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O Parlamento israelita (Knesset), aprovou ontem, 4 de Abril, por 43 votos a favor e 33 contra, uma controversa lei que visa as construções ilegais. Manifestação do carácter discriminatório e racista do Estado sionista, nas comunidades palestinas de Israel o planeamento e licenciamento da construção podem levar décadas, o que não deixa aos moradores outra opção que não seja construir ilegalmente.
A chamada «Lei Kaminitz» eleva para três anos a pena máxima de prisão para os condenados por construírem sem autorização, actualmente de dois anos, aumenta o valor das multas e reduz os poderes dos tribunais para adiar a data das ordens de demolição, e aplicar-se-á também aos 300.000 palestinos que vivem nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental.
Cerca de 2000 pessoas, na sua maioria judeus, desfilaram em Jerusalém ao início da noite de hoje, 1 de Abril, para denunciar 50 anos de ocupação israelita dos territórios palestinos.
Os manifestantes marcharam de Jerusalém Ocidental até perto da Porta de Jafa, na Cidade Velha, em Jerusalém Oriental ocupada, onde decorreu um comício em que se viam bandeiras israelitas e palestinas.
A manifestação é a primeira de uma série organizada pelo movimento Standing Together, marcando os 50 anos da ocupação israelita dos territórios palestinos desde a guerra de Junho de 1967. O movimento congrega organizações israelitas a favor da paz e partidos de esquerda israelitas, incluindo o partido secular Meretz e a Lista Conjunta (coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista em Israel), terceiro maior bloco parlamentar, com 13 deputados.
Israel desencadeou vivas críticas dos palestinos e da comunidade internacional ao aprovar em 30 de Março a criação de um novo colonato em pleno coração da Margem Ocidental ocupada. Trata-se do primeiro colonato criado por um governo israelita desde 1991, segundo informa a ONG israelita Paz Agora, que se dedica à monitorização da colonização israelita nos territórios palestinos ocupados.
O novo colonato, denominado Emek Shilo, situar-se-á perto do colonato já estabelecido de Shilo, no distrito de Ramala, na Margem Ocidental ocupada.
O jornal israelita Haaretz, citando um comunicado do gabinete do primeiro-ministro de Israel, diz que esta decisão faz parte de uma promessa de Benjamin Netanyahu às cerca de quarenta famílias de colonos do posto avançado «ilegal» de Amona, evacuado em Fevereiro após decisão da justiça israelita, por se encontrar situado em terrenos particulares palestinos.
O Dia da Terra palestina foi hoje assinalado com o descerramento de uma placa comemorativa junto a uma oliveira dedicada à Palestina, propositadamente plantada para o efeito numa praça de Quinta do Anjo (a "Rotunda do Ovelheiro), no concelho de Palmela.
O Dia da Terra, 30 de Março, simboliza a luta do povo palestino pelo direito aos seus lares, às suas terras de cultivo, à sua Pátria, e marca o dia de 1976 em que as autoridades israelitas mataram seis palestinos por ocasião de uma greve geral contra a expropriação de grandes extensões de terras de palestinos na Galileia.
Esta iniciativa, organizada conjuntamente pela Câmara Municipal de Palmela, Missão Diplomática da Palestina, MPPM e CGTP-IN, revestiu-se de grande valor simbólico e solidário, dada a relevância emocional, cultural e económica da oliveira para o povo da Palestina e também para o povo português.
A Câmara Municipal do Seixal acolheu hoje uma jornada de solidariedade com a Palestina, organizada em cooperação com o MPPM e a Missão Diplomática da Palestina.
Abriram a sessão, no Auditório, Joaquim Santos, Presidente da C. M: Seixal, e Fadi Alzaben, em representação do Embaixador da Palestina.
Adel Sidarus, do MPPM, apresentou e comentou o filme "Como foi colonizada a Palestina".
Manuela Calado, Vereadora de RH e Desenvolvimento Social, moderou o animado debate sobre o tema "Povo Palestino: Que Direitos?".
No átrio, alunos do Núcleo de Teatro da E.S. Dr. José Afonso (Inês Nascimento, Margarida Godinho, Miguel Coelho, Simão Brasil, Inês Fragoso, Mariana Salavessa e Mihaela Alina) declamaram poemas de autores palestinos numa dramatização do Prof. José Sebastião.
Seguiu-se a inauguração da exposição "Gaza 2014 - Testemunho de uma Agressão", que ficará patente ao público até ao dia 17 de Abril.

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, em cooperação com a Câmara Municipal de Palmela, a Missão Diplomática da Palestina e a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional, celebra o Dia da Terra Palestina na próxima quinta-feira, 30 de Março, com o seguinte programa:

• 10h30 – Dedicação de uma Oliveira e descerramento de placa comemorativa do Dia da Terra Palestina
Local: Quinta do Anjo - Rotunda do Ovelheiro (Entroncamento da Avenida Venâncio da Costa Lima com a Rua José Carvalho de Braga)
• 10h45 - Visita à exposição “Gaza 2014 – Testemunho de uma Agressão”
• 11h00 - Momento de degustação de produtos típicos de Palmela e da Palestina
Local: Centro de Recursos para a Juventude de Quinta do Anjo.

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, em cooperação com a Câmara Municipal do Seixal e a Missão Diplomática da Palestina, promove uma jornada de solidariedade com a Palestina na próxima quarta-feira, 29 de Março, com o seguinte programa:

O relatório “Israeli Practices towards the Palestinian People and the Question of Apartheid” (“As Práticas de Israel para com o Povo Palestino e a Questão do Apartheid”) foi elaborado pelos estado-unidenses Virginia Tilley e Richard Falk, especialistas em Direito Internacional, e apresentado por Rima Khalaf, Secretária Executiva da Comissão Económica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental.
O relatório conclui que Israel estabeleceu um regime de apartheid que domina o povo palestino como um todo. Conscientes da gravidade desta alegação, os autores do relatório concluem que as provas disponíveis demonstram, para além de qualquer dúvida razoável, que Israel é culpado de políticas e práticas que constituem o crime de apartheid como legalmente definido em instrumentos de direito internacional. 

No dia 22 de Março, proclamado como Dia Mundial da Água pela Assembleia Geral da ONU, em 1993, o MPPM condena a apropriação por Israel da água palestina.
Nos Territórios Palestinos ocupados em 1967, o direito à água é cerceado por Israel, a potência ocupante, contrariando assim os princípios consignados pela ONU, em 2010, na sua Resolução 64/292, que reconhece que o direito à água potável e ao saneamento é um direito humano essencial para o pleno gozo da vida e de todos os direitos humanos, reforçando princípios já consignados em Pactos e Convenções que integram o Direito Internacional.

O MPPM encara com preocupação o papel desempenhado pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, no processo que conduziu à demissão de Rima Khalaf do posto de Secretária Executiva da Comissão Económica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental (CESAO).
A sucessão dos acontecimentos merece ser referida brevemente. Na quarta-feira, 15 de Março, a CESAO publicou um documento histórico em que acusa Israel de apartheid, num relatório que concluía que «Israel estabeleceu um regime de apartheid que domina o povo palestino como um todo».

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