Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

A Flotilha da Liberdade vai navegar de novo para Gaza, em Maio próximo, sob o lema «Para as Crianças de Gaza», com dois objectivos importantes:

- Desafiar e pôr termo ao ilegal e desumano bloqueio israelita a Gaza
- Restaurar os direitos das crianças e jovens em Gaza pela vida, segurança e liberdade de movimentos.

Em 2020 assinalam-se duas datas chave: por um lado, é o ano em que sucessivos relatórios das Nações Unidas consideram que Gaza se tornará inabitável se o bloqueio não terminar; por outro, Maio de 2020 marcará 10 anos desde o ataque das forças israelitas a barcos, incluindo o Mavi Marmara, em águas internacionais, onde mataram 10 pessoas e feriram gravemente outras 56.

O que é a Coligação Flotilha da Liberdade

Organizações da sociedade civil de todo o mundo têm-se juntado para desafiar o bloqueio a Gaza desde 2008, quando os barcos da Free Gaza conseguiram chegar a Gaza e partir de novo pacificamente. Ao todo, mais de 35 barcos já navegaram para desafiar o bloqueio.
A partir de 2010...

A decisão do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de aprovar a construção de 5200 novas casas nos colonatos ilegais de Givat Hamatos e Har Homa, a sul de Jerusalém, foi condenada por Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina.

O anúncio das novas construções em Givat Hamatos e Har Homa vem somar-se à preparação de um plano director para a construção de 9000 novas casas para colonos no antigo aeroporto de Qalandia, a norte de Jerusalém.

O colonato de Har Homa foi criado nos anos 90 — depois e em oposição aos Acordos de Oslo — em Jerusalém Oriental ocupada, em terras confiscadas aos habitantes palestinos de Umm Tuba.

Quanto ao colonato de Givat Hamatos, a sua construção isolaria o bairro palestino de Beit Safafa das áreas palestinas a sul de Jerusalém, tornando impossível a divisão da cidade, cuja parte oriental — ilegalmente ocupada por Israel desde 1967 — é reivindicada pelos palestinos como capital do seu futuro Estado independente.

Segundo a...

A Assembleia da República aprovou no passado dia 6 de Fevereiro um Voto de «Condenação do “Plano Trump” que constitui uma afronta aos direitos nacionais do povo palestiniano e ao direito internacional». 

O Voto foi apresentado pelo grupo parlamentar do PCP e mereceu votação favorável de PS, BE, PCP, PEV e de Joacine Katar Moreira (Ninsc), tendo votado contra PSD, CDS-PP, PAN e Chega (CH), tendo-se abstido a Iniciativa Liberal (IL).

O texto do voto classifica o «Acordo do Século» como «uma clara afronta aos direitos nacionais do povo palestiniano, assim como ao direito internacional e ao acervo de décadas de Resoluções das Nações Unidas que os reconhecem e consagram», considerando-o «um novo e mais grave patamar na ilegal ocupação e anexação de territórios palestinianos por parte de Israel».

O Voto refere que o «Plano Trump» visa «inviabilizar, de facto, a criação do Estado da Palestina – perspetiva que deve merecer o repúdio de todos aqueles que estão comprometidos com a salvaguarda e...

Um rapazinho palestino de nove anos foi atingido no rosto com uma bala de aço revestida de esponja disparada por um polícia israelita, no sábado passado, no bairro de Isawiyah, em Jerusalém Oriental ocupada.

O pequeno Malek Issa está hospitalizado em estado grave. Segundo a família, os médicos dizem que é muito provável que perca um dos olhos e possivelmente os dois, e que é possível que tenha sofrido lesões cerebrais.

Malek Issa, que tinha acabado de descer do autocarro com as irmãs mais novas, vindo da escola, entrou numa loja para comprar uma sandes e foi atingido a tiro quando vinha a sair.

No momento em que a polícia abriu fogo não havia protestos violentos nem estavam a ser atiradas pedras, afirma o seu pai, Wahel Issa, citado pelo jornal israelita Haaretz: «No local em que desceram [do autocarro], a polícia estava a tentar levar alguém e reuniu-se muita gente. Não estavam a ser atiradas pedras nem nada. A polícia viu muitas pessoas e atirou. O menino recebeu a bala entre os olhos.»...

O Escritório de Direitos Humanos da ONU (OHCHR) divulgou um relatório contendo uma lista de mais de cem empresas que operam nos colonatos israelitas ilegais na Cisjordânia ocupada, o que foi saudado pelos palestinos como uma vitória do direito internacional.

No comunicado que divulgou esta quarta-feira, o  Escritório identifica 112 empresas que considera terem facilitado a construção de colonatos, fornecido equipamento de vigilância para eles ou prestado serviços de segurança a empresas que aí operam.

A lista é dominada por 94 empresas israelitas, nomeadamente bancos e empresas de construção civil, mas integra também 18 empresas dos Estados Unidos, França, Países Baixos, Luxemburgo, Tailândia e Reino Unido, incluindo as empresas de viagens Airbnb, Expedia, TripAdvisor e Booking.com, o gigante tecnológico Motorola, o fabricante de produtos alimentares General Mills e empresas de construção e infra-estruturas como a francesa Egis Rail e a britânica JC Bamford Excavators. No entanto, o...

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, falando esta terça-feira no Conselho de Segurança das Nações Unidas, rejeitou firmemente o chamado «acordo do século» apresentado pelos EUA, por ele violar as resoluções da ONU e a soberania palestina.

«Vim hoje até vós para reafirmar a posição palestina que rejeita a proposta israelo-americana», disse Abbas, observando que esta posição também foi apoiada pela Liga Árabe, pela Organização de Cooperação Islâmica e pela União Africana. O plano do presidente estado-unidense, Donald Trump, satisfaz os desejos de longa data de Israel, incluindo total soberania sobre a cidade de Jerusalém, o direito de anexar o Vale do Jordão e todos os colonatos na Cisjordânia ocupada e a recusa do retorno dos refugiados palestinos. Em troca, a Palestina receberia um «Estado» desmilitarizado, sem controlo das suas fronteiras, em pequenas partes descontínuas da Cisjordânia e Gaza, ligadas por uma série de estradas, pontes e túneis.

Exibindo o mapa contido no...

Israel decretou este domingo o bloqueio das exportações agrícolas palestinas, no contexto de uma disputa comercial que se intensificou desde o anúncio  do chamado «acordo do século» pelo presidente Trump.

«A partir de hoje … não será autorizada a exportação de produtos agrícolas palestinos através da passagem (fronteiriça) de Allenby», declarou o COGAT, o órgão do Ministério da Defesa de Israel encarregado de supervisionar as actividades civis nos territórios palestinos ocupados.

A passagem de Allenby, controlada por Israel, liga a Cisjordânia ocupada à Jordânia, de onde os produtos palestinos poderiam ser enviados para o resto do mundo. Ao fechar esta passagem, as autoridades de ocupação bloqueiam automaticamente todas as exportações agrícolas palestinas, porque já tinha sido impedido o acesso destes produtos a Israel.

Tareq Abu Laban, subsecretário do Ministério da Agricultura palestino, declarou hoje à agência WAFA que o valor dessas exportações palestinas é de 100 milhões de dólares...

Tem havido confrontos diários na Cisjordânia ocupada entre manifestantes palestinos e o exército de ocupação israelita para protestar contra o «acordo do século» do presidente Trump, apresentado em 28 de Janeiro.

Os militares israelitas têm estado aí em «alerta reforçado» desde a apresentação do plano por Trump e Netanyahu, tendo destacado tropas adicionais para o território ocupado com o objectivo de impedir actos de resistência e reprimir protestos e manifestações.

Na quarta-feira, 5 de Fevereiro, registou-se a primeira morte. Segundo o Ministério da Saúde palestino, um jovem de 17 anos, Mohammad Salman al-Haddad, foi morto com um tiro no coração durante confrontos entre jovens palestinos e soldados israelitas na cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia ocupada. Testemunhas do assassínio disseram que os confrontos de quarta-feira, tal como já acontecia havia uma semana, ocorreram na área de Bab al-Zawiyeh da cidade de Hebron, ponto de contacto entre a área H2, controlada por Israel, e a...

O cartunista português Vasco Gargalo é alvo de uma infundada acusação de anti-semitismo e de um apelo ao seu despedimento por uma organização sionista internacional, a pretexto do cartoon intitulado Crematório, agora republicado num comentário ao «plano de paz» apresentado pelos Estados Unidos.

Vasco Gargalo, sublinhando que continuará a lutar pela liberdade de expressão e pela liberdade de imprensa, afirma: «É a minha visão sobre este ataque. Quando fiz o cartoon sabia que era forte, que ia tocar na questão das vítimas do Holocausto, mas na verdade não acrescento nada ao que vejo. É uma comparação que fiz do conflito israelo-palestiniano.»

Vasco Gargalo, em declarações à agência Lusa, disse esta quarta-feira ter recebido, para além de acusações de anti-semitismo, também ameaças de morte, por causa do cartoon, publicado online na plataforma Cartoon Movement a 15 de Novembro de 2019 e que republicou na semana passada, num comentário ao «plano de paz» apresentado pelo presidente Trump.

Em...

A cena é simbólica: o presidente americano Donald Trump revela o seu «plano do século» unicamente na presença do primeiro-ministro israelita, Benyamin Netanyahu, e na ausência dos principais interessados, os palestinos A verdade é que o plano viola os seus direitos mais elementares, apesar de serem reconhecidos internacionalmente.

A revelação pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na terça-feira, 28 de Janeiro, do «acordo do século» que supostamente conduziria israelitas e palestinos a uma «paz global» não foi surpresa para ninguém. O seu conteúdo tinha sido gradualmente revelado nas suas linhas gerais, nomeadamente por Jared Kushner, genro de Donald Trump e principal autor deste plano, juntamente com o embaixador israelita em Washington, Ron Derner, durante um colóquio no Barém em Junho de 2019. Como observou o Haaretz, o acordo «foi escrito de forma a que os palestinos o rejeitassem. Talvez fosse esse o plano» [1].

A leitura da imprensa popular e a audição das rádios israelitas na...