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As autoridades israelitas demoliram mais casas palestinas na Margem Ocidental nos primeiros seis meses de 2016 do que em todo o ano de 2015, revelou o grupo de direitos humanos israelita B'Tselem num relatório publicado quarta-feira, numa preocupante confirmação da repressão israelita em curso sobre as comunidades palestinas na área C da Margem Ocidental.
O relatório, que foi igualmente apresentado no mesmo dia pela Lista Conjunta (coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista em Israel) durante uma conferência no Knesset, afirma que durante a primeira metade de 2016 foram destruídas 168 casas por falta de licenças de construção israelitas, de difícil obtenção, deixando 740 palestinos sem abrigo.
O relatório do B'Tselem não incluiu as demolições punitivas realizadas em casas de alegados atacantes palestinos e suas famílias.
Este Verão a Orquestra Juvenil da Palestina realiza uma série de concertos no Reino Unido, apresentando-se em salas consagradas de Perth (25 de Julho) Glasgow (26 Jul), Leeds (27 Jul), Birmingham (29 Jul) e Cardiff (30 Jul), culminando a 1 de Agosto no Royal Festival Hall de Londres.
Esta série de concertos segue-se a uma tournée em França no ano passado e a actuações na Alemanha, Itália, Jordânia,ÂÂ Grécia, Omã, Síria, Barém e Líbano, além de uma actuação de um ensemble mais pequeno da OJP (as Cordas de Palestina) nos BBC Proms de 2013.
O Comité (israelita) de Planeamento e Construção do Distrito de Jerusalém depositou um plano para a construção de 770 novas construções entre o colonato ilegal de Gilo e a aldeia de Beit Jala, na Margem Ocidental.
O projecto situa-se frente ao mosteiro de Cremiso, em Beit Jala, onde ocorreram protestos contra a continuação da construção do Muro do apartheid.
O presidente do Comité de Planeamento e Construção que aprovou o projecto, Meir Turgeman, afirmou ao portal de notícias israelita Walla! que fará tudo o que puder para «manter jovens na cidade».
No mês passado, primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, decidiram avançar com a construção de 800 habitações no colonato de Ma'ale Adumim e em Jerusalém Oriental ocupada a pretexto de alegados ataques palestinos.
BiUma greve da fome em massa prosseguiu este sábado nas prisões israelitas em protesto contra a detenção administrativa de palestinos por Israel. Pelo menos 48 presos palestinos participam agora na greve da fome ilimitada em apoio de Bilal Kayed e dos irmãos Muhammad e Mahmud al-Balboul, comunicou o Comité Palestino dos Assuntos dos Presos.
Issa Qaraqe, director do Comité, sublinhou que a detenção administrativa viola leis internacionais e convenções humanitárias. A detenção administrativa — internamento sem julgamento nem culpa, formada baseado em provas não reveladas — é usada quase exclusivamente contra detidos palestinos.
Quase um ano após a data em que a sua mãe, pai e irmão de 18 meses foram assassinados num ataque incendiário contra a casa da família, Ahmad Dawabsha, de seis anos, teve alta esta sexta-feira do Centro Médico Sheba, de Israel.
O rapazinho ficou gravemente ferido no ataque, que ocorreu na localidade de Duma, no distrito de Nablus, em 31 de Julho de 2015, e desde então teve de ser submetido a uma série de complexas operações.
Ahmad foi entregue aos cuidados de Hussein Dawabsha, seu avô materno. Terá de regressar ao hospital para controlos semanais e deverá ser submetido a novas operações nos próximos meses, a maioria delas de cirurgia plástica, para ajudar a reconstruir partes do seu corpo e cara que ficaram gravemente queimadas.
Trinta e dois deputados europeus enviaram uma carta à Alta-Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Federica Mogherini, apelando à tomada de medidas que assegurem a liberdade da expressão em relação ao movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). Os deputados exortam a UE a reconhecer Omar Barghouti, cofundador do movimento BDS, como um defensor dos direitos humanos.
Entre os signatários encontram-se cinco deputados portugueses: Marisa Matias (BE); João Ferreira, João Pimenta Lopes e Miguel Viegas (PCP); Ana Gomes (PS).
O parlamento de Israel, o Knesset, aprovou na passada lei terça-feira à noite uma lei que permite a expulsão de deputados. A chamada «lei de suspensão», que passou com 62 votos a favor e 45 contra, estipula que as razões para a destituição são «incitar à violência ou ao racismo, apoiar o conflito armado contra Israel ou rejeitar Israel como um Estado judaico e democrático». Na realidade, a lei visa os deputados da Lista Conjunta, coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista em Israel.
A lei foi criticada pela Associação para os Direitos Civis em Israel (ACRI) como «uma das propostas legislativas mais graves dos últimos anos, que atenta contra os pilares da democracia — o direito à liberdade de expressão, o direito de votar e de ser eleito e o direito de representação».
Um rapaz palestino de 12 anos foi morto terça-feira durante confrontos com soldados israelitas na localidade de al-RAM, a norte de Jerusalém, na zona central da Margem Ocidental ocupada. Segundo fontes médicas, foi atingido no coração por uma bala de aço revestida de borracha.
O rapaz foi identificado pelo Ministério da Saúde palestino como Muhye Muhammad Sidqi al-Tabbakhi.
Tinham-se desencadeado confrontos depois de forças israelitas invadirem a localidade de al-Ram. Jovens palestinos atiraram pedras e garrafas vazias aos soldados israelitas, que responderam com balas reais, balas de aço revestidas de borracha e bombas de gás lacrimogéneo.
Testemunhas oculares afirmaram que um atirador de elite do exército israelita disparou sobre o rapaz a curta distância.
As forças israelitas têm sido alvo de repetidas críticas por uso excessivo da força e por métodos letais de controlo de multidões.
Um tribunal militar israelita condenou no domingo Muawiya Alqam, de 14 anos de idade, a seis anos e meio de prisão. Tendo alegadamente realizado um ataque com arma branca em Novembro em Jerusalém, juntamente com um primo de 12 anos, foi acusado de tentativa de assassínio e de posse de uma faca.
Forças israelitas feriram a tiro o primo de Muawiya, Ali Alqam, de 12 anos, após os dois alegadamente terem apunhalado e ferido um agente de segurança israelita no comboio ligeiro perto do colonato israelita ilegal de Pisgat Zeev, em Jerusalém Norte.
Ali foi atingido pelo menos três vezes e teve que ser operado para remover uma bala do estômago. Actualmente está detido num centro de reabilitação juvenil.
Segundo a organização de direitos dos presos Addameer, há 414 menores entre os 7000 palestinos actualmente encarcerados em prisões israelitas. Calcula-se que 104 destes jovens tenham menos de 16 anos.
No dia 13 de Junho, o preso palestino Bilal Kayed deveria ter sido libertado após terminar uma pena de 14 anos e meio nas prisões israelitas. Porém, em vez de ser libertado, as forças armadas de ocupação israelitas ordenaram a sua detenção administrativa — sem julgamento nem culpa formada — durante seis meses.
 
Como forma de luta para exigir a sua liberdade e o fim da detenção administrativa, Bilal Kayed iniciou na manhã de 15 de Junho uma greve da fome por tempo indeterminado.
 
A sua detenção administrativa foi confirmada pelo tribunal militar de Ofer em 5 de Julho, após uma audição em que Bilal Kayed recusou comparecer, assinalando a ilegitimidade da detenção administrativa e do sistema de tribunais militares. Rejeitou também uma proposta de ser deportado para a Jordânia por quatro anos e de renunciar à actividade política em troca da liberdade.
 

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