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Mais de 30 palestinos ficaram feridos ontem, sexta-feira, quando soldados israelitas reprimiram manifestantes palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza na 12.ª «sexta-feira de raiva» para protestar contra a decisão dos EUA de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.As forças israelitas atacaram palestinos que se reuniram em diversos locais da fronteira de Gaza. Vinte e dois manifestantes foram feridos a tiro, enquanto muitos outros sofreram sufocação devido ao gás lacrimogéneo, informou o Ministério da Saúde em Gaza.Também sexta-feira, pelo menos três palestinos, incluindo um menor, foram feridos a tiro quando forças israelitas reprimiram a manifestação semanal pacífica contra a colonização israelita na aldeia de Kufr Qaddoum, a leste de Qalqilya.As forças israelitas usaram igualmente a força na sexta-feira para reprimir a marcha pacífica semanal realizada na aldeia de Ni'lin, a ocidente de Ramala, para protestar contra a colonização israelita e o Muro do apartheid. 

Os Estados Unidos vão mudar a sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém em Maio, para coincidir com o 70.º aniversário da independência de Israel.O Departamento de Estado anunciou hoje que a embaixada dos EUA abrirá portas em Jerusalém em 14 de Maio, precisamente a véspera do dia em que se assinalam 70 anos desde a Nakba (catástrofe), a limpeza étnica de dois terços do povo palestino por Israel.A decisão estado-unidense, unilateral e ilegal, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e para aí transferir a sua capital, anunciada por Trump em 6 de Dezembro, desencadeou uma onda de protestos dos palestinos e foi condenada no mundo inteiro.A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou em 21 de Dezembro, por maioria esmagadora, uma resolução que rejeita a decisão dos Estados Unidos e exorta todos os Estados «a absterem-se de estabelecer missões diplomáticas» em Jerusalém, de acordo com a resolução 478 do Conselho de Segurança, de 1980.Os palestinos condenaram hoje como uma...

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, apelou a uma conferência internacional de paz, a realizar em meados de 2018, baseada nas resoluções internacionais e com uma ampla participação internacional, incluindo palestinos e israelitas, mas também actores regionais e internacionais.Falando no Conselho de Segurança das Nações Unidas na terça-feira 20 de Fevereiro, pela primeira vez desde 2009, Abbas afirmou que entre os resultados da conferência devem incluir-se a aceitação do Estado da Palestina como membro de pleno direito da ONU e o reconhecimento mútuo entre Palestina e Israel nas fronteiras de 1967.Abbas afirmou a solução dos dois Estados como base para as negociações de paz, o que significa um Estado da Palestina com Jerusalém como capital vivendo lado a lado com Israel em paz e segurança nas fronteiras de 4 de Junho de 1967. Sublinhou que uma questão fundamental é Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina, bem como uma solução justa e acordada da questão...

O Serviço de Acção Externa da União Europeia, encabeçado por Federica Mogherini, publicou um comunicado sobre a recente «escalada de incidentes militares» em Gaza que é um consumado exercício de mentira e enviesamento a favor de Israel.Publicado no passado dia 19 de Fevereiro pelo porta-voz do Serviço de Acção Externa, o comunicado afirma que a escalada é «em resposta a um ataque à bomba … que feriu quatro soldados israelitas», considera «inaceitáveis» os ataques de rockets efectuados a partir de Gaza e diz que os «grupos terroristas» de Gaza devem ser desarmados.O Serviço de Acção Externa da União Europeia diz desejar uma «solução política para Gaza, no quadro da perspectiva de uma solução de dois Estados». Louváveis e piedosos votos! Mas nem uma palavra para contextualizar o acontecido, para dizer que a Faixa de Gaza é um território ilegalmente ocupado por Israel desde 1967 e sujeito há mais de dez anos a um cerco desumano, condenando dois milhões de palestinos a viver uma terrível...

Israel enviou à família de Abdullah Ghneimat, um palestino de 21 anos que foi esmagado por um jipe do exército israelita, uma conta de 28.000 dólares por danos causados ao veículo que o matou.O incidente ocorreu por volta das 4h da manhã de 14 de Junho de 2015, quando Abdullah regressava do trabalho na localidade de Kufr Malek, perto de Ramala, na Cisjordânia ocupada. Surpreendido ao ver soldados na aldeia, Abdullah fugiu, sendo perseguido pelos soldados. Refugiou-se atrás de um muro, mas o jipe embateu no muro e virou-se, caindo por cima dele. Depois disso, os soldados israelitas ainda dispararam contra uma escavadora com que os moradores da aldeia queriam levantar o jipe para libertar o corpo e recusaram-se a remover o jipe. O jovem, privado de assistência médica, sangrou até à morte.Seis meses após a morte de Abdullah, a família Ghneimat moveu uma acção judicial contra os soldados israelitas que conduziam o veículo. Então o Ministério da Defesa israelita, alegando que o jovem teria...

Israel prosseguiu os seus ataques contra a Faixa de Gaza durante a noite de sábado para domingo. As forças armadas israelitas realizaram doze novos ataques, que vêm somar-se aos seis registados anteriormente, visando alvos das forças de resistência palestinas.Dois adolescentes palestinos foram mortos num dos ataques aéreos, a leste da cidade de Rafah, anunciou o Ministério da Saúde de Gaza. As vítimas são Salim Sabah, de 17 anos, e Abdullah Abu Sheyha, também de 17 anos.O ministro da Defesa israelita, Avigdor Lieberman, responsabilizou o Comité de Resistência Popular de Gaza pela explosão junto à vedação de fronteira que provocou ferimentos em quatro soldados israelitas na tarde de sábado. Foi o maior número de israelitas feridos num único ataque desde a guerra contra Gaza em 2014, segundo a comunicação social de Israel. «Até os eliminarmos, as contas continuam por saldar. Levará dois dias, uma semana ou duas semanas», ameaçou Lieberman.Entretanto, as Brigadas Izz Ad-Din Al-Qassam, a...

Israel voltou hoje a lançar uma agressão contra a Faixa de Gaza. Tratou-se, segundo as próprias forças armadas israelitas, de um «ataque em larga escala», em que terão sido atingidos seis alvos do Hamas.Horas antes, quatro soldados israelitas ficaram feridos quando um engenho explodiu perto deles, junto à vedação na fronteira com o Sul da Faixa de Gaza. Segundo a comunicação social israelita, foi o maior número de israelitas feridos num único ataque desde a guerra contra Gaza em 2014.O responsável da explosão, afirmaram os militares israelitas, citados pelo jornal Haaretz, foi o Comité de Resistência Popular de Gaza, que durante a manifestação de sexta-feira teria pendurado uma bandeira na vedação para atrair os soldados.O comité, formado por militantes de diferentes facções armadas de resistência, declarou que a «operação heróica a leste de Khan Younis ocorre no contexto da resposta palestina às incursões [contra a Faixa de Gaza] do inimigo».Israel tem repetidamente declarado que...

Dezenas de palestinos ficaram feridos durante o dia de hoje em confrontos com tropas israelitas na Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza cercada, na 11.ª sexta-feira de protestos contra o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel.As forças israelitas usaram balas reais, balas de borracha e grandes quantidades de gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes palestinos, havendo a registar 130 manifestantes feridos.«Três palestinos ficaram feridos com balas reais e outros dois com balas de aço revestidas de borracha na zona de Ramala, na Margem Ocidental, enquanto outros 25 sofreram asfixia temporária após a inalação de gás lacrimogéneo», informou o Crescente Vermelho Palestino. «Nas cidades de Nablus e Qalqilya, no Norte da Margem Ocidental, três manifestantes palestinos foram feridos por balas reais e outros 23 por balas de borracha; outros 46 sofreram de asfixia temporária após inalar quantidades excessivas de gás lacrimogéneo … Entretanto, em...

A única central eléctrica da Faixa de Gaza deixou de funcionar por causa da falta de combustível, num contexto de agravamento das condições humanitárias no pequeno território palestino cercado.Mohammed Thabet, porta-voz da Empresa de Electricidade de Gaza, declarou que a central eléctrica parou de funcionar à meia-noite por falta de combustível. «A Faixa de Gaza precisa de cerca de 500 megawatts por dia. Temos um défice energético de 380 megawatts», afirmou.A paragem da central, que produz cerca de 20 megawatts por dia com combustível importado do Egipto, vem agravar uma já crítica falta de energia. Os dois milhões de habitantes de Gaza só têm cerca de quatro horas de electricidade por dia, produzida por esta central e também proveniente de Israel e do Egipto.Nas últimas semanas, 3 hospitais e 16 centros médicos deixaram de prestar serviços essenciais devido à escassez de combustível. O combustível para os geradores hospitalares também atingiu níveis críticos.A central eléctrica já foi...

O parlamento israelita (Knesset) aprovou na passada segunda-feira, dia 12, uma lei que vai aplicar o direito israelita às instituições académicas localizadas nos colonatos israelitas na Margem Ocidental ocupada.O direito internacional considera ilegais todos os colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados.A lei, que teve o apoio do ministro da Educação, Naftali Bennett (do partido de extrema-direita Lar Judaico), é uma de uma série de leis destinadas a pôr em prática uma anexação rastejante dos territórios da Margem Ocidental e a aplicar o direito israelita nos colonatos.A nova lei visa abolir o Conselho do Ensino Superior da Judeia e Samaria (nome que Israel dá à Margem Ocidental ocupada) e colocar as instituições académicas israelitas situadas nos territórios ocupados sob a alçada do Conselho de Educação Superior de Israel.A deputada Shulamit Moalem-Refaeli, do partido Lar Judaico, que apresentou o projecto de lei, declarou no mês passado: «Para além da importância...