Política e Organizações Internacionais

Entre 7 de Outubro e 1 de Novembro, pelo menos 8805 pessoas foram mortas em Gaza. Aproximadamente 41,5% eram crianças (3650), 45% eram do sexo feminino (3956) e 55% do sexo masculino (4849), de acordo com o Ministério da Saúde. 128 palestinos foram mortos na Cisjordânia; 27% eram crianças.

De acordo com as autoridades israelitas, desde que começaram as hostilidades, cerca de 1400 israelitas e estrangeiros foram mortos, cerca de 5400 feridos e 240 foram feitos reféns.

Gaza: Mortos e feridos em grande escala com a deslocação forçada de 1,4 milhões de pessoas e cerco continuo restringindo fortemente a entrada de bens essenciais, bem como a entrada / saída de trabalhadores humanitários e a evacuação de feridos e doentes.

A Comissão da ONU para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino (CEIRPP) emitiu, em 1 de Novembro de 2023, uma declaração em que reitera o apelo a uma trégua imediata e condena os ataques indiscriminados contra civis em Gaza bem como a escalda de violência de colonos na Cisjordânia e a deslocação forçada de aldeãos palestinos.

Este é o teor da declaração da CEIRPP:

«O Bureau [da CEIRPP] reitera o seu apelo a uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada na Faixa de Gaza que conduza à cessação das hostilidades, tal como solicitado na sua declaração de 17 de Outubro e por uma esmagadora maioria na Assembleia Geral de 27 de Outubro.

Situação actualizada até 30 de Outubro às 13 horas.

Entre 7 e 30 de Outubro pelos menos 8005 pessoas foram mortas em Gaza. Aproximadamente 41,5% são crianças (3325), 45% são do sexo feminino (3610) e 55% do sexo masculino (4395), de acordo com o Ministério da Saúde. 115 palestinos foram mortos na Cisjordânia, sendo 29% crianças.

De acordo com as autoridades israelitas, desde que começaram as hostilidades, 1400 israelitas e estrangeiros foram mortos, 5431 feridos e 239 foram feitos reféns.

Gaza: Mortos e feridos em grande escala com a deslocação forçada de 1,4 milhões de pessoas e cerco continuo restringindo fortemente a entrada de bens essenciais, bem como a entrada / saída de trabalhadores humanitários e a evacuação de feridos e doentes.

No sábado 28 de Outubro realizou-se, com a presença de cerca de 800 pessoas, o III Encontro pela Paz promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e mais 12 organizações e entidades, nomeadamente o MPPM, as Câmaras Municipais de Vila Nova de Gaia, Évora e Setúbal, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN), a Juventude Operária Católica (JOC), a Federação Nacional de Professores (FENPROF), a Confederação Portuguesa de Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD), a Obra Católica Portuguesa das Migrações, os Municípios pela Paz, o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e a União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP).

José António Gomes | É legítima a resistência dos Palestinos à ocupação
José António Gomes | É legítima a resistência dos Palestinos à ocupação
Jorge Cadima | A Paz é urgente, a Paz é inadiável!
Jorge Cadima | A Paz é urgente, a Paz é inadiável!
Carlos Almeida | Ninguém pode dizer: eu não sabia!
Carlos Almeida | Ninguém pode dizer: eu não sabia!

[Actualizado até 21 de Outubro de 2023 às 15h00 horas]

4385 | Número de Palestinos mortos em Gaza
13 561 | Número de Palestinos feridos em Gaza
84 | Número de Palestinos mortos na Cisjordânia
1400 | Número de Palestinos feridos na Cisjordânia
143* | Ataques a Cuidados de Saúde desde 7 de Outubro
1 Milhão | Número estimado de pessoas deslocadas
20% | Hospitais não funcionando actualmente
65% | Centros de Saúde do Ministério da Saúde fechados
64% | Centros de Saúde da UNRWA fechados
3 | Litros de água disponíveis por pessoa por dia

* WHO SSA: Sistema de Vigilância de Ataques aos Cuidados de Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS)

PONTO DE SITUAÇÃO

Em comunicado ontem divulgado pelo Gabinete do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), peritos da ONU(*) expressaram indignação pelo ataque mortífero ao Hospital Al Ahli Arab, na cidade de Gaza, que matou mais de 470 civis na terça-feira (dia 17) e deixou centenas debaixo dos escombros. O ataque seguiu-se a dois avisos emitidos por Israel de que estava iminente um ataque ao hospital, caso as pessoas que lá estivessem não fossem evacuadas.

«O ataque contra o Hospital Al Ahli Arab é uma atrocidade. Estamos igualmente indignados com o ataque mortífero, no mesmo dia, contra uma escola da UNRWA localizada no campo de refugiados de Al Maghazi, que dava abrigo a cerca de 4000 pessoas deslocadas, bem como dois campos de refugiados densamente povoados», disseram os peritos.

As acções desencadeadas em Gaza e Israel, nesta madrugada, comprovam — como o MPPM repetidamente tem alertado — que não é possível ter uma situação de paz na Palestina e, por consequência, no Médio Oriente, continuando a espezinhar os legítimos direitos do povo palestino e persistindo em manter a ocupação colonial e a violência das forças militares e dos colonos.

1. Às 6:30 desta madrugada (4:30 em Lisboa), militantes de organizações da resistência palestina lançaram, a partir da Faixa de Gaza, um ataque de surpresa, em larga escala, contra Israel, no que apelidaram de «Operação Dilúvio Al-Aqsa» e que afirmam ser uma resposta à profanação da Mesquita de Al-Aqsa e ao aumento da violência dos colonos.

O Comité do Património Mundial da UNESCO decidiu neste domingo, em Riade, capital da Arábia Saudita, inscrever o sítio pré-histórico de Tell es-Sultan, perto da cidade palestina de Jericó, na Cisjordânia ocupada, na Lista do Património Mundial.

O sítio de Tell es-Sultan tem estado a ser escavado há mais de um século e revelou as ruínas de uma cidade fortificada que se considera a mais antiga povoação fortificada continuamente habitada do planeta, remontando ao nono milénio a.C. A própria Jericó é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo.

A UNESCO descreve o sítio como «um tell, ou monte, de forma oval que contém depósitos pré-históricos de actividade humana e inclui a nascente perene adjacente de 'Ain es-Sultan. Entre o 9.o e o 8.o milénio a.C., surgiu aqui uma povoação permanente, devido ao solo fértil do oásis e ao fácil acesso à água.»

Há 30 anos, em 13 de Setembro de 1993, foi assinado o chamado Acordo de Oslo. Na Casa Branca, em Washington, o presidente da OLP, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro de Israel, Yitzak Rabin, apuseram as suas assinaturas na «Declaração de Princípios sobre os Acordos de Autogovernação Interina».

A OLP reconheceu o direito à existência e segurança do Estado de Israel. Os palestinos renunciavam de facto (na sequência do que já tinham feito na sua declaração de independência, em Argel, em 1988) a 78% do seu território histórico, ocupado por Israel, na esperança de ver constituído um Estado palestino nos restantes 22% (Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental).

Israel, por seu lado, limitou-se a reconhecer a OLP como a representante do povo palestino, sem assumir qualquer compromisso quanto ao reconhecimento do Estado palestino.

A legitimidade de Israel, e de facto a sua própria viabilidade, assenta em dois pilares principais.

Em primeiro lugar, o pilar material, que inclui o seu poderio militar, as suas capacidades de alta tecnologia e um sistema económico sólido.

Estes factores permitem que o Estado construa uma forte rede de alianças com países que gostariam de beneficiar do que Israel tem para oferecer: armas, securitização, spyware, conhecimento de alta tecnologia e sistemas modernizados de produção agrícola.

Em troca, Israel pede não apenas dinheiro mas também apoio contra a degradação da sua imagem internacional.

Em segundo lugar, o pilar moral. Este aspecto foi particularmente importante nos primeiros tempos do projecto e do Estado sionistas.

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