1. O MPPM saúda o cessar-fogo incondicional em Gaza que entrou em vigor nesta sexta-feira, 21 de Maio, e que põe fim a 11 dias de bárbaros e intoleráveis bombardeamentos, nos quais Israel causou a morte a quase 250 palestinos, entre os quais 65 crianças, e provocou ferimentos em cerca de dois milhares, além de provocar uma devastação generalizada num território já de si empobrecido.
2. O MPPM considera que o cessar-fogo é uma vitória da resistência heróica de todo o povo palestino, em Gaza, em Jerusalém Oriental, na Cisjordânia, na diáspora, mas também entre os que têm a cidadania israelita.
A unidade de todos os palestinos em torno da sua causa nacional, que se evidenciou nestes dias, é um bem precioso e é a chave para alcançar avanços futuros. A resistência nacional do povo palestino durante estes dias não apenas confirmou o seu direito histórico e jurídico à criação da sua Pátria em solo palestino como representou um enorme passo em frente no sentido de voltar a colocar a questão...
Milhares de palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada encheram as ruas para celebrar o cessar-fogo, agitando bandeiras e exibindo o sinal de vitória, mas em Jerusalém Oriental ocupada a polícia israelita invadiu o complexo da Mesquita Al-Aqsa e disparou gás lacrimogéneo e granadas atordoantes contra os palestinos que festejavam após as orações de sexta-feira.
O cessar-fogo mediado pelo Egipto entrou em vigor nas primeiras horas da sexta-feira, após 11 dias de implacável bombardeamento israelita da Faixa de Gaza que matou pelo menos 257 palestinos, incluindo 66 crianças, feriu cerca de 2000, e trouxe uma devastação generalizada ao território já empobrecido. Do lado israelita, 12 pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas.
Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, anunciou que hoje, 13 camiões humanitários com alimentos, vacinas COVID-19, material médico e medicamentos, atravessaram para Gaza após a reabertura parcial da passagem de Kerem...
Nesta terça-feira, 18 de Maio, o MPPM promoveu a realização, na Casa do Alentejo, em Lisboa, de um Encontro-Debate para assinalar os 73 anos da Nakba.
A brutal ofensiva de Israel, nas últimas semanas, contra a população palestina em Jerusalém, tornou claro que a limpeza étnica da Palestina é um processo contínuo.
Em 14 de Maio de 1948 o Estado de Israel foi auto-proclamado sobre as ruínas de mais de 500 cidades e aldeias palestinas, sobre cerca de 15 mil mortos palestinos e sobre o roubo das propriedades dos mais de 750 mil palestinos forçados a abandonar as suas casas e terras.
Em 1967, Israel ocupou toda a Palestina histórica, impondo aos palestinos um regime racista, colonial e de apartheid.
Contra a perpetuação dessa injustiça, o povo palestino resiste, todos os dias, em Sheik Jarrah, em Hebron ou em Gaza.
Contra as distorções e falsidades do discurso mediático, lançámos o debate sobre a questão palestina, 73 anos depois da Nakba.
A sessão contou com intervenções do deputado Bruno Dias...
No que terão sido as mais concorridas manifestações de solidariedade com a Palestina, realizadas em Lisboa e no Porto, largas centenas de pessoas acorreram nesta segunda-feira à chamada da CGTP-IN, do CPPC e do MPPM, para afirmar, bem alto, que a resistência do povo palestino triunfará sobre a barbárie israelita para desespero dos seus cúmplices.
Em Lisboa, numa Praça do Martim Moniz totalmente preenchida com uma população muito heterogénea, em que se incluíam muitos jovens e fortes representações de comunidades de países árabes e islâmicos, coube a Maria do Céu Guerra, presidente do MPPM, abrir o acto público dizendo, do grande poeta palestino Mahmoud Darwich, o poema «Bilhete de Identidade».
Seguiu-se a intervenção de Gustavo Carneiro, membro da Direcção Nacional do CPPC.
Pelo MPPM, falou o seu vice-presidente Carlos Almeida que relacionou os acontecimentos actuais com a história de um século de ocupação colonial da Palestina, teceu duras...
Assistimos a cenas de barbárie na terra martirizada da Palestina, duma violência inaceitável que é imperioso travar e que é da inteira responsabilidade de Israel e dos seus protectores.
Os bombardeamentos de Israel sobre a população sitiada da Faixa de Gaza já provocaram quase uma centena e meia de mortos – entre os quais 40 crianças – e perto de um milhar de feridos. Torres de apartamentos residenciais são demolidas, deixando numerosas famílias sem abrigo.
Em Israel há linchagens de palestinos, a destruição das suas lojas e a invasão das suas casas por bandos de extremistas israelitas, em «pogroms» transmitidos em directo pela televisão pública de Israel. O perigo duma escalada da violência é bem real.
Esta violência não é «da responsabilidade das duas partes». Tem causas próximas indesmentíveis:
- a tentativa das autoridades israelitas de expulsar dezenas de famílias palestinas das casas onde vivem, desde há gerações, em Sheik Jarrah e outros bairros de Jerusalém Leste;
O dia 15 de Maio marca o 73º aniversário da Nakba, quando Israel e as milícias sionistas forçaram violentamente a maioria dos palestinos a sair das suas casas e os transformaram em refugiados, privando-o dos seus direitos básicos e da possibilidade de regressar aos seus lares.
A Nakba nunca parou, e durante os últimos 73 anos Israel continua a expulsar cada vez mais palestinos das suas casas e terras. A limpeza étnica em curso em Jerusalém Oriental, inclusive através da iminente deslocação de palestinos de Sheikh Jarrah, ocorreu num contexto de uma escalada das atrocidades israelitas em Jerusalém e através da Palestina. Milhares de palestinianos foram feridos e mais de 150 foram mortos, incluindo 40 crianças, nas últimas semanas.
Nos últimos dias, os protestos populares dos palestinos em todo o território sob o apartheid israelita - a Cisjordânia ocupada incluindo Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, bem como dentro de Israel – cresceram em dimensão. Foram recebidos com uma repressão...
O MPPM condena energicamente a violência do exército, da polícia e dos colonos israelitas sobre palestinos em Jerusalém e atribui toda a responsabilidade pela explosão de violência à ocupação por Israel e aos seus apoiantes.
1. Os actos de violência que têm ocorrido com mais intensidade em Jerusalém, mas também em outros locais da Palestina ocupada, têm as suas causas próximas em episódios recentes como os despejos em Sheikh Jarrah ou a interdição de acesso à Mesquita Al-Aqsa , mas não podem ser dissociados dos efeitos de décadas de uma brutal ocupação colonial.
2. Israel ocupou Jerusalém Oriental na guerra de 1967 e, em 1980, «anexou-a» ao Estado de Israel, ao arrepio do direito internacional. A ocupação e subsequente «anexação» não são reconhecidas internacionalmente, mas tiveram o beneplácito dos Estados Unidos, numa decisão da administração Trump, não revertida até à data pela administração Biden, de reconhecer Jerusalém como a capital do Estado de Israel, e contam com a inacção...
Vários congressistas norte-americanos, em mensagens no Tweeter, condenaram Israel pelos anunciados despejos de várias famílias palestinas no bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada, em benefício de grupos de colonos extremistas.
«Os Estados Unidos devem pronunciar-se energicamente contra a violência perpetrada por extremistas israelitas, aliados ao governo, em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, e deixar claro que as expulsões de famílias palestinas não devem avançar», escreveu Bernie Sanders, senador por Vermont.
Também Elizabeth Warren, senadora democrata pelo Massachusetts, condenou as expulsões:
«A expulsão forçada de residentes palestinos de longa data em Sheikh Jarrah é repugnante e inaceitável. A Administração [norte-americana] deveria deixar claro ao governo israelita que estas expulsões são ilegais e devem cessar imediatamente», disse.
A congressista democrata de Nova Iorque Alexandria Ocasio-Cortez também criticou Israel por causa das expulsões:
Forças israelitas atacaram fiéis palestinos na Mesquita de al-Aqsa e noutros locais da Jerusalém Oriental ocupada, deixando 205 pessoas feridas, 88 das quais hospitalizadas, de acordo com o Crescente Vermelho palestino.
No final de sexta-feira, as forças israelitas utilizaram gás lacrimogéneo, granadas atordoantes e balas de aço revestidas de borracha para dispersar milhares de fiéis que se tinham reunido na Mesquita de al-Aqsa, na última sexta-feira do Ramadão.
Laylat al-Qadr é, para os muçulmanos, a noite mais santa do Ramadão e normalmente atrai grandes multidões de fiéis à mesquita al-Aqsa, enchendo completamente os seus pátios.
A violência na sexta-feira à noite, que se prolongou pelo sábado de manhã, culminou uma semana de tensões crescentes na cidade devido ao despejo iminente de seis famílias palestinas das suas casas, no bairro de Sheikh Jarrah.
Soldados e colonos atacam palestinos em Sheikh Jarrah
Palestinos foram violentamente atacados, na noite de quinta-feira, por forças de...
As forças de ocupação israelitas agrediram e dispersaram, na noite de sábado, dezenas de manifestantes não violentos palestinos que realizavam uma concentração no bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada, contra uma ameaça iminente de despejo das suas casas.
O Tribunal Distrital de Jerusalém decidiu que pelo menos seis famílias deviam abandonar as suas casas em Sheikh Jarrah até 2 de Maio, apesar de aí terem vivido durante gerações.
O mesmo tribunal decidiu que sete outras famílias devem abandonar as suas casas até 1 de Agosto. No total, 58 pessoas, incluindo 17 crianças, estão previstas para serem deslocadas à força para dar lugar aos colonos israelitas.
Aref Hammad, porta-voz das famílias de Sheikh Jarrah, disse que existem actualmente 28 unidades habitacionais, onde vivem 87 famílias, que enfrentam a ameaça de despejo para dar lugar a um novo colonato israelita conhecido como Shimon HaTsadiq.
Um plano para o colonato, que consiste em 200 unidades habitacionais, já foi...