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O MPPM condena a escalada da agressão israelita contra o Líbano registada nos últimos dias, incrementada, note-se, ao redor dos dias em que se assinalavam os 42 anos dos Massacres de Sabra e Chatila.

As provocações, ingerências, bombardeamentos, ocupação, assassinatos selectivos e indiscriminados e outras acções de Israel contra o Líbano, assim como contra outros países da região, têm sido uma constante nas últimas décadas, aumentados nos últimos meses em quantidade e gravidade, em simultâneo com o agravamento do genocídio contra o povo palestino.

A explosão de milhares de aparelhos de comunicação pessoal verificada nos dias 17 de Outubro e seguintes constituiu uma autêntica operação terrorista. A forma como foi praticado este acto – indiscriminado e sem qualquer preocupação de contenção das potenciais vítimas – representa mais um triste marco no longo e sangrento rol de crimes do regime sionista.

Uma Vigília pela Palestina realizou-se ontem, 24 de Setembro, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, numa iniciativa da respectiva Associação de Estudantes. Ao fim da tarde, e apesar da chuva persistente, dezenas de estudantes juntaram-se no pátio da Faculdade, agitando bandeiras e gritando palavras de ordem para exprimir a sua solidariedade com o povo palestino.

Em breves intervenções, sucederam-se no uso da palavra Julie Neves (CPPC), Carlos Almeida (MPPM), Abdeljelil Larbi (professor de língua e literatura árabe moderna na NOVA-FCSH), Dima Mohammed (investigadora coordenadora no IFILNOVA – ArgLab) e Guilherme Vaz (presidente da Direcção da AEFCSH).

O Dia Internacional da Paz, 21 de Setembro, foi assinalado em Setúbal com um «Sunset pela Paz», iniciativa da União das Freguesias de Setúbal.

No pátio da Escola Conde de Ferreira, dezenas de pessoas escutaram breves palavras sobre o significado da data proferidas por Maria Luís Nunes, vogal da Junta de Freguesia, José Oliveira, da Direcção Nacional do MPPM, e Rui Garcia, vice-presidente do CPPC; encerrou o período de intervenções Carla Guerreiro, vice-presidente do município setubalense.

Num ambiente convivial e com a participação de associações culturais locais, sucederam-se ao longo da tarde as actuações de artistas e grupos musicais setubalenses.

A iniciativa finalizou com a projecção do filme «Lemon Tree», de Eran Riklis.


Fotos: União das Freguesias de Setúbal

Meia centena de pessoas – em sala – e mais de duas dezenas em casa, via zoom, assistiram à projecção do premiado e impressionante documentário Gaza. Una mirada a los ojos de la barbarie, de Julio Pérez del Campo e Carles Bover Martínez, nas instalações da Universidade Popular do Porto, na segunda-feira, dia 16 de Setembro.

Seguiu-se uma participada conversa sobre a situação na Palestina e sobre a necessidade de reforçar a organização da resistência das opiniões públicas à barbárie perpetrada pelo governo e pelo exército de Israel contra os palestinos, e que continua a contar quer com o apoio dos EUA quer com o silêncio cúmplice dos governos de muitos países da UE, incluindo o português.

Numa decisão arrasadora para Israel, a Assembleia Geral da ONU, reunida em sessão especial de emergência para apreciar o parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), aprovou por esmagadora maioria uma resolução que determina a retirada de Israel dos Territórios Palestinos Ocupados (TPO) no prazo de doze meses.

A resolução, aprovada com 124 votos a favor – entre os quais o de Portugal –, 14 contra e 43 abstenções, exige que Israel ponha termo à sua presença ilegal nos Territórios Palestinos Ocupados, e que o faça o mais tardar no prazo de 12 meses.

A resolução exige que Israel retire as suas forças militares, cesse imediatamente todas as novas actividades de colonização, evacue todos os colonos das terras ocupadas e desmantele partes do muro de separação que construiu no interior da Cisjordânia ocupada.

Israel acaba de lançar uma campanha de terrorismo sobre o Líbano a todos os títulos condenável. Fez explodir milhares de equipamentos individuais de telecomunicações, sem um alvo militar preciso, antes actuando de forma indiscriminada, ferindo ou matando tanto os utentes como quem se encontrava próximo.

Entre os ataques de terça-feira e quarta-feira, contam-se dezenas de mortos e milhares de feridos, algumas centenas em estado crítico. Os explosivos e software de detonação foram introduzidos no fabricante ou substituídos durante o transporte internacional.

Está a começar o ano escolar em Portugal, mas não em Gaza. Desde que, em 6 de Novembro passado, na sequência do ataque israelita, as autoridades de Gaza foram forçadas a suspender o ano escolar, não mais os 625.000 jovens e crianças do território voltaram à escola. Entretanto Israel assassina alunos, professores e funcionários, e arrasa escolas comprometendo a educação de toda uma geração.

Desde que, em 7 de Outubro de 2023, Israel iniciou uma brutal agressão militar contra a Faixa de Gaza com o pretexto de silenciar a resistência palestina, foram mortos mais de 40.000 palestinos, dos quais 15.000 seriam crianças. As crianças são também uma larga parte dos mais de 90.000 feridos e dos incontáveis desaparecidos, certamente soterrados nos escombros dos edifícios.

Hospital Al Shifa na Cidade de Gaza, em 2 de Abril de 2024, após duas semanas de ataque israelita (Reuters / Dawoud Abu Alkas)

A revelação feita pelo MPPM, no Comunicado 09/2024, de que estaria a ser preparada uma reunião entre os ministérios da Saúde de Portugal e de Israel para «discutir potenciais áreas de interesse para cooperação futura entre os dois países», suscitou questões dos grupos parlamentares do BE e do PCP a que o ministério da Saúde agora respondeu de forma lacónica: «Comunica-se, para os devidos efeitos, que não existe qualquer reunião agendada entre os Ministérios da Saúde português e israelita».

O MPPM congratula-se por saber que a reunião que estava a ser preparada para ocorrer no dia 2 de Setembro não vai ter lugar – pelo menos nessa data – e considera que isso se deve à exposição pública da insensibilidade revelada por uma tal iniciativa quando o outro interlocutor é o responsável pelo massacre de dezenas de milhar de palestinos, pela destruição de dezenas de instalações hospitalares e pelo assassinato de centenas de profissionais de saúde palestinos.

O MPPM teve acesso a informações credíveis que dão conta que o navio de pavilhão português Kathrin (IMO 9570620, MMSI 255806285) registado no MAR – Registo Internacional de Navios da Madeira e que nesta altura navega junto ao Cabo da Boa Esperança, transporta material militar com destino a Israel. A confirmar-se, esta notícia reveste-se da maior gravidade e exige um esclarecimento peremptório e detalhado da parte do Governo Português.

A ser verdadeira esta informação, ela significa que Portugal está directamente envolvido, no caso através do Registo Internacional de Navios da Madeira, no apoio militar a Israel quando este país leva a cabo uma campanha genocida sobre a população palestina da Faixa de Gaza que provocou já a morte confirmada de mais de dois por cento da população daquele território, na sua maioria mulheres e crianças.

O Comité Nacional Palestino do BDS (BNC) anunciou ontem que a seguradora multinacional francesa AXA foi forçada a vender os seus investimentos em todos os principais bancos israelitas bem como na Elbit Systems, o principal fabricante de armamento de Israel, em consequência da campanha contra as instituições financeiras cúmplices do regime de Israel de 76 anos de colonização, de apartheid e agora de genocídio.

A campanha global “Stop AXA Assistance to Israeli Apartheid” visava o investimento da AXA em bancos israelitas e na Elbit Systems pela sua cumplicidade nos colonatos ilegais de Israel na Cisjordânia ocupada, que constituem crimes de guerra ao abrigo do direito internacional, e por outras graves violações dos direitos humanos palestinos. A empresa enfrentou pressões de desinvestimento, danos à reputação e uma campanha de boicote dos consumidores.

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