Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Há 32 anos teve início na Palestina ocupada a Primeira Intifada, que durou mais de seis anos e durante a qual milhares de palestinos foram mortos e dezenas de milhares presos pelas forças de ocupação israelitas. Passadas mais de três décadas, a luta pela liberdade da Palestina continua.

A intifada (insurreição) teve como pano de fundo a ocupação por Israel da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oriental, que durava havia 20 anos. Israel governava os territórios ocupados com mão de ferro, impondo o recolher obrigatório e realizando incursões, prisões, deportações e demolições de casas.

Em 8 de Dezembro de 1987 um colono israelita atropelou com o seu jipe quatro trabalhadores palestinos que regressavam a casa, em Jabalya e Maghazi, na Faixa de Gaza. Este ataque terrorista foi presenciado por centenas de pessoas, desencadeando uma onda de indignação.

Centenas de pessoas juntaram-se nesta sexta-feira, 6 de Dezembro, no Largo de Camões, em Lisboa, num protesto contra a visita a Portugal de Benjamin Netanyahu e Michael Pompeo. Condenaram também a sua recepção, humilhante para Portugal, pelo primeiro-ministro e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros.

Netanyahu e Pompeo são dois dos mais destacados protagonistas da política de sistemática barbárie, guerra, massacres e violação da legalidade internacional e das resoluções da ONU relativas à questão palestina.

Segundo as suas próprias declarações, vieram a Portugal para discutir as formas de incrementar a ingerência e agressão contra o Irão, levantando o espectro de mais uma mortífera e destrutiva guerra na região, após as que já destruíram o Afeganistão, o Irão, a Líbia, a Síria, o Iémene e outros países.

Vieram a Portugal para, nas palavras de Netanyahu, preparar a anexação por Israel do Vale do Jordão, na Cisjordânia palestina ocupada.

Dezenas de palestinos foram feridos esta sexta-feira pelas forças israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes que participavam na Grande Marcha de Retorno, na Faixa de Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que 37 palestinos, incluindo 10 crianças e um socorrista, foram feridos por balas reais e cartuchos de gás lacrimogéneo disparados pelos soldados israelitas.

Milhares de palestinos manifestaram-se ao longo da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, na 83.ª sexta-feira dos protestos da Grande Marcha do Retorno, após uma paragem de três semanas.

Os organizadores do protesto tinham anunciado a suspensão das manifestações em meados de Novembro, após uma escalada dos ataques de Israel contra a Gaza, para evitar mais vítimas palestinas.

O MPPM condena a deslocação a Portugal de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, esta quarta e quinta-feira. Alegadamente destinada, segundo de início foi anunciado, à realização de um encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Michael Pompeo, o que já seria censurável, esta deslocação será, sabe-se hoje, aproveitada para encontros com o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, o que se reveste da maior gravidade.

Segundo a comunicação social israelita, entre os temas da reunião entre Netanyahu e Pompeo contam-se o Irão e outras questões regionais e ainda a possível anexação do vale do Jordão e um pacto de defesa entre Israel e os EUA.

Duas semanas após os EUA anunciarem que não consideravam ilegais os colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados, o ministro da Defesa de Israel aprovou este domingo o planeamento de um novo bairro de colonos judeus no centro de Hebron, na Cisjordânia ocupada.

A imprensa israelita relata que Naftali Bennett deu instruções à Administração Civil, organismo do governo militar israelita que administra a Cisjordânia ocupada, para informar o município de Hebron de que está planeado um novo bairro judaico para a área do mercado de frutas e legumes de Hebron, cujos edifícios serão demolidos.

Segundo Bennett, o bairro «criará uma continuação territorial entre o Túmulo dos Patriarcas e o bairro Avraham Avinu e duplicará o número de residentes judeus na cidade».

Um jovem palestino de 18 anos foi morto a tiro por soldados israelitas neste sábado à noite perto do checkpoint (posto de controlo) da aldeia de Beit Awwa, em Hebron, na Cisjordânia ocupada.

Segundo testemunhas oculares, os soldados do exército de ocupação israelita dispararam balas reais contra três jovens perto do colonato de Shigav, matando Badawi Khaled al-Shalash e ferindo outros dois, um deles com gravidade.

As forças de ocupação israelitas impediram as ambulâncias palestinas de entrarem na zona onde tinham ocorrido o tiroteio, informou o Crescente Vermelho palestino.

Segundo o exército israelita, os três jovens estariam a lançar cocktails molotov contra a torre de observação militar das forças de ocupação e o carro de um colono que se deslocava na rua.

Milhares de manifestantes palestinos participaram nesta terça-feira num «dia de raiva» na Cisjordânia ocupada para protestar contra a recente posição dos EUA sobre os colonatos israelitas, declarando que não violam o direito internacional.

Respondendo ao apelo de diversos movimentos políticos palestinos, milhares de pesssoas congregaram-se para protestar em várias cidades da Cisjordânia ocupada. Alguns grupos entraram em confronto com as forças repressivas israelitas, que tinham declarado estado de alerta máximo.

O Crescente Vermelho Palestino informou que durante os protestos as forças israelitas provocaram ferimentos em pelo menos 77 pessoas, causados por balas de aço revestidas de borracha ou inalação excessiva de gás lacrimogéneo.

Israel expulsou nesta segunda-feira Omar Shakir, director da Human Rights Watch para Israel e os territórios palestinos, acusando-o de apoiar o boicote ao país.

A expulsão de Shakir, cidadão dos EUA, foi confirmada pelo Supremo Tribunal de Israel em 5 de Novembro e tem lugar ao abrigo de uma lei de 2017 que permite a deportação de estrangeiros que apoiam o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). Este movimento internacional apoia os direitos dos palestinos e denuncia a sua violação por Israel. A Human Rights Watch (HRW) e Omar Shakir negam a acusação.

Em Maio de 2018 Israel revogou o visto de trabalho de Shakir, que desde então travou uma longa campanha jurídica contra a sua expulsão.

Numa conferênia de imprensa antes da sua deportação, Shakir declarou: «Regressarei quando chegar o dia em que conseguirmos desmantelar o sistema de discriminação que afeta israelitas e palestinos.»

Israel agravou as restrições impostas aos agricultores palestinos da Cisjordânia ocupada cujas terras ficaram isoladas entre o Muro e o território israelita.

Segundo informa o jornal israelita Haaretz, os novos regulamentos emitidos pela Administração Civil, organismo do governo militar israelita que administra a Cisjordânia ocupada, estabelecem quotas anuais e reduzem os motivos admitidos para os proprietários terem acesso a essas terras.

Os palestinos consideram que estas medidas constituem uma «anexação rastejante», ou seja, uma manobra destinada a forçá-los a abandonar as suas terras, a serem mais tarde anexadas a Israel.

A Assembleia da República aprovou nesta sexta-feira, 22 de Novembro, um Voto de «condenação da nova agressão israelita a Gaza e da declaração da Administração Trump sobre os colonatos israelitas».

O MPPM saúda e congratula-se com o facto de o parlamento português, com a nova composição resultante das eleições de 6 de Outubro, reafirmar a solidariedade com o povo palestino e verberar as agressões de que é vítima.

Apresentado pelo grupo parlamentar do PCP, o texto mereceu o voto favorável de PS, BE, PCP, PAN e PEV; votaram contra PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal; abstiveram-se o Livre e 1 deputado do PS.

Páginas

Subscreva Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas