojas com que trabalha e canalizar o negócio através do seu website, a mudança...
A Comissão Europeia registou, em 8 de Setembro, uma Iniciativa de Cidadãos Europeus (ICE) que apela ao fim do comércio com colonatos ilegais em territórios ocupados como a Palestina e o Sara Ocidental.
No entanto, este passo só foi dado depois de os organizadores da Iniciativa terem ganho uma acção judicial contra a Comissão Europeia, que tinha inicialmente rejeitado a iniciativa, alegando falta de competência. A sua rejeição foi anulada pelo Tribunal Europeu de Justiça (TEJ).
O advogado Gilles Devers, que representou os organizadores da ICE perante o TEJ, esclarece: «Os meus constituintes nunca procuraram sancionar qualquer Estado estrangeiro; a sua única exigência era que a UE cumprisse as suas obrigações internacionais e deixasse de negociar os direitos soberanos das pessoas ocupadas sobre a sua pátria e os seus recursos.»
«Ao aceitar registar a Iniciativa dos Cidadãos, a Comissão reconhece oficialmente que a cessação do comércio com colonatos ilegais é uma medida comercial da UE e não...