Em 5 de Junho de 1967, numa jogada de antecipação contra uma possível invasão árabe, Israel lançou uma fulminante ofensiva contra os estados vizinhos, o Egipto, a Síria e a Jordânia, apoderando-se não só dos territórios palestinos que eram administrados pelo Egipto (a Faixa de Gaza) e pela Jordânia (a Cisjordânia e Jerusalém Oriental), como de territórios próprios do Egipto (a Península do Sinai) e da Síria (os Montes Golan).As tropas árabes, não só egípcias, jordanas e sírias, mas também marroquinas, argelinas, tunisinas, líbias, sudanesas, iraquianas e sauditas, pela falta de treino e de armamento e pelo efeito de surpresa do ataque israelita, foram rapidamente derrotadas e assinado um cessar-fogo no dia 10 de Junho.Os antecedentes desta guerra envolvem inúmeros episódios e equívocos, mas o facto decisivo terá sido a retirada da Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF-I) que estava estacionada no Sinai desde 1957. Na sequência da nacionalização do Canal de Suez, por Nasser, em...
Mahmoud Abbas assume a liderança da Autoridade Palestina. A vitória do Hamas nas eleições de 2006 e subsequente tomada do poder em Gaza, expõem este território a boicotes e brutais agressões por Israel, provocando reais catástrofes humanitárias.7. DE MAHMMOUD ABBAS À OPERAÇÃO "CHUMBO FUNDIDO"20059 de Janeiro – Mahmoud Abbas é eleito Presidente da Autoridade Nacional Palestina, com cerca de 61% dos votos, em eleições bastante participadas, a despeito de dificuldades criadas pelos ocupantes israelitas e do boicote de grupos islâmicos.8 de Fevereiro – Cimeira de Sharm-el-Sheik, com a presença do rei da Jordânia e do presidente do Egipto e a participação de dirigentes Palestinos e Israelitas. Ambos os lados concordam em pôr termo à violência. Israel deverá libertar 900 prisioneiros palestinos e iniciar a retirada gradual dos territórios palestinos. A Intifada deverá terminar. Um ataque suicida, atribuído à Jihad Islâmica, em Telavive (25 de Fevereiro), compromete este novo esforço de Paz...
A década de 1995 a 2004 é balizada pela morte dos dois signatários dos Acordos de Oslo. Enquanto prosseguem as negoiaõss de paz, Israel consolida a ocupação e colonização de que é marco a construção do Muro de Separação, mais conhecido por Muro do Apartheid 6. DO ASSASSINATO DE RABIN À MORTE DE ARAFAT19954 de Novembro - Assassinato de Yitzhak Rabin por um extremista judeu.199620 de Janeiro - Eleições palestinas na Cisjordânia, Jerusalém-Leste e Faixa de Gaza. Arafat é eleito Presidente da Autoridade Palestina.Fevereiro – O Likud vence as eleições em Israel e Benyamin Netanyahu torna-se primeiro-ministro.Fevereiro e Março - Atentados-suicidas do Hamas e da Jihad Islâmica em Jerusalém e Telavive, como represália pelo assassinato de Yehia Ayache, o ideólogo do Hamas, pelos serviços secretos israelitas.13 de Março - Cimeira em Sharm-el-Sheikh, sob o patrocínio dos Estados Unidos, condena os atentados terroristas.Abril - Operação “Vinhas da Ira” de Israel contra o Líbano. Morte de uma...
Entre a proclamação da independência, em 1989, e a assinatura do Acordo interino de Oslo, em 1995, a Palestina participa em várias iniciativas de paz em que reconhece o Estado de Israel e faz concessões que muitos palestinos consideram ir além do aceitável. Mas nem assim consegue o reconhecimento pretendido, porque Israel viola, sistematicamente, os compromissos assumidos denotando a sua má-fé negocial.5. DA PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA AOS ACORDOS DE OSLO198812 a 15 de Novembro – A OLP proclama, em Argel, um Estado palestino com capital em Jerusalém e aceita as Resoluções 181 e 242 da ONU, reconhecendo implicitamente Israel. A Declaração de Independência foi redigida por Mahmud Darwich, o poeta nacional palestino.14 de Dezembro - Diante da Assembleia Geral da ONU, reunida em Genebra, a OLP, pela boca de Yasser Arafat, reconhece a existência de Israel, declara aceitar todas as Resoluções da ONU (incluindo a 242 e a 338) e denuncia o terrorismo sob todas as suas formas.19893 de Abril -...
Este é um período de grande conflitualidade nos países vizinhos com clara ingerência de Israel. A OLP ganha reconhecimento internacional sem que isso se traduza em qualquer pressão sobre Israel para que ponha termo à sua política de agressão e colonização. A primeira Intifada marca o início da resistência não-armada.4. DO YOM KIPPUR À PRIMEIRA INTIFADA19736 de Outubro - O Egipto, a Síria e a Jordânia surpreendem Israel com uma guerra no Yom Kippur, o dia da Expiação no calendário judaico.21 de Outubro - O Conselho de Segurança da ONU aprova, por unanimidade, a Resolução 338 que exige "uma paz justa e duradoura" e o reconhecimento do direito de todos os Estados da região a viver em segurança.26 a 28 de Novembro – Cimeira árabe de Argel em que a OLP é reconhecida como único representante do povo palestino.19749 de Junho - O Conselho Nacional Palestino (parlamento no exílio) aprova a instauração de uma Autoridade Nacional Palestina em todas as partes do território palestino libertado ou...
A criação do Estado de Israel foi conseguida com a expulsão de centenas de milhares de palestinos das suas terras e casas, o massacre de milhares, a destruição de centenas de vilas e aldeias. Perante a inoperância da comunidade internacional, os palestinos organizam-se para lutar pela sua independência. Entretanto, Israel inicia a sua política de ocupação e colonização engrossando o contigente de refugiados palestinos.3. DA «NAKBA» AO «SETEMBRO NEGRO»194815 de Maio - Exércitos dos países árabes limítrofes (Egipto, Transjordânia, Síria, Líbano e Iraque) invadem Israel e a Palestina para defesa dos direitos do Palestinos. A guerra prolonga-se por quase um ano e termina com a derrota da coligação árabe. Os sionistas apropriam-se de 78% do território da Palestina. Do restante, 20,5% - a margem ocidental do Jordão - ficam anexados à Jordânia e 1,5% - a faixa de Gaza - fica sob administração egípcia. Mais de 700.000 Palestinos refugiam-se nos países árabes vizinhos. Os povos árabes designam...
O segundo quartel do século XX forja o destino trágico do povo palestino. Com a queda do Império Otomano, as potências coloniais apropriam-se do Médio Oriente e abrem as portas à ocupação judaica da Palestina, impulsionada pela retórica sionista. Pouco confiantes na força da sua razão, os sionistas recorrem à violência e ao terror para preparar o caminho para a proclamação do Estado de Israel.2. DO MANDATO BRITÂNICO À PROCLAMAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL1920No rescaldo da 1ª Guerra Mundial, a Sociedade das Nações decide dividir a maior parte do Império Otomano em territórios mandatados. A Palestina fica submetida ao Mandato Britânico.Maio - Confrontos em Jerusalém entre judeus e palestinos.Junho - Fundação da Hagana, organização paramilitar sionista clandestina. Sucede ao movimento Hashomer e viria a dar origem às Forças de Defesa de Israel, após a declaração de independência.1921Maio - Confrontos em Jaffa entre judeus e palestinos.11 de Abril- A Transjordânia é separada da Palestina com...
Ao longo de milénios, desde a chegada dos “Povos do Mar”, o povo da Palestina assistiu à passagem, pelo seu território, de diferentes povos e civilizações. Aos Assírios e Babilónios, Persas, Gregos e Romanos, sucederam Árabes e Otomanos. Com todos coexistiu o povo da Palestina, de cada um drenando, em maior ou menor extensão, elementos que ajudaram a formatar a sua cultura sendo a influência muçulmana, porventura, a mais relevante. 1. DA TERRA DE CANAÃ AO FIM DO IMPÉRIO OTOMANO2000 A.C.Amoritas, Cananeus e outros povos semitas, relacionados com os Fenícios, ocupam o território que ficará conhecido como Terra de Canaã.1800-1500 A.C.Os Hebreus, de origem semita, deixam a Mesopotâmia e instalam-se em Canaã. A colonização é prosseguida por outros povos semitas, os Hititas e, por fim, os Filisteus, um povo indo-europeu, originário do Egeu, que dará origem ao nome da Palestina.722 A.C.Os Assírios põem fim ao Reino de Israel.586 A.C.Os Babilónios submetem o Reino da Judeia, pondo termo ao...
Comemora-se em 15 de Maio o aniversário da NAKBA, que em árabe quer dizer Catástrofe, e que marca o princípio da tragédia que se abateu sobre o Povo Palestino, perseguido, massacrado e expulso da sua terra pelos novos ocupantes judeus.A independência do Estado de Israel, proclamada unilateralmente em 14 de Maio de 1948, significou para os palestinos o início da devastação da sua sociedade, a eclosão de um drama individual e colectivo que perdura até aos nossos dias. Repartido o seu território pelo novel Estado judaico (na parte consagrada pela Resolução 181 das Nações Unidas, de 29 de Novembro de 1947), pelo reino da Jordânia (a Cisjordânia) e pelo Egipto (a Faixa de Gaza), os palestinos tornaram-se exilados na sua própria pátria, com a maioria das terras confiscadas e os direitos cívicos reduzidos ou eliminados.Com a guerra de 1967, Israel ocupou militarmente os territórios da Cisjordânia e de Gaza, bem como Jerusalém Oriental, cidade que fora considerada pela ONU como zona de...