[Actualizado até 21 de Outubro de 2023 às 15h00 horas]
4385 | Número de Palestinos mortos em Gaza 13 561 | Número de Palestinos feridos em Gaza 84 | Número de Palestinos mortos na Cisjordânia 1400 | Número de Palestinos feridos na Cisjordânia 143* | Ataques a Cuidados de Saúde desde 7 de Outubro 1 Milhão | Número estimado de pessoas deslocadas 20% | Hospitais não funcionando actualmente 65% | Centros de Saúde do Ministério da Saúde fechados 64% | Centros de Saúde da UNRWA fechados 3 | Litros de água disponíveis por pessoa por dia
* WHO SSA: Sistema de Vigilância de Ataques aos Cuidados de Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS)
PONTO DE SITUAÇÃO
Desde 7 de Outubro, 1400 israelitas, incluindo cidadãos estrangeiros, foram mortos e mais de 4629 ficaram feridos.
Gaza: mortes em larga escala e baixas com cerco contínuo impedindo a entrada de abastecimentos essenciais. Trabalhadores humanitários impossibilitados de entrar ou sair. Não há evacuação de feridos e doentes. Deslocação em massa de 1 milhão...
Em comunicado ontem divulgado pelo Gabinete do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), peritos da ONU(*) expressaram indignação pelo ataque mortífero ao Hospital Al Ahli Arab, na cidade de Gaza, que matou mais de 470 civis na terça-feira (dia 17) e deixou centenas debaixo dos escombros. O ataque seguiu-se a dois avisos emitidos por Israel de que estava iminente um ataque ao hospital, caso as pessoas que lá estivessem não fossem evacuadas.
«O ataque contra o Hospital Al Ahli Arab é uma atrocidade. Estamos igualmente indignados com o ataque mortífero, no mesmo dia, contra uma escola da UNRWA localizada no campo de refugiados de Al Maghazi, que dava abrigo a cerca de 4000 pessoas deslocadas, bem como dois campos de refugiados densamente povoados», disseram os peritos.
Os peritos exprimiram sérias preocupações humanitárias e jurídicas em relação à intensificação do cerco que Israel mantém, desde há 16 anos, ao enclave e sua população, que se junta à ocupação de...
As acções desencadeadas em Gaza e Israel, nesta madrugada, comprovam — como o MPPM repetidamente tem alertado — que não é possível ter uma situação de paz na Palestina e, por consequência, no Médio Oriente, continuando a espezinhar os legítimos direitos do povo palestino e persistindo em manter a ocupação colonial e a violência das forças militares e dos colonos.
1. Às 6:30 desta madrugada (4:30 em Lisboa), militantes de organizações da resistência palestina lançaram, a partir da Faixa de Gaza, um ataque de surpresa, em larga escala, contra Israel, no que apelidaram de «Operação Dilúvio Al-Aqsa» e que afirmam ser uma resposta à profanação da Mesquita de Al-Aqsa e ao aumento da violência dos colonos.
A operação surge depois de, nos últimos dias, milhares de colonos terem efectuado visitas provocatórias ao complexo da Mesquita de Al-Aqsa, na Jerusalém Oriental ocupada. Segue-se também a um grande aumento da violência dos colonos israelitas contra os palestinos.
O Comité do Património Mundial da UNESCO decidiu neste domingo, em Riade, capital da Arábia Saudita, inscrever o sítio pré-histórico de Tell es-Sultan, perto da cidade palestina de Jericó, na Cisjordânia ocupada, na Lista do Património Mundial.
O sítio de Tell es-Sultan tem estado a ser escavado há mais de um século e revelou as ruínas de uma cidade fortificada que se considera a mais antiga povoação fortificada continuamente habitada do planeta, remontando ao nono milénio a.C. A própria Jericó é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo.
A UNESCO descreve o sítio como «um tell, ou monte, de forma oval que contém depósitos pré-históricos de actividade humana e inclui a nascente perene adjacente de 'Ain es-Sultan. Entre o 9.o e o 8.o milénio a.C., surgiu aqui uma povoação permanente, devido ao solo fértil do oásis e ao fácil acesso à água.»
«Os crânios e estátuas encontrados no local testemunham práticas cultuais entre as populações neolíticas que aí viviam, e o...
Há 30 anos, em 13 de Setembro de 1993, foi assinado o chamado Acordo de Oslo. Na Casa Branca, em Washington, o presidente da OLP, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro de Israel, Yitzak Rabin, apuseram as suas assinaturas na «Declaração de Princípios sobre os Acordos de Autogovernação Interina».
A OLP reconheceu o direito à existência e segurança do Estado de Israel. Os palestinos renunciavam de facto (na sequência do que já tinham feito na sua declaração de independência, em Argel, em 1988) a 78% do seu território histórico, ocupado por Israel, na esperança de ver constituído um Estado palestino nos restantes 22% (Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental).
Israel, por seu lado, limitou-se a reconhecer a OLP como a representante do povo palestino, sem assumir qualquer compromisso quanto ao reconhecimento do Estado palestino.
O Acordo previa a criação de uma Autoridade Nacional Palestina, com responsabilidade de administração interna na Faixa de Gaza e Cisjordânia, mas numa situação...
A legitimidade de Israel, e de facto a sua própria viabilidade, assenta em dois pilares principais.
Em primeiro lugar, o pilar material, que inclui o seu poderio militar, as suas capacidades de alta tecnologia e um sistema económico sólido.
Estes factores permitem que o Estado construa uma forte rede de alianças com países que gostariam de beneficiar do que Israel tem para oferecer: armas, securitização, spyware, conhecimento de alta tecnologia e sistemas modernizados de produção agrícola.
Em troca, Israel pede não apenas dinheiro mas também apoio contra a degradação da sua imagem internacional.
Em segundo lugar, o pilar moral. Este aspecto foi particularmente importante nos primeiros tempos do projecto e do Estado sionistas.
Israel vendeu ao mundo uma narrativa dupla: primeiro, que a criação de Israel era a única panaceia para o anti-semitismo; segundo, que Israel era construído num lugar que religiosa e culturalmente pertencia ao povo judeu.
De início, a presença de uma população autóctone...
A Assembleia da República aprovou um voto de solidariedade com o povo palestino em que insta «o Governo português, à luz da Lei Fundamental do País, a Constituição da República Portuguesa, a que assuma uma posição clara e contundente, em defesa dos direitos do povo palestiniano e do cumprimento das resoluções da ONU que os consagram.»
O projecto de voto foi subscrito pelos deputados e deputadas Joana Mortágua BE, Ivan Gonçalves PS, Bruno Dias PCP, Ana Isabel Santos PS, Carla Sousa PS, Tiago Brandão Rodrigues PS, Isabel Moreira PS, Miguel Matos PS, e Jamila Madeira PS, que integram a Comissão Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina, e foi aprovado em 18 de Julho de 2023, com alterações propostas pelo PS, na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas (2.a Comissão), com votos a favor do PS, do PCP e do BE, e votos contra do PSD e do CH.
A aprovação do Voto foi ratificada pelo Plenário da Assembleia da República em 19 de Julho de 2023.
Por iniciativa do CPPC, coincidindo com a cimeira da NATO que estava a ter lugar em Vilnius, realizou-se ontem, quarta-feira, uma Tribuna Pública «Paz Sim! NATO Não!», no Largo José Saramago em Lisboa. Jorge Cadima interveio, em representação do MPPM, para denunciar as agressões da NATO, dos seus Estados membros e dos seus aliados regionais, no Médio Oriente.
A Tribuna foi moderada por Julie Neves, do CPPC.
Na primeira intervenção, Rita Janeiro (CPPC), apelou à assinatura da petição que reclama a adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares.
Seguiu-se João Coelho (CGTP) que denunciou a escalada da corrida aso armamentos e a expansão da NATO a todo o mundo.
Interveio, depois, Jorge Cadima (MPPM).
NATO, instrumento de dominação dos Estados Unido no Médio Oriente
«Se alguém ainda tem dúvidas sobre a natureza da NATO – não é uma aliança defensiva e de paz, é uma máquina de guerra e agressão – basta olhar para o Médio Oriente e envolventes nos últimos 25 anos», disse Jorge Cadima...
O MPPM convocou para esta sexta-feira um acto público, para protestar contra a violência de Israel para com o povo palestino, que juntou uma centena de pessoas no Rossio, em Lisboa.
Tendo presente a recente ofensiva de Israel contra o campo de refugiados de Jenin que envolveu vastos meios terrestres e aéreos na maior operação militar na Cisjordânia desde 2002, tendo causado a morte a pelo menos 12 palestinos e ferido 120, vinte dos quais em estado crítico, reclamou-se o fim da violência israelita, o fim da ocupação, o fim da impunidade de Israel e lamentou-se a tolerância cúmplice dos governos ocidentais para com os crimes israelitas.
Em nome do MPPM falou Carlos Almeida, vice-presidente da Direcção Nacional, e intervieram também Julie Neves, do CPPC, Joana Botas, do MDM, Isabel Pires, deputada do BE, Duarte Alves, deputado do PCP, e Hindi Mesleh, da comunidade palestina.
O brutal assalto de Israel ao campo de refugiados de Jenin nos dias 3 e 4 de Julho de 2023 já provocou a morte de 12 pessoas, ferimentos em mais de uma centena e o desalojamento forçado de cerca de 3000 residentes, além da destruição em larga escala num dos campos de refugiados com maiores taxas de pobreza e desemprego.
A violência militar israelita, envolvendo cerca de mil soldados e meios aéreos, não poupou os hospitais, locais de culto, a sede do grupo de teatro Freedom Theatre, e ficou novamente marcada pelo ataque propositado a jornalistas em serviço, num esforço para esconder a brutalidade das operações israelitas.
O assalto a Jenin não é um acto isolado. Insere-se numa criminosa vaga repressiva que, dando continuidade à permanente política de repressão israelita contra o povo palestino, conhece uma escalada de grandes proporções desde a tomada de posse do novo governo de Netanyahu.
Esse governo não apenas inclui como entregou oficialmente o controlo de forças militarizadas...