A polícia israelita prendeu 1700 cidadãos palestinos de Israel em duas semanas
A polícia israelita deteve 1700 palestinos em Israel durante as últimas duas semanas, informou a Agência Anadolu na sexta-feira, acrescentando que foram registadas 300 agressões contra árabes e as suas propriedades.
De acordo com o Comité de Emergência Árabe, que está filiado no Alto Comité para os Cidadãos Árabes em Israel, estas detenções e agressões inserem-se na violenta repressão israelita contra os protestos levados a cabo por cidadãos árabes contra a agressão israelita à Mesquita Al-Aqsa e em solidariedade com a Faixa de Gaza.
O Comité de Emergência Árabe confirmou que está a documentar a agressão israelita e as detenções de cidadãos árabes em Israel. O comité fez notar que a campanha de detenções ainda não parou, afirmando que cerca de 100 cidadãos árabes estão a ser detidos todos os dias.
O comité também documentou mais de 150 agressões a indivíduos levadas a cabo pela polícia israelita ou por bandos de colonos.
A 13 de Abril, os palestinos começaram os seus protestos contra a agressão israelita contra os fiéis muçulmanos na Mesquita Al-Aqsa, bem como contra os planos israelitas de expulsão de famílias palestinas no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental.
A contínua agressão israelita a Jerusalém provocou uma reacção das organizações políticas palestinas. Israel levou a cabo uma brutal ofensiva em Gaza para deter esta reacção, matando mais de 250 palestinos incluindo 69 crianças, 40 mulheres e 17 idosos, e ferindo milhares de outros, dos quais 90 estão em estado crítico.
Mais de 100 000 pessoas tiveram de fugir das suas casas no território e cerca de 800 000 pessoas ficaram sem acesso a água canalizada, segundo informação da Unicef. O Ministério da Habitação de Gaza revelou que 1800 unidades residenciais não tinham condições de habitabilidade e que 1000 tinham sido destruídas.
«Os danos infligidos em menos de duas semanas vão levar anos, se não décadas, a reconstruir», disse Fabrizio Carboni, director do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para o Médio Oriente.