Ocupação israelita força palestino a demolir a sua própria casa

As autoridades de ocupação israelitas forçaram o palestino Jamal Abu Teir a demolir a sua casa em Um Tuba, a sudeste de Jerusalém ocupada. O município israelita de Jerusalém, que tem jurisdição sobre a localidade, ameaçara demolir a sua casa, sob o pretexto de que tinha sido construída sem licença.
As licenças de construção são emitidas pelo município israelita de Jerusalém, que se recusa a passá-las para forçar a judaização de Jerusalém Oriental.
Abu Teir retirou os seus haveres, e na quinta-feira, 23 de Novembro, demoliu a sua própria casa para não ser forçado a pagar a taxa de demolição, estimada em 50.000 shekels (12.000 euros).
Na casa demolida, de apenas 40 metros quadrados, com dois quartos, uma cozinha e uma casa de banho, viviam Abu Teir, a sua esposa e três filhos.
A medida de que foram vítimas Abu Teir e a sua família faz parte de uma política sistemática israelita contra os palestinos que vivem em Jerusalém ocupada. Casos semelhantes ocorrerarm recentemente em Silwan, em Jerusalém Oriental ocupada. Em 11 de Novembro, Abd al-Ghani Dweik também demoliu a sua própria casa para não ter de pagar a taxa de demolição. E dois dias antes o lojista Amin Abbasi foi forçado a demolir o seu estabelecimento pela mesma razão.
Silwan é um dos muitos bairros palestinos de Jerusalém Oriental ocupada em que se deu um afluxo de colonos israelitas, ao mesmo tempo que eram demolidas muitas casas palestinas, com a consequente expulsão das famílias que nelas viviam.
De acordo com documentação da ONU, à data de 6 de Novembro contavam-se 119 estruturas palestinas demolidas por Israel em Jerusalém Oriental ocupada desde o início do ano, desalojando pelo menos 211 palestinos. Em 2016 foram demolidos em Jerusalém Oriental um total de 190 edificações palestinas.
 
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