Actualidade

Exmo. Senhor Engenheiro António Guterres,
Secretário-Geral da ONU
Sabemos que o mandato que agora começa será muito exigente.
Os problemas do nosso planeta são dramáticos, e exigem uma acção urgente por parte da comunidade internacional.
Talvez nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, os perigos de uma conflagração bélica entre as maiores potências nucleares do planeta tenham sido tão grandes.
Para os povos do Médio Oriente, o flagelo da guerra é já uma realidade terrível. O Século XXI tem sido para eles um Século de sucessivas guerras, impostas ou alimentadas a partir do exterior, com inconfessáveis ambições de dominação económica.
Países inteiros foram e estão sendo destruídos e fragmentados, os seus Estados destroçados. Para os povos, a guerra significa morte, destruição, o exílio forçado, no interior dos seus países ou em paragens mais distantes. Nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, foi tão elevado o número de refugiados e deslocados de guerra. Sabemos que conhece bem esta...

Uma mulher palestina foi ferida a tiro por soldados israelitas, sexta-feira 30 de Dezembro, no posto de controlo militar de Qalandiya, entre Ramala e Jerusalém, no centro da Margem Ocidental ocupada, por alegadamente tentar apunhalar soldados israelitas.Testemunhas citadas pela agência noticiosa palestina Ma'an afirmaram que os soldados israelitas abriram fogo contra a mulher quando esta caminhava na direcção da pista de veículos do posto de controlo.A mulher foi identificada como Jihan Muhammad Hashimeh, de 35 anos, do bairro de al-Issawiya, em Jerusalém Oriental ocupada.Segundo declararam moradores locais, Hashimeh estava doente e dirigia-se a Jerusalém para tratamento médico, tendo entrado na pista de veículos por engano.Testemunhas no local informaram que a vítima permaneceu no chão, sangrando e gritando de dor, enquanto os soldados israelitas impediram ambulâncias de se aproximar dela durante quase uma hora. Em seguida foi detida e transferida para um hospital.O posto de controlo...

O secretário de Estado cessante dos EUA, John Kerry, denunciou a política de colonatos de Israel por minar o caminho para uma solução de dois Estados, num discurso pronunciado na quarta-feira 28 de Dezembro.«O status quo está a conduzir a um só Estado e à ocupação perpétua», afirmou Kerry, que utilizou talvez a linguagem mais forte já usada pela administração Obama sobre a construção de colonatos ilegais por Israel no território palestino ocupado. Kerry afirmou o seu apoio a uma solução de dois Estados, um israelita e um palestino, seguindo as linhas de 1967, com Jerusalém como a capital de ambos os Estados.Kerry criticou Netanyahu por afirmar publicamente que defende uma solução de dois Estados, enquanto o seu governo se deslocou para a direita e vários ministros e deputados israelitas pedem a anexação completa da Margem Ocidental ocupada.O discurso de Kerry ocorre poucos dias depois de os EUA se absterem na votação de uma resolução (permitindo assim a sua aprovação) do Conselho de...

Reagindo com desespero à estrondosa derrota no Conselho de Segurança da ONU, o governo de Israel afirmou segunda-feira, 26 de Dezembro, que vai avançar com milhares de novas casas em Jerusalém Oriental ocupada.Poucos dias após o Conselho de Segurança aprovar a resolução 2334, que condena os colonatos israelitas, o governo municipal de Jerusalém sinalizou que na quarta-feira (28 de Dezembro) pretende aprovar mais de 600 unidades habitacionais em Jerusalém Oriental ocupada, que seriam uma primeira parcela de 5600 novas casas.«Não me vou preocupar com a ONU ou qualquer outra organização que possa tentar ditar-nos o que fazer em Jerusalém», afirmou ao jornal «Israel Hayo» o vice-presidente da Câmara, Meir Turgeman.Por seu lado, Naftali Bennett (ministro da Educação do governo de Benjamin Netanyahu e líder do partido Lar Judaico, de extrema-direita e pró-colonos) criticou no domingo o primeiro-ministro por causa da resolução do Conselho de Segurança, exortando-o a retirar o apoio à solução...

No domingo, 25 de Dezembro, o tribunal criminal israelita de Jerusalém condenou Shurouq Dwayyat, uma jovem palestina de 19 anos de idade, a 16 anos de prisão, depois de ter sido acusada de tentar esfaquear um colono israelita na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada. A sentença incluiu também uma multa de 80.000 shekels (cerca de 20.000 euros).Shurouq foi ferida a tiro por um colono israelita de 35 anos na Cidade Velha de Jerusalém, depois de ela supostamente tentar esfaqueá-lo em 7 de Outubro de 2015.No entanto, segundo declararam testemunhas à agência noticiosa palestina Ma'an, ela tinha sido atacada pelo colono israelita e não levava consigo quaisquer objectos afiados no momento do incidente.A comunicação social israelita disse na altura que o homem sofreu ferimentos ligeiros, enquanto Shurouq foi atingida com quatro tiros na parte superior do corpo, deixando-a em estado grave.Na semana passada, um tribunal militar israelita condenou uma outra jovem palestina, Natalie Shukha...

O Conselho de Segurança da ONU aprovou no dia 23 de Dezembro passado uma resolução relativa aos colonatos israelitas no território palestino ocupado.
Votaram a favor quatro membros permanentes (China, França, Reino Unidos, Rússia) e todos os actuais 10 membros não permanentes (Angola, Egipto, Espanha, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Senegal, Ucrânia, Uruguai e Venezuela). Os Estados Unidos não utilizaram o direito o direito de veto, optando pela abstenção.

O MPPM congratula-se com este acontecimento de primeira importância, que deve ser saudado por todos quantos apoiam o povo palestino na sua longa e corajosa luta por uma solução que conduza à criação do seu Estado independente dentro das fronteiras de 1967 e com capital em Jerusalém Oriental.

Com efeito, são inequívocos a este respeito os pontos principais da resolução, em que o Conselho de Segurança:
— reafirma a inadmissibilidade da aquisição de terra pela força;
— reafirma a obrigação de Israel, enquanto potência ocupante, de...

A comemoração da véspera de Natal iniciou-se na manhã de sábado na cidade de Belém, na Margem Ocidental ocupada.Durante a tarde deverá ter lugar uma procissão conduzida pelo Patriarca Latino da Palestina, Jordânica e Terra Santa, arcebispo Pierbattista Pizzaballa, que é também Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém.O presidente e o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, respectivamente Mahmoud Abbas e Rami Hamdallah, deverão também deslocar-se a Belém para participar na missa da meia-noite.Na sua mensagem de Natal, Abbas recordou: «O local de nascimento de Jesus é agora uma cidade rodeada por 18 colonatos israelitas ilegais e dividida pelo ilegal Muro de Anexação … As políticas israelitas de ocupação cortaram a ligação de Belém com Jerusalém, ambas parte integrante do Estado da Palestina ocupado, pela primeira vez em 2000 anos de cristianismo.» Afirmou ainda que o Estado da Palestina continuará a preservar o seu património nacional, bem como «o status quo...

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou hoje, 23 de Dezembro, uma proposta de resolução censurando Israel pelas suas actividades de colonização nos territórios palestinos ocupados.Os EUA abstiveram-se, ou seja, não usaram o seu direito de veto, invertendo a sua política de longa data de proteger o regime israelita de resoluções condenatórias no Conselho de Segurança. Votaram a favor quatro dos cinco membros permanentes (China, França, Reino Unidos, Rússia), e os 10 membros não permanentes actuais: Angola, Egipto, Espanha, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Senegal, Ucrânia, Uruguai e Venezuela.É a primeira resolução sobre Israel e os palestinos que o Conselho de Segurança aprova desde há cerca de oito anos.A votação estava inicialmente programada para ontem, quinta-feira, mas o Egipto, autor do texto da resolução, tinha-a retirado depois de o regime israelita ter pedido ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que pressionasse o país norte-africano no sentido de adiar a...

A Comissão de Assuntos do Knesset (uma das comissões permanentes do parlamento israelita) votou hoje, 21 de Dezembro, pela retirada da imunidade parlamentar ao deputado Basel Ghattas (Lista Conjunta, coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista em Israel). O deputado é acusado de ter passado telemóveis a «presos de segurança» palestinos durante uma visita à prisão de Ketziot no passado domingo.Ghattas informou que não renunciará voluntariamente à imunidade parlamentar. A decisão hoje tomada pela comissão terá ainda de ser aprovada no plenário do Knesset por maioria de dois terços. Esta medida consta de uma lei aprovada em Julho deste ano e visando precisamente os deputados da Lista Conjunta, que representam predominantemente os palestinos cidadãos de Israel (20% da população).Basel Ghattas é membro do Balad (Aliança Democrática Nacional), um dos partidos que fazem parte da Lista Conjunta e que tem sido alvo de ameaças e perseguições das autoridades israelitas...

A Autoridade Palestina acusou as autoridades de ocupação de Israel de matar palestinos intencionalmente, enquanto a comunidade internacional assiste em silêncio aos seus crimes. A acusação foi feita pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, comentando a morte às mãos das forças israelitas de Ahmad Hazem Ata al-Rimawi, de 19 anos de idade, no domingo (18 de Dezembro) de madrugada, na aldeia Beit Rima, nos arredores da cidade de Ramala, na Margem Ocidental ocupada.Segundo testemunhas no local, o jovem palestino foi atingido no peito pelas forças israelitas. Um porta-voz das forças de ocupação declarou que as tropas israelitas «dispararam para o ar» para dispersar um grupo de umas 50 pessoas que arremessavam pedras.O pai do jovem assassinado, Hazem Ata al-Rimawi, tinha sido solto há apenas três meses de uma prisão israelita após completar uma pena de 15 anos.«Este novo crime vem somar-se à série contínua de execuções de palestinos nas terras palestinas ocupadas», afirma o comunicado do...