Resistência, Política e Sociedade Palestinas

A Direcção Nacional do MPPM, reunida para analisar a situação na Palestina e no Médio Oriente, condena a agressão genocida de Israel contra o povo palestino e a escalada belicista na região, exige o respeito pelo direito internacional, apela a um cessar-fogo imediato e saúda a resistência do povo palestino e todas as forças que o apoiam na sua luta pela concretização dos seus direitos inalienáveis.

1. A barbárie que Israel desencadeou sobre Gaza e sobre toda a Palestina há mais de 100 dias fica na História como um crime maior. Os bombardeamentos e operações militares israelitas na Faixa de Gaza já provocaram cerca de 100 000 vítimas - entre mortos, feridos e desaparecidos – aproximadamente 5% da população desse martirizado e sitiado território. A grande maioria das vítimas são crianças e mulheres. Mais de 10 mil crianças já foram mortas. Bairros inteiros foram arrasados e dois milhões de pessoas, cerca de 85% da população, estão sem abrigo - deslocadas e sem casas às quais possam...


Milhares de pessoas voltaram às ruas de Lisboa numa grande jornada de solidariedade e luta para reclamar o fim do genocídio do povo palestino que Israel está a levar a cabo em Gaza e na Cisjordânia com o apoio dos Estados Unidos e a cumplicidade da União Europeia.

Simbolicamente, a manifestação, convocada pelo CPPC, pela CGTP-IN, pelo MPPM e pelo Projecto Ruído – Associação Juvenil e a que aderiram muitas outras organizações e colectivos, teve início junto da Embaixada dos EUA, onde André Levy leu textos de denúncia do apoio político e material dos EUA à barbárie desencadeada por Israel.

Os manifestantes percorreram a Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, atravessaram a Praça de Espanha, subiram a Avenida António Augusto Aguiar e terminaram junto à Embaixada de Israel onde Vanessa Borges e Fernando Jorge apresentaram as diversas intervenções.

As primeiras intervenções foram do médico João Miranda e do jornalista Ricardo Cabral Fernandes, recordando as centenas de profissionais de saúde e de...

Israel deteve na madrugada desta terça-feira a activista palestina Khalida Jarrar na sua casa, em Al-Bireh, perto de Ramala, na Cisjordânia ocupada. O seu marido, Ghassan Jarrar, disse à que os soldados invadiram a casa da família arrombando a porta da frente às 5 horas da madrugada, revistaram a casa e detiveram Khalida.

Khalida Jarrar, de 60 anos, é uma figura proeminente da Frente Popular para a Libertação da Palestina, a segunda maior facção da Organização para a Libertação da Palestina, e foi eleita membro do Conselho Legislativo nas últimas eleições parlamentares realizadas em 2006. Há muito que defende os direitos das mulheres e também fez pressão para a libertação de milhares de prisioneiros palestinos detidos nas prisões israelitas.

Khalida Jarrar foi detida inúmeras vezes pela ocupação israelita e passou vários anos na prisão, a maior parte dos quais em regime de isolamento. Tinha sido libertada pela última vez em Setembro de 2021, depois de ter passado dois anos na prisão, a...

A Associação All Aboard, em cooperação com o MPPM, o CPPC e o Projecto Ruído, organizou no passado dia 1 de Dezembro, no Auditório da Casa do Largo, em Setúbal, uma sessão em que foi exibido o documentário "Epicly Palestine'd" seguido de um debate sobre Skate e Resistência: a Juventude quer a Paz!

O debate teve a participação de Raul Ramires em representação do MPPM.

A All Aboard tem como finalidade dar oportunidade a todos/as, sem excepção, de praticarem a modalidade de skate, independentemente do género, idade, condição física, social e/ou financeira. Procura promover a integração e inclusão da forma mais pura, sem diferenças, tendo como principal missão a garantia de igualdade e equidade de oportunidades para todas as pessoas.


Fotos: All Aboard

Em 15 de Novembro de 1988, há 35 anos, Yasser Arafat leu, em Argel, a Declaração de Independência da Palestina, escrita pelo poeta Mahmoud Darwich e acabada de aprovar pelo Conselho Nacional Palestino, reunido no exílio: «O Conselho Nacional da Palestina, em nome de Deus e em nome do povo árabe palestino, proclama a criação do Estado da Palestina no nosso território palestino, tendo como capital Jerusalém (Al-Quds Ash-Sharif).»

A declaração prossegue: «O Estado da Palestina é o Estado dos palestinos, onde quer que se encontrem. O Estado é para eles, para que nele gozem da sua identidade nacional e cultural colectiva, para que nele prossigam uma completa igualdade de direitos. Nele serão salvaguardadas as suas convicções políticas e religiosas e a sua dignidade humana, através de um sistema de governação democrático parlamentar, baseado na liberdade de expressão e na liberdade de constituição de partidos. Os direitos das minorias serão devidamente respeitados pela maioria, uma vez que as...

Respondendo ao apelo da União dos Sindicatos do Algarve – CGTP, do Conselho Português para a Paz e Cooperação e do MPPM, duas centenas de pessoas reuniram-se na Rua de Santo António, no centro da capital algarvia, para demonstrar o seu repúdio pela bárbara agressão de Israel contra a Faixa de Gaza, que já provocou mais de 10 000 mortos palestinos (quase metade dos quais crianças) e enormes destruições materiais, criando uma catástrofe humanitária de proporções inimagináveis.

Ao mesmo tempo que exigiram um cessar-fogo imediato que ponha fim ao massacre, os participantes na Vigília alertaram para o perigo do alastramento da guerra a todo o Médio Oriente e reclamaram uma solução de fundo para a questão, que passa pela criação de um Estado palestino independente e soberano. A solidariedade com o povo palestino foi afirmada uma e outra vez na palavra de ordem «Palestina vencerá».

Com apresentação de Emmanuel Luz (do Sindicato dos Professores da Zona Sul), a Vigília contou com a participação...

O MPPM afirma-se chocado com as declarações proferidas pelo Presidente da República, dirigindo-se ao Embaixador da Palestina em Portugal e perante a comunicação social, na passada sexta-feira, dia 3 de Novembro de 2023, dentro do espaço da Palestina no Bazar Diplomático que todos os anos se realiza em Lisboa.

As declarações do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa caracterizaram-se por ignorar totalmente o massacre em curso do povo palestino. Não foi expressada qualquer exigência de cessar-fogo imediato. Não foi manifestada qualquer condenação, ou sequer preocupação, pelos bombardeamentos indiscriminados da população da Faixa de Gaza, que já provocaram quase 10 000 mortos, cerca de 40% dos quais crianças. Não houve nenhum reparo crítico aos ataques de Israel a hospitais, escolas, centro de abrigo de refugiados, colunas de refugiados, ambulâncias, pessoal humanitário — quando se contam já mais de 70 vítimas mortais dos bombardeamentos israelitas entre os funcionários das agências das Nações...

Os protestos contra a agressão israelita a Gaza e a solidariedade com o Povo Palestino voltaram a ser ouvidos ontem, 18 de Outubro, na Praça Martim Moniz, em Lisboa, gritados pelos milhares de pessoas que responderam à chamada do CPPC, da CGTP-IN e do MPPM, a que se juntaram outras organizações e colectivos.

Inês Caeiro, da Associação Juvenil Projecto Ruído, contextualizou a situação e foi apresentando os diferentes oradores.

Começou por intervir João Coelho, membro do Conselho Nacional da CGTP-IN, seguindo-se Dima Mohammed, palestina, investigadora na NOVA-FCSH.

A intervenção de Carlos Almeida, vice-presidente da Direcção Nacional do MPPM, precedeu a de Rui Garcia, vice-presidente da Direcção Nacional do CPPC.

João Coelho voltou ao palco para anunciar que outras iniciativas estão programadas para outros locais do país, nomeadamente Évora (19 de Outubro) e Braga (25 de Outubro) e outras sem data ainda marcada.

Anunciou, também, que as organizações promotoras da presente iniciativa irão...

Com a participação de cerca de uma centena de pessoas, decorreu ontem, dia 17 de Outubro, na Praceta da Palestina, no Porto, o acto público «Pela Paz no Médio Oriente e pelos direitos do Povo Palestiniano». Foram promotores deste acto público a União de Sindicatos do Porto (CGTP), o Conselho Português para a Paz e Cooperação e o MPPM.

As intervenções estiveram a cargo de Tiago Oliveira, coordenador da USP/União dos Sindicatos do Porto e membro do Conselho Nacional da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses / Intersindical Nacional (CGTP/IN), José António Gomes, membro da Direcção Nacional do MPPM, e Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção Nacional do Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC). Joana Machado assegurou a introdução, a conclusão e a apresentação dos intervenientes.

Não obstante a chuva e o vento que fustigaram este acto público realizado no centro da baixa do Porto, foi uma participada iniciativa exprimindo de modo veemente a preocupação dos presentes com...

É difícil mantermos a nossa bússola moral quando a sociedade a que pertencemos — tanto os líderes como os meios de comunicação social — assume uma posição de superioridade moral e espera que partilhemos com ela a mesma fúria virtuosa com que reagiu aos acontecimentos do passado sábado, 7 de Outubro.

Só há uma maneira de resistir à tentação de aderir a essa narrativa: ter compreendido, em algum momento da nossa vida — mesmo como cidadãos judeus de Israel —, a natureza colonial do sionismo e ter ficado horrorizado com as suas políticas contra o povo autóctone da Palestina.

Se tivermos entendido isso, então não vacilaremos, mesmo que as mensagens venenosas retratem os palestinos como animais ou «animais humanos». Essa mesma gente insiste em descrever o que aconteceu no sábado passado como um «Holocausto», insultando assim a memória de uma grande tragédia. Estes sentimentos estão a ser transmitidos, dia e noite, pelos meios de comunicação social e pelos políticos israelitas.

Foi esta bússola...