Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

A 15 de Maio assinala-se o dia da Nakba – a catástrofe que, em 1948, se abateu sobre o povo palestino, acompanhando a proclamação unilateral da independência de Israel. Nas semanas seguintes, mais de 700 mil pessoas foram expulsas das suas casas e terras pela violência sionista, numa limpeza étnica que deu origem àquela que é, ainda hoje, a maior comunidade de refugiados em todo o mundo.

As forças israelitas mataram a tiro um adolescente palestino e feriram outros quatro ao efectuarem uma rusga num campo de refugiados na Cisjordânia ocupada, provocando confrontos com os residentes.

Segundo o Ministério da Saúde palestino, Zaid Fadl Qaisia, de 15 anos, foi baleado na cabeça por um soldado israelita durante confrontos no campo de refugiados de al-Fawar, na província de Hebron. Mais quatro jovens foram alvejados com balas vivas - um no abdómen, outro no peito e os restantes nos membros inferiores.  

Testemunhas disseram à Agência Anadolu que as forças israelitas utilizaram balas vivas e de borracha e gás lacrimogéneo, enquanto os palestinos atiraram pedras aos soldados.

Abdelfattah Najjar, um residente de al-Fawar e vizinho de Qaisi, disse à Al Jazeera que dezenas de soldados israelitas tinham invadido o campo para prender um outro adolescente.

Os Patriarcas e Chefes das Igrejas da Terra Santa tornaram ontem pública uma declaração em que consideram que os planos de Israel para anexar unilateralmente territórios na Cisjordânia ocupada destroem a esperança de êxito de qualquer processo de paz que ponha termo ao conflito que dura há décadas e continua a custar muitas vidas inocentes.

«Em resultado da estagnação do processo de paz no Médio Oriente entre israelitas e palestinos, um conjunto de planos para Israel anexar unilateralmente terras da Cisjordânia, apoiados principalmente por facções de direita, levanta questões graves e catastróficas sobre a viabilidade de qualquer acordo pacífico para pôr fim ao conflito de décadas, um conflito que continua a custar muitas vidas inocentes como parte de um ciclo vicioso de tragédia e injustiça humanas», afirma-se na declaração.

Onze embaixadores europeus avisaram Israel de que, se avançar com os planos de anexação de partes da Cisjordânia ocupada como consta do acordo de coligação governamental recentemente assinado, isso será «uma clara violação do direito internacional» que terá «graves consequências» para o país.

Embaixadores do Reino Unido, Alemanha, França, Irlanda, Países Baixos, Itália, Espanha, Suécia, Bélgica, Dinamarca e Finlândia, bem como da União Europeia (UE), apresentaram na quinta-feira a sua objecção formal ao plano, segundo informação do Canal 13 da televisão israelita, citado pelo jornal Times of Israel.

O protesto dos embaixadores ocorreu durante uma videoconferência com a adjunta do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita para a Europa, Anna Azari.

Barcos da marinha israelita abriram hoje fogo contra pescadores palestinos ao largo da costa norte de Gaza e soldados dispararam granadas de gás lacrimogéneo contra agricultores no sul da Faixa de Gaza, noticiou a agência WAFA.

Os barcos da marinha abriram fogo e apontaram canhões de água aos pescadores que navegavam a três milhas náuticas da costa norte de Gaza, obrigando-os a regressar à costa.

No sul da Faixa de Gaza, soldados israelitas dispararam granadas de gás lacrimogéneo contra agricultores palestinos que se encontravam a leste de Khan Younis, forçando-os também a abandonar a zona antes de serem feridos.

O assédio da marinha e do exército israelitas aos pescadores e agricultores palestinos perto das fronteiras é um acontecimento quase diário que visa desencorajá-los de prosseguir a pesca, uma fonte de rendimento vital para milhares de famílias de Gaza, e de cuidar das suas terras perto da vedação da fronteira com Israel.

No 46º aniversário da Revolução de Abril, o MPPM saúda o movimento libertador, conduzido pelos militares com amplo apoio popular, que devolveu aos portugueses a sua liberdade e os seus direitos fundamentais, abriu caminho para a reconciliação com os povos sujeitos ao jugo colonial e permitiu o regresso de Portugal ao convívio das nações ao fim de 48 anos de quase total isolamento internacional do regime fascista, obscurantista e colonialista.

A União Europeia emitiu hoje uma declaração contra a intenção do novo Governo israelita de anexar partes da Cisjordânia ocupada, afirmando que tal medida «constituiria uma grave violação do direito internacional».

O alto responsável pela política externa da UE, Josep Borrell, afirmou que o bloco de 27 membros não reconhece a soberania israelita sobre o território palestino e que «continuará a acompanhar de perto a situação e as suas implicações mais vastas, e actuará em conformidade».

Esta declaração segue-se ao anúncio, no início desta semana, de que o Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu e o seu principal opositor Benny Gantz tinham assinado um acordo de coligação que inclui uma cláusula para fazer avançar os planos de anexação de partes da Cisjordânia, incluindo os colonatos israelitas, a partir de 1 de Julho.

No dia 17 de Abril, Dia dos Presos Palestinos, o MPPM reafirma a sua solidariedade com os presos e detidos administrativos palestinos nas prisões de Israel, reiterando o apoio à sua corajosa luta pela liberdade do seu povo, pelo reconhecimento da sua condição de presos políticos, pelo respeito pelos seus direitos e pela sua dignidade, contra as degradantes condições a que são submetidos nas prisões israelitas.

Neste ano de 2020, os palestinos encerrados nas prisões israelitas, — já sistematicamente sujeitos à tortura, maus tratos, castigos e humilhações, — enfrentam uma ameaça acrescida à sua saúde e às suas vidas em resultado da pandemia global da COVID-19.

Jovens colonos israelitas alojados numa instalação militar de quarentena para o coronavírus atacaram campistas palestinos na Cisjordânia e incendiaram os seus carros. O incidente teve lugar na noite de segunda-feira, perto do Mar Morto, no Sul da Cisjordânia ocupada. Os palestinos eram dois homens da cidade de Jenin, na Cisjordânia, e uma mulher da cidade israelita de Haifa, e estavam acampados perto do complexo de quarentena. Os colonos começaram por lhes atirar pedras, depois lançaram-lhes gás pimenta e, por fim, pegaram fogo aos seus carros.

Os colonos são originários do colonato de Yitzhar, a sul de Nablus, conhecido pela violência dos seus colonos e apelidado de «incubadora da violência dos colonos israelitas». Ainda no mês passado, os moradores do colonato atiraram três bombas incendiárias contra um veículo da polícia de fronteira.

Colonos judeus do colonato ilegal de Sidi Boaz arrancaram no Domingo de Páscoa cerca de 350 oliveiras pertencentes a agricultores palestinos na cidade de al-Khader, perto de Belém, na Cisjordânia ocupada.

Já no início de Março, no espaço de duas semanas, colonos judeus tinham assaltado pomares pertencentes a agricultores palestinos de al-Khader, e aí destruíram meia centena de videiras.

Numa outra acção terrorista dos colonos judeus, hoje, pela segunda semana consecutiva, os colonos do bloco ilegal de colonatos Gush Etzion abriram os esgotos para inundar as terras agrícolas palestinas na cidade vizinha de Beit Ummar, no sul da Cisjordânia, segundo declarou Mohammad Awad, um activista local, à agência noticiosa WAFA.

As águas residuais inundaram as explorações agrícolas plantadas com videiras, numa acção que os colonos repetem intencionalmente todos os anos para destruir as culturas, causando graves danos e prejuízos financeiros aos agricultores.

Páginas

Subscreva Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas