Cento e treze organizações europeias reclamam suspensão do Acordo de Associação UE-Israel
Cento e treze organizações sindicais, de direitos humanos e humanitárias, entre as quais o MPPM, tornam hoje pública uma declaração conjunta em que instam a União Europeia e os Estados Membros – cujos Ministros dos Negócios Estrangeiros se vão reunir na próxima segunda-feira – a suspender o Acordo de Associação UE-Israel com base no reiterado incumprimento por Israel da sua obrigação de respeitar os direitos humanos e os princípios democráticos.
Declaração conjunta sobre a revisão do Acordo de Associação UE-Israel
As organizações de direitos humanos e humanitárias e os sindicatos abaixo assinados instam a UE a garantir que a revisão em curso do cumprimento por parte de Israel do artigo 2.º do Acordo de Associação UE-Israel seja exaustiva, abrangente e credível.
O artigo 2.º estabelece que o respeito pelos direitos humanos e pelos princípios democráticos constitui um «elemento essencial» do acordo. Perante as provas esmagadoras dos crimes atrozes e outras violações graves dos direitos humanos cometidos por Israel contra os palestinos em todo o Território Palestino Ocupado (TPO), uma revisão credível só pode chegar a uma conclusão: que Israel está em grave incumprimento do artigo 2.º.
À luz disso, apelamos à Comissão Europeia e a todos os Estados-Membros da UE para que apoiem medidas significativas e concretas, incluindo a suspensão do Acordo de Associação UE-Israel, pelo menos em parte.
Estamos chocados com o facto de a UE ter demorado tanto tempo a lançar esta revisão, apesar do pedido da Espanha e da Irlanda já em Fevereiro de 2024, das decisões dos tribunais internacionais, dos mandados de detenção emitidos pelo Tribunal Penal Internacional e dos inúmeros relatórios de organismos da ONU, especialistas independentes, ONG proeminentes e académicos que expõem as violações muito graves dos direitos humanos e do direito internacional humanitário por parte de Israel em todo o TPO, incluindo crimes de guerra, crimes contra a humanidade — incluindo deslocação forçada, apartheid e extermínio — e genocídio.
Algumas destas conclusões foram apresentadas aos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Novembro de 2024; mas, em vez de avançarem para a suspensão do acordo e tomarem outras medidas adequadas, os ministros apenas concordaram em convocar uma reunião do Conselho de Associação UE-Israel, na qual apelaram a um cessar-fogo, ajuda humanitária em grande escala, pleno respeito pelo DIH e a suspensão da política ilegal de colonização de Israel. As autoridades israelitas fizeram exactamente o oposto de tudo isso, mais uma vez sem qualquer consequência para as relações bilaterais entre a UE e Israel — até agora.
O contexto em que esta revisão está a ser realizada é dramático e requer medidas urgentes e eficazes. Durante meses, Israel bloqueou completamente a entrada de ajuda na Faixa de Gaza ocupada e, em seguida, tentou substituir o sistema de ajuda humanitária liderado pela ONU em Gaza por centros de distribuição liderados pelos militares, onde foram registados elevados números de mortes de civis que procuravam ajuda. Isto viola as obrigações de Israel ao abrigo do DIH como potência ocupante e três decisões vinculativas emitidas pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) em Janeiro, Março e Maio de 2024, ordenando às autoridades israelitas que permitam a prestação sem entraves de ajuda humanitária urgentemente necessária em toda a Gaza, a fim de evitar um genocídio.
Isto, juntamente com a expansão das operações militares de Israel em Gaza, visando infra-estruturas de suporte à vida, instalações de saúde e abrigos, e a morte e mutilação de milhares de civis desde que um frágil cessar-fogo foi quebrado, continuou a causar sofrimento indescritível aos palestinos ilegalmente sitiados em Gaza.
Como partes na Convenção sobre o Genocídio, todos os Estados-Membros da UE têm a obrigação de «empregar todos os meios razoavelmente ao seu alcance» para impedir um genocídio. Essa obrigação não surge só quando é tomada uma decisão judicial definitiva, mas assim que um Estado toma conhecimento, ou deveria normalmente ter tomado conhecimento, de um risco grave de que possa ser cometido um genocídio. O Tribunal Internacional de Justiça forneceu orientações claras a este respeito. A acção da UE está muito atrasada.
Mas, embora Gaza possa ter sido o gatilho para o lançamento da revisão do artigo 2.º do Acordo de Associação, o âmbito da revisão é mais amplo, é sobre o respeito de Israel pelos «direitos humanos e princípios democráticos». Quanto a isso, salientamos o parecer consultivo histórico de Julho de 2024 do TIJ, que considerou ilegal a ocupação dos Territórios Palestinos Ocupados por Israel, violando o direito dos palestinos à autodeterminação e caracterizada por outras violações graves, incluindo discriminação sistemática e segregação racial, bem como violência e deslocamento ilegais, demolições, expansão ilegal de colonatos e confiscação de terras. Em Setembro, a Assembleia Geral da ONU adoptou uma resolução que endossa amplamente essa decisão e formula uma série de apelos que foram ignorados pelas autoridades israelitas. Além disso, relatórios de grupos de direitos humanos e investigações da ONU também destacam a tortura contra palestinos detidos em prisões israelitas, levando a várias mortes.
Neste contexto, uma revisão fraca ou inconclusiva do cumprimento do artigo 2.º por parte de Israel e/ou a incapacidade da Comissão e do Conselho de suspender pelo menos parte do Acordo de Associação acabariam por destruir o que resta da credibilidade da UE e, mais importante ainda, encorajariam ainda mais as autoridades israelitas a continuar os seus crimes atrozes e outras violações graves contra os palestinos com total impunidade.
A UE deve agir agora, como já deveria ter feito há muito tempo.
19 de Junho de 2025
- 11.11.11
- Academics for Palestine
- Action for Women
- ActionAid Denmark
- ActionAid France
- ActionAid Ireland
- ActionAid Italy
- AFPS
- Al Mezan Center for Human Rights
- Ambasada Rog
- Amnesty International
- ARSIS - Association for the Social Support of Youth
- Association Belgo-Palestinienne WB
- Association des Universitaires pour le Respect du Droit International en Palestine (AURDIP)
- AVAAZ
- Belgian Academics and Artists for Palestine (BA4P)
- Bloody Sunday Trust
- Broederlijk Delen
- Cairo Institute for Human Rights Studies
- Centre for Global Education
- CGT (Confédération générale du Travail)
- Changemakers Lab
- Child Rights International Network (CRIN)
- Christian Aid Ireland
- CIDAC
- CIDSE - international family of Catholic social justice organisations
- Collectif Judéo-Arabe et Citoyen pour la Palestine (CJACP)
- Comhlámh
- Comité de Solidaridad con la Causa Árabe
- Cospe
- CRID
- Culture de Palestine
- Danes je nov dan
- De-Colonizer
- Defence for Children International
- Diakonia
- DIGNITY - Danish Institute Against Torture
- Društvo Humanitas - center za globalno učenje in sodelovanje
- Dutch Scholars for Palestine
- Ekō
- Entraide et Fraternité
- Equal Legal Aid
- Eurocadres
- EuroMed Rights
- European Coordination of Committees and Association for Palestine - ECCP
- European Jews for Palestine
- European Middle East Project (EuMEP)
- European Trade Union Network for Justice in Palestine
- Fédération Artisans du Monde
- Fenix Humanitarian Legal Aid
- FGTB-ABVV
- Finnish Arab Friendsip Society
- Finnish Development NGOs - Fingo
- Finnwatch ry
- Fundación Mundubat
- Gibanje za pravice Palestincev
- Hellenic League for Human Rights
- Human Rights Watch
- Humanity & Inclusion - Handicap International
- HUSOME
- Institute 8th of March
- International Federation for Human Rights - FIDH
- International Media Support
- International Rehabilitation Council of Torture Victims (IRCT)
- Ireland-Palestine Solidarity Campaign
- Irish Anti War Movement
- Irish Council for Civil Liberties
- Jewish Call for Peace
- Kairos Ireland
- La Cimade
- La Coordinadora de Organizaciones para el Desarrollo
- LAB Sindikatua Basque Country
- Mouvement de la paix france
- MPPM - Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente
- My Voice, My Choice
- NWRG (New Wepons Research Group) odv
- Olof Palme International Center
- OVCA - society for awareness raising and protection - center of antidiscrimination
- Oxfam Ireland
- Parents for Peace
- PAX
- Pax Christi International
- Pax Christi Vlaanderen (Belgium)
- Peace Institute
- PIC - Legal Center for the Protection of Human Rights and the Environment
- Plan International EU Liaison Office
- Plataforma por Empresas Responsables
- Plateforme des ONG françaises pour la Palestine
- Polish-Palestinian Justice Initiative KAKTUS
- Proja institute
- Research and Universities for Palestine Network-Italy
- Sadaka-the Ireland Palestine Alliance
- Samos Volunteers
- SB OVERSEAS - SOUTIEN BELGE OUTRE-FRONTIERES
- SETEM Catalunya
- Sindikat Mladi plus (Trade Union Youth Plus)
- Slovene Philanthropy, Association for the Promotion of Volunteering
- SOLIDAR
- Solsoc
- The European Legal Support Center (ELSC)
- The Palestine Solidarity Association of Sweden
- The Rights Forum
- Trinity College Dublin Students’ Union/ Aontas Mac Léinn Choláiste na Tríonóide
- UGT SPAIN
- Union juive française pour la paix
- Union syndicale Solidaires
- United Against Inhumanity (UAI)
- Viva Salud
- Vrede vzw (Belgium)
- Vredesactie
- World Organisation Against Torture (OMCT)
- Yoga and Sport With Refugees
- Zavod 3MUHE
O texto original da declaração e a lista actualizada de subscritores podem ser consultados aqui.
Cento e treze organizações sindicais, de direitos humanos e humanitárias, entre as quais o MPPM, tornam hoje pública uma declaração conjunta em que instam a União Europeia e os Estados Membros – cujos Ministros dos Negócios Estrangeiros se vão reunir na próxima segunda-feira – a suspender o Acordo de Associação UE-Israel com base no reiterado incumprimento por Israel da sua obrigação de respeitar os direitos humanos e os princípios democráticos.
Declaração conjunta sobre a revisão do Acordo de Associação UE-Israel
As organizações de direitos humanos e humanitárias e os sindicatos abaixo assinados instam a UE a garantir que a revisão em curso do cumprimento por parte de Israel do artigo 2.º do Acordo de Associação UE-Israel seja exaustiva, abrangente e credível.
O artigo 2.º estabelece que o respeito pelos direitos humanos e pelos princípios democráticos constitui um «elemento essencial» do acordo. Perante as provas esmagadoras dos crimes atrozes e outras violações graves dos direitos humanos cometidos por Israel contra os palestinos em todo o Território Palestino Ocupado (TPO), uma revisão credível só pode chegar a uma conclusão: que Israel está em grave incumprimento do artigo 2.º.
À luz disso, apelamos à Comissão Europeia e a todos os Estados-Membros da UE para que apoiem medidas significativas e concretas, incluindo a suspensão do Acordo de Associação UE-Israel, pelo menos em parte.
Estamos chocados com o facto de a UE ter demorado tanto tempo a lançar esta revisão, apesar do pedido da Espanha e da Irlanda já em Fevereiro de 2024, das decisões dos tribunais internacionais, dos mandados de detenção emitidos pelo Tribunal Penal Internacional e dos inúmeros relatórios de organismos da ONU, especialistas independentes, ONG proeminentes e académicos que expõem as violações muito graves dos direitos humanos e do direito internacional humanitário por parte de Israel em todo o TPO, incluindo crimes de guerra, crimes contra a humanidade — incluindo deslocação forçada, apartheid e extermínio — e genocídio.
Algumas destas conclusões foram apresentadas aos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Novembro de 2024; mas, em vez de avançarem para a suspensão do acordo e tomarem outras medidas adequadas, os ministros apenas concordaram em convocar uma reunião do Conselho de Associação UE-Israel, na qual apelaram a um cessar-fogo, ajuda humanitária em grande escala, pleno respeito pelo DIH e a suspensão da política ilegal de colonização de Israel. As autoridades israelitas fizeram exactamente o oposto de tudo isso, mais uma vez sem qualquer consequência para as relações bilaterais entre a UE e Israel — até agora.
O contexto em que esta revisão está a ser realizada é dramático e requer medidas urgentes e eficazes. Durante meses, Israel bloqueou completamente a entrada de ajuda na Faixa de Gaza ocupada e, em seguida, tentou substituir o sistema de ajuda humanitária liderado pela ONU em Gaza por centros de distribuição liderados pelos militares, onde foram registados elevados números de mortes de civis que procuravam ajuda. Isto viola as obrigações de Israel ao abrigo do DIH como potência ocupante e três decisões vinculativas emitidas pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) em Janeiro, Março e Maio de 2024, ordenando às autoridades israelitas que permitam a prestação sem entraves de ajuda humanitária urgentemente necessária em toda a Gaza, a fim de evitar um genocídio.
Isto, juntamente com a expansão das operações militares de Israel em Gaza, visando infra-estruturas de suporte à vida, instalações de saúde e abrigos, e a morte e mutilação de milhares de civis desde que um frágil cessar-fogo foi quebrado, continuou a causar sofrimento indescritível aos palestinos ilegalmente sitiados em Gaza.
Como partes na Convenção sobre o Genocídio, todos os Estados-Membros da UE têm a obrigação de «empregar todos os meios razoavelmente ao seu alcance» para impedir um genocídio. Essa obrigação não surge só quando é tomada uma decisão judicial definitiva, mas assim que um Estado toma conhecimento, ou deveria normalmente ter tomado conhecimento, de um risco grave de que possa ser cometido um genocídio. O Tribunal Internacional de Justiça forneceu orientações claras a este respeito. A acção da UE está muito atrasada.
Mas, embora Gaza possa ter sido o gatilho para o lançamento da revisão do artigo 2.º do Acordo de Associação, o âmbito da revisão é mais amplo, é sobre o respeito de Israel pelos «direitos humanos e princípios democráticos». Quanto a isso, salientamos o parecer consultivo histórico de Julho de 2024 do TIJ, que considerou ilegal a ocupação dos Territórios Palestinos Ocupados por Israel, violando o direito dos palestinos à autodeterminação e caracterizada por outras violações graves, incluindo discriminação sistemática e segregação racial, bem como violência e deslocamento ilegais, demolições, expansão ilegal de colonatos e confiscação de terras. Em Setembro, a Assembleia Geral da ONU adoptou uma resolução que endossa amplamente essa decisão e formula uma série de apelos que foram ignorados pelas autoridades israelitas. Além disso, relatórios de grupos de direitos humanos e investigações da ONU também destacam a tortura contra palestinos detidos em prisões israelitas, levando a várias mortes.
Neste contexto, uma revisão fraca ou inconclusiva do cumprimento do artigo 2.º por parte de Israel e/ou a incapacidade da Comissão e do Conselho de suspender pelo menos parte do Acordo de Associação acabariam por destruir o que resta da credibilidade da UE e, mais importante ainda, encorajariam ainda mais as autoridades israelitas a continuar os seus crimes atrozes e outras violações graves contra os palestinos com total impunidade.
A UE deve agir agora, como já deveria ter feito há muito tempo.
19 de Junho de 2025
- 11.11.11
- Academics for Palestine
- Action for Women
- ActionAid Denmark
- ActionAid France
- ActionAid Ireland
- ActionAid Italy
- AFPS
- Al Mezan Center for Human Rights
- Ambasada Rog
- Amnesty International
- ARSIS - Association for the Social Support of Youth
- Association Belgo-Palestinienne WB
- Association des Universitaires pour le Respect du Droit International en Palestine (AURDIP)
- AVAAZ
- Belgian Academics and Artists for Palestine (BA4P)
- Bloody Sunday Trust
- Broederlijk Delen
- Cairo Institute for Human Rights Studies
- Centre for Global Education
- CGT (Confédération générale du Travail)
- Changemakers Lab
- Child Rights International Network (CRIN)
- Christian Aid Ireland
- CIDAC
- CIDSE - international family of Catholic social justice organisations
- Collectif Judéo-Arabe et Citoyen pour la Palestine (CJACP)
- Comhlámh
- Comité de Solidaridad con la Causa Árabe
- Cospe
- CRID
- Culture de Palestine
- Danes je nov dan
- De-Colonizer
- Defence for Children International
- Diakonia
- DIGNITY - Danish Institute Against Torture
- Društvo Humanitas - center za globalno učenje in sodelovanje
- Dutch Scholars for Palestine
- Ekō
- Entraide et Fraternité
- Equal Legal Aid
- Eurocadres
- EuroMed Rights
- European Coordination of Committees and Association for Palestine - ECCP
- European Jews for Palestine
- European Middle East Project (EuMEP)
- European Trade Union Network for Justice in Palestine
- Fédération Artisans du Monde
- Fenix Humanitarian Legal Aid
- FGTB-ABVV
- Finnish Arab Friendsip Society
- Finnish Development NGOs - Fingo
- Finnwatch ry
- Fundación Mundubat
- Gibanje za pravice Palestincev
- Hellenic League for Human Rights
- Human Rights Watch
- Humanity & Inclusion - Handicap International
- HUSOME
- Institute 8th of March
- International Federation for Human Rights - FIDH
- International Media Support
- International Rehabilitation Council of Torture Victims (IRCT)
- Ireland-Palestine Solidarity Campaign
- Irish Anti War Movement
- Irish Council for Civil Liberties
- Jewish Call for Peace
- Kairos Ireland
- La Cimade
- La Coordinadora de Organizaciones para el Desarrollo
- LAB Sindikatua Basque Country
- Mouvement de la paix france
- MPPM - Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente
- My Voice, My Choice
- NWRG (New Wepons Research Group) odv
- Olof Palme International Center
- OVCA - society for awareness raising and protection - center of antidiscrimination
- Oxfam Ireland
- Parents for Peace
- PAX
- Pax Christi International
- Pax Christi Vlaanderen (Belgium)
- Peace Institute
- PIC - Legal Center for the Protection of Human Rights and the Environment
- Plan International EU Liaison Office
- Plataforma por Empresas Responsables
- Plateforme des ONG françaises pour la Palestine
- Polish-Palestinian Justice Initiative KAKTUS
- Proja institute
- Research and Universities for Palestine Network-Italy
- Sadaka-the Ireland Palestine Alliance
- Samos Volunteers
- SB OVERSEAS - SOUTIEN BELGE OUTRE-FRONTIERES
- SETEM Catalunya
- Sindikat Mladi plus (Trade Union Youth Plus)
- Slovene Philanthropy, Association for the Promotion of Volunteering
- SOLIDAR
- Solsoc
- The European Legal Support Center (ELSC)
- The Palestine Solidarity Association of Sweden
- The Rights Forum
- Trinity College Dublin Students’ Union/ Aontas Mac Léinn Choláiste na Tríonóide
- UGT SPAIN
- Union juive française pour la paix
- Union syndicale Solidaires
- United Against Inhumanity (UAI)
- Viva Salud
- Vrede vzw (Belgium)
- Vredesactie
- World Organisation Against Torture (OMCT)
- Yoga and Sport With Refugees
- Zavod 3MUHE
O texto original da declaração e a lista actualizada de subscritores podem ser consultados aqui.