Resistência, Política e Sociedade Palestinas

Grupos palestinos reunidos em Pequim, sob a égide da República Popular da China, anunciaram ontem, 23 de Julho, ter acordado atingir uma unidade nacional abrangente que inclua todas as forças e facções dentro do âmbito da OLP, reconhecida internacionalmente como a legítima representante do povo palestino.

Os grupos palestinos subscritores da Declaração de Pequim sobre o Fim da Divisão e o Reforço da Unidade Nacional Palestina são: Fatah, Hamas, Jihad Islâmica, Frente Popular para a Libertação da Palestina, Frente Democrática para a Libertação da Palestina, Partido do Povo Palestino, Frente Palestina de Luta Popular, Iniciativa Nacional Palestina, Frente Popular de Libertação da Palestina - Comando Geral, União Democrática Palestina, Frente de Libertação da Palestina, Frente de Libertação Árabe, Frente Árabe Palestina e Forças Thunderbolt.

Na declaração subscrita pelas catorze organizações, que toma como base o Acordo Nacional assinado no Cairo em 4 de Maio de 2011 e a Declaração da...

O Handala, que integra a frota da Coligação da Flotilha da Liberdade, atracou na quarta-feira, 3 de Julho, pouco depois das duas da tarde na Marina do Parque das Nações, em Lisboa, numa etapa da sua missão “Para as crianças de Gaza”, e zarpou rumo a Málaga no domingo, 7 de Julho. Uma representação das quatro organizações que acolheram o Handala em Portugal – MPPM, CPPC, CGTP-IN e Projecto Ruído – esteve a bordo onde confraternizou com a tripulação.

Audiência na Assembleia da República

Uma delegação da Flotilha da Liberdade, que está a viajar no Handala na missão «Para as Crianças de Gaza», esteve reunida na quinta-feira 4 de Julho, com a Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, da Assembleia da República.

A delegação da Flotilha era composta por Fellipe Lopes, português, coordenador de Comunicação e Campanha da Flotilha da Liberdade, Youssef Sammour, palestino, primeiro-imediato no Handala e Rana Hamida, palestina, artista e tripulante do Handala.

Foram acompanhados por...

Na sua missão «Para as Crianças de Gaza», o Handala, que faz parte da Flotilha da Liberdade, esteve em Santander e A Coruña, em Espanha, e vem a caminho de Lisboa onde chegará amanhã, quarta-feira 3 de Julho, ao princípio da tarde. Da capital portuguesa o Handala partirá no domingo, 7 de Julho, para o Sul de Espanha, visitando várias cidades portuárias no Mediterrâneo em rota para Gaza, onde deverá chegar em meados de Agosto para quebrar o bloqueio ilegal imposto por Israel.

Espanha | Santander (22 a 25 de Junho)

O Handala partiu de La Rochelle na sexta-feira, 21 de Junho, às três da manhã, com um tempo calmo mas que não durou muito. Durante a noite o estado do tempo agravou-se e o Handala teve de fazer um desvio para o Oceano Atlântico para contornar a tempestade, aproximando-se de Santander por noroeste. Foi muito saudado à passagem pelo centro da cidade enquanto se dirigia para o porto industrial da periferia onde acostou à noite.

No domingo, 24 de Junho, Santander acolheu o Handala em...

Uma representação das 79 organizações que subscreveram a carta aberta dirigida ao primeiro-ministro reclamando o reconhecimento do Estado da Palestina esteve em São Bento nesta sexta-feira, 28 de Junho.

Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção Nacional do CPPC, Carlos Almeida, Vice-Presidente da Direcção Nacional do MPPM, e Dinis Lourenço, do Conselho Geral da CGTP-IN, foram recebidos pelo assessor diplomático do Primeiro-Ministro, dr. Jorge Monteiro, a quem fizeram a entrega do documento.

Foi reafirmada a justiça e a urgência de que Portugal dê o passo decisivo do reconhecimento do Estado da Palestino, mais ainda no quadro da ofensiva genocida de Israel contra a Faixa de Gaza.

Houve ocasião para recordar que, na véspera, o governo de Israel tinha aprovado a construção de mais cinco colonatos na Cisjordânia, ilegais de acordo com o direito internacional tal como os demais já existentes.

Estiveram em São Bento, além da delegação recebida pelo assessor do Primeiro-Ministro, representantes do...

Três países europeus – Noruega, Espanha e Irlanda – anunciaram no dia 28 de Maio o reconhecimento do Estado da Palestina elevando assim para 143 o número de países membros da ONU — entre os quais 18 europeus —, que reconhecem formalmente o Estado da Palestina, apoiando o seu povo na luta pelos seus direitos nacionais imprescritíveis, por uma existência digna e soberana.

É tempo de Portugal dar também esse passo crucial em prol da justiça e do respeito pelo direito internacional, em coerência com os princípios constitucionais e dando cumprimento à vontade do povo português traduzida na recomendação da Assembleia da República de Portugal, aprovada em 2014, que instava o Governo a reconhecer o Estado da Palestina.

O reconhecimento do Estado da Palestina não é apenas um gesto simbólico, mas uma necessidade urgente e um imperativo moral. Por isso, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional, o Movimento pelos...

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) foi fundada há 60 anos, em 2 de Junho de 1964, na primeira reunião do Conselho Nacional Palestino, realizada em Jerusalém com participação da Liga Árabe, e é reconhecida pelas Nações Unidas como «representante do povo palestino» e pela Liga Árabe como «única e legítima representante do povo palestino».

Nas suas seis décadas de existência, sem nunca ter deixado de ter uma presença nos territórios ocupados, a direcção política e muitos dos seus militantes foram compelidos ao exílio.

Logo no rescaldo da guerra de 1967, em que Israel ocupou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, a OLP instalou-se na Jordânia, de onde teve de sair no Verão de 1971 na sequência dos confrontos de Setembro de 1970 (Setembro Negro) entre os resistentes palestinos e as forças armadas jordanas.

A OLP instalou-se então em Beirute, no Líbano, e aí esteve até Setembro de 1982 quando foi forçada a retirar após a invasão do país pelas forças armadas israelitas lideradas por...

A exposição «A Questão Palestina: O Essencial», concebida e produzida pelo MPPM, esteve presente ao público em Lisboa, na B.O.T.A. (Base Organizada da Toca das Artes), entre 13 e 22 de Maio. A Exposição procura transmitir algo do essencial sobre a Questão Palestina, despertando no visitante o interesse por querer saber mais sobre um drama que pesa fortemente na consciência da comunidade internacional. Nos 12 painéis que compõem a exposição, são abrangidos temas como a ocupação do território, a Nakba e os refugiados, o apartheid israelita, o Muro e os colonatos, Gaza e Jerusalém, os presos palestinos, a resistência e a solidariedade internacional.  A exposição aborda de forma sintética parte do conteúdo do livro «O Essencial sobre a Questão Palestina», para o qual remete através de códigos QR, e está disponível para exibição em escolas e associações. 

Três países europeus – Noruega, Espanha e Irlanda – anunciaram para o dia 28 de Maio o reconhecimento do Estado da Palestina. O MPPM congratula-se com a decisão destes países e reitera a exigência de que o Estado português também dê este passo crucial em prol da justiça e do respeito pelo direito internacional.

O reconhecimento do Estado da Palestina não é apenas um gesto simbólico, mas uma necessidade urgente e um imperativo moral. O povo palestino tem direito à autodeterminação, conforme reafirmado em inúmeras resoluções das Nações Unidas ao longo das décadas, incluindo a Resolução 181 da Assembleia Geral da ONU, adoptada em 1947, que recomendou a criação na Palestina de um Estado árabe ao lado do Estado judeu. Este princípio fundamental tem sido ignorado ao longo dos anos, perpetuando um problema que clama por uma solução justa.

A situação actual, com o brutal genocídio perpetrado por Israel em Gaza e o agravamento dos ataques aos palestinos na Cisjordânia, além da contínua ocupação e...

1. O genocídio israelita na Palestina prossegue de forma implacável. Violando a Resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU, de 25 de Março, Israel não acatou o cessar-fogo, nem permitiu a livre entrada de ajuda humanitária em Gaza. Pelo contrário, Israel prossegue com bombardeamentos em todo o território da Faixa de Gaza, e ameaça lançar uma ofensiva terrestre sobre a cidade de Rafah, onde se concentra hoje a maioria da população desalojada da Faixa de Gaza que, segundo números da ONU, totaliza um milhão e setecentas mil pessoas.

A concretizar-se, essa incursão militar terrestre representaria, nas palavras do Vice-Secretário Geral da ONU para os Assuntos Humanitários e Coordenador da Ajuda Humanitária, Martin Griffiths, «uma tragédia que ultrapassa quaisquer palavras».

Na Cisjordânia uma vaga de violência assassina das forças militares e colonos israelitas semeia o terror e a morte, com o claro objectivo de forçar a expulsão dos mais de três milhões de palestinos que aí residem...

1. Os últimos dias trouxeram a confirmação do crescente isolamento internacional de Israel e dos Estados Unidos da América, nomeadamente através de importantes posições do Conselho de Segurança da ONU e do Tribunal Internacional de Justiça. Mas a situação catastrófica em Gaza não se alterou e atinge dimensões cada vez mais dramáticas. Os ataques militares de Israel nos territórios palestinos ocupados, no Líbano e na Síria ilustram que o regime israelita procura sair da sua insustentável posição através de uma aventureira fuga para a frente que incendeie todo o Médio Oriente.

2. O Conselho de Segurança da ONU aprovou no dia 25 de Março de 2024, com 14 votos a favor e a abstenção dos Estados Unidos da América, a sua Resolução 2728, que «exige um cessar-fogo imediato durante o mês do Ramadão, conducente a um cessar-fogo duradouro sustentável». A Resolução 2728 exige ainda «a libertação de todos os reféns» e a entrada livre de ajuda humanitário na Faixa de Gaza, com o levantamento de todos...