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Os cristãos têm a responsabilidade de se opor à construção de colonatos israelitas nos territórios palestinos, afirmaram bispos dos EUA, Canadá e Europa, segundo notícia do jornal católico britânico Catholic Herald do passado dia 19 de Janeiro.
«Esta anexação de facto de terras não só prejudica os direitos dos palestinos em zonas como Hebron e Jerusalém Oriental, mas, como a ONU reconheceu recentemente, também põe em risco a possibilidade da paz», disseram os bispos que participaram esta semana na Coordenação da Terra Santa.
Exmo. Senhor Engenheiro António Guterres,
Secretário-Geral da ONU
Sabemos que o mandato que agora começa será muito exigente.
Os problemas do nosso planeta são dramáticos, e exigem uma acção urgente por parte da comunidade internacional.
Talvez nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, os perigos de uma conflagração bélica entre as maiores potências nucleares do planeta tenham sido tão grandes.
Para os povos do Médio Oriente, o flagelo da guerra é já uma realidade terrível. O Século XXI tem sido para eles um Século de sucessivas guerras, impostas ou alimentadas a partir do exterior, com inconfessáveis ambições de dominação económica.
O MPPM, com o apoio da Junta de Freguesia de Benfica (Lisboa), promoveu um debate subordinado ao tema «Que direitos para o povo palestino?».
A sessão teve lugar no Auditório Carlos Paredes, no dia 18, às 18.30 horas e contou com intervenções de António Delgado Fonseca, Jorge Cadima e Augusto Praça.
Com uma viva participação da assistência, o debate prolongou-se por duas horas e estendeu-se a outras questões decorrentes da ocupação do território palestino por Israel.
Na quarta-feira, 18 de Janeiro,cerca de 5h da manhã, centenas de polícias israelitas chegaram à aldeia beduína de Umm al-Hiran, no Negev, acompanhando as autoridades israelitas que vinham proceder a demolições de casas. As forças israelitas usaram balas com ponta de esponja, gás lacrimogéneo e granadas atordoantes para reprimir violentamente os moradores e apoiantes que se tinham concentrado para resistir às demolições.
Foi morto a tiro pelas forças israelitas um cidadão palestino de Israel, Yaqoub Moussa Abu al-Qian, de 47 anos, professor de matemática na escola secundária al-Salam, da vizinha cidade de Hura.
Os principais partidos palestinos, entre os quais a Fatah e o Hamas, anunciaram na terça-feira, 17 de Janeiro, um acordo segundo o qual as facções palestinas — incluindo a Jihad Islâmica — entrarão para as instituições da OLP e formarão um novo Conselho Nacional Palestino («parlamento» da OLP). Este novo Conselho elegerá o novo Comité Executivo da OLP, o seu órgão máximo.
As facções palestinas concordaram que, ao longo dos próximos dois meses, serão eleitos novos membros para o Conselho Nacional Palestino e as partes tentarão formar um novo governo.
Em declarações ao jornal israelita Haaretz, um dirigente da Fatah que participou nas negociações declarou: «Estão maduras as condições para um novo governo de unidade, tanto no campo interno como no internacional … Um governo de unidade é de importância estratégica para os palestinos.»
Na tarde de segunda-feira, 16 de Janeiro, as forças de ocupação israelitas mataram a tiro o adolescente palestino Qusay Hasan al-Umour, de 17 anos, durante confrontos na aldeia de Tuqu, na zona de Belém, na Margem Ocidental ocupada.
Outros quatro palestinos, incluindo uma mulher, foram também feridos a tiro durante os confrontos, em que as forças israelitas usaram balas reais, balas de aço revestidas de borracha e gás lacrimogéneo.
O Crescente Vermelho Palestino informou a agência noticiosa Ma'an que o jovem foi atingido no peito com balas reais pelo menos três vezes. Médicos que examinaram o corpo contaram seis buracos de bala no peito e membros inferiores do adolescente.
As forças israelitas detiveram Qusay Hasan al-Umour durante algum tempo antes de entregarem o seu corpo ao CVP, não sendo claro se o jovem já estava morto ou se morreu vítima dos ferimentos durante o período em que esteve detido.
Casa cheia este fim de tarde na Fundação José Saramago, em que o MPPM foi o convidado da primeira das sessões que a FJS semanalmente dedica ao tema da Palestina até ao final de Fevereiro.
Foi apresentada a serigrafia que o cartoonista António generosamente ofereceu ao MPPM para recolha de fundos, e também inaugurada a exposição «Esta Bandeira da Esperança: Um Olhar sobre a Questão Palestina», produzida pelo MPPM, que estará patente na FJS até fim do próximo mês.
Seguiu-se a projecção de um curto vídeo sobre a acção repressiva das forças de ocupação israelitas em Hebron, da organização israelita B'Tselem, que se dedica à defesa dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados.
A Câmara Municipal de Palmela, reunida a 11 de Janeiro, em sessão pública, aprovou por unanimidade uma Moção relativa à Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, de 23 de Dezembro, que condena a expansão dos colonatos israelitas no território palestino ocupado.
Pela sua relevância, como expressão de solidariedade de um órgão do poder local democrático com a luta do povo palestino, apresentamos seguidamente o texto integral da moção:
 
Moção
(Cumprimento da Resolução da ONU contra a expansão dos colonatos na Palestina)
Uma fonte militar síria declarou à agência noticiosa SANA que foram disparados vários mísseis israelitas a partir da área do lago de Tiberíades, no Norte de Israel, os quais atingiram as imediações do aeroporto de al-Mezzeh (situado a 8 km a sudoeste de Damasco) às 00h25 da noite de 12 para 13 de Janeiro, causando um incêndio.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria condenou fortemente o ataque israelita, denunciando a agressão em cartas dirigidas ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao presidente rotativo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Olof Skoog. «O novo ataque israelita com mísseis contra o aeroporto militar de al-Mezzeh inclui-se numa longa série de ataques israelitas desde o início da guerra terrorista contra a soberania, integridade territorial e independência da Síria», afirma-se nas cartas.
Os cidadãos palestinos de Israel lançaram uma greve geral esta quarta-feira, 11 de Janeiro, em protesto contra a demolição de 11 casas na cidade israelita de Qalansawe no dia anterior.
O Alto Comité de Acompanhamento dos Cidadãos Árabe anunciou a greve — que incluiria o fecho de todas as escolas, empresas e locais públicos — na sequência de uma reunião em Qalansawe.
A reunião foi realizada horas depois de escavadoras israelitas arrasarem as casas por terem sido construídas sem licença, uma vez que nos últimos 20 anos as autoridades israelitas rejeitaram tentativas por parte do município para legalizar um plano para a cidade.
As cidades de maioria palestina em Israel iriam participar na greve, incluindo Nazaré, Umm al-Fahm, Rahat e Kuseifa.

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