Actualidade

Também em Coimbra o MPPM esteve na rua no sábado, 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Solidarizando-se com a luta das mulheres palestinas e de todo o mundo, o Núcleo de Coimbra do MPPM integrou-se na manifestação promovida pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e que integrou diversas outras organizações sob o lema «Igualdade, Direitos, Justiça Social e Paz. Luta que une, força que transforma».

No sábado, 8 de Março, o MPPM participou, em Lisboa, na Manifestação Nacional de Mulheres convocada pelo MDM sob o lema «Igualdade, Direitos, Justiça Social e Paz. Luta que une, força que transforma», para assinalar desta forma o Dia Internacional da Mulher e para honrar as mulheres que, em Portugal e em todo o mundo, lutam pelos seus direitos próprios, participam na luta conjunta pelos direitos comuns e, muito particularmente, as que, como as palestinas, lutam pelo reconhecimento dos seus direitos nacionais contra a ocupação colonial e o apartheid.

Neste dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, em 2025, evocamos em especial as mulheres palestinas vítimas da repressão e da prisão política por parte do ocupante israelita, cuja coragem, determinação e resiliência estão bem traduzidas neste poema da grande poeta palestina Fadwa Tuqan (1917-1923) [1].

O DILÚVIO E A ÁRVORE

Quando a tempestade satânica chegou e se espalhou
No dia do dilúvio negro lançado
Sobre a boa terra verdejante
“Eles” contemplaram. 
Os céus ocidentais ressoaram com explicações de regozijo:
“A Árvore caiu!
O grande tronco está esmagado! O dilúvio deixou a Árvore sem vida!”

Caiu realmente a Árvore?
Nunca! Nem com os nossos rios vermelhos correndo para sempre,
Nem enquanto o vinho dos nossos membros despedaçados
Saciar nossas raízes sequiosas
Raízes árabes vivas
Penetrando profundamente na terra.

Quando a Árvore se erguer, os ramos
Vão florir verdes e viçosos ao sol
O riso da Árvore desfolhará
Debaixo do sol
E os pássaros voltarão
Sim, os pássaros voltarão com certeza
Voltarão.

Desde a...

Quando o cessar-fogo chegou, houve um momento de alívio por termos escapado à morte, embora continuemos a carregar a tristeza e a dor de tudo o que se perdeu durante esses 15 meses.

Os palestinos sabem que ainda há mais batalhas pela frente, que têm de continuar a lutar, numa guerra de sofrimento diário — a luta pela água, por um pedaço de pão — e uma guerra contra as memórias, que trazem dor ao coração e loucura à mente.

Ainda assim, acordei cheia de energia e entusiasmo no domingo, o dia em que nos tinham dito que podíamos começar a retornar ao Norte. Sabia que a viagem ia ser cansativa, percorrendo longas distâncias em estradas irregulares apinhadas de outras pessoas deslocadas, mas estava ansiosa por regressar à minha querida casa.

Acompanhei as notícias minuto a minuto, à espera do anúncio da abertura da travessia. Em vez disso, recebemos a notícia de que isso não iria acontecer.

Nesse dia, deitei-me a pensar em todas as pessoas que se dirigiram ao posto de controlo no sábado à noite...

No Other Land, realizado por um colectivo palestino-israelita de quatro jovens activistas — Basel Adra, Hamdan Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor —, é um relato firme da expulsão em massa de uma comunidade palestina e funciona como uma resistência criativa ao apartheid israelita e uma procura de um caminho para a igualdade e a justiça.

Há mais de duas décadas que Israel vem a aplicar a sua «política de esterilização» nas regiões a leste de Jerusalém, na zona sul de Hebron e na vizinhança do Vale do Jordão, deslocando as comunidades beduínas e confinando-as a enclaves prescritos e utilizando todas as tácticas concebíveis para as forçar a sair para dar lugar à instalação ou expansão dos colonatos ilegais.

Masafer Yatta é um conjunto de 20 comunidades beduínas interligadas localizadas nas colinas do Sul de Hebron, cerca de 20 quilómetros a sul desta cidade. Os seus habitantes têm sido notícia pela sua luta persistente contra os esforços israelitas para os deslocar, desafiando as múltiplas...

Mais de meia centena de pessoas estiveram na Junta de Freguesia do Bonfim, no Porto, para assistir a uma sessão de solidariedade com a Palestina integrada numa semana cultural que apresentou, no salão nobre da Junta, uma mostra de Poesia Visual, a exposição de Ilustradores pela Paz na Palestina – que ficará patente até quarta-feira, 5 de Março – e uma mostra de publicações.

Na sessão houve uma actuação musical de José da Silva, poemas lidos por José Efe, Domingos da Mota, Augusto Baptista, José Queiroga e João Pedro Mésseder e intervenções de José António Gomes (MPPM) e Ilda Figueiredo (CPPC).

O MPPM repudia branqueamento da imagem de Israel e denuncia perspectiva de cooperação na saúde com o Estado genocida anunciada aquando da recente visita do seu embaixador à ULS Santa Maria, em Lisboa.

A administração da Unidade Local de Saúde Santa Maria (ULSSM) recebeu no dia 27 de Fevereiro o embaixador de Israel em Portugal. Segundo a nota partilhada nas redes sociais da ULSSM, «o Embaixador de Israel e o Presidente da ULSSM analisaram ainda áreas de possível cooperação e formação estratégica».

Não pode deixar de causar profundo choque e estupefacção que a Administração de uma das mais importantes instituições hospitalares portuguesas receba o representante de um país que se dedicou, em especial no último ano e meio, a atacar com toda a perversidade a infra-estrutura e os trabalhadores da saúde e emergência medica, entre os inúmeros crimes praticados contra a população de Gaza.

Segundo o relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR na sua sigla em...

Exmo Dr. João Taborda da Gama,

Os Judeus pela Paz e Justiça desejam felicitá-lo pela sua nomeação como coordenador nacional da Estratégia Europeia para Combater o Anti-semitismo e Promover a Vida Judaica. Enquanto judeus, aplaudimos todas as diligências empreendidas de boa-fé no combate ao anti-semitismo e na salvaguarda da memória do Holocausto, aspectos centrais da Estratégia. Trata-se de um esforço especialmente importante numa altura em que movimentos de extrema-direita proliferam pela Europa – e não só –, disseminando as velhas teorias da conspiração que sustentaram séculos de perseguição aos judeus.

Contudo, quaisquer esforços para contrariar o aumento de um sentimento antijudaico devem começar por desfazer o equívoco comum de que o Estado de Israel representa todos os judeus ou de que a sua violência em Gaza ou na Cisjordânia reflecte a vontade de todos os judeus.

Aliás, na apresentação da Estratégia, Ursula von der Leyen salientou o compromisso da UE em "fomentar a vida judaica em...

Israel não só está a matar crianças palestinas a um ritmo alucinante desde Outubro de 2023, como também está a matar a infância das que sobrevivem. Visualizing Palestine publicou esta infografia pela primeira vez como “Quatro Guerras de Idade” em Maio de 2021 e, com a actualização de hoje, ela destaca SEIS ataques militares israelitas a Gaza em dezasseis anos.

Neste cartaz, publicado por Visualizing Palestine, são apresentados vários conceitos que os académicos desenvolveram para captar a destrutividade abrangente de um genocídio contínuo que dura há um ano. Desde o “domicídio”, que se refere à destruição sistémica de casas, até ao “escolasticídio”, que destaca o desmantelamento deliberado da educação, as acções de Israel tornaram inabitável toda a Faixa de Gaza.

Os muitos “cídios” encapsulados nesta imagem captam a natureza multifacetada deste genocídio, que terá impacte nos palestinos durante gerações.