Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

A marinha israelita alvejou pescadores palestinos ao largo da cidade de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, e afundou um barco, de acordo com a agência WAFA.

Os pescadores estavam a navegar dentro das seis milhas náuticas permitidas ao largo da costa quando as embarcações da marinha dispararam tiros e apontaram canhões de água na sua direcção, forçando-os a fugir para sua segurança e causando o afundamento de um barco.

Os pescadores da Faixa de Gaza são quase diariamente alvejados pela marinha israelita e impedidos de ganhar a sua vida.

A Faixa de Gaza está sujeita a um bloqueio por terra, mar e ar, por parte de Israel, há mais de 13 anos.

 

Água, bem escasso na Palestina

Um estudo divulgado ontem pelo Gabinete Central de Estatísticas da Palestina (PCBS) e pela Autoridade Palestina da Água indica que apenas quatro por cento dos agregados familiares na Faixa de Gaza têm acesso a água potável segura.

Mais de 97% da água bombeada do aquífero costeiro na Faixa de Gaza não cumpre os padrões de qualidade da água da Organização Mundial de Saúde, levando ao esgotamento das reservas de águas subterrâneas, onde o nível das águas subterrâneas no aquífero costeiro atingiu 19 metros abaixo do nível do mar.

Como resultado do crescimento populacional e considerando a elevada percentagem de poluição da água na Faixa de Gaza, a quota de água doce adequada para uso humano é de apenas 22,4 litros por dia per capita.

O consumo médio diário per capita na Palestina é de 81,9 litros – abaixo dos 100 litros por dia considerados como limite mínimo pela Organização Mundial de Saúde – como resultado de Israel controlar mais de 85% da água palestina.

1 - O Tribunal Penal Internacional (TPI), por decisão de 05.02.2021, reconheceu ter jurisdição sobre os territórios palestinos ocupados por Israel desde 1967, nomeadamente Gaza, Cisjordânia, e Jerusalém Oriental. Uma tal decisão vem na sequência do pedido formulado em 2019 pela Procuradora do TPI para investigar atos praticados naqueles territórios envolvendo ilícitos, nomeadamente crimes de guerra, praticados por membros das forças de Defesa e Autoridades israelitas, membros do Hamas e grupos armados. Estes ilícitos estão previstos no artigo 5º do Tratado de Roma de 17.07.1998 (entrado em vigor em 01.07.2002) ao abrigo do qual o TPI foi criado.

Neste Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, é oportuno recordar que Israel é um Estado que comprovadamente pratica a discriminação racial, tanto no seu território como nos territórios ocupados sob seu controlo efectivo.

A Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, de que Israel é Estado Parte, considera que há discriminação racial quando um Estado impõe restrições ou preferências com base, nomeadamente, na origem étnica ou nacional.

Rachel Corrie, uma jovem estudante norte-americana, foi morta por um bulldozer do exército israelita quando tentava impedir a demolição de uma casa palestina na Faixa de Gaza. Foi há 18 anos, mas não podemos deixar que a memória se apague.

Rachel tinha 23 anos. Ela e mais oito outros activistas do Movimento de Solidariedade Internacional (ISM) utilizavam meios não violentos de intervenção para parar a demolição de habitações no campo de refugiados de Rafah, na Faixa de Gaza, junto à fronteira com o Egipto.

As autoridades israelitas alegavam que as demolições eram necessárias por razões de segurança, mas os grupos de direitos humanos contrapunham que as demolições representavam uma forma de punição colectiva.

As autoridades israelitas aprovaram um plano para confiscar grandes extensões de terras de propriedade palestina na província de Belém, na Cisjordânia ocupada, noticia a agência Wafa.

As terras a serem confiscadas localizam-se na vizinhança do colonato ilegal de Bitar Illit e serão utilizadas para a abertura de estradas reservadas a colonos e para a construção de novas unidades habitacionais para a população dos colonatos judaicos.

A organização israelita de direitos humanos B'Tselem revela os complexos mecanismos jurídicos e administrativos que Israel utiliza para assumir o controlo de mais terras palestinas na Cisjordânia.

No Dia Internacional da Mulher o MPPM homenageia as mulheres que, em todo o mundo e em especial na Palestina, lutam pela liberdade, pela justiça, pela igualdade, contra a discriminação.

As mulheres palestinas, que estão presentes em todos os sectores da vida nacional, participam com todos os palestinos, na luta contra a ocupação e a limpeza étnica, pelo direito a viver num país livre, ao mesmo tempo que desenvolvem a sua luta emancipadora pelo reconhecimento dos seus direitos de mulher.

Uma luta árdua, que se confronta diariamente com uma potência ocupante e anexionista que nega os direitos básicos políticos, económicos, sociais, sanitários.

Uma potência ocupante e anexionista que é um Estado teocrático, que desenvolve uma política de apartheid ao reconhecer direitos apenas com base na pertença religiosa, como ficou consagrado na lei básica "Israel, Estado-nação do povo judaico", aprovada pela Knesset em 19 de Julho de 2018.

Na segunda quinzena de Fevereiro, dezassete palestinos foram feridos na Cisjordânia, segundo relata a OCHA-OPT no relatório Protection of Civilians Report referente ao período de 16 de Fevereiro a 1 de Março de 2021.

Entre os palestinos, um rapaz de 16 anos foi baleado pelas forças israelitas com munições vivas, enquanto caminhava perto do Muro na aldeia de Saffa (Ramallah).

Sete outros foram feridos em protestos contra o estabelecimento de um posto avançado de colonatos em Beit Dajan (Nablus) e contra a expansão dos colonatos em Kafr Qaddum (Qalqiliya).

Dois palestinos foram feridos em confrontos que irromperam durante duas operações de busca e detenção no campo de refugiados de Ad Duheisha (Belém) e na aldeia de Abu Shukheidim (Ramallah).

Em reacção ao anúncio de Israel sobre o envio de vacinas excedentárias para a República Checa, Hungria, Honduras, e Guatemala, Dina Jibril, directora interina da Oxfam no Território Palestino Ocupado, descreveu o acordo como "vergonhoso", uma vez que milhões de palestinos estão à espera.

«A decisão de Israel de trocar vacinas excedentárias por votos na ONU e embaixadas, enquanto a grande maioria dos quase 5 milhões de palestinos que vivem na Cisjordânia ocupada e em Gaza ficam à espera da vacina potencialmente salva-vidas, é vergonhosa e míope», disse Jibril numa declaração.

E acrescentou, «O envio de stocks de vacinas em excesso pelo mundo fora enquanto os palestinos que vivem, em muitos casos, a apenas algumas centenas de metros de distância dos israelitas vacinados estão à espera, é mais um exemplo da recusa do governo israelita em cumprir a sua obrigação legal como potência ocupante».

Um colono israelita atropelou hoje um grupo de caminhantes palestinos perto da aldeia de Ein al-Beida, a leste da cidade de Tubas, no norte do Vale do Jordão, matando um e ferindo dois outros, de acordo com a agência Wafa.

O palestino morto foi identificado como Bilal Bawatneh, de 52 anos, da cidade de al-Bireh, e os feridos como residentes das cidades de al-Bireh e Jerusalém.
Algumas testemunhas disseram que o veículo vinha em excesso de velocidade e se desviou da sua trajectória para atingir os caminhantes.

Colonos atacam agricultores palestinos perto de Tulkarm

Colonos israelitas atacaram hoje agricultores palestinos na aldeia de Shufa, a sudeste da cidade de Tulkarm, no norte da Cisjordânia.

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