O município israelita de Jerusalém Ocidental demoliu parte do centenário cemitério islâmico al-Yousifieh, em Jerusalém Oriental ocupada, de acordo com a agência noticiosa palestina WAFA.
Mustafa Abu Zahra, um zelador dos cemitérios islâmicos na cidade sagrada, disse que um bulldozer municipal demoliu o muro de pedra do cemitério, uma semana depois de ter demolido as suas escadas, no que Abu Zahra descreveu como "uma violação flagrante da santidade do local".
As autoridades israelitas, que já tinham tomado posse de parte do cemitério, planeiam destruí-lo para aí construir um parque urbano, uma medida que enfurece muitos residentes de Jerusalém Oriental que têm entes queridos enterrados naquele cemitério.
Esta acção, conjugada com os actos de violência de colonos israelitas no complexo da Mesquita Al Aqsa/Al Haram Al Sharif, inserem-se na política israelita de pressionar a população palestina de Jerusalém Oriental para abandonar a cidade, apagando a sua identidade árabe e deixando-a aberta...
O Estado de Israel foi fundado há 72 anos, no ano em que a ONU aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Mas a coincidência terminou aí. O novo Estado, construído sobre as ruínas de mais de meio milhar de vilas e aldeias palestinas e assente na limpeza étnica da população autóctone, que desenraizou mais de 700 000 Palestinos, vem manifestando o mais absoluto desprezo pelos direitos humanos dos naturais da Palestina.
Muitos milhares de Palestinos perderam a vida em agressões militares ou actos de violência de forças policiais ou de civis israelitas agindo com total impunidade. À Nakba, às guerras e às campanhas militares contra Gaza, somam-se a violência dos colonos, as repressões violentas de manifestações pacíficas, as mortes nas prisões por acções violentas ou por omissão de auxílio.
Nas cadeias de Israel estão 4500 presos políticos palestinos, entre os quais 170 menores e 40 mulheres. Destes, 370 estão em detenção administrativa, sem acusação ou culpa formada. A...
Nós, abaixo assinados, académicos, jornalistas e intelectuais palestinos e árabes, exprimimos aqui a nossa opinião sobre a definição de anti-semitismo pela International Holocaust Remembrance Alliance (IHRA) e a forma como esta definição tem sido aplicada, interpretada e utilizada em vários países da Europa e da América do Norte.
Nos últimos anos, a luta contra o anti-semitismo tem sido cada vez mais instrumentalizada pelo governo israelita e pelos seus apoiantes, num esforço para deslegitimar a causa palestina e silenciar os defensores dos direitos dos Palestinos. Desviar a luta necessária contra o anti-semitismo para servir uma tal agenda ameaça debilitar esta luta e, consequentemente, desacreditá-la e enfraquecê-la.
O anti-semitismo deve ser desmascarado e combatido. Independentemente das intenções, nenhuma expressão de ódio pelos Judeus como Judeus deve ser tolerada em qualquer parte do mundo. O anti-semitismo manifesta-se em generalizações e estereótipos sobre os judeus, em...
Ali Ayman Abu-Alayya, de 13 anos de idade, sucumbiu aos ferimentos que sofreu depois de ter sido atingido com fogo real pelas forças de ocupação israelitas.
Ali participava numa manifestação não violenta dos habitantes da aldeia de al-Mughayir, a nordeste de Ramala, quando foi baleado por soldados israelitas. Foi transportado de urgência para o Complexo Médico Palestino em Ramala, mas não foi possível salvar-lhe a vida.
O presidente da câmara de al-Mughayyir, Amin Abu-Alya, disse que uma força militar israelita dispersou violentamente os participantes da manifestação que apelava à defesa da área de Ras al-Tin contra a expropriação para dar lugar à construção de um novo posto avançado israelita.
Os soldados abriram fogo contra os participantes quando estes chegaram à entrada oriental de al-Mughayyir a caminho da área de Ras al-Tin, que faz parte da aldeia vizinha de Kafr Malik, atingindo Ali Ayman Abu-Alayya com uma bala real no abdómen e quatro outros participantes com balas de aço...
Um colono israelita tentou hoje incendiar a Igreja do Getsémani, no Monte das Oliveiras, em Jerusalém Oriental ocupada.
O colono entrou furtivamente nas instalações da igreja, derramou um líquido inflamável e tentou incendiar alguns dos bancos de madeira.
O ataque, que ocorreu enquanto no Santo Sepulcro tinha lugar a inauguração do novo Patriarca Latino, foi frustrado por jovens palestinos locais que entregaram o agressor às autoridades.
A Igreja do Getsémani, também chamada Igreja de Todas as Nações, é uma igreja católica construída no local do Jardim do Getsémani onde os cristãos crêem que Jesus foi traído por Judas, vindo a ser preso, julgado e crucificado.
Ramzy Khoury, Presidente da Alta Comissão Presidencial para os Assuntos Religiosos, condenou o ataque à Igreja do Getsémani e frisou que este não foi o primeiro ataque a lugares santos e de culto islâmicos e cristãos, especialmente em Jerusalém.
Ele referiu um incidente em 2015 em que extremistas judeus levaram a cabo um ataque...
A. Em Relatório à 44ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, datado de 15 de Julho de 2020, o seu autor Michael Lynk – relator especial da ONU sobre a situação de direitos humanos no território palestino ocupado militarmente por Israel desde 1967 define como ilegal a punição colectiva que vitima o povo palestino, perpetrada pelo Governo de Israel.
O autor do Relatório entende que o enquadramento em causa, além de violar o sentido de Justiça e o alcance do Estado de Direito, atenta contra os direitos humanos e o direito internacional, traduzido materialmente «numa economia colapsada, numa infraestrutura devastada, um serviço social que mal funciona» e edificação de colonatos em terra alheia.
Depreende-se daquele escrito que alguns gestos do Hamas, porventura criticáveis, não podem de forma alguma justificar a carga violenta de colonatos nem abranger a globalidade da população palestina.
No plano interno, o próprio Tribunal Supremo de Israel, por decisão de 9 de Junho de 2020 (tirada sob...
Um autocarro conduzido por um motorista israelita atropelou mortalmente dois trabalhadores palestinos, esta manhã, no posto de controlo militar 300, na saída norte da cidade ocupada de Belém.
Os dois jovens mortos foram identificados como Ziad Ali Hussein Abiyat, de 29 anos, e Jaafar Omar Abaya, de 30 ano. Seis outros palestinos ficaram feridos no incidente.
O condutor fugiu do local, mas a polícia deteve-o mais tarde.
Num processo que se repete diariamente, milhares de trabalhadores palestinos amontoam-se, de madrugada, nos corredores gradeados dos postos de controlo, atravessam os torniquetes, passam por detectores de metais e mostram as suas identificações e autorizações aos soldados israelitas para poderem viajar para Jerusalém Oriental ocupada ou para Israel para trabalhar.
O posto de controlo militar 300 é um dos 140 postos de controlo, fixos e móveis, integrados numa rede que se estende por todas a Cisjordânia e por Jerusalém Oriental, que inclui os mais de 700 km do Muro do...
Este ano, devido à situação de pandemia, o MPPM não pôde organizar as habituais iniciativas em torno do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino que sempre incluem uma Sessão Pública de Solidariedade. Não podendo deixar de reiterar, nesta data, a nossa solidariedade com o povo palestino, aqui a deixamos dita pelo Vice-Presidente do MPPM, Carlos Almeida.
Por iniciativa da Assembleia Geral das Nações Unidas assinala-se, a 29 de Novembro, o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino. Foi nesse dia que, em 1947, as Nações Unidas aprovaram o Plano de Partilha do território histórico da Palestina.
O Estado judaico de Israel foi criado logo no ano seguinte. Mas, 73 anos volvidos, o povo palestino aguarda ainda o cumprimento da promessa então feita pela ONU de criar também um Estado árabe na Palestina.
Trata-se duma terrível dívida histórica, duma autêntica traição da chamada ‘comunidade internacional’ ao povo da Palestina.
Em 2002 Israel decidiu construir uma barreira de segurança para, alegadamente, impedir a entrada em território israelita de Palestinos não autorizados. Mas, na realidade, o Muro tem mais do dobro da extensão da fronteira de Israel e corre 85% dentro de território palestino.
O Muro do Apartheid, declarado ilegal pelo Tribunal Internacional de Justiça, é, de facto, um instrumento de Israel para a colonização, apropriação de território e isolamento e marginalização de comunidades palestinas.
É isso que mostramos e comprovamos neste terceiro vídeo da série «O Essencial sobre a Questão Palestina».
Mostramos como o Muro afecta dramaticamente o trabalho, a vida familiar, a saúde, o bem-estar e a economia de homens, mulheres e jovens palestinos. Também mostramos como se desenvolve a resistência popular e fazemos referência a outros “muros” que oprimem o povo palestino.
A Questão Palestina é a história da ocupação de um território ─ a Palestina – por uma população estranha – os Judeus – com expulsão dos seus habitantes naturais – os Palestinos – e apropriação das suas propriedades e recursos.
Neste vídeo – o segundo da série «O Essencial sobre a Questão Palestina» ─ mostramos como, no último século e meio, se alterou dramaticamente a composição demográfica da Palestina e como o seu território foi alienado dos seus legítimos proprietários pela força das armas ou por conluio de potências estrangeiras.