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Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, o MPPM dirige uma calorosa saudação às mulheres palestinas — as da Margem Ocidental ocupada e da Faixa de Gaza cercada, as que continuam forçadas ao exílio e também as palestinas cidadãs de Israel — em luta pela justiça e por uma pátria independente e que comemoram o 8 de Março num contexto de grandes dificuldades porque persiste há 50 anos, desde 1967, a criminosa ocupação por Israel dos territórios palestinos da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental, em violação das resoluções da ONU. Na Margem Ocidental continuam a crescer colonatos e postos avançados. O vergonhoso «muro de separação», que é antes um verdadeiro Muro do Apartheid, visa cercar os palestinos da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental. Em Jerusalém Oriental, cuja ocupação é recusada pela comunidade internacional, avança o esforço de judaização. A Faixa de Gaza, igualmente ocupada por Israel desde a guerra de 1967, está sujeita desde 2007 a um criminoso bloqueio e tem sido...

O Parlamento israelita (Knesset) aprovou na segunda-feira 6 de Março uma lei que proíbe a entrada em Israel e nos territórios palestinos ocupados de estrangeiros que apoiem o boicote económico, cultural ou académico a Israel ou aos ilegais colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados.Segundo o jornal israelita Haaretz, a lei foi aprovada em leitura final por 46 votos a favor, com 28 votos contra.Israel tem intensificado o combate no plano legislativo contra o movimento BDS (boicote, desinvestimento e sanções). Em Janeiro de 2016, o Knesset realizou uma conferência para discutir modos de combater o BDS e consagrou a essa matéria 100 milhões de shekels (25 milhões de euros) do orçamento do governo.O Haaretz considera que, pela sua redacção, a nova lei abre a porta à eventual utilização contra palestinos que vivem em Israel com o estatuto de residente não permanente. Em Maio de 2016, as autoridades israelitas recusaram-se a renovar os documentos de viagem de um fundador do...

Forças israelitas mataram a tiro um militante palestino, hoje, 6 de Fevereiro, após um tiroteio de duas horas, na zona de Ramala, na Margem Ocidental ocupada. O activista morto foi identificado como Basil al-Araj, informa a agência palestina Ma'an.Em Abril do ano passado Al-Araj tinha sido detido sem acusação nem explicações pelas forças de segurança da Autoridade Palestina, juntamente com dois companheiros. Os três homens participaram com outros três presos numa greve de fome na prisão palestina, havendo relatos de tortura e maus tratos.Após a sua libertação da prisão palestina, quatro destes activistas foram detidos pelas forças israelitas que, no entanto, não conseguiram prender Al-Araj.A caça ao homem prosseguiu até hoje. Forças israelitas do exército, da polícia de fronteiras, dos serviços de informações e da unidade antiterrorista cercaram a casa onde Al-Araj se encontrava, no campo de refugiados de Qaddura, nos arredores de Ramala.Segundo relatos de testemunhas à Ma'an, houve...

Integrada na iniciativa Dias da Palestina, a Câmara Municipal de Almada e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) promoveram uma Mostra de Cinema Palestino no Fórum Municipal Romeu Correia com exibição de filmes do realizador Michel Khleifi.No fim de cada sessão o realizador conversou com a assistência.Este foi o programa da Mostra:Sexta-feira, 3 de Março, às 21 horasMa'loul celebra a sua destruição (1985, 36')Ma'loul é uma aldeia da Galileia destruída em 1948 pelo exército israelita. Os antigos habitantes são autorizados a regressar uma vez por ano e organizam um piquenique nas ruínas da sua aldeia.Casamentos proibidos na Terra Santa (1995, 66')Nove casais mistos, interreligiosos e inter-étnicos, contam as suas estórias de vida. Um xeique, um rabino e um padre comentam.Sábado, 4 de Março, às 16 horasCasamento na Galileia (1987, 100')O chefe de uma aldeia árabe palestina pede ao governador militar israelita que levante o recolher obrigatório para...

O conhecido grafiteiro britânico que usa o pseudónimo de Banksy abriu na cidade de Belém, na Margem Ocidental ocupada, um hotel a que chamou «Walled Off Hotel» [Hotel Murado], para chamar a atenção do mundo para a realidade do ilegal «muro do apartheid».A abertura do hotel ocorre no ano em que se assinala o centenário da Declaração Balfour, em que o governo britânico da época se pronunciava favoravelmente à criação de um «lar nacional judaico» na Palestina, e que está na origem da partição do território da Palestina e da posterior criação do Estado de Israel.O artista concebeu o hotel de tal modo que as salas do primeiro piso estão de frente para o muro de betão, ao passo que os pisos superiores ficam ao nível das torres de vigia israelitas que se erguem sobre a cidade.Num comunicado de imprensa, Bansky afirma que o hotel tem a «pior vista do mundo».

A Câmara Municipal de Almada e o MPPM promovem uma Mostra de Cinema Palestino subordinada ao tema «Realidade e Memória», com filmes do realizador Michel Khleifi, integrada no programa dos «Dias da Palestina» que a autarquia está a organizar com a Missão Diplomática da Palestina.Os «Dias da Palestina» decorrem, entre 2 e 19 de Março de 2017, no Fórum Municipal Romeu Correia (Praça da Liberdade, Almada), com o seguinte programaQUINTA-FEIRA, 2 DE MARÇO | 17.30 HORAS | ÁTRIO DO FORUM MUNICIPAL ROMEU CORREIA«Exposição Herança Cultural Palestiniana: História e Luta» — InauguraçãoA exposição integra fotografias da vida em Jerusalém no início do séc. XX e uma mostra de artesanato local e trajes tradicionais da Palestina.SEXTA-FEIRA, 3 DE MARÇO | 21H | AUDITÓRIO FERNANDO LOPES GRAÇAMa’loul celebra a sua destruição, de Michel Khleifi, documentário (1985, 36’)Ma’loul é uma aldeia da Galileia destruída em 1948 pelo exército israelita. Os antigos habitantes são autorizados a regressar uma vez por...

Asssinala-se amanhã, 25 de Fevereiro, o aniversário do desumano massacre perpetrado pelo terrorista judeu Baruch Goldstein, recorda um comunicado da Missão Diplomática da Palestina em Portugal.Baruch Goldstein, um médico militar israelita nascido nos EUA, que emigrara para Israel em 1983, morava no colonato de Kiryat Arba, nos arredores de Hebron. A 25 de Fevereiro de 1994 entrou na Mesquita Ibrahimi, em Hebron, armado com uma espingarda de assalto Galil. Era de manhã cedo, durante o mês sagrado do Ramadão, e centenas de fiéis palestinos estavam reunidos dentro da Mesquita, curvados em oração. Goldstein abriu fogo, recarregou a arma pelo menos uma vez, e disparou sem parar até ser finalmente dominado, acabando depois por ser espancado até à morte. Tinha matado 29 fiéis, havendo mais de 100 feridos.O governo israelita divulgou imediatamente uma declaração a condenar o acto, afirmando que Goldstein tinha agido sozinho e estava psicologicamente perturbado. O massacre, que se somava a...

Isaac Herzog, líder do Partido Trabalhista israelita (membro da Internacional Socialista) apresentou hoje, num artigo de opinião publicado no jornal israelita «Haaretz», o seu plano (road map) para retomar as negociações com os palestinos.Herzog começa por afirmar o seu compromisso com a solução de dois Estados, mas o seu plano em dez pontos inclui a conclusão do Muro do Apartheid, nomeadamente em torno de Jerusalém (incluindo Jerusalém Oriental, ilegalmente ocupada), a manutenção dos colonatos, a continuação da actuação das forças armadas israelitas na Margem Ocidental ocupada, a persistência de estritas medidas de segurança (ou seja, o bloqueio assassino) da Faixa de Gaza.Ainda assim, as negociações israelo-palestinas só teriam início após um período de dez anos sem «terrorismo» e em que a parte palestina seria responsável pela sua prevenção (ou seja, os próprios palestinos teriam de reprimir a resistência à ocupação). E as negociações seriam «sem condições prévias», expressão que...

O soldado israelita Elor Azaria foi hoje condenado a 18 meses de prisão por ter matado a tiro, a sangue-frio e à queima-roupa, o palestino Abd Fatah al-Sharif.O caso teve lugar em Hebron, em Março de 2016. Sharif, de 21 anos, jazia inanimado no chão depois de ser atingido a tiro ao tentar esfaquear um soldado israelita. A cena foi filmada (https://youtu.be/hY86HiENuZE) por um activista palestino ao serviço da organização israelita de direitos humanos B'Tselem e rapidamente se difundiu nas redes sociais e na televisão, tornando impossível ignorar o caso.Apesar de ter aceitado os argumento da acusação, segundo a qual Azaria não tinha justificação para matar Abd al-Fattah al-Sharif, que não constituía qualquer perigo, o tribunal militar israelita condenou Elor Azaria a uma pena que até a defesa considerou branda. A própria acusação militar pedira uma pena de 3 a 5 anos.Apesar disso, de imediato surgiram pedidos para que Azaria seja perdoado, da parte de políticos israelitas, incluindo...

O jornalista palestino Mohammed al-Qiq encontra-se em greve de fome há duas semanas em protesto contra a sua detenção administrativa pelas autoridades de Israel.Al-Qiq tinha sido libertado da prisão em Maio de 2016 depois de uma greve da fome de 94 dias, também então em protesto contra a sua detenção administrativa. Porém, foi novamente preso em meados de Janeiro deste ano, depois de ter participado num protesto em Belém, na Margem Ocidental ocupada, exigindo a devolução pelas autoridades israelitas dos corpos de palestinos mortos por elas retidos. Mais uma vez Mohammed al-Qiq foi colocado em detenção administrativa.No regime detenção administrativa, Israel pode manter palestinos encarcerados por períodos de seis meses indefinidamente renováveis, sem julgamento nem culpa formada e sem sequer justificar os motivos da detenção.Segundo declarações do seu advogado à agência noticiosa palestina Ma'an, al-Qiq encontra-se encarcerado numa cela de apenas quatro metros quadrados e sem os...