Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Numa organização conjunta da Escola Secundária de Camões e do ABC Cineclube de Lisboa, o MPPM promoveu, na segunda-feira 9 de Maio, a estreia em Portugal do filme Yallah! Yallah!, a primeira co-produção argentino-palestina.

Realizado por Cristian Pirovano e Fernando Romanazzo, o filme acompanha o quotidiano de sete pessoas ligadas ao futebol e as suas lutas diárias para superar as dificuldades de viver hoje na Palestina. Os detalhes da sua vida, das suas relações e convivência, aproximam-nos de uma história de futebol, paixão e luta.

O Auditório Camões acolheu duas sessões que contaram com a presença de Cristian Pirovano, um dos realizadores, e de Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM. As boas-vindas foram dadas pelo director da E.S. Camões, João Jaime Pires e Fernando Jorge Saraiva, que na escola rege a disciplina de Ciência Política, fez a apresentação do filme.

A sessão da tarde foi dedicada aos estudantes da escola, que acorreram em grande número e acompanharam com interesse a...

Há vinte anos, no mês de Abril de 2002, o exército israelita bombardeou e assaltou o campo de refugiados de Jenin durante vários dias. As Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram o assalto no dia 2 e a batalha terminou no dia 11. No entanto, só retiraram no dia 24, depois de concluído o trabalho de ocultação de provas.

As Nações Unidas concluíram que o exército israelita matou 52 palestinos num campo de apenas 40 hectares e que acolhia cerca de 15 000 pessoas. Mas, como escreveu Ilan Pappé por ocasião do 15º aniversário do massacre, «não foram apenas os números envolvidos que chocaram o mundo na altura, mas a natureza brutal de um assalto israelita sem precedentes, mesmo na dura história da ocupação.»

Continua Pappé: «Esta brutalidade pode ser mais bem apreciada quando se visita o campo. Este bairro apinhado de gente foi assaltado do ar por helicópteros-canhão, bombardeado por tanques a partir das colinas sobranceiros e invadido por veículos monstruosos — um híbrido de um tanque e...

Em 1974 o Conselho Nacional Palestino instituiu o dia 17 de Abril como o Dia dos Presos Palestinos - uma data na qual se expressa a solidariedade para com os palestinos presos nas prisões de Israel.

Neste 17 de Abril de 2022, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) reafirma a sua solidariedade para com os palestinos presos por Israel. O MPPM reitera o apoio à luta do povo palestino pela sua liberdade e autodeterminação, pelo reconhecimento da condição de presos políticos aos palestinos presos pelo Estado israelita e pelo respeito pelos direitos destes presos, denunciando as degradantes condições a que são submetidos nas prisões israelitas.

Em inícios do presente mês de Abril encontravam-se presos nas prisões de Israel cerca de 4500 palestinos, incluindo 160 menores e 32 mulheres. Do total, 530 presos estão em detenção administrativa, sem culpa formada ou sem sequer serem levados a julgamento. Estão também presos nas prisões israelitas 8 membros do...

O exército israelita tem em marcha, desde o final do mês de Março, uma violenta ofensiva repressiva nos territórios palestinos ocupados em 1967. Desencadeada, alegadamente, como resposta a uma sequência de acções violentas levadas a cabo por palestinos em Israel, esta ofensiva ocorre num momento particularmente sensível.

As festividades do Ramadão em Jerusalém têm sido brutalmente reprimidas pela violência da polícia militarizada israelita, que noite após noite tem agredido fisicamente os palestinos presentes na área da Porta de Damasco. Trata-se de um espaço que constitui o centro da vida social dos palestinos na cidade, ocupado ilegalmente por Israel desde 1967. Na escadaria de acesso à Porta é habitual os fiéis muçulmanos reunirem-se após o anoitecer para celebrarem colectivamente o quebrar do jejum. Para além do seu significado religioso, esta numerosa reunião de palestinos em Jerusalém é um acto de resistência que desafia a propaganda colonial sionista que apresenta Jerusalém como...

Na madrugada de 9 de Abril de 1948, três milícias sionistas - o Hagana, o Irgun e o Bando Stern - assaltaram Deir Yassin, uma aldeia palestina com cerca de 750 habitantes, situada a oeste de Jerusalém. Mais de uma centena de homens, mulheres e crianças foram massacrados.

Alguns foram mutilados e violados antes de serem assassinados. Vinte e cinco homens da aldeia foram depois executados numa pedreira próxima. Das cerca de centena e meia de casas, 10 foram dinamitadas. O cemitério foi posteriormente demolido e, como centenas de outras aldeias palestinas, Deir Yassin foi varrida do mapa.

Deir Yassin ficava fora da área que o Plano de Partilha das Nações Unidas, aprovado em 1947, destinava ao futuro Estado judaico. Mas a direcção sionista tinha desde há muito decidido efectuar uma limpeza étnica dos palestinos, com o objectivo de consolidar e expandir a área que lhe era atribuída.

A operação foi descrita no chamado Plano Dalet, um plano de operações militares a realizar antes do fim do...

Assinala-se hoje, na Palestina, o Dia da Terra. Neste dia, em 1976, o exército israelita reprimiu de forma brutal uma onda de protestos, incluindo uma greve geral, da população palestina contra um plano de expropriação de terras entre as aldeias de Sakhnin e Arraba, a norte de Nazaré, dentro das fronteiras da Palestina ocupada pelo Estado de Israel em 1948. Em consequência, seis palestinos foram mortos, cerca de uma centena ficaram feridos e um número indeterminado de muitas centenas foram presos.

Quarenta e seis anos decorridos, o povo palestino enfrenta uma extensa e renovada campanha de expropriações, com particular incidência em Jerusalém Oriental, prolongando a limpeza étnica do povo palestino concomitante com a criação do Estado de Israel, em 1948. Essa campanha é acompanhada pelo anúncio da construção de novos colonatos e a intensificação dos processos de alargamento daqueles já existentes.

Em paralelo, intensifica-se a acção violenta de grupos de colonos que, com a cobertura e o...

Uma coligação de mais de uma centena de organizações europeias, entre as quais o MPPM, está envolvida no apoio, promoção e assinatura de uma Iniciativa Cidadã Europeia para proibir o comércio com os colonatos ilegais.

Uma Iniciativa Cidadã Europeia é um instrumento de petição estabelecido pelo Tratado de Lisboa, que deve recolher, no prazo de um ano, as assinaturas de um milhão de cidadãos europeus de pelo menos sete Estados-Membros da UE, constituindo assim um direito de iniciativa política. Este instrumento democrático formal permite aos cidadãos europeus pressionar a Comissão Europeia no sentido de adoptar legislação adequada.

O objectivo desta Iniciativa Cidadã Europeia é que a UE adopte uma regra geral determinando que deixará de negociar com colonatos ilegais, no respeito pelo direito internacional. De facto, o comércio com colonatos ilegais reforça o seu desenvolvimento e torna os Estados europeus cúmplices das graves violações dos direitos humanos causadas pela colonização.


Se...

As Nações Unidas nomearam uma comissão ad hoc de cinco membros para investigar as acusações da Autoridade Palestina de que Israel cometeu actos de apartheid na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Gaza.

Num comunicado ontem divulgado, o Comité das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial (CERD) informa que «criou uma Comissão de Conciliação ad hoc que oferecerá os seus bons ofícios tanto ao Estado da Palestina como a Israel, com vista a resolver amigavelmente a disputa sobre alegações de discriminação racial.»

Esta decisão da ONU é a última etapa de um procedimento que teve início em 2018 quando a Autoridade Palestina apresentou uma acusação de apartheid, queixando-se de que Israel não estava a cumprir os Artigos 2, 3 e 5 da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.

O artigo 3º obriga os signatários a «condenar a segregação racial e o apartheid e comprometer-se a prevenir, proibir e erradicar todas as práticas desta natureza...

A Amnistia Internacional publicou hoje um extenso relatório intitulado Israel’s Apartheid against Palestinians: Cruel system of domination and crime against humanity (Apartheid de Israel contra os Palestinos: Sistema cruel de dominação e crime contra a humanidade) em que confirma que o regime de Israel contra todo o povo palestino configura o crime contra a humanidade de apartheid.

Esta publicação culmina investigações e análises conduzidas pela Amnistia Internacional (AI) entre Julho de 2017 e Novembro de 2021 e assenta sobre décadas de recolha de provas de violações dos direitos humanos internacionais e do direito humanitário em Israel e nos Territórios Palestinos Ocupados (TPO), bem como em publicações de organizações palestinas, israelitas e internacionais, estudos académicos, relatos de grupos activistas, relatórios das agências da ONU, peritos e organismos de direitos humanos, e artigos da comunicação social.

A investigação da AI mostra que Israel impõe um sistema de opressão e...

A organização norte-americana If Americans Knew divulgou agora um pequeno filme documentando o assassinato de 78 crianças palestinas por forças israelitas em 2021 como parte da sua campanha para parar o financiamento dos EUA a Israel.

O filme, que tem a duração de dois minutos e está disponível no Twitter e no website daquela ONG, identifica o nome e idade e fotografia das crianças assassinadas e as condições em que ocorreu a sua morte.

O filme revela que, em 2021, os EUA deram 5 mil milhões de dólares de ajuda militar a Israel e agora discute-se no Congresso uma contribuição adicional de mil milhões de dólares. If Americans Knew questiona-se quanta desta ajuda é usada para matar crianças palestinas.

«Cada uma das 78 crianças palestinas mortas pelos Israelitas e a única criança israelita morta por Palestinos no ano passado tinha uma família, um futuro, esperanças e sonhos», comenta-se no filme.

Também recentemente a Defence for Children International – Palestine (DCIP) publicou um relatóri...