Boicote ao Festival Eurovisão da Canção!
Foi sem surpresa, mas com indignação, que se soube que a maioria dos países membros da UER se tinha vergado ao “diktat” alemão e tinha permitido a continuidade da participação de Israel no Festival Eurovisão da Canção.
Na reunião magna de Genebra havia dois assuntos sobre a mesa: aceitar ou não a participação de Israel, autor de um genocídio que está a vitimar centenas de milhar de palestinos, e como evitar que Israel continuasse a manipular o resultado do concurso a seu favor.
Tendo aparentemente sido encontrada uma solução que evita que Israel falseie as regras do jogo (quase) todos ficaram felizes porque “the show must go on”. E só podemos imaginar quais seriam as consequências se tivesse sido outro país a cometer a fraude…
Sobre o facto de Israel estar a cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade, a douta assembleia considerou que isso era irrelevante e nem sequer, por uma questão de coerência, recordou o precedente de exclusão da Rússia na sequência da invasão da Ucrânia.
Por isso, não é improvável que, em Maio de 2026, em Viena, se venha a aplaudir uma canção interpretada por um ou uma ex-soldado das forças armadas israelitas com a morte de palestinos no seu currículo.
Até aqui a administração da RTP e a sua tutela escolheram o caminho de comprometer o nome de Portugal num espectáculo indigno e lamentável, mas estão ainda a tempo de o corrigir. Se isso não acontecer, só resta apelar:
- Ao boicote dos artistas para que não alimentem com a sua participação esta farsa grotesca — e não se pense que a organização vai continuar a permitir manifestações de solidariedade com a Palestina como se viu no passado.
- Ao boicote do público para que sintonize qualquer outro canal televisivo quando a RTP estiver a transmitir quer o Festival da Eurovisão quer as provas nacionais de apuramento.