Assalto ao campo de refugiados de Balata eleva para 156 os palestinos mortos por Israel desde o início do ano
Na madrugada desta segunda-feira o exército israelita conduziu uma operação em grande escala no campo de refugiados de Balata, perto de Nablus na Cisjordânia ocupada, matando três palestinos e ferindo outros seis, um deles com gravidade.
O Ministério da Saúde palestino identificou os mortos como Fathi Jihad Rizq, 30 anos, Abdullah Yousef Abu Hamdan, 24 anos, e Mohammad Bilal Zeitoun, 32 anos.
Militares israelitas em grande número, acompanhados por bulldozers, atacaram o campo com fogo cerrado e colocaram franco-atiradores nos telhados, levando a confrontos armados com resistentes palestinos.
Os soldados israelitas entraram em dezenas de casas no campo de refugiados, revistaram-nas e saquearam-nas, e fizeram explodir a casa da família Abu Shalal, ferindo um rapaz e uma rapariga devido aos estilhaços e causando danos nas casas vizinhas.
Seis palestinos foram detidos e levados algemados para veículos militares após as rusgas às casas, que incluíram agressões aos proprietários e intimidação de mulheres e crianças.
Os soldados israelitas impediram as ambulâncias de entrar no campo, obrigando as equipas médicas a percorrer um caminho mais longo e arriscado para chegar aos feridos.
De acordo com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), Balata alberga cerca de 27 000 pessoas, o que o torna o maior campo de refugiados da Cisjordânia.
Desde o início do ano, o exército israelita matou ou causou a morte a 156 palestinos, sendo 26 menores, e 36 da Faixa de Gaza.