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Três países europeus – Noruega, Espanha e Irlanda – anunciaram no dia 28 de Maio o reconhecimento do Estado da Palestina elevando assim para 143 o número de países membros da ONU — entre os quais 18 europeus —, que reconhecem formalmente o Estado da Palestina, apoiando o seu povo na luta pelos seus direitos nacionais imprescritíveis, por uma existência digna e soberana.

É tempo de Portugal dar também esse passo crucial em prol da justiça e do respeito pelo direito internacional, em coerência com os princípios constitucionais e dando cumprimento à vontade do povo português traduzida na recomendação da Assembleia da República de Portugal, aprovada em 2014, que instava o Governo a reconhecer o Estado da Palestina.

No Jardim da Praça Marquês de Pombal, no Porto, na tarde desta segunda-feira 3 de Junho, houve intervenção política, poesia, música e pintura num evento promovido pelo CPPC, pela USP/CGTP-IN, pelo MPPM e pelo Projecto Ruído-Associação Juvenil, a que se chamou «Mãos pela Paz!».

Com apresentação e moderação de Joana Machado, do Projecto Ruído, intervieram José António Gomes, pelo MPPM, e Ilda Figueiredo, pelo CPPC. Cessar-fogo e abertura total à ajuda humanitária em Gaza, com o fim do genocídio, exigência do reconhecimento do Estado da Palestina pelo governo português, apelo à continuação da solidariedade com a resistência do povo palestino, e apelo à Paz generalizada – foram os pontos dominantes das intervenções.

Leram poemas de sua autoria os escritores Augusto Baptista, Eugénia Soares Lopes e J. J. Silva Garcia. Foram lidos ainda poemas de poetas palestinos pelo poeta José Efe e pelo jornalista e escritor Froufe Andrade.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) foi fundada há 60 anos, em 2 de Junho de 1964, na primeira reunião do Conselho Nacional Palestino, realizada em Jerusalém com participação da Liga Árabe, e é reconhecida pelas Nações Unidas como «representante do povo palestino» e pela Liga Árabe como «única e legítima representante do povo palestino».

Nas suas seis décadas de existência, sem nunca ter deixado de ter uma presença nos territórios ocupados, a direcção política e muitos dos seus militantes foram compelidos ao exílio.

Logo no rescaldo da guerra de 1967, em que Israel ocupou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, a OLP instalou-se na Jordânia, de onde teve de sair no Verão de 1971 na sequência dos confrontos de Setembro de 1970 (Setembro Negro) entre os resistentes palestinos e as forças armadas jordanas.

Largas centenas de pessoas, maioritariamente jovens, estiveram esta tarde de quinta-feira, 30 de Maio, na Ribeira do Porto em resposta a uma convocação do colectivo Estudantes do Porto em Defesa da Palestina.

«Perante a urgência da situação vivida na Faixa de Gaza nos últimos 8 meses e a ofensiva levada a cabo por Israel contra o pequeno território de Rafah, a última zona considerada segura em toda a Faixa de Gaza, e perante a continuidade do genocídio a que temos assistido, é do nosso entender que é importante uma mobilização conjunta de todas as forças dispostas a participar neste ato de protesto contra a política genocida de Israel», justifica o colectivo na chamada para esta iniciativa a que deu o nome «All Eyes on Rafah».

O MPPM aderiu à iniciativa através do seu Núcleo do Porto e José António Gomes interveio em representação do movimento.


Fotos: José António Gomes e Henrique Borges

Centenas de pessoas concentraram-se no Rossio, em Lisboa, ao fim da tarde desta terça-feira 28 de Maio para reclamar que Portugal reconheça o Estado da Palestina à semelhança do que fizeram, neste dia, a Espanha, a Irlanda e a Noruega, e do que tinham feito, nas últimas semanas, Barbados, Jamaica, Trinidad e Tobago, e Baamas.

Actualmente, reconhecem o Estado da Palestina 145 dos 193 membros da ONU, a que se juntam dois não membros.

A concentração, que foi convocada pelo CPPC, pela CGTP-IN, pelo MPPM e pelo Projecto Ruído, contou com intervenções de Julie Neves (CPPC), Dinis Lourenço (CGTP-IN), Carlos Almeida (MPPM)  e Domingos Pereira (Projecto Ruído), pelas organizações promotoras, e ainda de Nour el Tibi, uma jovem activista palestina.

O MPPM está a promover, em Lisboa, uma Mostra de Cinema Palestino com a colaboração do realizador palestino Salim Abu Jabal e da activista palestina Haneen Abo Soad.

A Mostra teve início no dia 15 de Maio à tarde com uma sessão para alunos da Escola Secundária de Camões que encheram o auditório da escola. Foram exibidos os filmes «Entre Duas Fronteiras», de Yasser Murtaja e Rushdi Sarraj, e «Tentando Sobreviver», de Bashar Al Belbisy.

Nos dias 16 e 17 de Maio a Mostra esteve na Padaria do Povo, onde foram exibidos os filmes «Tentando Sobreviver», «Roshmia», de Salim Abu Jabal, «Shujayya», de Mohammed Al Mughanni, «Palestina 87», de Bilal Khatib, e «Entre Duas Fronteiras».

Todas as sessões foram seguidas de debate, com a participação de Haneen Abo Soad e de dirigentes do MPPM.

Este Ciclo da Primavera da Mostra conclui no dia 22 de Junho, às 21 horas, na B.O.T.A., com a apresentação dos filmes «Shujayya» e «Roshmia».

A exposição «A Questão Palestina: O Essencial», concebida e produzida pelo MPPM, esteve presente ao público em Lisboa, na B.O.T.A. (Base Organizada da Toca das Artes), entre 13 e 22 de Maio.
 
A Exposição procura transmitir algo do essencial sobre a Questão Palestina, despertando no visitante o interesse por querer saber mais sobre um drama que pesa fortemente na consciência da comunidade internacional.
 
Nos 12 painéis que compõem a exposição, são abrangidos temas como a ocupação do território, a Nakba e os refugiados, o apartheid israelita, o Muro e os colonatos, Gaza e Jerusalém, os presos palestinos, a resistência e a solidariedade internacional.
 

Três países europeus – Noruega, Espanha e Irlanda – anunciaram para o dia 28 de Maio o reconhecimento do Estado da Palestina. O MPPM congratula-se com a decisão destes países e reitera a exigência de que o Estado português também dê este passo crucial em prol da justiça e do respeito pelo direito internacional.

O reconhecimento do Estado da Palestina não é apenas um gesto simbólico, mas uma necessidade urgente e um imperativo moral. O povo palestino tem direito à autodeterminação, conforme reafirmado em inúmeras resoluções das Nações Unidas ao longo das décadas, incluindo a Resolução 181 da Assembleia Geral da ONU, adoptada em 1947, que recomendou a criação na Palestina de um Estado árabe ao lado do Estado judeu. Este princípio fundamental tem sido ignorado ao longo dos anos, perpetuando um problema que clama por uma solução justa.

O MPPM associou-se ao acto público de solidariedade com a Palestina que a comunidade brasileira em Portugal organizou no Largo do Intendente, em Lisboa, na tarde de sábado 18 de Maio.

A iniciativa pela Paz, em defesa do povo palestino, contra o genocídio em Gaza e por um cessar-fogo imediato, partiu do impulso de diversos Núcleos do PT (Partido dos Trabalhadores) no exterior a que aderiram várias organizações, movimentos e partidos brasileiros, incluindo PT, PCdoB, PSOL, FEPAL, CEBRAPAZ, MST, CUT Brasil, FIBRA, Comités Populares de Luta e Comités pela Palestina.

Carlos Almeida interveio em representação do MPPM.

O recém-criado Movimento Póvoa Pela Palestina, na sua primeira acção cívica, reuniu mais de seis dezenas de pessoas na noite do sábado, 18 de Maio, na Praça do Almada, em frente aos Paços do Concelho, na Póvoa de Varzim.

Houve “microfone aberto” para quem sentisse vontade de expressar solidariedade para com o povo palestino. E houve também poemas e canções e a divulgação de um Manifesto.

O MPPM associou-se à iniciativa.


Fotos: Movimento Póvoa pela Palestina, A Herculano Ferreira, J J Silva Garcia e Eduardo Faria

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