Resistência, Política e Sociedade Palestinas

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente repudia veementemente a ilegalização pelo governo de Israel de organizações palestinas de direitos humanos sediadas na Cisjordânia ocupada e exige que o governo de Portugal condene firmemente aquela decisão e reclame a sua revogação.

1. Na passada semana, o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, designou como «organizações terroristas» seis associações da sociedade civil palestina: Addameer – Associação de Apoio aos Presos e de Direitos Humanos, Al-Haq – Defesa dos Direitos Humanos, DCI-P – Defesa das Crianças Internacional – Palestina, Centro Bisan para Pesquisa e Desenvolvimento, UAWC - União de Comités Agrícolas, e UPWC – União dos Comités de Mulheres Palestinas.

2. A designação, feita de acordo com a chamada Lei Anti-Terrorismo de 2016, na prática ilegaliza as actividades destes grupos da sociedade civil, na medida em que permite às autoridades israelitas encerrarem os seus escritórios, confiscarem os...

O Ministério da Defesa israelita emitiu uma ordem militar declarando seis organizações da sociedade civil palestina nos Territórios Palestinos Ocupados como «organizações terroristas». Os grupos são Addameer, al-Haq, Defense for Children International - Palestine, União dos Comités de Agricultores, Centro Bisan para Pesquisa e Desenvolvimento e União dos Comités de Mulheres Palestinas.

A designação, feita de acordo com um estatuto israelita de 2016, ilegaliza efectivamente as actividades destes grupos da sociedade civil. Autoriza as autoridades israelitas a encerrar os seus escritórios, confiscar os seus bens e prender e encarcerar os seus funcionários, e proíbe o financiamento ou mesmo a expressão pública de apoio às suas actividades.

A Human Rights Watch e a Amnistia Internacional, que trabalham em estreita colaboração com muitos destes grupos, afirmaram numa declaração conjunta:

«Esta chocante e injusta decisão é um ataque do governo israelita ao movimento internacional dos direitos...

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – manifesta a sua profunda preocupação com a integridade física, senão mesmo com a vida, dos resistentes palestinos detidos por Israel e reclama do governo português que tome as acções necessárias para assegurar que Israel respeita os direitos dos presos palestinos sob sua custódia.

Imediatamente após a corajosa fuga de seis presos políticos palestinos da prisão de alta segurança de Gilboa – localizada no território do Estado de Israel, potência ocupante, em contravenção da Quarta Convenção de Genebra - os Serviços Prisionais Israelitas e as forças ocupantes instituíram uma série de medidas retaliatórias contra os mais de 4700 presos políticos palestinos encarcerados nas prisões israelitas  - que incluíram a transferência forçada e interrogatório em massa de presos, a proibição de visitas de familiares e o confinamento de todas as secções prisionais com presos políticos palestinos – e contra a população...

Na madrugada desta segunda-feira, seis presos políticos palestinos conseguiram evadir-se da penitenciária de Gilboa, uma prisão israelita de alta segurança.

Os seis Palestinos partilhavam a mesma cela e ter-se-ão evadido através de um túnel escavado por baixo da prisão. Arik Yaacov, comandante dos Serviços Prisionais de Israel, disse que os fugitivos pareciam ter acedido a passagens formadas pela construção da prisão.

O Shin Bet, serviço de segurança de Israel, disse que os prisioneiros coordenaram a fuga com colaboradores fora da prisão utilizando um telemóvel contrabandeado e que tinham um carro de fuga à sua espera.

A prisão de Gilboa foi construída em 2004, na região de Beit She’an, no Norte de Israel, e é considerada a de maior segurança no seu género. Dista menos de 20 km das fronteiras quer da Cisjordânia quer da Jordânia.

O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, terá descrito a ocorrência como um «incidente grave que requer um esforço generalizado das forças de segurança» pa...

Oday Dabbagh, contratado esta época pelo FC Arouca, é o primeiro futebolista nascido e formado na Palestina a jogar numa das principais ligas europeias. Este é um momento histórico para o futebol palestino, uma vez que antes dele apenas o lateral-esquerdo Mohammed Saleh, natural de Gaza, tinha jogado na Europa, mas no Florian, de Malta.

«Claro que este é um grande sentimento e uma fonte de orgulho não só para mim mas para todos os palestinos», declarou Dabbagh ao periódico britânico Tribune. «Espero poder jogar bem e ser um embaixador dos jogadores palestinos.»

A história de Dabbagh é um símbolo de resistência a décadas de ocupação. Até chegar ao Arouca, vindo do Al-Arabi SC, do Koweit, onde ajudou o clube a conquistar o seu primeiro título em 20 anos e se sagrou o melhor marcador do campeonato, há um percurso de lesões e dos mais variados obstáculos, vencidos com muito querer e trabalho árduo.

Dabbagh começou a jogar à bola nos empedrados da Cidade Velha da sua Jerusalém natal, onde...

Uma mulher palestina construiu um centro de lazer utilizando sucata abandonada nas praias da Faixa de Gaza sujeita a bloqueio.

Hena Al-Gul é uma activista e empresária que quer aumentar a consciência social na sociedade palestina, salientando a importância dos recursos naturais e do ambiente.

O centro de lazer acolhe as pessoas com cadeiras feitas de pneus de automóveis, janelas que reciclam vidros de portas de máquinas de lavar roupa e tintas extraídas de tecidos e de fios.

«Há muito desperdício em Gaza», diz Hena à agência Anadolou, citada pelo Middle East Monitor, acrescentando que «é importante encontrar coisas que podem usadas com utilidade». «A limpeza da Faixa e das suas praias é de importância vital», acrescenta ela.

«Vimos que as pessoas eram muito imprudentes no que diz respeito à praia e ao mar. Esta poluição pode ter más consequências para nós. Os jovens utilizam o nosso espaço com uma condição: têm que cuidar das instalações e ajudar a limpar a praia e os acessos.»

Aqueles que...

Um homem palestino foi hoje morto e muitos outros feridos a tiro quando as forças de ocupação israelitas atacaram centenas de palestinos que se manifestavam contra a construção por Israel de um posto avançado de colonização ilegal perto da aldeia de Beita, distrito de Nablus, na Cisjordânia ocupada, noticia a agência Wafa.

Emad Ali Dwaikat, 37 anos, pai de cinco filhos, foi morto a tiro, enquanto pelo menos 20 outros, incluindo um operador de câmara, sofreram ferimentos provocados por tiros de fogo real durante os confrontos. Muitos outros manifestantes sofreram asfixia devido à inalação de gás lacrimogéneo.

Há mais de quatro meses que a aldeia de Beita tem testemunhado protestos quase diários contra a construção por Israel de um posto avançado de colonização ilegal perto da aldeia, chamado Evaytar, erguido em terras de propriedade palestina.

Por ordem judicial, os colonos desocuparam o colonato em 2 de Julho, mas ficou guardado por forças israelitas, que impedem o acesso dos palestinos à...

Segundo um relatório do OCHA (Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários), desde o início deste ano, as forças de ocupação israelitas mataram 50 palestinos, incluindo 11 crianças, na Cisjordânia ocupada.

Durante o mesmo período, na Cisjordânia ocupada, pelo menos 11 232 outros palestinos foram feridos incluindo 584 crianças.

A estes números há que somar os 260 mortos e 2200 feridos palestinos durante a agressão israelita contra Gaza em Maio passado.

O relatório cobre em detalhe o período entre 8 e 28 de Julho, no qual as forças de ocupação israelitas mataram quatro palestinos, incluindo duas crianças, e feriram 1090 outros, incluindo 141 crianças.

Um dos mais recentes pontos de atrito é o novo colonato ilegal israelita conhecido como Evyatar, localizado perto da aldeia de Beita, no distrito de Nablus, na Cisjordânia.

O colonato foi erguido em terras de propriedade palestina e tem sido objecto de protestos dos habitantes palestinos. Por ordem judicial, os colonos...

Forças paramilitares israelitas assaltaram a sede da Defense for Children International – Palestine, em Al-Bireh, a sul de Ramala, na madrugada de ontem, 29 de Julho, e confiscaram computadores, discos rígidos e ficheiros de crianças palestinas presas representadas pelos advogados da DCIP nos tribunais militares de Israel.

Não foram deixados quaisquer documentos que justificassem o motivo da rusga nem foi deixado nenhum recibo do material apreendido.

«Este último acto das autoridades israelitas faz parte de uma campanha contínua para silenciar e eliminar organizações da sociedade civil palestina e de direitos humanos como a DCIP», disse Khaled Quzmar, director-geral da DCIP. «As autoridades israelitas devem pôr imediatamente termo aos esforços destinados a deslegitimar e criminalizar os defensores dos direitos humanos palestinos e as organizações da sociedade civil, e a comunidade internacional deve responsabilizar as autoridades israelitas.»

As imagens de vídeo de vigilância do interior...

As autoridades israelitas recusaram-se a libertar a deputada e dirigente política palestina Khalida Jarrar para assistir ao funeral da sua filha Suha.

Suha Ghassan Jarrar, de 31 anos, investigadora e activista da organização palestina de direitos humanos Al-Haq, morreu de ataque cardíaco na sua casa em Ramala, no domingo à noite.

Grupos de direitos humanos, bem como deputados árabes israelitas, tinham pedido ao Ministro da Segurança Pública israelita, Omer Barlev, que concedesse a Khalida Jarrar uma licença para assistir ao funeral da sua filha.

No mesmo sentido, o Major-General Qadri Abu Bakr, da Comissão Palestina para os Assuntos dos Prisioneiros, tinha pedido a intervenção do Comité Internacional da Cruz Vermelha e a Al-Haq tinha enviado um apelo urgente às Nações Unidas.

Num obituário, a Al-Haq disse que Suha era «uma acérrima defensora dos direitos do povo palestino à autodeterminação, liberdade e dignidade».

Khalida Jarrar foi detida na sua casa em Ramala, em 31 de Outubro de 2019, e...